Subira as escadas do que outrora fora uma menina de cabelos rebeldes e cacheados, rodeada de livros e conhecimento. Seu nome é Hermione Weasley, mas outrora fora conhecida como Hermione Granger, a sabichona sabe-tudo, sempre achara ofensivo o nome mas agora não mais.
Dessa vez estava chegando no cimo da torre que nunca passará por lá ou pelo o menos assim o cria, seguia sua intuição, só estava algo cansada, estava na meia idade tinha que ter-se algo de calma subindo, mal chegara no cimo , depara-se com uma bonita visão de Hogwarts, vir ali era sempre algo bom para si, enchia-se de memórias boas e menos boas.
Em mais de trinta anos conseguira uma vida estável , confortável, tinha netos recém nascidos e dois filhos que amava imenso, e era casada com um bom homem, Ron fora sua primeira paixão. Durante anos trabalhara como legisladora no Departamento de Leis Mágicas e Cooperação Internacional, decidira sair após muito tempo como chefe e aceitar o convite do Diretor Flitwick, ele havia ascendido a diretor após o falecimento da Professora Minerva McGonagall. Iria ocupar o temido e sempre amaldiçoado cargo de Defesa contra as Artes das Trevas.
Mas o que bom durara estes anos , tornara noutros âmbitos a vida sem sentido, seus filhos e netos preenchiam-na, mas quanto a Ron, bem estavamos distantes mas continuavamos amigos, parecia que o amor e paixão haviam ido ou estavam estaveis que nem sequer dormiamos noites seguidas juntos, comparativamente a Harry e Ginny, eles viviam um eterno romance e pareciam enormemente felizes e pelos relatos de sua amiga eles eram.
Ela , aos quarenta e sete anos de idade não sabia ao certo se havia feito a opção correta.
—Não esperava ver novamente você aqui...-Arrepiara levemente, ajeitando os óculos que adquirira ao tempo , focando melhor quem falava-lhe e que ela não teria dado conta , olhara a imagem e depara-se com uma mulher com estilo medieval, longos cabelos compridos e olhar fixo e triste no seu .Oh, lembrara-se de Luna falar dela, era a Helena Ravenclaw, filha da fundadora da casa de Ravenclaw.
—Nos conhecemos...?
—Que inveja que tenho de você...
Enrugara o cenho, olhando-a.
—Porque?
—Você evoluiu...voltou...eu sempre estarei condenada a permanecer aqui pagando meu castigo, até libertar-me do meu pecado para seguir em frente...
—Evolui?Voltei? – Estranhamente ela lembrara-me Sibila, a professora de Advinhação com entoações misteriosas.
—A alma..sua alma eu reconheço...Hermione...sempre passou por aqui ao longo dos secúlos, sempre busca este lugar...sempre vi-vos por aqui...
Olhara-a sem realmente entender o que pretendia com aquela conversa. Ela falava algo como reencarnação?
—Não acredito nisso...
Em Helena , aquele sorriso que formara-se no canto de sua boca era estranho.
—Acredite no que desejar, Hermione...mas a realidade é que sempre aqui voltas...e sempre aqui voltarás....
Com essa afirmação , sumira em uma bola de luz, deixando entregue a seus pensamentos.
Abanara a cabeça com algo de força, e descera novamente para ir dar ao sitio que encontrava abstracção e paz. Biblioteca...
Fora no canto mais afastado ,pegando uma leitura ao acaso que tirara da prateleira pelo o caminho sem nem sequer ler .
Mas de si o titulo era curioso, “The truth about Soul Mates”,franzira o cenho , olhando, bem não era uma leitura que habitualmente tivesse muito interesse, achava meio ridiculo. Mas bem...se o pegara algo de interessante havia de ter.
