POV Rebecca
-Vou postar essa, tá? – falo aos braços de Asa enquanto víamos as fotos que tínhamos tirado.
-Ah Becca, olha a minha cara zoada! Posta outra vai!
-Olha, desculpe te dar essa notícia, mas você é estranho assim mesmo, não importa a foto. – eu rio de sua expressão e ele me dá língua, o que só me faz rir ainda mais.
-Sou tão estranho que tenho você como namorada! – brinca comigo.
-Ok, ok! Somos o casal mais estranho e fofo do mundo, gostou? – ele assente rindo e seguidamente me dando um beijo na bochecha.
POV Dylan O’Brien
Fico estacado, não tendo a capacidade de movimentar sequer um músculo. A via chorar desesperadamente em minha frente, mas a verdade era que eu não tinha ideia do que falar, do que pensar e de como agir... “Eu iria ser pai.” Aquela era a única coisa que rodeava incessantemente minha mente.
-Não, não, não... – digo frustrado, bagunçando totalmente meu cabelo.
Minha cabeça estava uma confusão e podia sentir que minhas emoções se misturavam cada vez mais com meus pensamentos, algo altamente perigoso.
-Isso não podia ter acontecido! – altero a voz, porém, não chegando a gritar.
-M-me desculpa Dylan, eu... – Giovanna gagueja com a voz fraca e entrecortada pelo choro, não conseguindo completar a frase.
-Pedir desculpas vai resolver nosso problema?! – pergunto, deixando a raiva antes interna sair. – Isso não podia ter acontecido!
Ela me olha com os olhos totalmente encharcados e tristes. Viro de costas para Giovanna e tento pensar.
-Dylan eu... – mas acabo explodindo.
-NÃO ADIANTA PEDIR DESCULPAS! NÃO ADIANTA, ENTENDE? ESTAMOS COM UM PROBLEMA AQUI DO TAMANHO DO MUNDO E QUEM É A CULPADA É VOCÊ! – as palavras despontam como tiros de meus lábios, e só então percebo que acabei gritando.
Todos à volta nos olhavam perplexos. “Merda...”
-Só não venha atrás de mim. – falo por fim, libertando as lágrimas que tanto segurava caírem.
Viro-me de costas novamente e saio do recinto.
POV Dylan Sprayberry
-E ai, Sprayfruta! – Sabrina me cumprimenta com esse apelido e eu acabo rindo.
-Até você, Carpenter? – ela ri e seu sorriso é tão lindo que me faz perder o fôlego.
-Se divertindo? – ela pergunta ao dar um passo a mais.
-Com certeza! – falo, me recompondo. – Aqui é um paraíso, não é? – pergunto, admirando o belo horizonte.
-É mesmo. – ela assente, acompanhando meu olhar. – Ei, já aproveitou essa água maravilhosa?
Nego silenciosamente.
-Mas pelo que vejo você já. – retiro uma mecha úmida de seu cabelo de sua face.
Ela sorri e eu também.
-Me daria à honra? – ela pergunta, estendendo o braço.
-Será um prazer. – responde, entrelaçando nossos braços.
Carpenter ri e enfim, iniciamos nossa caminhada até a beira, não tão distante.
-Vamos entrar juntos? – pergunto, já experimentando o toque de meus pés na areia molhada.
-Vamos! – Sabrina responde ajeitando o cabelo.
-Um... – conto, segurando sua mão a minha.
-Dois... – ela sorri.
-Três! – e então corremos para dentro do mar.
POV Giovanna
-O que houve aqui? – Hailee chega preocupada junto a Thomas.
-Dylan... – é a única palavra que consigo pronunciar.
-Onde ele está? – Sangster pergunta, mesmo sem saber do que a discussão se tratava.
Aponto para a direção oposta a de que estávamos.
-Vou atrás dele. – anuncia, seguidamente dando um selinho em Haiz. – Cuida dela, ok? – ela assente, e assim, Sangster sai bar afora.
-Venha meu amor. Vamos. – Haiz me apoia em seu corpo e devagar, nós nos retiramos dali.
-Sente aqui. – Steinfeld me ajuda a sentar em um canto mais reservado do bar restaurante. – Quer um copo d’água? – eu assinto, soluçando.
Uns dois minutos se passam e a água chega.
