POV Sabrina
Paramos o beijo por ausência de opção já que o oxigênio nos faltava.
-Sabrina... – Sprayberry levanta meu queixo com cuidado.
Nossos olhares se cruzam.
Sua mão afaga minha bochecha.
-Sei que não é isso que quer ouvir, porém não posso te oferecer nada mais que uma tentativa por enquanto. – suas palavras me deixam confusa momentaneamente, mas logo tudo vem à tona.
-Você ainda gosta de Rebecca. – concluo, relembrando de nossa conversa na noite anterior.
-Quem dera se fosse apenas isso... Minha situação é bem mais complicada. – ergo as sobrancelhas em forma de dúvida. – A verdade é que eu não sei o que sinto. – ele respira fundo desviando o olhar, em seguida retornando a me encarar. – Ás vezes consigo ter a certeza que superei, mas logo depois essa confiança se vai e tudo desaba sobre mim... – vejo sua angústia e só me odeio por ser tão impotente. – Mas eu te prometo, farei o possível e o impossível para mudar... Para tomar uma decisão.
Eu balanço a cabeça em afirmação e retorno a aproximar minha boca da sua.
-Isso é muito mais do que já fizeram por mim. – sem mais delongas, o beijo novamente. (Link 1)
POV Rebecca
-Amor, estou com sede. – falo manhosa.
-Está quente mesmo. – Asa reafirma e eu assinto. – Quer ir comigo ou vai ficar aqui?
Penso bem, o que o faz rir.
-Vou com você. – digo por fim.
Levanto primeiro já que antes estava sentada em seu colo e seguidamente Butterfield faz o mesmo.
Caminhamos calmamente pela areia de mãos dadas e conversando sobre assuntos aleatórios.
O sol estava com tudo, afinal estava perto do meio dia, porém, parecia que ninguém, muito menos o nosso grupo, estava disposto a abandonar aquela praia maravilhosa.
-Vai querer o que, Becca? – Asa pergunta olhando o cardápio, mas não estava a fim de tomar nada que não fosse uma bela água bem gelada.
-Só água. – respondo.
Apoio a cabeça em seu ombro e recebo um beijo em minha testa.
Enfim meu namorado pede as bebidas. Para mim a simples água e para ele uma bebida típica da região feita com água de coco, groselha, abacaxi e banana.
-Corajoso você. – falo dando longos goles na água revigorante.
-Sou, bastante. – fala um pouco receoso ao pegar seu coquetel.
-Essa eu quero ver.
O observo dar um pequeno gole em sua bebida.
-Meu Deus, Rebecca... Isso é muito bom! Você tem que provar! – anuncia animado com sua nova descoberta.
-Eu não. – nego fazendo uma careta de desgosto.
-Você não sabe o que está perdendo. – Butterfield diz bebendo mais do líquido no recipiente de vidro.
-E nem quero saber. – retruco.
Asa me dá a língua e eu gargalho.
-Vem aqui, seu chato. – o puxo com cuidado pela nuca e beijo delicadamente seus lábios. (Link 2 )
-Pelo menos o gosto é bom. – falo, o que o faz rir.
-Te convenci a provar? – eu balanço a cabeça e ele bufa, frustrado com minha decisão.
-Talvez eu precise aprofundar um pouco mais... – digo mordendo seu lábio inferior, seguidamente o beijando.
***
-Hey Bec... – escuto a voz de Will.
Asa e eu, ambos rindo, paramos o beijo com outro selinho.
-Por que eu sempre chego nos piores momentos? – Elly pergunta aparentemente para si mesma.
Poulter gargalha assim como nós.
-Mas já que atrapalhamos, pelo menos vamos atrapalhar por um motivo certo? – ele pergunta para a garota ao seu lado.
-É o mínimo, eu acho. – Ellery responde deixando escapar um riso.
-Então casal 20, cadê o resto do pessoal? - Will pergunta.
-Ótima pergunta, cara. – Butterfield olha a nossa volta, procurando qualquer sinal dos outros.
-Bom, eu sei que Sabrina e seu irmão estão no mar... – falo olhando para a linda menina a minha frente. – Tirando eles, não sei muito mais que vocês.
-Acho que eu tenho uma pista de onde estão Hailee e Giovanna. – Poulter fala com seu olhar fixo a sua esquerda.
-Ond...? – antes que eu terminasse a frase, ele aponta para o local onde seu foco estava.
Eu acompanho a referência e vejo as duas, Haiz e Gih, abraçadas e sorridentes andando em nossa direção.
-E ai meninas! – Asa fala com um sorriso, tão impressionado quanto eu em vê-las tão próximas, literalmente. – Posso saber o motivo de tal felicidade?
Hailee troca olhares comunicativos com sua amiga, até enfim, Gih assentir.
-Bom, temos uma extraordinária surpresa...
-Conte! – Elly a motiva, curiosa.
-Giovanna está grávida.
Juro que meu queixo caiu uns trinta andares.
-Meus parabéns! – Will é o primeiro a se movimentar.
-Obrigada. – Giovanna responde com um sorriso tímido após abraçá-lo.
-Igualmente, Gih! Sei que será uma mãe incrível! – Ellery a abraça e a mesma aceita o gesto de carinho sem hesitação.
-Obrigada, loirinha.
Finalmente consigo me mexer depois do choque que levara. Desço do banco logo após de Asa.
-Parabéns, Gih. – ele a abraça e deposita um beijo em sua bochecha.
“Se controla, Rebecca.” Se eu estava com ciúmes e não tinha entendido o motivo do MEU namorado tê-la beijado sendo que nem mesmo Will o fez? Não, imagina.
-Parabéns. – a abraço com um sorriso, não tão grande como eu queria, mas não podia fazer nada se os ciúmes invadiam meu subconsciente.
-Obrigada por todo o apoio gente! – ela agradece quando nos desvencilhamos e eu volto para o lado de Butterfield.
Asa rodeia seu braço em minha cintura e me puxa para mais perto. Eu não me faço de difícil e nem nada, só não o abraço como de costume.
Acabo me distraindo da conversa que acontecia, somente observando a bela vista do horizonte infinito.
-Ei... – Asa diz olhando para mim.
Volto meu olhar para sua face, porém sem me manifestar com palavras.
-Está tão quietinha. – ele fala afagando minha bochecha.
Eu apenas dou um meio sorriso e me viro novamente para o oceano.
Butterfield parece dar de ombros e não insisti, e isso me deixa ainda com mais raiva! “Ele ainda não entendeu? Quando eu demonstro para não insistir é justamente para fazer o contrário!!!”
-Me deem licença. – digo me desvencilhando de Asa e saindo sem uma explicação óbvia para a surpresa de todos.
Saio do recinto e retorno a pisar na areia macia, voltando a sentar no lugar de antes, que por sorte (ou algo mais) ainda não havia sido ocupado desde então.
Encosto-me na palmeira mais próxima a meu corpo e relaxo. Fecho os olhos e aprecio a brisa marítima entrando em contato com minha pele. Respiro fundo e os abro novamente. Observo o oceano tão vasto à disposição de minha vista e deixo os problemas (e meus ciúmes) de lado.
Posso apostar que fiquei ali, inerte, apenas aproveitando o ambiente paradisíaco por pelo menos uns dez minutos e a única coisa que me deteve a não continuar foi o toque de meu Iphone.
Não sei por que assim que abri a bolsa e peguei o aparelho um calafrio percorreu por todo o meu corpo.
“O que será que aquela ligação guardava para mim?”
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