História Soul Mates - Sonhos sem Nexo

Tudo estava exatamente como recordava-se , as escadarias, os quadros, o reboliço dos alunos, Hogwarts por mais anos que passassem não alterara um centimetro, após a Guerra tudo havia voltado pelo o menos em sua grande parte ao normal.

Não sabia dizer direito, só sentia-se em paz naquele local, os meses prosseguiram normais , seus filhos vinham vê-la a Hogwarts fosse pelo o trabalho que possuiam ou só para vê-la.

Hugo trabalhava com artefatos dos trouxas que eram azarados pelos feiticeiros , amava, era o mesmo trabalho que seu avô que considerou genial. Sua filha Rose trabalhava com animais Mágicos sendo defensora dos seus direitos, podia dizer que seus filhos enchiam-lhe de orgulho.

Ronald bem ele mandava cartas e perguntava se estava bem, mas iamos ficando cada vez mais distantes e chegaramos num ponto que tinhamos certeza que o amor havia esgotado, com toda a certeza o divórcio estava proximo mas continuavamos sendo os melhores amigos mas não podiamos nos empatar mais, tinhamos tido dois filhos maravilhosos mas não havia mais o essencial. O amor...

Encaminhara-se para as suas aulas, tendo os olhares expetantes dos alunos do primeiro ano sob si.

—Bem vindo á disciplina de Defesa contra as artes das trevas, com toda a certeza devem estar se perguntando que aprenderão aqui ...bem basicamente o que diz a disciplina mas ...devem aprender a base antes de avançar para o ideal...estudem com muito afinco e verão que esta pode ser uma disciplina agradável..para os que não me conhecem ainda...chamo-me Hermione Granger e é um prazer ser vossa professora...

Os murmurios excitados espalhavam-se entre eles, ter aulas com uma heroina de Guerra era algo de suma importância para eles, sorria ao vê-los tendo certa nostalgia com sua excitação e ansia de aprender.

Seu olhar desfocara num ponto da sala ao mandá-los ler como repelir um feitiço de rir incontrolávelmente, estava olhando fixamente um quadro que representava os elementos do ser humano onde a magia negra podia incidir: corpo, memórias, alma...

Alma...ora ali estava um tema que havia deixado-a algo perturbado nos tempos que seguiram-se, evitava a torre onde o fantasma de Helena continuava e evitava o banheiro do segundo andar, tudo por causa da Murta. Elas haviam vindo com conversas muito estranhas para seu espirito critico e descrente. Falavam como se me conhecem de atrás , achara um absurdo , até duas noites atrás, seus sonhos estavam ficando sumamente estranhos , e tudo relacionava a este lugar, e a alguém que ela tinha a estranhissima sensação que precisava encontrar.

“ Os campos de noite eram sumamente negros, não se via algo credível entre a grama, somente escuridão , mas valia a pena olhar para cima para o céu estrelado, ele era maravilhoso, repleto de estrelas. Sentira um abraço por detrás de suas costas, não voltara o olhar para trás mas sentia-se extremamente bem , vira em frente o imenso lago e o Castelo majestoso que erguia-se a horizonte, oh era o Castelo de Hogwarts!

—Estais bela que nem esta noite, Cassidy...

—Vós que sois galante, Salazar... dizei-me meu amigo, ainda em guerra com Godric?

Suspirara algo enfadado , afastando-se dela.

—Temos mesmo que falar dele?

—Seu melhor amigo, e estão brigando por causa..por causa...dela..-Dizera algo ciumenta no seu tom de voz, isso ressaltava para qualquer um, finalmente virara-se para ele e permitira-se olhar seus olhos azuis como a noite.

—Oh não sejas tão dura Cassidy, Rowena não tem culpa...ela é ..

—Maravilhosa, esplendorosa...sim já contastes...-Revirara os olhos com clara raiva, caminhara uns passos para longe dele, ele seguira, arquejando a sobrancelha quando voltara-se novamente a ele.- Sua preciosa está aqui no Castelo e suponho que acompanhada de sua filha que para vosso desgosto não é sua e nem de Godric...

