Eu sinto sua falta,
Falar isso me faz sentir mais ainda,
Mesmo quando estou olhando uma foto sua,
Eu sinto sua falta,
O tempo é cruel demais,
Eu odeio a gente,
Ver o rosto um do outro
Se tornou difícil agora
[. . .]
_Spring Day -BTS
2017, 20 de Fevereiro - Fuso - Horário de Seul- Coreia do Sul - 06:19 P.M
Desci do avião com meus fones de ouvido no volume máximo enquanto tocava minha Playlist de kpop, atualmente havia acabado de tocar Lotto do EXO e estava tocando Spring Day do BTS.
Andei pelo aeroporto a procura de uma placa que tivesse meu nome até que encontrei um cara de terno segurando a tal placa com meu nome, me aproximei removendo meus fones de ouvido.
-Oi. -falo seca.
-Srta. Kim? -ele pergunta sério.
-A própria... Imagino que você não seja meu projenitor... -falo enquanto colocava meus fones de ouvido no bolso da minha calça jeans -eu estava usando uma regata branca com uma camisa xadrez vermelha por cima e um jeans escuro, e meu all star vermelho.
-Não. Infelizmente o Sr.Ji não pode vi mas ele me instruiu para que a levasse até sua casa. Siga-me por favor. -ele disse indo até um carro preto.
Colquei minha mala e minha mochila no porta-malas e entrei no banco traseiro. Não demorou muito para que chegássemos até uma casa grande e branca, com alguns detalhes em madeira. Ele me acompanhou até um quarto da casa onde eu deixei minhas malas.
Fui até a sala e vi um homem alto e bonito com aparência jovem sentado no sofá.
-Srta.Kim -Guarda Kim disse se curvando em minha direção.
-Hm? -o homem se virou de leve em minha direção com uma expressão levemente surpresa mas que logo se aliviou- Oh... Beatrice... -ele disse se levantando.-Você é tão parecida com sua mãe... - ele disse se aproximando mas eu dei um passo para trás.
-Minha mãe esta morta. -falo séria e sinto minha garganta queimar.
-Sinto muito... Eu me chamo Ji Jin-Hee...-(N/A:. Eu infelizmente tive que mudar o nome do pai dela, acontece que eu fiz umas contas e o Gong Ji-Chul tem trinta e poucos anos e a idade da Beatrice e da Elayne não iam encaixar com a dele, por isso eu tive que mudar e coloquei esse ator que tem 45 anos)
-Eu sei quem você é. O fato de você ser ator não me interessa. Quem você é não me interessa. Só vou ficar aqui até completar 18 anos. Não precisamos nos conhecer pois, se Deus quiser o tempo vai passar rápido. -falei seca.
-Beatrice Kim... -ele disse meio sério e levemente irritado.
-Não se preocupe... Vai ser como sempre foi, você não tem que me dar nada... Nunca deu e não fez diferença... Será como se eu nem estivesse aqui.
-Beatrice Kim! Eu sou seu pai e exijo respeito! -ele gritou.
-Por que eu te respeitaria?! Você não tem o direito de me exigir respeito! Você me abandonou antes mesmo de eu nascer! Nunca deu notícias! Se pensou que ia encontrar uma garotinha que sonhava em conh99ecer o pai e chorava ao lembrar que ele nunca se importou, estava errado! Muito errado! Eu deixei de ser essa garota ano atrás! -falei brava sentindo as lágrimas queimarem minha garganta sem que eu as permitisse sair.
-Você não entende! Sua mãe me mandou embora e me proibiu de te ver! -ele gritou.
-Minha mãe esta morta! Não tem o direito de falar dela! Como ousa por a culpa nela?! -eu já não tinha noção das minhas ações, as lágrima desciam sem parar.
Eu estava ciente de que Guarda Kim estava ali e nos observava calmamente, mas ignorei aquilo, eu esperei muito tempo por aquele dia.
-Você não entende... -ele disse se sentando no sofá e colocando as mãos em seus cabelos- Sente-se... irei te contar tudo.
