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História Soul Mates - The Bright Shine of Mérope


Escrita por: LadyLunaRiddle

Notas do Autor


New Chapter!
Penúltimo capitulo T.T verdade...leitores amados!
Que não entenderem mande comentário que eu esclareço :3
Enjoy it!

Capítulo 22 - The Bright Shine of Mérope


Fanfic / Fanfiction Soul Mates - The Bright Shine of Mérope

Se alguém lhe fosse perguntar qual era a sensação da morte, Emily viraria e diria para a pessoa, que era como um longo mergulho entre uma infinitude de paz, era o eterno silêncio, não havia mais nada. Só a paz e a tranquilidade.

 

Ela sabia de cor a sensação, pois recordava-se de todas as vezes que o fizera, morrera e renascera, tudo para voltar e fazer os mesmos erros. Mas não dessa vez, ela tinha apagado tudo que fizera de errado, sua alma estava limpa e em paz, então que era o que a perturbava tão intensamente?

Era aquela sensação agonizante de que não conseguia ver sua alma gémea , quem ela amava cometer os mesmos erros e não aprender com eles. Mas pior, saber que errava e que estava tão emaranhado na sua própria teia de erros que não conseguia sair. Doía-lhe a alma e seu coração ao ter essa noção.

E assim fizera tudo que podia…e o que fizera, teríamos que recuar muitas horas no tempo para explicar o que fizera em nome do amor e de sua alma gémea.

(...)

Fizera o último acto que pensara fazer em sua vida, com seu diário, com o livro de Merlin que ela descobrira mediante o mapa, ela sabia o feitiço que precisava, ela sabia que o faria…porque…simples aquela carta que tinha descoberto no seu primeiro ano lhe tinha dado pistas, ela que demorara a perceber, mas ao entender, já sabia que fazer mesmo que isso custasse-lhe tudo, senão algo horrível iria acontecer, ela sabia o que seria.

Porque pior que um Lord Voldemort cruel, frio e despiedado, seria ela…ela tinha o poder necessário para subjugar nações mágicas, curvar pessoas ao seu poder…ela simplesmente era poderosa e sabia o que fazer com seu poder se assim o pretendesse. Ela não estava segura de si mesma, se continuasse em frente, ela acabaria se perdendo e tudo isso para ficar com ele mas se consumiria no caminho enganatório que era o poder, ela amava pura e simplesmente, mas se entrasse nessa espiral descendente sabia que seria pior que ele. Ela sabia do seu potencial e da sua atração fatal as trevas, maior prova disso era amar com loucura um dos símbolos mais marcantes da Escuridão, talvez tenha sido isso o que Dumbledore sempre lhe dizera ao longo de vidas que o conhecia, seus amigos de vidas passadas, Flitwick, Vector e Minerva… Eles sempre souberam quem ela poderia ser.

Por isso, Ilithiyia sabendo do perigo que era e que corria de isso acontecer, Hermione lhe mostrando toda a vida que vivera em sua própria mente e como perdera. Ela entendera subitamente tudo.

Então só sobrara aquela opção, recitar o feitiço final devidamente assinalado…o último que fizera em vida. Porque aquela seria a salvação dele, mas …o que seria dela depois…nem ela sabia.

Mas em vez da habitual sensação de paz e tranquilidade, ela sentia sob seu chão, a grama orvalhada da manhã e num longo respiro, abrira os olhos com dificuldade, sentia cada parte do seu corpo lhe cobrando aquele esforço, sentara-se tentando focar onde estava e não conhecia nada ali e sentia-se com frio, quando olhara para si…estava nua e no meio do desconhecido. Engolira em seco, procurando algo que pudesse cobri-la e achara na lixeira, um vestido horroroso e colocara se arrependendo até a última geração de sua família do facto de ter feito feitiço sem roupa, mas também não esperava acordar …viva e perto de um cemitério.

Falando de ironias da vida, aquela podia ser considerada uma.

Olhara em volta tentando se situar, mas que raios ela fazia ali?

Bem pense, Emily, você recitou um feitiço que nem sequer lembrava a proveniência, como ia recordar se tinha sido a mais de mil anos também. Mas parando de se auto recriminar, decidira ser prática e começar andando vestida daquele modo fedorento e sem contar que o vestido era incrivelmente brega, não que ela ligasse a modas, mas era comprido com padrões florais enormes, até os pés, parecia de finais do século XIX, e algo como um frio recorrera toda sua coluna, será?

Nunca ignore algo que pense de repente, principalmente quando você não sabe onde está? Sentia sua garganta arder, decidira andar e notara que lhe ficava mais difícil, seu coração acelerava a ritmo assombrante. Se era para morrer, preferia ter morrido logo e não num local estranho e …antigo. E então no meio da lixeira pegara um jornal, numa tentativa de se situar e era muggle, já que as figurinhas não se moviam, estava então numa aldeia muggle e qual não foi seu espanto quando lera.