Salazar saira das brumas da noite vindo para a luz, ai que o choque não fizera-se esperar ele lembrava-lhe alguém, sua expressão era agora dura , seus olhos azuis antes mais calorosos estavam gélidos e sua altura e estatura ficara mais reta, á medida que olhava-a.

—Controle a lingua ao falar dela ....Cassidy....

—Oras ..não disse nada de errado...ela detém uma filha do falecido marido , o unico que ela amou...engana-te se quiseres e destroi sua amizade.

Ao longe via Helena, a filha de Rowena e sorrira-lhe algo sem vontade e dirigira-se aos aposentos superiores de Hogwarts, irritadissima. Nunca em seus sete anos ali ela lembrara-se daqueles aposentos .

Cassidy limitara-se a sair após isso, o estranho era estar tendo aquele sonho com um dos fundadores de Hogwarts e para cumulo ela sentia o que Cassidy sentia mais ainda cada fala ela não conseguia controlar como se fosse espetadora dentro dela. Era uma sensação estranhamente ...familiar. Mas o mais estranho de tudo aquilo era quem era o Salazar, por incrivel que pareça, ela lembrava-lhe vagamente alguém que Harry e Ginny descreveram aquando andava no segundo ano de Hogwarts e depois fora confirmar no anuário dos alunos de 1945, era exatamente igual a Tom Riddle, só que mais velho . Sentia-se algo estranha, afinal ela sonhava com Lord Voldemort mais jovem , aquele que atormentara seus amigos e ameaçara sua vida por seu sangue, mas para cumulo, sentia ciumes? “

—Professora..professora?- Ficara algo envergonhada de estar pensando na sua vida pessoal e frustante em plena sala de aula, olhara para o aluno que detinha e a dúvida prosseguindo a aula.O dia passara-se assim e distraira-se até voltar na noite e seus sonhos de noite passada voltarem a atormentá-la, não fora um sonho comum ela sentia-se parte...como se fosse..uma...uma memória. Mas ela não recordara-se de ter vivido aquilo...

“ Só você poderá saber da sua própria jornada...” a voz da Murta fizera-se presente em sua memória. Ah, Hermione você não está mesmo levando a sério tal coisa.

Abanara a cabeça, caminhando pensando em escrever aos seus filhos, mas estranhamente seus pés a encaminharam para um local seu conhecido, a biblioteca.

Suspirara meia irritada, mas entrara e fora na secção proibida, onde só alunos do setimo ano com autorização e professores podiam aceder, entrara e seguindo sua intuição dirigira-se aonde havia livros sobre sonhos , alma, reencarnação.

Até que um chamara a atenção.

“Et scire justitiam et quod praeteritum vivit et influit vitam praesentem.( Reconhecendo vidas passadas e o que influencia na sua vida actual.) “

Era em latim e detinha aspeto bem antigo, era magia muito avançada mexer com a alma os feiticeiros que haviam tentado podiam dizer-se que não sobreviveram para contar história, mas essa tensão e ânsia estavam-na matando precisava saber , porque aquelas sensações estranhas e sonhos mais bizarros ainda.

Começara lendo um feitiço em particular parecia que não corria risco , só precisava tomar cuidado com seu corpo neste tempo, hmmm, era bom, “ seu corpo ficara qual casca vazia, em especie de coma, enquanto sua alma e sua consciência da vida atual ,visita outra vida que já vivenciara, mas cuidado feiticeiro, engane-se se pensa que podera alterar algo, do vivencie, sentira tudo o que já viveu mas nunca alterar, claro a menos que aceite incorrer com riscos advindos de sua falta para com o tempo.” Não parecia de todo ruim, já vira feitiços piores, arquejara a sobrancelha, perguntando-se a si própria se seria uma boa coisa, o que estava para fazer.

Olhando o feitiço no livro, suspirara algo forte,erguendo sua varinha, sentia que devia fazer isso ou podia chamar-se louca, não era ?