1. Spirit Fanfics >
  2. S.O.S Stiles Ao Mar >
  3. Um Carneiro Entre Lobos

História S.O.S Stiles Ao Mar - Um Carneiro Entre Lobos


Escrita por: ApenasEu2

Notas do Autor


Oiiiieiee
Não esqueçam, se vocês quiserem fazer pergunta aos personagens, já vão as deixando nos comentários!
Boa leitura!

Capítulo 8 - Um Carneiro Entre Lobos


 

Me esforçando um pouco, consegui abrir meus olhos, a claridade logo me forçou a fecha-los e minha cabeça começou a latejar. Senti todo meu corpo doer e ouvi ele estalar enquanto me levantava, parecia que estava em uma grande ressaca. Abri os olhos novamente e fiz força para mantê-los abertos, logo que meus olhos se acostumaram pude ver aonde estava, com certeza era a enfermaria do cruzeiro. Olhei para os lados e percebi que não havia muitas pessoas ali, e as outras que estavam eram apenas crianças. Me pergunto se estou na ala infantil, ou se é só as crianças que passam mal em alto-mar. De longe consegui focar em quem entrava na enfermaria, Theo e Lydia vinham apressados, mas aparentemente aliviados, até mim.

— Stiles! Que bom que acordou, eu já estava muito preocupada. — Lydia falou e se jogou em cima de mim, me abraçando. Ela com certeza deve ter ouvido eu resmungando que estava com cor, mas não pareceu ligar muito, sendo que a pouco disse estar preocupada, com certeza ela distorcia um pouco as definições de certas palavras — O que foi que aconteceu contigo? Saiu ontem de noite e não voltou, Theo lhe encontrou praticamente desmaiado perto da piscina! E você estava um inferno de febre! — Nunca ouvi Lydia falar assim, ela realmente parecia preocupada, não que essa parte fosse incomum, mas ela sempre soube muito bem como manter a postura na frente dos outros, dificilmente se descabelava, como é o caso de agora, na frente de pessoas estranhas, como Theo. Eu queria falar para Lydia o que tinha acontecido, de verdade, e não era nem mesmo o fato de Theo estar ali que me impedia de fazer isso, mas eu não quero envolver mais ninguém nisso, muito menos Lydia, minha melhor amiga e a primeira de nós dois por quem Derek mostrou ódio. Não tenho ideia do que poderia acontecer se eu o fizesse, mas também não quero nem descobrir — Nem adianta fazer essa cara de “É melhor você nem saber, pode acabar dando merda”, eu quero saber e é já!

— Senhorita, desculpa, mas não poderia abaixar um pouco o tom de voz? — Uma enfermeira para ao lado de Lydia e fala um pouco envergonhada, na verdade não sei se era vergonha ou medo, Lydia tinha a melhor expressão de “Morre” possível — É que há muitas crianças aqui e seria melhor se não a perturbássemos.