-Estou bem assim. Apenas diga.
-Como quiser.
"Eu tinha 21 anos quando conheci sua mãe, ela tinha 19. Estávamos na faculdade, eu estudava artes e ela também mas era outro curso, enquanto eu fazia atuação, ela fazia pintura... ela era ótima. Eu era um dos garotos 'populares' eu e meus amigos costumávamos jogar basquete na quadra.
"Um dia após jogar basquete com os garotos eu fui até a área de relaxamento por assim dizer, onde os alunos ficavam e vi ela com uma amiga conversando, elas nem perceberam quando eu peguei coloquei um café para fazer na maquina.
-Não o conhece? -a amiga dela dizia- Ele é um dos alunos mais gatos! E ainda por cima toca em uma lanchonete com os amigos. O nome dele é Ji Jin-Hee. A família é rica e dizem que ele está noivo. -Peguei o café e ao me virar para sair não pude evitar ver a expressão levemente surpresa no rosto dela enquanto a amiga falava.
-É mentira.-Eu disse calmo e elas viraram em minha direção- Sobre a noiva. É mentiria. -disse e logo após eu sai.
Alguns meses depois, durante um intercâmbio no Brasil eu estava na biblioteca e começou a chover forte, felizmente eu tinha um guarda-chuva... mas infelizmente ele estava quebrado -torto de um lado- eu estava saindo de lá quando a vi parada sem guarda-chuva olhando a chuva de baixo da cobertura da biblioteca. Me aproximei degavar dela de modo a ficar do seu lado mas um pouco afastado.
- Você... Não tem um guarda-chuva? -perguntei devagar me virando de leve para ela.
-Hm? Ah... Não... -ela disse abaixando a cabeça- Olha... Sobre mais cedo... Eu não disse aquilo... Sobre você estar noivo... -ela disse abaixando a cabeça.
-Ah... tudo bem... Eu sei que não foi você... Quer que eu vá com você? A chuva vai demorar a passar... -eu disse.
-Ah... Obrigada... -ela disse e deu um lindo sorriso.
"Caminhamos lado a lado, como o guarda-chuva estava quebrado eu a cobri toda mas infelizmente meu ombro estava molhando... ele estava encharcado.
-Esta se molhando... por que não chega mais perto? -ela disse.
- N-nao... obrigado... Estou bem. -falei e ouvi meu celular tocar.
Atendi e era um dos garotos me lembrando de ir pra lanchonete.
- Eu... eu tenho que ir... Pode ficar com o guarda-chuva. -eu disse e sai correndo na chuva.
Eu me perguntava se ela saberia que eu já a observava a algum tempo... Dizem que leva três segundos para que alguém se apaixone... Em um dia de chuva ao vê-la na rua e passar ao seu lado, ela se tornou meu amor de três segundos... Eu nunca havia me apaixonado por isso não achei que ela era meu amor verdadeiro.
Acabamos namorando, ela me apresentou a mãe dela durante o intercâmbio e eu a pedi em casamento quando eu tinha 23 e ela 21. Nos casamos e logo ela estava grávida, era sua irmã... quando sua irmã tinha 6 anos nós tivemos uma uma discussão pequena, eu queria seguir meu sonho como ator mas eu não podia... era ela ou meu sonho... ela me apoiou e disse para seguir meu sonho... Eu acabei tendo que contracenar com uma atriz e nós acabamos ficando... Sua mãe descobriu e me proibiu de ver sua irmã... eu não sabia que ela estava grávida com você até ela me contar com uma mensagem quando estava indo para o Brasil...
Depois disso... Nunca mais nos falamos..."
Eu continuava de pé quando ele terminou de contar, as lágrimas continuavam sem parar...
-Trice... por favor.. deixe-me recomeçar... -ele disse se aproximando devagar eu fui para trás e acabei esbarrando no guarda Kim que me segurou antes que eu caísse.