“O encontro com a alma gêmea não será nunca fácil de acontecer, pois depende do caminho que cada uma das partes escolheu e da maneira que ele ou ela se dispôs a crescer, através dos sofrimentos que a vida lhe impôs. É muito difícil de acontecer,por isso a alma vai evoluindo e transformando-se a cada vida que vive-se, pois os dois devem estar pelo menos quase prontos para esse encontro no mesmo instante. Isso é extremamente difícil de acontecer, podendo um deles estar mais preparado para o amor verdadeiro que o outro. Nesse caso, mesmo que se tente a desunião ou a separação, o Universo trabalha no sentido da reaproximação. Quando isso acontece o sofrimento não é intenso, é absolutamente suportável, pois existe da parte da alma que já alcançou o ponto máximo da evolução para permitir o encontro, uma certeza inabalável do encontro definitivo...Quando sucede, o amor verdadeiro tem sua chave e a alma fica una, casam-se, têm filhos, formam família e ajudam-se mutuamente.”
Será que Ronald não era sua alma gémea?
Ah, que tolice, era só um livro tolo, não pode levar a sério tudo que lê, Hermione, dizera recriminando-se a si mesma.
Continuara lendo, apesar de não acreditar naquela baboseiras, era algo que absorvia como um bom romance trouxa que amava ler ás vezes para distrair-se, como Jane Austen ou Emily Bronte.
“Como o encontro real, verdadeiro e concreto somente acontece quando os dois chegaram a um nível de evolução bastante parecido, pelo menos em questões que envolvem o relacionamento em si, é quase impossível haver separação entre essas almas. A não ser que ambas tenham feito um acordo antes da encarnação para a ajuda evolutiva de ambas as almas. Nesse caso, há uma certeza das duas almas que a separação é necessária e saberão esperar uma outra oportunidade, ou seja, uma outra vida para o encontro definitivo. Há em ambas as almas a certeza do amor e da união eterna, e total desapego de uma pela outra, por isso o sofrimento quase não existe. Com isso quero dizer que a separação somente se faz necessária quando ela está envolvida no processo evolutivo e aprendizado de ambas.”
Decidira fechar o livro, nossa que terrivelmente desanimador, abanicara a cabeça, guardando o livro no lugar, quando vira as horas , era quase meia noite, hora mais que adiantada para dormir amanhã daria aulas, tinha que estar no seu melhor.
Erguendo-se , despedira-se da bibliotecária que mal dera por si encerrando o serviço e caminhara para seus aposentos , a medida que caminhava sentia-se estranhamente em casa, sempre era assim, parecia que Hogwarts sempre fora verdadeiramente seu lar e nunca outro lugar.
Virara para o lado, tendo a necessidade básica de ir ao banheiro e entrara num em particular que trazia-lhe memórias de quando ficara transformada em gato e fizera um poção avançada e ilegal em plena luz do dia acompanhada de Harry e Ron, suspirara feliz com a memória .
—Quem vivo sempre aparece...
Sobressaltara-se , não recordava da Murta Queixosa, erguera o olhar, sorrindo para esta.
—Murta...
—Sim quem mais seria...sempre bom ver-te , menina gato...
—Oh, igualmente Murta...
—Desde a câmara secreta descoberta...que este local perdeu todo o interesse...ninguém mais vem ouvir a murta que chora...
—Lamento...-precisava urgentemente sair dali, havia esquecido como ela conseguia ser.
—Eu sei, sempre foste boa para mim, inclusive na minha vida mortal...
Franzira o cenho,olhando-a.
—Como?
—Sim, reconheço a tua alma..é algo dos fantasmas...
Fora até as torneiras de agua para lavar suas mãos, tentara abrir e era a que nunca dera, vira o detalhe da cobra , instintivamente levara as mãos até lá.
—Minha alma, enquanto andava na escola nunca dizestes isso Murta...-Esta algo irritada com tal conversa estranha.
—Só você pode entender , é sua própria jornada...
E vira-a sumir pelas janelas,ficara olhando sem realmente entender o que ali acontecia.
Mas esta volta a Hogwarts, revelava-se diferente e sua intuição para seu azar nunca falhava.
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