História S.O.S Stiles Ao Mar - E Agora? (PARTE 2)

— Aí é que você se engana, Derek. — Falei tentando manter o mesmo tom de voz superior que ele tinha, mas falhei miseravelmente. Derek já tinha voltado ao normal, mas ele parecia me assustar ainda mais assim. Eu sabia que o que tinha feito por Theo me colocaria mais uma vez na linha de frente, sem armadura e praticamente implorando para uma espada cortasse minha cabeça, mas mesmo assim, eu não podia deixar Theo ser morto, embora soubesse que ele nunca deveria ter se metido em uma briga com quem apenas com um olhar o venceu. Tenho certeza de que se quisesse realmente, Derek poderia ter matado Theo antes de qualquer um de nós dois perceber, ele parecia mesmo estar é querendo brincar com Theo, talvez a conversa sobre descontar sua raiva seja mesmo verdade — Eu sabia das consequências quando me intrometi, eu não vou deixar que mate Theo, mesmo que isso signifique me matar. Mas, bem... se me matar e depois querer matar Theo... eu não vou poder fazer nada, já vou estar morto... mas talvez Theo consiga escapar... não... Derek não deixaria... ele vai matar todo mundo. — Parei de falar comigo mesmo quando vi o olhar questionador de Derek, será que lobisomens tem uma audição mais aguçada, como nos cães? Bom, não seria uma total surpresa, mas ele bem que podia não ter, assim não teria ouvido o que eu disse. Infelizmente sua expressão me dizia exatamente o contrário, meu corpo que já estava tremendo levemente, parecia estar passando por um terremoto agora, e dos grandes — Estou fodido! — Sussurrei mais uma vez, mas sabendo que Derek ouvira muito bem.

— Você não tem ideia. — Derek falou já parando na minha frente. Meu coração acelerou e tenho certeza que estaria beijando o chão agora se não fosse o fato do lobo mal a minha frente estar segurando firmemente na minha cintura, além, é claro, de praticamente estar estuprando minha boca como se fosse a coisa mais urgente que ele tivesse de fazer. Não que eu não quisesse, eu estava simplesmente amando, o beijo dele era melhor do que imaginei e olha que mal tínhamos começado, mas fui pego de surpresa e a selvageria que ele estava usando não me agradava muito. Fiz força para me afastar e consegui sem resistência nenhuma dele, já comecei a esperar o típico discurso de “Desculpa, isso não devia ter acontecido”, mas como era de Derek que estou falando, desculpas seria algo bom demais, provavelmente um rosnado, garras, dentes e minha morte. Mas Derek desceu da minha boca, fazendo um caminho pelo meu maxilar e indo até a base do meu pescoço, eu podia sentir suas presas arranharem minha pele e os leves gemidos que dei foram inevitáveis. Derek parecia estar gostando de ouvir eu gemendo e começou a morder meu pescoço, com muito mais força, eu não entendia o que ele estava querendo fazer com isso, mas provavelmente era algo de seu lado sobrenatural. Eu dei um pulo, ou quase, já que Derek ainda me segurava, a ereção dele estava da minha. Minha pele estava ardendo, com poucas coisas tão simples, Derek me deixou completamente duro, e ele não ficava para trás. As coisas estavam indo longe demais, eu não faria sexo em salão onde qualquer um poderia entrar, ainda mais com Theo quase morto no chão não tão longe de nós dois. A ideia era excitante, mas eu não deixaria isso acontecer e quando Derek pôs a mão sob minha camisa eu resolvi tomar uma atitude e o empurrei para longe, suas mãos se soltaram da minha cintura e uma distância que eu considerei segura foi estabelecida entre nós, mesmo que o vazio que senti tenha sido enorme, eu precisava me controlar. Um dos meus problemas foi tentar esconder minha ereção, o pior é que eu ainda estava de pijamas, todo esse tempo e eu só fui perceber agora, meu outro problemas era tentar não olhar para ereção de Derek, que não era nada discreta naquela calça dele, e para complicar minha vida, ele estava mexendo nela, não sei se para ajeitar ou deixar ainda mais marcada, conhecendo o novo Derek, diria que a segunda opção seria mais adequada à ele — O que foi? Não era o que estava querendo esse tempo todo? — Ele perguntou fechando a cara mais uma vez e minha vontade de beijar ele só aumentou.

— Sim, mas... — Minha voz falhou, eu tinha admitido aquilo tão facilmente para ele? Era verdade, mas eu queria me fazer um pouco mais de difícil, não queria que Derek ganhasse de uma forma tão simples. O sorriso convencido que Derek tinha me deixava com muita raiva — Eu não vou transar com você aqui! Não pense que vai ser assim! — Gritei irritado e dei as costas para ele, indo na direção da saída, eu iria até a enfermaria para pedir à alguém que me ajudasse com Theo, espero que Derek não estivesse mais aqui quando eu voltasse — Seu idiota!