-Fique longe de mim... por favor... É... é coisa de mais para assimilar... Eu... preciso me deitar... -falei após me equilibrar mas acabei desmaiando e cai mas por sorte Guarda Kim me segurou a tempo.
2017, 19 de Agosto - 11:48 P.M
Eu tinha acabado de chegar em casa, estava cansada, após a escola eu acabei tendo que cobrir o turno de uma outra garota na lanchonete. Tomei um banho quente e vesti um pijama que consistia em uma calça de moletom cinza e uma cropped de manga cumprida também cinza.
Desci e pedi uma pizza, assim que chegou eu paguei e agradeci, eu estava sentada no sofá comendo minha pizza enquanto passava um drama qualquer na TV e pensava no meu relacionamento com meu pai.
Nesses últimos meses temos estado bem mais próximos mas era como se ele fosse meu tio ou até mesmo um amigo ou professor -com o qual eu tenha mais intimidade- mas eu não o chamo de pai, eu não chamava nem meu padrasto que me criou de pai, ele não é diferente. Eu me mudei mês passado, estava querendo já me acostumar para quando estivesse na faculdade. Algum tempo atrás ele se casou com uma mulher chamada Lee Su Yon, eu não me importei, ela era linda e gentil.
De repente ouço meu celular tocar me tirando de meus devaneios.
Ligação ON
Eu - Alô?
XxX- Srta.Kim?
Eu - Ah... Guarda Kim. O que houve?
GK- Seu pai sofreu um acidente de carro durante as filmagens.
Eu - O que? Onde vocês estão?!
GK - No hospital XxXxX. Ele esta na UTI.
Ligação OFF
Desliguei o telefone e apenas coloquei uma toca caida, calcei meu tênis, peguei minhas chaves e peguei minha moto -a qual eu comprei com meu dinheiro- e sai em direção ao hospital.
Assim que cheguei passei correndo pela recepcionista que gritou para que eu parasse e não corresse mas eu apenas ignorei ao passar de frente para um corredor olhei para o lado vendo Su Yon, Guarda Kim e o pessoal da equipe dele. Corri até eles.
-Onde ele está? -falei ofegante.
Não... Eu não posso perder ele também...
-Ele esta consciente mas esta dormindo... -Su Yon falou mas eu não permiti que ela terminasse e entrei de uma vez.
-Trice... -Guarda Kim disse e ia me impedir.
-Não... Deixe ela ir... -Su Yon disse e eles fecharam a porta.
Eu praticamente me arrastei até sua maca. Me ajoelhei no chão ao seu lado e deitei a cabeça na maca ao seu lado.
-Yaa... Baka... Por favor... Não... Não me abandone também... Você é a única família que me resta... -disse e não consegui conter as lágrimas que insistiam em cair.
-Você não vai se livrar de mim assim tão rápido... -ouvi sua voz em um quase sussurro e levantei a cabeça.
-Baka... -eu disse e ele sorriu fraco colocando a mão em minha cabeça.
2017, 15 de Dezembro - 03:30 P.M
Eu tinha acabado de sair da escola e estava indo para o trabalho e como sempre passei em frente a Big Hit entertainment... A empresa do meu grupo favorito... Bangtan Boys... Aproveitei que ainda faltava 30 minutos pro meu turno começar e parei em uma cafeteria que tinha ali em frente e peguei um café, me apoei na minha moto ali em frente e fiquei pensativa enquanto tomava meu café. Olhei no retrovisor pensativa -eu estava usando uma blusa regata branca com uma camisa xadrez vermelha por cima e uma jaqueta jeans, uma calça justa de couro que marcava minha bunda e meu all star vermelho, meu cabelo estava preso em uma trança francesa e estava apenas com um delineador fraco.
-Hey, você! -um homem chamou chamando minha atenção e eu levantei a cabeça de súbito olhei confusa e apontei para mim mesma tipo "Eu?" -É você mesma. Esta aqui para o concurso? Deveria estar lá dentro. Vamos. Rápido!
