História Sorte ou azar - Castelo de Cartas

POV Piper

Acordar hoje foi fácil, o dia está lindo, pelo menos para mim. Tenho tempo até a hora de ir para o colégio, então aproveito e tomo um belo café da manhã, meus pais como sempre estão inertes no mundo deles, papai com seu jornal e uma xícara de café preto e mamãe com suas frutas e seu celular provavelmente discutindo qual será o importantíssimo itinerário de compras hoje com as peruas mais frescas de NY.

Por um momento me encontro em outra realidade, no meio de uma maravilhosa cozinha podendo viver de minha paixão, cozinhar à vontade, sem ouvir que alguém como eu deveria ser modelo e não cozinheira. Mamãe odeia me ver na cozinha, mas Madame Claudette vive me abrigando lá e me ensinando certos truques, certa noite em segredo até me deixou preparar o jantar, um risoto de figo, queijo brie e Parma, que modéstia parte ficou maravilhoso, mas claro tudo sem Carol Chapman desconfiar afinal como ela brada ela se dispôs a dar à luz apenas uma vez e essa criança – no caso eu - teria tudo do bom e do melhor e nunca precisaria servir nada nem ninguém – óbvio que nada nem ninguém além dela  - mas  meu plano de fugir dessa realidade plastificada está próximo de ser concretizar, 2 meses próximo pra ser exata, de maneira persuasiva convenci Mama Chaps a me deixar passar uma breve temporada de 3 meses na Europa, porém volto a realidade com Luk me avisando que o carro está pronto e mais uma vez parto em direção a Constance Billard School.

POV Alex Vause

Sabe aquela vontade de levantar da cama, de ver um dia lindo e achar tudo ótimo!? Pois é eu não tenho, já é a quarta vez que minha mãe me chama e eu teimo em fingir que não estou nem aqui, a escola como sempre um saco garotos mimados, briguentos e que se acham super maduros e que o mundo depende de qual deles ganha mais fama de retardado endinheirado, nada contra ter dinheiro agradeço aos meus pais por todo conforto e mordomia, mas a vida é mais do que isso. Depois de muito resistir me levanto, me arrumo e desço para o café.

- Alex você sabe que seus atrasos não a ajudam em nada não é!?

Minha insisti em achar que minha vontade de trabalhar seja mera crise de rebeldia, mas no fundo é apenas eu querendo ocupar minha cabeça com algo além de roupas, notas e meu peso.

-Mãe me deixe trabalhar que prometo que nunca mais me atraso.

- Meu você sabe que a Constance Billard School é uma das melhores escolas e que você tem tudo que precisa aprender lá, não é!?

Nessa hora me vem na cabeça como realmente é a Constance Billard School e bom minha fome matinal vai quase que embora por completo, afim de não criar mais náuseas eu não dou procedência ao assunto e me calo, pegando minha maçã e indo para escola.

Por mais que eu tenha pintado o Constance como um lugar nojento, algumas pessoas ainda salvam o mesmo, como Nicole, minha fiel escudeira e melhor amiga porra louca, ela alegra meus dias, ela e a loira linda que eu só tenho coragem de observar.

POV Piper

Luk como sempre fez o trajeto até a escola fazendo me rir, assim que ele encosta eu vejo Brad junto de Chuck e Nate o que não me alegra afinal esses caras sempre estão metidos em confusão, mas chego e os cumprimento educadamente e mato um pouquinho da saudade do meu namorado com um beijo gostoso. O tempo passa rápido para e já temos que entrar na aula e para variar já em aula o tempo demora a passar, mas tenho uma vantagem quanto a isso! Nick, a criatura mais pitoresca, engraçada e bondosa que já conheci, como nossas aulas sempre são as primeiras do dia ela ajuda o tempo passar.

Depois do intervalo eu vou direto ao laboratório para a próxima, pego meu lugar e noto que há um livro no banco ao lado, trate se de “A mulher do viajante no tempo”, pego ele e procuro o nome do proprietário, mas não encontro a não ser um perfume que é inebriante, começo a folear o livro em busca de uma pista de quem seja, mas realmente não há. Como hoje o professor resolveu passar um vídeo sobre o aquecimento global e este por sua vez foi produzido pela produtora do meu pai eu o conheço de trás para a frente, então resolvo começar a ler o livro para passar mais rápido. O livro é viciante e quando o professor encerra a aula eu resolvo que irei pegar emprestado o livro até termina-lo e depois deixar no achados e perdidos com um sincero pedido de desculpas para o dono.

- Princesa, Hey! Me espera.