— Você não entendeu, Stiles. — Ele me agarrou por trás e deixou que sua barba arranhasse minha nuca, eu tentei me soltar, mas estava sendo vencido novamente — Quando eu disse que as coisas não seriam como você esperava, eu não estava brincando. Desta vez, você fará tudo o que eu quiser e sabe que todo esse drama que está fazendo, é apenas uma das muitas formas de disfarçar seus verdadeiros desejos. — Ele sussurrava no meu ouvido, beijando o lado do meu rosto e pescoço. Meu corpo se desmanchava todo nos seus braços, eu nunca achei que ficaria tão frágil perto de alguém, Derek tinha um controle sobre mim, que nem mesmo eu achei ser possível existir, sempre achei que não seria dominado por ninguém, doce ilusão — Lobisomens tem poderes bem peculiares, podemos sentir as emoções dos outros com odores específicos de cada estado emocional, neste momento, tudo o que eu sinto vindo de você, é excitação e um pouco de raiva. A excitação é algo óbvio, mas raiva? Talvez não esteja gostando da forma que seu corpo reage a mim, por que simplesmente não admite? Está tão entregue a mim, que sequer percebeu que já está sem camisa. — Até o momento, eu tinha ignorado boa parte de suas falas, mas sua última frase fez com que eu despertasse da minha bolha de luxúria, olhei para baixo vendo meu peito nu e minha camiseta nas mãos de Derek. Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, Derek me virou de frente para si e mais uma vez forçou um beijo, mas eu logo retribui, com o máximo de intensidade que podia. Passei meus braços por trás de seu pescoço enquanto uma de suas mãos parava nas minhas costas, me pressionando ainda mais contra si, enquanto sua outra mão apertava, nada delicadamente, minha bunda.

— Que palhaçada é essa Derek!? — Uma voz grossa ecoou por todo o salão me assustando e fazendo com que Derek soltasse um som entediado. Quebrei o beijo o mais rápido que pude, mesmo Derek tentando o manter — Sabe quantas pessoas vieram até mim, desesperadas, dizendo que queriam ir embora por causa dos monstros no cruzeiro!? — Uma onda de alívio passou por mim, por um momento achei que toda aquela raiva se devesse ao fato de Derek estar me beijando, mas aparentemente isso não era muito importante para essa pessoa — E que coisa é essa aí no chão!? Você matou o garoto!?

— Dá um tempo, Peter! — Derek rosnou do nada me assustando, finalmente consegui pegar minha camiseta que Derek segurava com tanta força e a vesti, graças a todos esses sustos, minha felicidade passou, então me virei de frente para o tal de Peter e ele até que era bonito, devia ter quase quarente, mas aquela blusa colada denunciava bem seus músculos, com certeza era sarado. Como se lesse meus pensamentos, Derek aumentou o aperto em seus braços que tinham caídos para minha cintura, não demoraria para todas as marcas dos apertos que Derek fez em mim, aparecessem — Esse garoto mereceu, mas ele ainda está vivo, eu poderia ter o matado. — Derek fala com um tom de voz estranhamente divertido, desvio meu olhar para seu rosto e vejo seus olhos brilhando em vermelho, juntamente com aquele sorriso estranho, lhe devolvendo o aspecto que eu tanto odiava de psicopata — Além disso, eu estava ocupado, caso não tenha prestado muita atenção. Então, vai embora e tranque as portas quando sair, não quero ser atrapalhado de novo.

— Ah, mas não vão mesmo! — Peter falou vindo até nós — Se querem se comer, que seja no quarto de um dos dois! Sabe quanto trabalho estamos tendo para apagar a memória recente dos passageiros e substituir por memórias alegres com nem um traço de monstros? — Ele perguntou exasperado enquanto mexia no celular — Caso a resposta seja não, muito! Estamos tendo muito trabalho! Agora vão se foder em outro lugar!

— Eu vou é embora! — Aproveitei o momento de distração de Derek e escapei de seu aperto, correndo mais uma vez para longe dele. Eu não podia deixar que aquilo acontecesse tão facilmente, eu não me entregaria assim para Derek. Já tinha saído do salão quando olhei para um lado e vi alguns enfermeiros vindo com uma maca na minha direção, eles pareciam saber bem o que tinha acontecido, o olhar que a mesma enfermeira que pediu para Lydia ficar quieta mais cedo, me direcionou, mostrava que eles sabiam tanto quanto eu. Não seria uma má ideia fazer amizade com ela, talvez me contasse o que eu queria saber. Despertei me arrependendo de ter ficado parado ali quando mais uma vez Derek me segurou. Desta vez ele foi mais rápido ainda, me prendendo contra a parede — Me deixa, Derek!

— Quantas vezes eu vou ter que dizer? — Ele perguntou e eu logo entendi do que ele estava falando — Você vai fazer o que eu quiser, e acho que o conselho que Peter deu... — Ele parou propositalmente e me senti extremamente ansioso e cheio de medo do que ele diria, apesar de ter uma grande suspeita — Não é uma má ideia.