Anos mais tarde…
Hermione Riddle remexia em muitas caixas acumuladas no sótão, aquela confusão toda era algo que nunca conseguira acertar com seu marido, Tom Riddle.
Cada vez que pensava no nome marido, um sorriso assomava o rosto da castanha feliz com aquele acontecimento que fora dos mais felizes da sua vida.
Tom Riddle havia-se revelado uma caixa de surpresas, ela sentia-se imensamente feliz desde aquele dia do seu quinto ano, ele era um perfeito cavalheiro, doce , gentil, ajudava-a a estudar, se bem que era mais namorar que estudar e ele a acompanhava sempre a Hogsmeade, em público não aparentávamos nada e nem poderíamos, mas após a escola , o pedido de casamento fizera-se inevitável, para inúmera inveja de muitas de suas colegas de escola, que tinham uma admiração incrível e taradeavam o misterioso professor.
Hermione sentara-se num banco, vendo o álbum de casamento, sorrindo bobamente e emocionada com as imagens em movimento, que representavam um dia imensamente feliz.
Um chute alertara que o pequeno Riddle que crescia em seu ventre estava com fome, ao que ela reeguera-se com o albúm, equilibrando-se numa das caixas cimeiras, mas com o peso empregue em cima da mesma acabara caindo tudo no chão, para grande desgosto de Hermione que olhava aquela confusão ainda maior, suspirando e assoprando bastante.
Mas algo peculiar chamara-lhe a atenção, era um livro que mais parecia um emaranhado de pergaminhos, intitulava-se…
—Livro de Merlin…nossa pensei de ser uma lenda…
Mas algo ela recordava com aquilo, o Livro de Merlin, era o livro que aquele grande feiticeiro havia percrustado no passado e havia sumido após sua morte. Tão absorta estava em suas memória que não vira alguém chegar e segurar suas mãos, ao que ela olhara em frente, focando na pessoa, vendo ele.
—Querido quando você chegou…?
—Cheguei á cinco minutos…sabia que com certeza estaria aqui…
Hermione focara os olhos dele, que sorria gentil e doce como sempre mas algo como ansiedade perspassava seus olhos, ela o conhecia como a palma de sua mão, ele era um livro aberto para ela e só para ela.
—Esse livro…onde…o encontrou…
Tom não desviava nem por um minuto, o olhar dela , mantendo seu sorriso, ele alisava seu rosto.
—Em Hogwarts…
—Hogwarts? Mas esse livro estava sumido…desde…
—Desde?
Ele incentivava-a a falar, ela notava a ansiedade crescer nos olhos dele até que ela encontrara a voz falando novamente.
—Tom Riddle, mas o que morreu á mais de cinquenta anos…
Tom olhava-a com seu mesmo sorriso,um clique deixara Hermione sobressaltada, ao ver que o livro abrira, mas segundo o livro que ela havia lido a uns anos, esse livro nunca se abria.
—Abra, minha querida…
Hermione respirava algo acelerado, seu coração parecia que queria sair do peito,tamanha era sua ansiedade, no meio do livro encontrar toda uma colectânea de feitiços, mas que detinha letras diferentes, tinha diferentes assuntos, mas havia duas paginas que eram desenhos, dois desenhos particulares, um representava o próprio Merlin numa de suas múltiplas e amplas representações e havia um que a deixava meio chocada.
—Cassidy Slytherin…
—Cassidy Slytherin…foi uma das autoras deste livro…- A castanha olhava seu marido como descrendo, voltando a olhá-lo novamente.
—Não é possível…
—É sim…
—Mas sou…eu…
Tom sorria ainda mais com que ela dizera, beijando a sua fronte ao que ela fechara os olhos com o carinho. Ela retornara a abrir os olhos ao sentir os olhos intensos de Tom sob seu rosto.
—Como você tem este livro…?
—Esse livro nunca me deixou…é como parte de mim…
—Como assim, Tom?
