História Soulmate - Deeply in love Part 3

Minha mente mal processava o que estava acontecendo. Depois de anos desfrutando de amores falsos, eu teria o verdadeiro em meus braços, e eu estava perdidamente apaixonado por cada parte de seu ser. Frank era inexplicavelmente único e naquele momento, apenas desejava fazer dele, minha alma-gêmea. E com Frank, desejos se tornavam realidade, uma realidade mais bela do que um dia eu poderia imaginar.  

Por mais estranha que a vida parecia ser, eu me encontrava mergulhado naquelas sensações que ela me proporcionava. Sinceramente, me sentia quase afogado naquela felicidade inexplicável e sem vontade alguma de voltar à margem da realidade. Por alguns minutos pensei estar sonhando, mas Frank e seu sorriso de olhos brilhantes eram reais demais para ser fruto de minha imaginação, e eu sabia, no fundo do meu ser, que aquele seria o sorriso que me faria feliz pelo resto de minha vida. 
 

Quando tive seu corpo desnudo abaixo do meu, a pele de nossos peitos se pressionando quentes, soube que aquele era meu lugar, nos braços de meu amado. Seus dedos passearam por minhas costas, fazendo-me arrepiar e fechar os olhos parcialmente com a sensação, o riso rouco e anasalado vindo do corpo colado à mim me deixou em êxtase. Naquele momento tudo o que eu queria era entrar nele de uma única vez, mas eu não podia estragar tudo com minha impulsividade.  

Frank começou puxar minha calça junto à minha boxer, procurando deixar meu corpo livre para tocar o seu, no momento em que me vi sem as peças e senti nossos membros despertos tocar-se, um gemido longo escapou de nossas bocas. Aquilo foi o suficiente para as pernas de Frank envolver minha cintura e dar-me passagem para prosseguir.  

A última coisa que eu queria, era machuca-lo, então um tanto afoito, separei-me dele rapidamente apenas para esticar-me até o criado-mudo e da gaveta tirar um tubo de lubrificante. Frank olhou o objeto em minhas mãos enquanto eu despejava o líquido viscoso em minha palma e riu.  

-Bom saber que você já estava planejando me comer, Way. -A ironia em seu tom de voz me fez sorrir e dar de ombros, nesse meio tempo largando o tubo para o lado e envolvendo meu membro para espalhar o lubrificante.  

-Eu só sou prevenido, ok? -Respondi, fazendo-o erguer uma sobrancelha. -E talvez eu realmente estava planejando, mas isso não vem ao caso no momento.  

Ele me deu um tapa leve em meu ombro e eu ri, aproximando-me para beijar uma de suas bochechas. Frank olhou-me carinhosamente, seus olhos voltando a brilhar intensos e o sorriso cúmplice tomando conta de seus lábios vermelhos, e então suas pernas apertaram-se em volta de mim e entendi que ele já estava preparado.  

Desci minha mão entre nossos corpos, até segurar meu membro e guiar para sua entrada. Eu sabia que seria melhor prepara-lo antes, com meus dedos e fazer com que tudo fosse mais confortável. Quando ele percebeu que eu estava voltando a pegar o lubrificante, bufou e revirou os olhos, assustando-me com sua atitude. 

-Gerard, eu vou te matar se você não entrar de uma vez na minha bunda. -Seria cômico se seu tom não tivesse soado realmente raivoso. -Nunca imaginei que seria tão difícil transar com alguém. 

-Eu não quero te machucar. -Expliquei em um sussurro, suas feições parecendo compreender minha insegurança e sorrir levemente.  

-Não se preocupe, eu estou bem. -Levou uma mão até a lateral de meu rosto, acariciando-me e colocando uma mexa de meu cabelo atrás da minha orelha. -Faça como achar melhor, só não se preocupe, okay? -Assenti e ele riu. -Eu te amo, Gerard.  

-Eu também te amo.  

O amor era o segredo. Tudo o que eu precisava era entender que Frank poderia ser para sempre meu melhor amigo, aquele que eu dividia meus segredos e cuidaria carinhosamente até o fim de meus dias, mas Frank também era meu namorado, aquele que sussurrava palavras doces e maliciosas sempre que via uma brecha. Naquele momento em questão, Frank era minha realidade, meus sentimentos, minha vida... Ele era completamente meu e só precisávamos avançar um pouco para tornar aquilo tudo mais verdadeiro.  

Do momento em que eu pressionei minha glande em sua entrada, escutando-o gemer dolorosamente e cravar as unhas em minha pele, até quando meu pênis estava acomodado dentro dele e sua expressão suavizando aos poucos. Percebi que aquela dor era necessária para permanecermos unidos, aquele apertar incessante de suas paredes internas em meu membro me fez grunhir, querendo retirar e empurrar novamente, mas eu queria a certeza que ele aguentaria. Beijei-lhe em seus lábios lentamente, acalmando-o e sentindo suas unhas liberar minha pele aos poucos para dar lugar a um carinho.  