-Mas eu... -eu tentei falar mas ele me arrastou para dentro na hora- Eh... Que tipo de concurso é?
-É para que tenham a chance de morar por algum tempo com os garotos do Bangtan e talvez debutar como uma versão feminina do grupo.
-Hm... Bangtan... Girls? -perguntei ele concordou.
-Você vai ser uma das próximas, estamos quase no final.
Ele me deixou em uma fila e saiu.
Uns 20 minutos depois me mandaram entrar em uma sala e eu entrei, lá tinham algumas pessoas em uma mesa, eu apenas as cumprimentei.
-Fale sobre você. -um homem falou.
- E-eu... tenho 17 anos, me chamo Kim Beatrice, moro com meu pai e a esposa dele mas me mudei para cá no começo desse ano quando minha mãe e meu padrasto morreram em um acidente de carro que eu estava junto, mas antes eu morava no Brasil. Faço aula de dança na 1Million Dance Academy e aulas de canto, mas não sei que faculdade cursar ainda...
-Pode nos demonstrar um pouco de dança? -um cara de boné perguntou.
- C-claro... -peguei meu celular e coloquei The Last da mixtape do Suga e comecei a dançar uma dança que eu havia montado na academia de dança.
Eu me esqueci quem estava lá, esqueci da hora, do momemto, das pessoas ao meu redor... era apenas eu, a música e eu mesma...
Assim que acabei ouvi palmas e parei ofegante e levemente corada.
-Meus parabéns. Você foi ótima. -um cara que também estava de boné e máscara.
- Obrigada... -eu disse meio baixo mas com um sorriso pequeno nos lábios.
-Bem... Iremos ligar para avisar. Se puder anotar aqui seu telefone e nome por favor. -Um terceiro homem que também estava usando máscara e boné disse me estendendo um papel.
-Okay. -logo eu anotei meu número e meu nome.
Me despedi com uma pequena reverência e sai do local, olhei no relógio e já eram 03:49 faltavam quase 10 minutos pro meu turno no trabalho, corri até minha moto, coloquei meu capacete e corri para o trabalho o mais rápido possível.
Cheguei lá já eram 04:03 entrei no estabelecimento da cafeteria e me desculpei pelo atraso, corri para colocar meu uniforme -o qual era composto por uma blusa branca social, uma calça preta e um avental amarrado apenas na cintura preto- e conferi no espelho como minha trança estava.
Logo comecei a entregar os pedidos em suas determinadas mesas. Estava indo tudo bem.
-Com licença. -um cara me chamou enquanto eu estava servindo dois cafés em uma mesa.
-Com licença.-falei meio baixo para os clientes da mesa que eu acabei de atender e fui até a mesa.
Peguei meu bloco de anotações e a caneta no bolso do avental e dei um sorriso pequeno.
-O que deseja? -perguntei.
-Hm... o que recomenda? -ele disse e eu reparei que ele estava usando uma máscara e um boné.
Porra... Virou moda agora? Usar boné e máscara? Ou todo mundo combinou isso e ninguém me avisou?
-Bem, particularmente eu gosto muito do cappuccino e da vitamina de morango que eles fazem... -eu disse- Mas posso te dizer uma coisa? -Eu sussurrei como se fosse um segredo- Eu posso te fazer uma torta de limão maravilhosa...
-Hm... Nunca provei... Como ela é?
-Bem, é uma mistura do ácido e do doce... Não é muito enjoativo e nem tão ruim quanto limão puro. -brinquei - Bem... por ser sua primeira vez experimentando posso te fazer pela metade do preço. -sussurrei.
-Bem, vou querer uma fatia por favor. -acenti e fui até o balcão de doces pegando uma fatia de torta e levando até ele.
-Então... O que acha? -perguntei sorrindo.
-Você fez? Esta deliciosa. -ele disse e não pude ver mas tenho quase certeza de que ele sorriu.
-Que bom que gostou! -disse sorrindo- Bem, se precisae de alguma coisa é só avisar okay? -falei e ele acentiu.