-Aqui, Gih. – ela me dá o copo de vidro com certo cuidado, se certificando de que eu segure firme.
Tomo os goles sem demora e reentrego o recipiente para a mesma.
-Está melhor? – pergunta, se sentando a minha frente.
-Sim. – falo, tentando não chorar mais.
-Quer me contar o que houve? – sua voz doce me trazia a calma de que eu precisava, mas não a que queria.
-Eu estou grávida, Hailee. – minha voz não falha e eu não gaguejo, sendo um bom começo.
Tento não encará-la, pensando que iria ver o desaponto em seus olhos.
-Ei... – ela levanta meu queixo suavemente. – Está tudo bem. – assente deixando escapar uma lágrima, mas com um sorriso reconfortante nos lábios vermelhos.
-Não, Haiz. Não está. – digo tristemente.
-Está sim. – ela reafirma, segurando minhas mãos. – Convenhamos que essa notícia seja um pouco inesperada, ainda mais para Dyl... Mas pense, Giovanna. Você será mãe! Isso é uma benção indescritível! – eu nunca havia parado para pensar no lado positivo disso tudo...
Talvez pelo simples fato de que só pensava que essa criança seria um fardo para todos.
-E eu... – apreciava o delicado rosto de minha amiga se encher de lágrimas. – Eu vou ser titia! – diz extremamente animada, me fazendo rir.
-Mas Hailee, Dylan não... – ela me corta.
-Ele vai sim, Gih. Eu o conheço. O’Brien só está assustado, nada mais. Sei que quando se acalmar irá notar o quão feliz é por se tornar pai, e ainda mais... – Hailee seca uma lágrima que caía sob minha bochecha. – A mãe desse bebê é a mulher de sua vida.
O choro não tinha mais espaço para ser preso. “Como pude ser tão estúpida com Hailee?”
-Haiz, muito obrigada. – a abraço com força, sem antecedentes.
-Não tem o que... – a interrompo.
-Eu te amo. – digo segura de mim mesma e de minhas palavras.
Ela se desvencilha carinhosamente do abraço, deixando a mostra seu sorriso sincero.
-Eu também te amo. – retribui com mais um abraço.
As melhores amizades são aquelas que surgem do inesperado e impossível.
POV Sabrina
Nossos risos enchiam o atmosfera de alegria, e principalmente minha alma.
-Quem poderia prever que um dia estaríamos assim? – Dylan joga a pergunta no ar.
-Assim como? – pergunto, deixando meu corpo relaxado na água relativamente calma com poucas ondas.
-Amigos. Quer dizer, eu nunca imaginei que me tornaria amigo da espetacular Sabrina Carpenter! – sinto minhas bochechas corarem, mas rio.
-É, amigos... – só tomo consciência de que havia recitado aquilo em alto e bom som quando Sprayberry se aproxima de mim e fala:
-O que foi?
-Ah nada... – falo atrapalhadamente, o fazendo rir.
-Vamos, diga! – me motiva.
-Não é nada, Dy. Esqueça. – finjo dar de ombros.
-Ah não! Agora terá que dizer! – diz me puxando para si.
-Quer mesmo que eu fale? – pergunto com seu rosto tão perto do meu que consigo sentir sua respiração.
-Sim. – assegura, acariciando minha face.
Seu toque me faz delirar. Seus lábios são uma tentação tão grande que não consigo me controlar, ou ao menos pensar.
-Eu só... – invento uma mentira, mas paro imediatamente.
Aquele sentimento só estava me torturando, e por isso não devia mais guardar.
-Você só? – ele me incentiva a continuar.
-Eu simplesmente... – respiro fundo e repentinamente, a coragem me invade. – Gosto de você. – sua feição não muda muito, mas vejo a surpresa em seu olhar. – E antes que você diga algo como: “Eu também gosto de você, afinal somos amigos.”... – o vejo rir. – Não, é algo mais que amizade. – por fim, a coragem que me transbordou por apenas poucos e esplêndidos segundos se vai.
-Na verdade, eu não ia dizer isso. – Dylan se aproxima ainda mais de mim e praticamente cola nossos corpos.
Ele repousa uma de suas mãos em minha cintura e a outra em meu pescoço.
-Pensava que nunca a ouviria admitir. – um sorriso surge em minha face logo antes de sentir seus lábios selados aos meus.
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