POV Rebecca
-E então, você e Sabrina, sei... – falo, seguidamente dando um longo gole em minha água de coco (Ps.: Nunca havia provado aquela bebida, que por sinal é muito boa!).
-O que? – Dylan pergunta com a testa enrugada por ter erguido tanto as sobrancelhas. – Não Becca, claro que não. Somos só amigos... – diz essa última frase vagamente ao olhar para frente onde Sabrina e Giovanna conversavam perto da beira do mar.
-Ai Dy, você é um péssimo mentiroso, sabia? – vejo-o se voltar para mim e não conter o riso.
-O que estou querendo dizer Rebecca é que, eu não quero magoá-la. Não tenho certeza de nada ultimamente, muito menos de meus sentimentos. – diz sincero.
-Entendo... – falo, tomando mais um pouco da água. – Mas você nunca irá ter certeza se não tentar. E digo isso por experiência própria. – arranco um risinho de Sprayberry e sorrio junto.
Apoio minha mão em seu ombro e seu rosto vira-se para mim.
-Se dê uma chance. Você merece e deve isso a si mesmo. – ele assente com um sorriso de canto.
-Obrigado. – agradece e eu sorrio novamente, em seguida deixando o assunto e o clima pesado para trás.
POV Dylan Sprayberry
Respiro fundo após aquela conversa que eu tentara evitar, voltando meu olhar para o oceano. Sabrina ria e se divertia com Giovanna, e aquele sorriso mesmo que não me provocasse a exata sensação da qual Rebecca causava em mim, me fazia sorrir de qualquer maneira. Talvez Rebecca esteja certa. Talvez essa seja a hora de esquecer tudo o que foi e presenciar o que está.
Fico um tempo admirando a garota loira de olhos claros a minha frente. Seu cabelo brilhava de um jeito intenso e era bagunçado pela brisa caribenha. Não demora muito para que ela note o meu olhar focalizado em seu belo corpo. Observo seu sorriso se revelar para mim. Ela acena e eu retribuo.
-Vai falar com ela. – ouço.
-Falar o que? – pergunto a Ryder.
-Sei lá, só vai! – ela diz já me empurrando para levantar.
Rio enquanto me ponho de pé.
-Muito obrigado pela dica! – falo sarcástico, mas sei que ela pode sentir a verdadeira gratidão por abrir meus olhos para o mundo a minha volta.
-Arrasa tigrão! – Rebecca grita brincando assim que me afasto alguns passos.
Não contenho o riso quando a vejo gargalhar.
“Será que um dia eu a verei como uma amiga? Apenas uma amiga?”
POV Rebecca
Sprayberry se move para “longe” de mim. Meu sorriso só cresce ao vê-lo chegar em Sabrina. Imediatamente Gih sai de perto dos dois. Giovanna caminha pela areia e pisca para mim, sabendo provavelmente que fui eu a cupido. Rio e faço um “Tudo bem” com o dedão levantado. Ela ri antes de se juntar a seu namorado, Asa e Thomas.
Butterfield me procura com o olhar e ao meu achar sorri. Eu o chamo para vir até mim com um gesto de mão e ele assente.
-Vem aqui branquelo! – brinco com ele ao ver suas bochechas já rosadas.
Ele ri e se senta ao meu lado na areia em uma sombra que conseguimos debaixo de um coqueiro. Pego o protetor solar e deixo de lado o coco já vazio.
-Ai meu Deus Asa! Se eu não lembro de passar protetor você não lembra, né? – digo dando um leve esporro ao passar o creme por toda sua face.
Ele faz uma careta engraçada e eu não consigo não rir.
-Pronto. – digo finalizando. – Daqui à uma hora tem que passar de novo Snow White! – brinco e gargalho ao ver sua expressão. – Eu te amo tá? – falo em meio aos risos, o puxando para mim.
Enfim, Asa se entrega a brincadeira, começando a rir também.
-Eu também te amo chata. – fala dando um beijo de estalo em meu pescoço que me faz cócegas [...].
POV Giovanna
Fico satisfeita ao ver Sabrina e Dylan se dando tão bem! Carpenter é uma boa menina e tem direito a um cavalheiro como parceiro. Entretanto, nem tudo é um mundo cor de rosa... É, definitivamente não é. Desde aquela noite a confirmação me veio como uma bomba. Mesmo que eu já esperasse o “Sim” depois de dias de atraso, não queria aceitar e nem sabia se ele iria.
-Ei amor... – Dyl me desperta. – Está tudo ok? – eu confirmo com a cabeça, forçando um sorriso.
-Sim, está. – reafirmo.
Dylan sorri e deposita um beijo em minha testa, logo após retornando a conversar com Tom e Will que acabara de chegar à rodinha.
É evidente que não estava nada ok, mas eu não podia conter a ele ali! Porém eu também não poderia ficar adiando ainda mais! Já ia se completar um mês e eu não havia nem criado a coragem necessária para me pronunciar com ninguém e claro, muito menos com O’Brien!
-Dylan... – o chamo calmamente.
Seu rosto se vira para mim.
-Podemos conversar? – pergunto sutilmente. – A sós. – complemento.
-Ah sim, eu acho. – responde desconfiado, se levantando do banco e pedindo licença aos rapazes. – O que houve? – pergunta depois de termos nos afastado para um canto mais reservado.
-Preciso te contar algo que estou adiando... – respiro fundo.
-Então conte! Está me deixando preocupado. – fala com um ar de desespero.
-Promete não ficar com raiva? – o medo da negação me atingia, era quase que instintivo.
-Não posso prometer algo que não sei se poderei cumprir. – a resposta só me deixa ainda mais nervosa, ou melhor, apavorada.
-Dylan, me desculpe... – falo com a voz embargada.
-Desculpar o que? – ele solta a minha mão.
Uma longa pausa se preenche pelo local. Lágrimas escorriam incessantemente por minha face.
-E-eu estou grávida... – sua feição muda repentinamente. – E você é o pai.
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