Brad vinha em minha direção quando um ouço o barulho de uma moto derrapando e um cara puto da vida descendo. Brad me abraça e é só o tempo de sentir o calor do seu corpo que ele logo some e como se em câmera lenta eu o vejo sendo segurado pela camisa e o tal cara puto de poucos segundos atrás esta socando o seu rosto.

- Seu mauricinho de merda! Você vai assumir suas merdas daqui pra frente seu moleque fodido! _Ele esbravejava.

Brad nem reagia, uma multidão se aglomerou e os seguranças da escola seguraram o cara puto.

- Você vai assumir aquela criança seu puto. Nem que para isso eu tenha que te derrubar desse berço que você vive!

O cara sai de lá sobe na moto e some. Eu ainda em choque ajudo Brad e quando olho para o lado vejo Chuck rindo e balançando a cabeça.

-Brad o que aconteceu? Porque esse louco te bateu e que porra de filho é esse!?

POV Alex

Para variar a aula está um saco, mais uma vez eles nos enfiam goela abaixo aquele filme sobre aquecimento global, então como de costume eu trouxe meu livro da vez no qual diga se de passagem que estou apaixonada “A mulher do viajante no tempo”, entretendo-me com a leitura o tempo passa. Assim que o prof. encerra a aula eu começo a guardar minhas coisas e meu celular toca é meu pai, e para isso acontecer boa coisa não é.

- Oi Pai. _eu digo quase sem ânimo.

- Alex assim que terminar as aulas hoje por favor venha até meu escritório eu preciso conversar com você. _ Caralho isso realmente não é bom sinal.

- Devo me preocupar? _ já tremendo na base me encaminho rumo a porta aguardando a resposta.

- (risos). Eu sou tão rígido a ponto de um simples pedido ser temido? _ que porra está rolando eu penso.

- Não pai, é apenas que sei lá, você nunca pede isso a não que o assunto seja sério. _totalmente desconcertada eu respondo.

- Alex meu amor apenas venha, o assunto tem suas nuances serias como tem as que irão lhe agradar.

- Ok, eu te vejo mais tarde então pai. _ desligo e sinto como se algo estivesse próximo a acontecer.

Sigo para o intervalo e as horas que me separam minha insana ansiedade do encontro com meu pai.

POV Piper

O Brad parece ter perdido a língua, a cor, a alma, porque a criatura não mexe um músculo se quer. E como paciência não é meu forte eu o pego pelo braço e como vejo Luk estacionando o empurro em direção ao carro, ele como um robô segue aos meus comandos.

- Brad me fala que porra está acontecendo.

- Piper seguinte eu preciso sumir por um tempo, eu sei que estamos juntos a dois anos, mas eu preciso sumir para o bem de todos. _ Incrédula eu o olho, e uma raiva latente me atinge, esse puto fez merda, das grandes.

- Seu retardo o que você fez? Você me traiu? Seu animal, vagabundo, imbecil, eu me entreguei a você e você trai? Qual seu problema!?

Ele em choque começa a chorar e dizer que sente muito e que me ama, mas que não resistiu aos encantos da nova recepcionista do hotel e acabou indo para a cama com ela, e agora ela está grávida dele e o noivo dela o tal cara puto que socou ele descobriu. Diante disso eu simplesmente juntei todas as minhas forças e mandei tudo a merda.

-Seu filho da puta tarado. O cara devia ter quebrado sua cara, me faz um favor some da minha frente, da minha vida e vai tomar no cu! Luk pare o carro agora por favor! _ no exato momento Luk parou. _ - Se você presa pela sua vida fique longe de mim ouviu seu mauricinho de merda!?_ e empurrei Brad para fora do carro.

Luk ficou em silêncio até chegar em casa, e no caminho eu só pensava na merda que havia feito, dediquei dois anos da minha vida num namoro com um pateta bonitão (gostoso tenho que admitir, mas pateta) e agora o puto me trai e ainda arruma um filho. Que porra eu fiz de errado!? Entrei em casa como um raio e fui para o meu quarto, minha vontade era chorar, mas como um estalo me veio à mente – Poxa agora eu não tenho mais nada que me prenda definitivamente aqui. – em meio a essa conclusão eu relaxei e fui pegar meus fones na bolsa quando encontrei o livro e bom pelo resto da tarde iria me dedicar a ele.