— Tudo bem. — Falei chamando a atenção deles, minha garganta estava seca e me incomodava bastante, não pensei que seria tão ruim falar agora — Nós já vamos sair e até sairmos Lydia não vai dar um pio. — Falei e me levantei da cama com muito esforço, acho que todo esse esforço que tenho fazendo para coisas tão pequenas não se devem ao fato do que aconteceu ontem, embora eu ainda não entenda bem o que tenha sido, mas sim ao fato de eu estar ficando sedentário. Acho que sempre fui um pouco, mas nos últimos meses está por demais, parece que todo dia que acordo alguém derruba algumas toneladas nas minhas costas, e isso só piorou quando vim para esta viagem que deveria ser perfeita, mas está passando longe disso. Theo me ajudou a levantar mas não seria tão fácil me conquistar de volta, quer dizer, ele meio que já fez isso de algum modo ainda desconhecido por mim, mas ninguém precisa saber disso — Obrigado Theo, por ter me encontrado e trazido para cá, mas ainda estou bravo contigo. Não vou esquecer tão cedo que me apostou sem hesitar, e que estava disposto a apostar mais uma vez. — Theo fez um bico no mínimo fofo, mas mesmo querendo achar aquilo a coisa mais linda do mundo no momento, os olhos vermelhos de Derek não saiam da minha cabeça. Não tenho medo nenhum de dizer que era a uma das cores mais lindas que já vi, juntamente com os olhos verdes do próprio Derek, notei que pouco antes de ficar vermelho, os olhos verdes dele pareciam queimar em chamas verdes, e quando voltava a cor verde logo depois de se tornar vermelho, ganhava um tom opaco, mas igualmente encantador. Fazer o que se tenho uma queda por homens com olhares sombrios, está certo que só descobri essa queda com Derek, pois badboys nunca foram muito a minha praia, esse negócio de pessoa bom se apaixona por pessoa má, não é bem uma realidade para mim. Lydia já desenvolveu a teoria de que, na verdade, eu sou a pessoa má, por isso só me apaixonava por pessoas boas, e por um tempo cheguei a acreditar nisso, mas percebi que não era bem assim e agora Derek só me confirmou isso, ele com certeza era mal e eu... devo ser relativamente bom. Antes de sair da enfermaria olhei no relógio preso na parede, meio dia e meia, pelo menos meu corpo sabe que comida é algo importante e eu não posso deixar passar o horário do almoço sem comer nada — Quero ir almoçar. — Falei simples e como estávamos fora da enfermaria, Lydia não segurou a língua.

— Nós acabamos de sair de lá, se eu voltar vão pensar que quero mais comida e não quero que os boys pensem que como igual a uma ogra, eles vão ficar desinteressados. — Lydia falou fazendo uma careta como se fosse a pior coisa que poderia acontecer com ela — Por favor, Sti, não me faz passar por isso.

— Está tudo bem, Lydia. — Theo falou sorrindo e se aproximando mais de mim, ele não ia desistir — Eu vou com ele, pode voltar ao que estava fazendo.