-Trice! -meu gerente vulgo Jong-Hyun meu melhor amigo me chamou.
-Com licença. -disse saindo e indo até Jong-Hyun -Sim?
-Você pode por favor fazer uma apresentação hoje? A banda cancelou. -ele pediu.
-Mas... Você sabe que eu só fiz umas aulas... e me dou melhor dançando.
-Por favor... Eu te imploro! -ele insistiu.
-Aigoo! Jong-Hyun! Você sabe que eu não sou boa em dizer não... eu faço... só vou conectar meu celular no rádio pra tocar o instrumental da música... E eu escolho okay?
-Okay! Obrigada! -ele sorriu.
Tirei meu avental e fui até o palco, coloquei o instrumental de uma música brasileira chamada "Dia de Caça" do 1kilo
-Boa noite... -falei e sorri- Bem, pra quem não me conhece podem me chamar de Trice... Eu sou brasileira mas minha mãe e meu pai são coreanos... E... bem eu vou cantar uma música de rap brasileira, na verdade duas... espero que gostem. -falei e dei play na música.
Eu ando meio problemático,
Mas o problema nunca foi o ato de lidar com tanta gente,
E sim o fato dessa minha perda de afeto
Que sozinho eu quase sempre sou escravo da minha mente
Meus amigos sairam do meu lado,
Alegando que meu ego me deixou cego de vez
O foda é cês achar que humildade é ter que se sentir culpado por fazer o que cês não fez
Que se foda vocês,
Isso aqui não é meu plano,
É destino,
E eu já sabia desde menino,
Que ia salvar gente com esses hinos,
E hoje em dia é um paco de dinheiro em cada esquina que eu rimo
E eu rimo pra caralho mano,
Rodei o Rio todo batalhando mano,
6 anos não são 6 horas mano
Eu converso com seres de outro plano,
E quanto mais eu vejo eles mais odeio o ser humano.
Enquanto eu cantava as pessoas observavam atenta, algumas observavam pelos vidros das portas e da vitrine, enquanto outras se arriscavam a entrar para observar melhor. Era um turbilhão de emoções, alegria e nostalgia por lembrar do Brasil e da pessoa que me apresentou aquela música -Minha amiga Ingrid- , tristeza pois o Brasil me lembrava meus pais, medo pelas críticas das pessoas, por que, por mais que eu brigue e fale que não me importo isso era apenas um mecanismo de defesa, eu realmente me importava... bem lá no fundo.
Minha vida é um corre,
Quando ela vem sempre chove,
E é difícil de decidir,
Se meus inimigos se escondem,
Hoje é dia de nóis ir à caça,
Então corre,
Quando ela vem sempre chove,
E é difícil de decidir,
Se meus inimigos se escondem,
Hoje é dia de nóis ir à caça.
Percebo funcionários vindo assistir também e vejo um sorriso no rosto de Jong-Hyun, vejo também várias pessoas filmando e agora começo a fazer gestos com as mãos, como eu sempre digo, dançando com as mãos.
Tá vindo dois maluco mandado de moto,
Atividade aí no bloco que o DoisP tá de binóculo,
Esse ano eu fico rico,
Com flow linha chilena pra cortar só dois dibico,
Esse cara é meio esquisito
Matamos o seu Malvado Favorito,
Cansei desses refrão com flow pão e ovo frito,
Meu bonde nunca paga mico,
Filhos de Mãe solteira mais eu sou o Brown e você é o Kiko.
Amigo corre igual Forest Gump,
Zigue-Zague se não morre,
Já vi meu padrasto vir me criticar de porre,
Já voltei na chuva, perdi o guarda-chuva,
Enquadrado na curva com uma ignorância enorme,
Em Bangu, 50 graus de febre,
Calibre é 44, cale-se antes que eu te quebre
1Kilo de rima nada breve
CARTEL MCs, tô sentindo o clima nada leve
Logo as mesas estavam lotadas e haviam várias pessoas filmando, era assustador, incrível e ao mesmo tempo estar ali me dava uma sensação boa... eu por sorte fazia aulas de canto mas ainda assim não estava confiante com aquilo... sorte também que eu sempre falava por skype com minhas amigas no Brasil e não esqueci como falar português.
