Sicheng sentia-se o sortudo mais azarado do mundo. De certa forma, Yuta havia dito que queria pegar o chinês, mas ele não tinha certeza disso. No caso, o japonês havia perguntado para Taeil se o Dong iria na festa do colégio que ocorreria naquele fim de semana. E não, ele não iria, havia gastado todo o seu dinheiro com a entrada para outra festa que aconteceria na semana seguinte e, sinceramente, não tava afim de gastar sua noite de sábado cercado por maconheiros e gente bêbada (nada contra, mas nada a favor também). Mas se Nakamoto havia concordado em ficar com ele na festa, ele concordaria em ficar consigo no colégio, certo? Certo, haviam apenas alguns problemas: encontrar o castanho e tirar Hansol do seu pé. Já havia perdido as contas de quantas vezes o loiro passara por si perguntando se havia visto o japonês por aí.
Diferentemente do Ji, Sicheng não ficava procurando por Yuta pelo colégio, ele esperava que o japonês viesse até si. Por isso, o chinês enfurnou-se na sala do grêmio (amém Moon Taeil que não saía de lá) e ficou ali até que o Nakamoto chegasse. O Dong teve que matar uma aula para isso, não matem aula, não sejam Dong Sicheng.
Estavam presentes na sala Taeil, Yuta, Sicheng, Taeyong, Jaehyun e Chittaphon (incrivelmente ele não estava jogando tênis de mesa naquele dia). Nakamoto estava sentado numa banqueta, localizada entre o computador e o sofá, sim, havia um espaço mínimo ali. Sicheng implorava a Jaehyun para que ajudasse-o.
–Senta aqui.– Jaehyun disse levantando-se do sofá, liberando o espaço mais próximo de Yuta.– Vem ver esse meme no celular do Ten.
–Isso, vai lá.– confiante em seus potenciais de cupido, Taeyong empurrou Sicheng.
O chinês por pouco não caiu em cima de Yuta, por pouco. Olhou para o Lee como se fosse matá-lo e este apenas sorriu, falando para que o Dong sentasse de uma vez.
É, Sicheng riu, mas riu de nervoso, até porque, o meme nem era tão bom assim, evocacava referências da década de 0, por favor né amigos?
–Yuta...– chamou baixinho.– Yuta, não me ignora pô.– aumentou o tom de voz, chamando a atenção do japonês e de todos ali presentes, corando com a atenção recebida.
–Ah oi.– desgrudou os olhos do celular, olhando para o Dong.
–Posso falar contigo?– a cada palavra que saía da boca do chinês, a voz dele diminuía.
–Claro.– sorriu. Cu. Foi tudo o que Sicheng pensou.
Saíram da sala do grêmio, o chinês tremendo mais que aquele presidente do Brasil, o Michel Treme.
O desespero do menor apenas aumentou quando o japonês parou bem em frente a sala, afinal, havia uma enorme janela ali, Taeil com certeza iria olhar, aquele sem vida.
–Então... O Jae falou com você né?– encarou o chão, desejando estar estirado nele.
–Falou sim.
–Vai rolar?
–Vai sim, vamos?
Sicheng se gelou inteiro. Não passava nem wi-fi, vocês sabem onde. Ele apenas assentiu e começou a andar, como se soubesse para onde ia. As mãos do japonês repousavam sobre si, apenas aumentando o desespero de Dong. Subitamente, as escadas pareceram uma opção.
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