— Ou seja, nada com nada e mais um pouquinho de nada, só para dar uma variada na sua rotina. — Não aguentei e falei, eu não estava bravo nem nada, mas era óbvio que não estava em um dos meus melhores humores, isso para muitos. Na verdade eu sou assim em casa, na escola e em todos os lugares, mas quando cheguei aqui quis tentar mudar um pouco isso, deixar o sarcasmo de lado e tentar ser um bobo alegre que muito esperam, estava dando certo e sinceramente espero que continue, não quero estragar o resto da minha viagem. Meu estômago roncou e eu decidi que o melhor a se fazer era comer, fui na frente com uma certa pressa e logo Theo estava ao meu lado, não tendo dificuldade alguma em me alcançar. Cheguei no salão e logo procurei uma mesa, assim que encontrei fui até ela e deixei que Theo pedisse por mim, realmente não estava com vontade. Algo parecido com um choque me fez ficar com a postura totalmente ereta, olhei para um lado e vi Parrish me encarando, a mesa dele era logo ao lado da minha. Parrish tinha um sorriso estanho, muito mais macabro de quando o vi nas outras vezes, aquilo com certeza era entendido como uma grande ameaça por meu corpo. Theo se remexia inquieto na minha frente, parecia um tanto nervoso e bravo, coisa que só piorou quando senti uma enorme presença atrás de mim. Apesar de ter certeza, eu precisava confirmar, e foi por causa dessa estúpida ideia que dei de cara com as costas de Derek, sua cadeira estava, no máximo, a vinte centímetros da minha, e considerando o enorme espaço que o salão tinha, esses vinte centímetros não serviam de nada. Eu conseguia sentir muito bem sua presença, mesmo tendo aproximado minha cadeira da mesa. A postura de Theo não passou despercebida por mim, com certeza ele também era mais do que se deixava mostrar. Theo estava bem na minha frente, Parrish a minha esquerda e Derek bem atrás de mim, se fosse necessário, ainda tenho como fugir pelo lado direito, torcendo para que Derek não resolva mostrar seus poderes em meio a tanta gente, e é claro, pedindo à Deus que nem Theo ou Parrish resolvam se transformar aqui, acreditando que eles não são simples humanos. A comida chegou e eu me apressei em começar a comer, queria sair dali o mais rápido possível. Enquanto comia, acabei tendo uma ideia, ia ser loucura e com um alto risco de morte, mas ainda assim, queria descobrir isso. Terminei de comer e chamei o garçom para que viesse recolher os pratos, já que estava saindo. Depois dele ter limpado a mesa, comecei a botar meu plano em prática — Anda, Theo, não quero ficar aqui. — Chamei e logo Theo estava do meu lado, me levantei da cadeira e chutei a mesa, empurrando ela de propósito e caindo no chão, o problema é que a mesa foi junto então tudo o que estava em cima dela, agora estava jogado no chão. O que me doeu foi o trabalho que eu vou fazer a pessoa responsável por limpar isso tudo passar. Me fiz um pouco de vítima escandalosa, dizendo que perna toda estava doendo, em segundos uma roda de pessoas estava em volta de mim, Parrish não era exceção. Quando ele se abaixou ao meu lado estendendo a mão, eu rapidamente peguei a faca que tinha escondido e o puxei para perto de mim, passei uma mão em volta de seus ombros e o prendi, ele parecia estar gostando, mas não durou muito, enfiei a faca bem abaixo do meu braço, aonde ninguém veria tão cedo. Ele pareceu ter se assustado um pouco, mas logo voltou ao normal, ou seja, ele não era um lobisomem, se não a prata teria algum efeito além de dar um susto. Mesmo que não seja no coração, é de se esperar que ele pelo menos grite de dor, afinal é prata, tipo, veneno para lobisomens. Escondi a faca e o empurrei para longe, voltando ao chão e esperando Theo vir até mim, e ele veio. Fiz a mesma coisa, só que no lado da sua cintura, mais uma vez não aconteceu nada, Theo também não era lobisomem, ainda me restava Derek. Ele estava no seu lugar comendo tranquilamente como se nada tivesse acontecido, talvez ele tivesse percebido minha mentira. Me apoiei mais uma vez em Theo e fiz com que ele me levasse até mais perto de Derek, dizendo que queria me sentar. Theo pegou a cadeira que estava ao lado de Derek e isso não ter o agradado muito, quer dizer, Derek naturalmente tem a cara emburrada, mas não é difícil dizer quando ele está realmente zangado. Theo me colocou na cadeira e eu logo fingi que estava tonto, escorregando da cadeira e indo direto para o chão, e eu estava bem ao lado de Derek, como eu queria. Enquanto caia no chão, peguei a faca e cravei na coxa de Derek. Quando atingi o chão, fui logo acudido pelos outros. Pedi para Theo que me levasse ao meu quarto e dei uma boa olhada no que tinha acontecido. A mesa toda virada, várias coisas espalhadas pelo chão, pessoas aparentemente preocupadas comigo, um Parrish sem o típico sorriso, agora com um olhar convencido e desconfiado ao mesmo tempo, um Theo muito preocupado e atencioso, e por último, Derek, que brincava com a faca na mão e me olhava com os olhos brilhando em chamas verdes, ele com certeza estava se controlando ao máximo. Com tudo isso, eu cheguei à conclusão de que todas as minhas outras conclusões estavam erradas, Derek era um lobisomem, disso não há dúvida alguma, e mesmo assim a prata não fez absolutamente nada, duvido que realmente seja verdade esse negócio de prata ser o único método de matar lobisomens, porque ela simplesmente não funciona! E se não funciona no lobisomem Derek, por que funcionaria nos possíveis lobisomens Parrish e Theo? Eu simplesmente estou ferrado, quando achei que tinha descoberto algo, percebo que ainda não sei de nada.

— Eu ajudo você a levá-lo para o quarto. — Derek disse se levantando e mais uma vez a verdade se fez presente, eu estou ferrado de corpo e alma.

 


Notas Finais


Comentem o que estão achando, suas teorias, perguntas ou só besteirinhas mesmo!
Adoro ler os comentários, falando nisso, não respondi do capítulo retrasado porque não tem mais graça, não dá para fazer um mistério quando já tem os próximos capítulos postados!
Então me cobrem de responder assim que eu ver, se não eu esqueço!
Beijos, até o próximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...