30 de Dezembro de 1926

Para qualquer pessoa na situação dela, choque era de esperar, mas não so isso preenchera a mente de Emily, que olhava petrificada a data.

Aquela data era especial …era a um dia do nascimento de Tom Marvolo Riddle.

Mas que aquilo queria dizer?

Focando esse pensamento, aparatara mesmo debilitada e fraca e aparecera ante um beco escuro e mal-afamado, não havia ali alma viva, mentira havia ali alguém, escondera-se atrás de longos latões de lixo que ali estava, quando vira uma mulher de longos cabelos pretos, suja, esfarrapada e com o olhar desolado e muito fraca, tinha um claro olhar esgotado, mas o que mais lhe chamara a atenção fora seu ventre incrivelmente avultado, ela parecia amedrontada, se sentando no chão nojento e imundo.

Ela era uma visão de dar dó, quem seria aquela mulher? Mas pensara com seus botões, ela mentalizara o local onde o provável bebé ou ainda por nascer, Tom Riddle estaria…então ela devia de ser…a mãe dele.

Devagar saira de onde estava e a mulher estava tão alheia que não reparara quando ela chegara perto, tocando devagar no ombro dela que apanhara um susto tão grande e tremia tanto que lhe dava certo dó.

—Calma, não quero- lhe fazer mal…

—Q-Que-m é você? – A voz rouca e embargada dela lhe dava pena, sabendo da história dela que Tom havia contado eventualmente a Ilithiyia, tocara a mão dela num sinal de paz ao que ela removia seus cabelos da frente, parando para olhá-la e ver também seu estado deplorável.

—Emily…e você?

Vendo que ela não saia de perto dela e continuava falando com ela, a mulher olhava de alto a baixo e meio rouca pronunciara-se.

—Mérope…

—Precisa de ajuda?

Ela assentira e com isso, ajudara a Mérope a levantar-se, não resistira a tocar-lhe no ventre ao que ela tinha um claro olhar doloroso.

—Que foi?

—Não…sei que fazer com…um filho…nem…sei se…irei sobreviver…nem quero…- Emily tinha os olhos marejados ao olhá-la e começara a pensar, sentia as suas forças abandonarem-na, mas ainda mantinha-se de pé, fruto do feitiço que fizera e finalmente entendera que feitiço era aquele que havia feito.

Era magia do tempo, muito avançada que levava para o momento crucial em que ela poderia alterar tudo. E se fosse este o momento crucial? O momento que ela poderia salvá-lo de si mesmo? Mas isso significaria reescrever todo o tempo…ela tinha poder necessário para tudo aquilo? Ela tinha…por isso que…seria a última vez. Porque ela não sobreviveria de todo ao que planeava.

E algo no fundo do seu ser, clamava isso mesmo: Lamento que seja assim, Emily. Mas ela sorria para a jovem mulher que não entendia o riso que a moça fazia.

—Mérope, olhe para mim, vai sobreviver, pois tem um ser dentro de você que precisa de você mais do que tudo…que te amará independente de tudo…não olhara para seu aspecto, para quem você seja, só olhara para a mãe que sacrificou tudo por ele, que quis viver por ele…

Mérope olhava-a descrente se achando incrivelmente miserável, ela esta com o aspecto e o psicológico totalmente abalado, mas Emily erguera-lhe o rosto, tocando as têmporas dela e a jovem mulher ia variando nas suas feições entre assustada, bem- disposta, amorosa e depois emocionada.

—Porque mostrou-me isso?

—Não quer vê-lo crescer?

—É…

—Seu filho…

Mérope parecia comocionada com o que vira e a constatação de que ele era o pequeno que ainda carregava em seu ventre, ela parecia não acreditar que era verdade, nisso Emily puxara-lhe pela mão levando, ao que ela deixara-se seguir ainda impactada com que vira e pensando por primeira vez quando já iam no meio do caminho , que se vira aquelas imagens…era porque ela …era bruxa.

—Não..por causa…disso…de magia…que perdi …o Tom…

Emily estava ainda segurando a mão da jovem moça que tentava soltar-se mas ela não permitira, mantendo segura ao que Mérope parara calada, olhando para ela.

—Não foi, você no fundo sabe…- De sua vida como Hermione, ela soubera exactamente o que Mérope havia feito para Tom Riddle Sr., não que o cretino fosse um santo que cairá nas garras da bruxa, mas ele era detestável e ela devotava um amor obsessivo aquele homem que acabara por destrui-la e ela não via.- Ele não presta e você sabe disso…se ele te amasse estaria aqui te apoiando e cuidando de você e do seu filho…Mérope…você não quer o amor?

Mérope olhava completamente sem fé para a moça que falava para ela, as lágrimas caiam de seu rosto peganhento e meio preto, ela afirmara que sim. Ao que Emily sorrira docilmente acarinhando os cabelos dela, que tremia ainda de leve medo.

—Que amor é maior do que o amor de nossos filhos…hm?

—Ele irá- me amar? – Ela olhava para o ventre onde seu filho crescia, acarinhava o ventre torpemente.

