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História Sou seu Problema - Carinho de Mãe


Escrita por: Koriandr

Notas do Autor


Demorei muuuito, então não quero que me perdoem por isso. Mas estou aqui e tão pouco vou abandonar esse xodó da minha vida ♥
Terá mais um capítulo hoje, estou com bastante tempo agora, graças a Odim! Sinopse nova. Capa nova. Então, espero que gostem!

Capítulo 2 - Carinho de Mãe


Dias Atuais...

A água estava bem quente. Só queria deitar seu corpo lá e se abraçar. Ligou a torneira pra deixar a água menos quente. Ela precisava saber que estava tudo bem antes de se entregar a água, com seu sabonete preferido. Então, quando tudo estava pronto, despejou um óleo amarelo na água e ela ficou azul. Sorriu ao ver pequenas bolhas se formarem na água cintilante. Lá fora, a lua brilhava tanto que imaginou vários cidadãos saindo pra admira-la. Havia uma grande janela acima da banheira onde a luz ofuscante entrava e iluminava o cômodo todo, deixando o ambiente lindo. Ela adorava. Ela admirava-se por estar viva e ver aquela coisa incrível. Então, estalou a língua e deixou a toalha que estava em seu corpo cair, entrou na banheira e abraçou seus joelhos, rendendo-se aos prazeres da lua. Ela levantou a cabeça por um momento, olhou para o céu e pensou: “O que será que papai estaria fazendo agora...”

 

 

Papéis e mais papéis. A mesa estava cheia deles. A rainha não suportava tantos pedidos de terras, casas e montes no leste. Mas, mesmo assim se mantinha forte o suficiente para aguentar assinar todos eles em uma noite. Pegou sua caneta e começou seu trabalho. Suspirou, cansada.

- Mar’i...

Fechou seus olhos e imaginou aquilo que sempre guardava em seu coração: a família perfeita! Não havia mais nada em sua vida que desejasse mais do que isso. Queria ter dado tudo por ela, tudo que ela sempre quis. Mas, as circunstâncias a levaram a isso.

Koriand’r deixara a terra assim que descobriu sua gravidez. Richard era substituto de Bruce na vigilância pois o mesmo tinha tantos assuntos a resolver que deixou tudo nas costas do menino, que já não era mais menino, prodígio. Ela não queria ver a filha sofrer, não queria imaginar uma vida que tivesse que colocar a salvação do mundo acima de sua família. Então, partiu para seu planeta natal com apenas dois meses de gestação e assumiu o trono, expulsando sua irmã permanentemente de lá, mandando-a para os gordanianos. Claro, isso exigiu uma guerra. Houve muitas perdas, várias mortes, mas isso não abalou os habitantes de Tamaran, só ergueram mais forças para derrotar Koma, a rainha má que reinava no seu trono podre de maus feitos e culpa. Kory reuniu um exército bem grande, prometendo uma vida mais pacífica e rica. Assim feito, aplicou um golpe de estado que fez Koma reagir de uma forma inesperada: Tentou fugir! Felizmente, seu plano não ocorreu do jeito que ela esperava e Kory a prendeu depois de muitos socos, fraturas graves e sangue por todos os lados. Assim que Koma foi expulsa, as pessoas soltaram fogos, reuniram uma multidão para celebrar a sua nova rainha, agora de volta em casa.

Após a guerra, Kory tomou a coroa e seu manto. Assim acontecido, sentiu fortes dores em seu ventre. Dores que jamais desejaria a alguém. Achou que ia perder aquilo mais valioso para ela acima de seu planeta. Passou então o resto da sua gravidez de cama e tomando remédios feitos naturalmente das ervas medicinais que sua mama preparava. Então, chegado o mês certo, sentiu mais dores e os curandeiros avisaram que a herdeira estava a chegar. Kory gritava porque a dor era diferente de todas as dores sentidas em grávidas em seu planeta. Revelou aos seus súditos que seu bebê era metade humano. Todos se assustaram, mas acostumaram-se tão bem que ficaram felizes pensando que o próximo herdeiro do trono seria um mestiço. Acreditavam em forças maiores e nas palavras de X’hal, que diziam que a diversidade deveria ser explorada pois salvaria toda uma humanidade. Livre de preconceitos, nasceu a criança. Kory sorriu tanto a ver seu rosto cintilando a luz da lua, fazendo o planeta brilhar assim que ela saiu de seu corpo. Uma criança coma pele macia e muito branca, cabelos negros como a noite da Terra. Seus olhos eram iguais os de sua mãe, quando os abriu pela primeira vez enquanto Kory a amamentava, sorrindo tanto que seus lábios ficaram nessa forma por muitos e muitos anos. Atualmente, Mar’i tem 10 anos e vive com sua mãe em Tamaran, onde nasceu e vive.

Mar’i cresceu com uma curiosidade gigantesca de saber quem é o seu pai. Kory contava histórias de quando enfrentavam vilões, salvaram o mundo dos Guinus e vários outros casos. Mar’i ficava maravilhada com as histórias de sua mãe, que tão de repente cresceu-lhe o desejo enorme de conhecer o pai. Sempre perguntava também a sua mãe onde poderia encontra-lo, quando ele viria visita-las. Kory sempre respondia que ele estava em missões importantes e não tinha tempo pra visitar ela e a filha. Mar’i então sempre ficava triste com as respostas da mãe, mas seu desejo ainda crescia em seu coração.

Kory então se levantou da mesa, terminado os papéis e foi ver onde Mar’i estava. Andou pelos corredores que levavam ao seu quarto, entrou por uma porta e lá estava ela, abraçada aos joelhos, olhando para a água azul repleta de bolhas dançantes. Kory se encostou no portal e a olhou com ternura.