Correria até o jogo virar,
Hoje é tudo nosso,
Agora assiste nóis jogar,
A vida me fez assim,
Inimigo perto do fim,
Vi de perto quem corre por mim
Correria até o jogo virar,
Hoje é tudo nosso,
Agora assiste nóis jogar,
A vida me fez assim,
Inimigo perto do fim,
Vi de perto quem corre por mim,
Confesso que tenho vivido o plano do século,
A fé é forte mas o mal faz eco,
A reza é sincera mas eu sempre peco,
Acelerando na curva,
Inimigo tá na garupa da 660 e eu quero,
Chuva de garoupa, deixo a culpa pra quem quer outra vida,
Então garota, melhor entender a fita
Xamã tá na linha e essa vida loka é corrida
Poucas ideia, nossa média é uns 10 níveis acima,
Pega a visão.
De repente vejo um grupo de pessoas que eu conhecia bem, mas não esperava encontrar tão cedo assim... era... impossível... mas elas realmente estavam ali, todos viram, como não iam reparar em uma garota baixinha, morena e com tatuagens acompanhada de uma alta de aparelho e cabelo colorido no meio de um monte de asiático branquelo? Todos olharam. Elas acenaram e ej respondi com um sorriso enquanto continuava cantando.
Eu tô bebendo todo dia,
Fodendo todo dia,
Pra tentar quebrar a rotina desse maldito lugar
Esse caô tem todo dia
Entende a ironia?
Do enredo que já dá pra imaginar até o final,
Sem neurose se cruzar a linha se explode,
Se pagar de Lóki fica em choque
Tá devendo
E o mundo é pequeno
Cuidado pra num acidentar
Que vai passar por menos
Reserva de magrão
Meus manos ainda correm por mim
Por isso eu não penso no fim
As mina ainda brotam afim
Os verme nunca vão subir
Minha vida é um corre,
Quando ela vem sempre chove,
E é difícil de decidir,
Se meus inimigos se escondem,
Hoje é dia de nóis ir à caça,
Então corre,
Quando ela vem sempre chove,
E é difícil de decidir,
Se meus inimigos se escondem,
Hoje é dia de nóis ir à caça.
Era tudo tão rápido, eu mal conseguia respirar, eu amava ouvir e cantar rap e, mais uma vez, por sorte eu consigo prender respiração por bastamtes tempo desdequque eu esteja falando, basicamente eu "dominei" ou controlei a asma, chame como quiser.
Me perdoem esses caras,
Eles só falam,
Eles falam e não sabem
Qual o envolvimento dos cria no problema
Quantos dos nossos se foram pelo sonho
Sem papo de cadeia ou algema
Com grana pra bancar meu luxo e meu sonho
Rindo na cara do perigo
Eu não duvido ou divido
Os meus rival tão perdido
Meus inimigo fudido
Já faz um tempo que eu sai de casa
Com aquela certeza de um talvez
Oportunidades pelo sim e pelo não
Mas só eu determino minha vez
Ainda sou o jogo nigga
Cuspindo no fogo nigga
Desejo ouro pros meus niggas e os inimigos me aplaudir quando me ver vencer
Eu falei, pra cê não entrar nesse jogo, Nigga
Sem munição pra trocar
Com a pistola na tua cara, pronta pra falha ou dispara
Quantos desses caras vão te ajudar?
Fala!
Todo mundo fala demais
1Kilo é o Bicho Papão Reto
Mas pesamos muito mais
Nós somos os caras que cês chamam pra matar os caras que eles chamam pra matar o cara mais forte
Para, se não nos dispara, dois tirão na cara e se tu acordar amanhã tu é um cara sorte
Minha glock canta mais que eu
Força de Zeus, pros meus
Liguei pra Deus ta sem sinal
São 10 dos seus pra 30 meus
Se quer subir, vem no sapato
Liga o alerta ou funeral
Então corre, corre
Reza a vela enquanto o balão sobe
Glock?