Emily pensara no que ela perguntara, sorrindo docemente e com saudade.

—Tenho certeza…cuide dele com todo o carinho e amor que sei que tem…e ele retribuíra da mesma forma…vem…Mérope…

Concordando a medo, Mérope decidira seguir Emily que aparatara para um sitio dela conhecido, coberto de árvores altas e frondosas, de silvas e heras que cresciam por todo local, havia um castelo muito bem escondido que era vulgarmente conhecido de…

—Bem vinda a Slytherin Mansion…

Os olhos de Mérope faiscaram em compreensão, olhando a jovem moça com assombro.

—Mas...mas...

—Está sumido a séculos , eu sei…é meu presente para você…- Se for a pensar bem, é sua descendente, que bizarro essa história, Emily não pense nisso.

–Pa-pa-para mim?

—Sim, é um castelo auto-suficiente, ou seja tem tudo aqui dentro…e está escondido…bem protegida, agora dinheiro…sei de um local onde ele está guardado…Salazar tinha muita paranóia, tal como quando construiu a câmara, construiu um sitio secreto para guardar sua fortuna que não fosse o Gringotts…

Mérope somente olhava abismada para Emily á medida que caminhava, entrando dentro do Castelo não conseguia assimilar que tudo aquilo era real e ouvia o que ela dizia, parecia achar que ela estava mentindo para ela. Ai, Emily notara que fora rápido demais, perdida em memórias que ela tinha.

—Estou mostrando tudo isso, porque deve se orgulhar de quem é…é uma descendente de Slytherin…e agora algo importante…- Fizera-a entrar num banheiro antigo, todo o castelo acumulava em pó, pegara na varinha e arrumara automaticamente, fizera a mulher entrar, procurara dentro do castelo e só havia…vestidos antigos…bem que fosse, entregara para Mérope que vestiu e quando vira ela sair de dentro do banheiro de banho tomado, a boca de Emily descera , quem dizia que ela era feia? Ela era…bonita, não algo raro e inesquecível mas era bonita, morena e de olhos castanho, tinha a proporção perfeita. O que um banho não fazia numa pessoa. Ela parecia incrivelmente acanhada, olhando para a castanha que sorria para ela.

—Porque…faz tudo…isso?

—Porque amo muito esse bebé…que esta por nascer e que precisa da mãe dele…e eu gosto muito de você, Mérope.

Mérope chorava agora mais que tudo e Emily sentia o cansaço tomar conta dela, mas precisava ter mais força e durar um pouco mais.

A noite passara relativamente tranquilo, á medida que Emily chamava um elfo doméstico e dava comida para ela, fizera tudo na pressa e tentando conter a fraqueza que lhe tomava conta de seus membros, estava sentindo se esvair aos poucos.

Mérope olhava para ela com curiosidade e mais tranquila, parecia que a sensação de segurança e de um lar amigável lhe trazia boas recordações.

—Mérope, não volte a procurar sua família esqueça deles e principalmente do pai do seu filho…

—Não…sei se conseguirei…conseguiria…

—Conseguiria?

—Apagar minha percepção, minha memória..?

Os olhos de Emily abrira mais ainda olhando fixamente para Mérope, ela alteraria mais do que pretendia, mas…será que não seria melhor assim? Levantara-se sentindo a dor tomar conta dela, como se não tivesse muitas mais forças do que aquilo, tocara as têmporas de Mérope perscrutando a mente dela e deletando uma a uma , as recordações da família e os últimos tempos com Tom Riddle Sr., não era exactamente apagar, eliminar das memórias, era tirar importância desviar-lhe a atenção, era cansativo e exaustivo fazer aquilo, quando dera por si, o elfo doméstico apontava com horror seu nariz, ele sangrava e nem havia notado. Mérope olhava com pena para a moça, mas parecia ter um semblante mais calmo e relaxado. Parecia uma nova mulher.

Os olhos de Emily fecharam e ela estava no quarto no seu tempo , Tom estava segurando ela contra o corpo e quando abrira os olhos estava novamente naquele tempo aonde havia ido parar, ela estava no limite do seu poder, ela sabia que havia excedido seus próprios limites.

—Mérope…

—Sim?...

—Seja corajosa…e forte…

Ela assentia com os olhos marejados e numa eterna gratidão que nunca vira nos olhos de ninguém.

(...)

A respiração ia abandonando-a e ela fechara os olhos, sentindo um sufoco enorme e depois viera a familiar sensação de longo mergulho no nada. Ela morrera, mas como ainda estava consciente, abrira os olhos e estava novamente perante aquela representação fantasmagórica de suas vidas passadas. Hermione e Ilithiyia a olhavam fixamente e tinha um claro olhar de orgulho.

—Que vai acontecer agora?

Não houvera resposta, somente o silêncio preenchia o local onde provavelmente estava e uma luz forte abatera-se sob ela…e não sabia onde estava ou onde iria estar.


Notas Finais


Keira Knightley as Merope Riddle

<3


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