- Papai nunca me enviou uma carta... Como será que isso funciona na Terra?

Kory ficou em silêncio com o questionamento da filha. Mar’i a encarou relaxando suas pernas na banheira, deixando os braços soltos e brincando com alguns bolhas que se formavam em seu peitoral. Kory se agachou perto dela, passou sua mão direita delicadamente no topo da cabeça de Mar’i, e disse:

- Seu pai nunca foi de deixar seus sentimentos a mostra. Ele é bastante reservado. Mas com certeza ele lhe escreveria tantas cartas que não caberiam todas em seu quarto. Tenho certeza disso! Fique tranquila, querida, um dia você o conhecerá e ficará feliz com a pessoa que ele é.

- Será que os pais das crianças da Terra abandonam elas quando nascem?

- Alguns sim, outros não. Só não quero que pense que seu pai te abandonou. Ele estava disposto em nos proteger de pessoas que queriam me matar e matar você. Não fique assim, meu amor, mamãe também vai te proteger...

- É incompreensível ás vezes, mamãe... Mas acho que um dia eu possa entender... Eu só queria ele por perto, sabe... Quando somos ainda bebês dando nossos primeiros passinhos. Os pais sempre estão lá para ver isso, mas ele não estava lá... Não estava quando eu nasci... – Mar’i se calou e deixou as lágrimas acumuladas caírem descontroladamente, gemendo e fungado cada vez que desciam toneladas delas.

Kory a olhou triste a abraçou bem forte. Mar’i não se importava da força de sua mãe pois ela também a tinha. Então Mar’i envolveu seus braços molhados na cintura da mãe e deixou as lágrimas caírem mais e mais.

- Seu pai não ia gostar de te ver chorando, Mar’i... Mas, o que importa é que pelo menos você sabe que seu pai está vivo e sua mãe também. Que um dia encontrará ele e ele se orgulhará da linda filha que tem. De sua inteligência, de sua força sobre humana, de seus pensamentos limpos. De sua bondade e de seu incrível poder de amá-lo mesmo ele não estando aqui. Querida, pelo menos seus pais estão vivos... E com certeza orgulhosos!

Mar’i limpou suas lágrimas e olhou para a mãe, Kory devolveu o olhar.

- Mamãe é orgulhosa de mim? E papai também?

- É claro que sim!

Ela sorri. Sorri de uma maneira tão doce. Um sorriso que iluminaria uma cidade inteira. Ela se aconchegou em Kory e suspirou devagar, apertando fortemente a mãe.

- Desculpe mamãe, eu queria não te falar palavras ruins... Me perdoa.

- Os pais sempre perdoam os filhos, querida. Vamos dormir? Amanhã seu treinamento começa e eu quero você forte! – Kory vira Mar’i para olha-la e a mesma está novamente sorrindo lindamente.

- Se parece tanto com seu pai...

 

Na Terra, 00:20.

- Quando eu disse que queria hoje, era hoje Richard!

- Acha que é simples um procedimento desses? Está maluco? Isso custa quase 15 anos para fazer.

- Eu sei, mas nem ao menos se preocupou com o principal disso, Richard!

- Eu listei tudo e não tem nada que eu não tenha esquecido, Bruce!

- Não mesmo? Nada vem a sua mente agora?

- Sinceramente, não.

- Ótimo. Vou ajuda-lo então... hum... O DAMIAN, RICHARD. O DAMIAN!

- Não precisa gritar. Você só está nervoso porque é o aniversário de 10 anos dele. Não sabe como reagir a isso?

- Você não se meta nos meus problemas pessoais, eu preciso resolver isso rápido. Talia quer me matar.

- Então eu acho que você deveria estar lá agora. Deveria estar presente! – Dick bate a mão na mesa com força.

- Presença? Acho que você nem sabe o que é isso, Dick...

- O que disse?

- Nada! Só faça o que eu te pedi, tá bem? Vou sair agora. Até mais.

Bruce se levanta e sai. Richard então desaba na cadeira mais próxima e passa as mãos no rosto, bufando.

- O que será que ele quis dizer com “Acho que você nem sabe o que é isso”?

- Olá. Estou te atrapalhando? – Uma pessoa bate na porta e a abre devagar, examinando Richard com os olhos.

- Claro que não, Bárbara! Entre por favor.

Bárbara se senta ao lado de Dick e o olha pensativa.

- É aquilo de novo? Eu vi o Bruce saindo espichando fumaça pelos ouvidos e pelo nariz.

Os dois riem do comentário e Dick a olha.

- É. Parece que ainda não caiu a ficha que ele é pai. Depois de tanto tempo...

- É. Mas eu vim aqui pra te ajudar a relaxar. Você está com uma cara péssima!

- Será que você sabe fazer isso? – Dick se aproxima então do rosto de Bárbara e a olha, então começa a beija-la, seus lábios passeiam pelo pescoço, na orelha e depois retorna a boca.

Depois de uns segundos demorados, eles se separam procurando ar e rapidamente Bárbara tira a blusa de Dick e ele faz o mesmo com ela.

- Você continua sexy. Isso é excitante... – Bárbara o conduz até o sofá próximo e fica por cima.

- Eu sempre vou ser sexy. – Dick passa suas mãos devagar sobre as pernas de Bárbara, deslizando e chegando até o zíper de sua calça, abrindo e puxando a peça para fora. Então, os dois sorriem um para o outro.

Lá fora, a lua estava cheia e iluminava a cidade. Lá embaixo, alguém aparecia de um beco escuro e olhava para o céu.

- Hora de te trazer de volta, mocinha...

 


Notas Finais


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