—Minha mãe me deu a luz a 31 de Dezembro de 1926, Hermione…e eu cresci ouvindo a história da doce castanha que sacrificara tudo para salvar minha vida…ela dizia que chamava-se Emily Bones, minha mãe era incrivelmente grata a ela… minha mãe tinha um incrível para desenho e me fez seu retrato que ainda hoje está na Slytherin Mansion, minha casa a mais de cinquenta anos…cresci admirando aquele rosto…até que fizera onze anos indo para Hogwarts, ai conheci Helena e ela tinha sua história e eu confiei-lhe a minha, ela emocionou-se com a valente Emily e que surpresa ela me revela…entre uns tijolos quaisquer uma das relíquias mais valiosas do Mundo Mágico, o Livro de Merlin…qual não foi minha surpresa, ao ver o retrato de Cassidy e ver o rosto que minha mãe desenhara de Emily, fiquei encantado com esse mistério, como era possível duas pessoas idênticas com quase mil anos de distância? E comecei acreditando em reencarnação mas principalmente na magia do tempo…e desde o meu primeiro ano em Hogwarts que comecei a aperfeiçoar os feitiços que o livro detinha, pondo melhorias e criei fama com esses feitiços…mas minha área principal e que mais criei feitiços e fama foi com vira tempos…e criei uma paixão pela mulher do retrato, mas abafei durante algum tempo…
Hermione ouvia com atenção, assimilando de uma vez que seu marido era um viajante do tempo e que tinha vindo…os olhos dela encheram de lágrimas, ao que ele limpava e continuava.
— Até á morte de minha mãe, ai ficara meio sem chão, não tinha nada que me agarrasse ali, tinha poder, dinheiro, fama, era respeitado, tinha tudo que eu queria…menos o amor em minha vida, que tinha ido com minha mãe, então comecei a obsessionar com a magia do tempo, queria encontrar essa mulher…que preencheria esse vazio, e então construi após muitos anos, um vira tempo único, activado pela minha mente, mas não podia deixar uma lacuna naquele tempo, precisei forjar minha morte e quando estava dentro do caixão, minuciosamente tudo planeado, tinham me visto falsamente morto e então peguei no vira tempo que tinha construído e focava num único pensamento: Onde está a minha alma gémea…?
Nessa altura, Hermione já chorava com o relato, ficando por demais emocionada com que ele dizia. Ele continuava meio absorto, relatando sua história e alisando os cabelos da esposa.
— Quando abri os olhos, dei por mim no mesmo local…pensei que tinha falhado, mas fui ver nos jornais que estavam por ai, e vi que era o dia 1 de Setembro de 1995. Pensei comigo mesmo, porque não passar onde todos os alunos embarcam? E foi ai que aparatei para Kings Cross…
—Eu te vi entrando no trem…
Ele sorrira ao ver que ela não o considerava um louco, ela acreditava no que ele dizia, essa confiança o emocionava.
—E foi ai que confirmei…que havia chegado no momento certo e na altura certa, que eu havia conseguido…te encontrar…
— Fez tudo isso só para me encontrar…?
—E o que você já não fez por mim, Hermione?
—Você atravessou tempos para me encontrar…
— E você lutou contra o preconceito de tudo e de todos, casando com seu professor…- Ela rira-se e chorara ao mesmo tempo.- Já me deu uma filha e agora, esta com outro belo bebé que é fruto do nosso eterno amor…minha Hermione…estou muito feliz.
Ela não conseguira mais evitar e beijara seu marido que correspondera ao beijo, deixaram cair o livro de Merlin sob o solo, ele abraçara contra seu peito, sentindo-se pleno naquele momento. Mas aquele terno momento fora interrompido por um choro que vinha do andar de baixo, ao que eles riram-se descendo do desarrumado sótão que Mione olhara Tom com um olhar de advertência, que ele iria arrumar aquela bagunça ao que ele ignorara por ora, chegando num quartinho particular, vira no bercinho um jovem bebé de cabelos cor de mel que olhava com seus efusivos olhos azuis chorosos para os dois adultos presentes.
—Papai, é fraldinha…você cuida da Rose, meu amor…que eu vou alimentar o nosso bebé…
Tom ouvira e assentira, olhando a sua pequena filha que estendia os braços para ele, rindo de leve com as gracinhas que ela fazia.
—Tem uma mãe folgada, não acha minha filha?
Hermione gritara da cozinha que havia ouvido que ele havia dito, ao que ele sorrira, trocando a sua filha e deixando limpinha, toda dengosa em seu colo. Encaminhara-se para a cozinha, vendo a sua castanha comendo de dentro de um frasco, com uma colher, manteiga de amendoim, ao que ele sorrira, ao ver ela vir abraçá-los.
Admirando sua família e nunca se arrependera de ter deixado seu tempo, sua fama, respeito e poder para trás, pois aquele amor era algo eterno e verdadeiro, perduraria por toda sua vida e mais além.
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