POV Alex

Peguei um taxi para ir encontrar meu pai, e assim que eu cheguei a empresa fui para a sala dele. A nova secretária dele é MA-RA-VI-LHO-SA  e chama-se Candice. Após babar um pouco eu aviso que sou filha do Sr. Dimitri Vause e ela me informa que ele está em uma reunião e que terei que esperar. Que novidade meu pai me deixando esperar néam, e para não ficar babando na linda Candice eu resolvo ler meu livro, é quando a primeira notícia de nuance fodida (como diria meu pai) me acerta, eu esqueci o livro no colégio, PQP agora o que tenho a fazer é babar mais em Candice tentar descobrir mais dela ou ir visitar meu irmão. Como a Srta. Candilicius está ocupada eu resolvo recorrer ao peste do meu irmão.

Chegando na sala do Henry sua secretária e também namorada (que também é maravilhosa) Isabelli está toda sorrisos para mim e me informa que posso entrar. Peter é 10 anos mais velho que eu, e preferiu seguir os passos do nosso pai no ramo da bolsa de valores.

- Mas o que essa criança está fazendo perdida aqui? _ como sempre palhaço meu irmão me recebe com um abraço. Ele saiu de casa para fazer faculdade e quando se formou não quis voltar para debaixo da asa de Diane, então é um tanto quanto raro eu ter o prazer da sua companhia.

- Vim aprender a como não viver a vida, otário! _ Ri da cara de espanto que ele fez.

- Porra essa foi na boca do estomago! _ por mais que ele tenha tomado a iniciativa de entrar nos negócios da família era de conhecimento geral que a grande paixão dele era os animais, principalmente os de grande porte. – Magrela você sabe que essa não minha primeira paixão, mas também sabe que não é uma tragédia cuidar do que é nosso!

- Eu sei, só estou irritada, esqueci meu livro e papai me chamou para conversar. _ desabafo a ele.

- To sabendo dessa conversa, tanto que estou aqui esperando para escuta-lo junto com você, parece que o assunto é sério, porque ele quer eu e você juntos. _ nessa hora minha ansiedade e preocupação disputam quem é que toma conta de mim, e o telefone de Peter toca avisando que papai nos espera.

Seguimos mudos até a sala, entramos mudos e permanecemos assim até ver meu pai sair do seu lavabo particular.

- Meus pequenos juntos e calados, até parece que voltamos a época em que vocês aprontavam as suas e sua mãe colocava de castigo para que eu os punissem. _ enquanto ele falava foi inevitável não rir.

- Qual é pai isso faz tempo e o que esperamos hoje não é bronca, correto!? _ Peter indaga buscando um alivio a nossos corações.

- Não filho, por mais estamos na empresa esse é um assunto particular que temos que explanar. _ Ele diz todo formal e sério, dentro de mim está rolando um terremoto com tsunami e logo eu solto.

- Então vai pai larga a bomba e vamos ver o que teremos que fazer. _ Solto de uma vez que é para não perder a boa. E ele começa:

- Bom vocês sabem que vocês são a razão do meu viver e de sua mãe, que estamos juntos a 35 anos e passamos por muitos momentos, tanto bons como ruins, e a algum tempo, temos tomado consciência de que estamos novos e ainda podemos viver mais coisas, porém cada um a seu modo e vontade. _ nesse momento a única coisa que eu consigo fazer é piscar os olhos e olhar para o Peter, que está da mesma forma.

-Então você a mamãe vão se separar? É isso pai? Agora depois de anos você vai largar a mamãe!? _ Peter explode e está da cor de um rabanete. Meu pai se levanta e com toda a postura que sempre nos deu bronca e impôs respeito falou.

- Sua mãe quer me largar e eu darei a ela todo direito se assim ela for feliz. Optei por eu dar a notícia pois sei como ela é sentimental e iria se embaraçar toda. _ A única palavra em minha mente era FUDEU, e meu pai continuou. _ - Irei para um hotel enquanto sua mãe continua na casa, e você Alex eu irei pedir para que dê todo suporte para sua mãe. Ela me falou que você tem falado em trabalhar e ela tem medo de te perder assim como perdeu Peter e bom eu não concordo e o acordo feito foi que você está libera para iniciar em algum lugar que não a exponha a riscos e que não interfira no seu rendimento escolar._ Mais uma vez em letras garrafais berravam em minha mente FUDEU.

Depois disso só fiquei ali de corpo presente, tentei imaginar um futuro próximo, minha mãe solteira, meu pai agora viraria parte daquele escritório fixa, afinal a família já era. Meu irmão me chamou para almoçar e bom que estomago eu tinha para isso? Então decidi ir para casa.

Chegando em casa tudo estava silencioso então mais que depressa me fechei em meu quarto, tomei meu banho, meditei e depois tive uma breve visão de como seria o futuro próximo, eu só preciso procurar um hotel que esteja contratando e começar a colocar meu plano de vida em ação.