Pega quando tu ouvir meu nome
Some, hoje você morre
Xamã meia noite ta virando lobisomem.
As pessoas aplaudiram assim que eu parei de cantar, eu estava ofegante e com fios de cabelo presos pelo suor na minha testa.
-Obrigada! -falei ofegante antes de descer do palco ir na direção das duas loucas que estavam ali- Loucas... -falei em português rindo- Como chegaram aqui?
-Nossa. Nem um oi antes? -Ingrid disse.
-Mal educada. -Sthefany disse.
-Foi mal porra, é difícil acreditar que vocês, que faltavam me matar quando eu falava da Coreia estão aqui.
-Estávamos com saudade! E parece que a bunduda aprendeu a cantar né? -Sthefany brincou.
-Nem é tão grande assim... -eu fingi estar magoada.
-Nem um pouco, na sétima série eram dois sacos de açúcar, no ensino médio duas melancias e agora eu nem sem mais o tamanho disso que você chama de bunda. Enquanto eu continuo não tendo nada. -Sthefany disse e nós rimos.
-E eu então... Nem bunda tenho -Ingrid disse.
-Até parece... Você é baixinha não é desbundada -respondi fazendo Sthefany rir.
-Quer morrer né? -Ela me respondeu Sthefany riu mais.
-Mas hey, quanto tempo vão ficar aqui?
- Mês que vem nós vamos embora. -Ingrid respondeu.
-Bem, meu turno acabou, vamos para minha casa okay? Onde estão suas malas?
-Já estão na sua casa. -elas disseram em uníssono.
-Vadiranhas... Porra tio... Okay vocês pegam um táxi e eu vou na minha moto . Eu ajudo vocês só um minuto.
Fui até Jong-Hyun que estava sorridente.
-Yaa, Jong-Hyun! Vou trocar de roupa vou embora okay? -falei sorrindo- Umas amigas vieram me visitar.
-Ah, okay. Obrigada Trice! -ele disse e me deu um beijo na bochecha.
Fui até o vestiário e coloquei minha roupa de antes, peguei meu capacete e minhas coisas e sai. Levei as garotas até um táxi e fui até minha moto.
2018, 13 de Janeiro - 09:02 P.M
Eu estava na sala com minhas amigas vendo um filme de terror na TV quando meu celular tocou quase me dando um ataque cardíaco -sim eu sou cagona mas ainda amo filmes de terror.
Ligação ON
Eu - Alô?
XxX - Olá, Beatrice Kim?
Eu - Eu mesma, o que deseja?
XxX - lembra-se de um concurso da Big Hit o qual a senhorita participou no último mês?
Eu - S-sim eu lembro.
XxX - Você foi uma das 10 ganhadoras.
Eu - E-eu?!
XxX -Sim. Iremos mandar um carro para te buscar no dia 01 de fevereiro, esteja com as malas prontas por favor.
Eu - N-não precisa. Me passe o endereço que eu vou de moto.
XxX - Nós insistimos. Por favor, esteja pronta.
Ligação OFF
Eu estava incrédula quando eles desligaram.
-Hey, não sei se você sabe mas... quem fala coreano é você.-Ingrid disse.
- Lembram do concurso que eu participei no dia que vocês chegaram? -perguntei e elas murmuraram um sim- Eu... eu ganhei!
2018, 01 de Fevereiro - 08:39 A.M
Eu havia me despedido das meninas no aeroporto e fui para casa mas antes passei na casa do meu pai para me despedir, ele havia conhecido as meninas e havia gostado delas então eu aproveitei para lhe avisar que elas tinham embarcado bem no avião.
Ainda não estava acreditando naquilo... Era um sonho... Achei isso não era possível... mas... como minha mãe dizia...
Everything is Possible. . .
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