Comecei a me mover o mais lentamente possível, quase superficialmente, seu interior apertado me fazendo arfar a cada vez que minha glande inchada era pressionada. Puxei Frank para mais perto de mim, ajeitando nossos corpos para facilitar meus movimentos, seu membro estava entre nossos corpos, vez ou outra sua ereção tocando meu estômago quando investia mais intensamente contra ele.  

Meus movimentos aumentaram contra ele, os gemidos deixaram de serem doloridos para tornar-se prazerosos contra meu ouvido, enquanto eu sugava e beijava seu pescoço. Vibrações pareciam atravessar meu corpo quanto mais rápido e forte eu me movia, agarrei em seu quadril com uma mão e em uma de suas nádegas com a outra me firmando melhor em meus movimentos. Frank mordeu o lábio e se empurrou contra mim, em um rebolar lento e constante, ele levantou o olhar, capturando meus olhos e não os desviou, sorri para ele, sem conseguir piscar fitando o brilho de suas orbes e a boca vermelha entreaberta. A respiração dele estava extremamente pesada, seus quadris trabalhando em função dos meus movimentos, gemendo manhosamente a cada vez que eu sentia meu pênis mover de lugar dentro dele. 

Frank fechou os olhos e praticamente choramingou quando encostei em sua próstata, seu corpo arqueando-se e as mãos fechando-se contra meus braços. Eu sentia meu coração batendo em meus ouvidos, o suor escorrendo por minha tez, mas eu sabia que era só o momento, apenas a atmosfera em volta. Sentia meu pênis inchar, meu corpo estremecer sabendo que logo gozaria com todo movimento voluptuoso em que permanecia.  

Olhei para baixo, vendo seu membro pingando pré gozo, durante todo nosso ato sem ter sido tocado, levei minha mão para o local e o segurei firmemente, fazendo-o gemer alto e se arquear mais, o bombeei rapidamente e acariciei sua glande com meu polegar, percebendo-o prestes a gozar. Não precisou mais do que uma investida contra sua próstata para que se liberasse em jatos contra minha mão e nossos abdomens, o corpo abaixo do meu tremulando e arfando descontroladamente.  

Por mais que eu soubesse que seria capaz de conseguir me segurar mais algum tempo, via que Frank estava exausto e suas pernas quase se afrouxavam de minha cintura. O segurei pelas coxas e aumentei minhas investidas, chegando ao meu ápice dentro dele e gemendo tão alto quando ele havia feito.  

Saí cuidadosamente de seu interior, sentindo como se meu corpo inteiro tivesse perdido as forças, me deixando um tanto bambo assim que me joguei para o lado e deitei ofegante o mais perto possível de seu corpo. Frank permanecia de olhos fechados e lábios entreabertos, o peito subindo e descendo, tão esgotado quanto eu, suas tatuagens brilhando por conta do suor que cobria sua pele. 

A exaustão parecia se agarrar cada vez mais a mim, mas eu precisava permanecer acordado até ter certeza que ele estava bem, queria olhar em seus olhos e vê-los brilharem, mas em momento algum ele os abriu e comecei a pensar que ele havia dormido.  

-Gerard? -O chamado era quase imperceptível por sua voz ter saído sussurrada e trêmula. Movimentei-me, para encará-lo melhor, mesmo que seus olhos permanecessem fechados. -Acho que estou morrendo. 

-O quê? -Me apoiei em meu cotovelo e o observei preocupado.  

-O meu coração... -Sua mão subiu preguiçosamente por sua barriga, até chegar ao seu peito e permanecer ali. -Nunca pensei que amar fizesse o coração bater tão rápido assim.  

Ri anasalado e me aproximei de sua mão apoiada em seu peito, beijando seus dedos e encostando minha cabeça no local, mas permanecendo com meus olhos atentos em seu rosto, podendo ver exatamente o momento em que suas pálpebras abriram lentamente e os orbes avelãs me olharam carinhosamente. Sorri em sua direção. 

-Eu te amo. -Sussurrei, recebendo sua outra mão em meus cabelos, acariciando-me e me deixando cada vez mais sonolento.  

-Eu também te amo, Gerard. -Antes que eu caísse no sono, escutei da voz mais bonita, a frase mais cheia de sentimentos verdadeiros.  

Por mais que meu último capítulo fosse se chamar Frank, eu sabia que existia um livro inteiro para ser lido e que nossa história era somente a mais importante em toda a minha vida, e no fim, eu teria cumprido minha promessa do "Para sempre", não importa quantas dificuldades passássemos, sabíamos que nosso lugar sempre seria jorrando nossas sentimentos um ao outro e crescendo cada dia mais com nossas experiências passadas e futuras.  

Da amizade ao amor verdadeiro. Encontrei minha alma-gêmea e dessa vez não havia erros.