Às vezes fico tão perdida em meus pensamentos e julgamentos que não me reconheço mais. Viajo para um universo paralelo nas profundezas de minhas sinapses assim que abro os olhos de manhã me perguntando “Afinal, quem sou?”
Eu sou tudo e todos, menos eu mesma, porque eu mesma sou o vácuo, sou o nada, uma equação complicada com mais de duas incógnitas. Dizem que o espelho faz nós olharmos nosso reflexo, dizem que os olhos são os espelhos da alma, talvez eu seja oca.
Não me reconheço mais, não me conheço, não me expresso nem me desprezo. Sou uma boneca de porcelana, sou o ar que respiro, os lábios que se fecham, o coração que bombardeia, o frio que sinto, o sangue que despeja e toda atordoação de minha cabeça.
Sou tudo meu e meu tudo é meu nada, não tenho nada, sou oca, sou vácuo, não sou espaço nem galáxia. Eu só sou eu, logo, sou o nada.
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