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História Soul's Mirror - 2jae - Chapter One: The good deed.


Escrita por: somereader

Notas do Autor


Olá pessoinhas.
Esta é a minha primeira fic e é 2jae, como podem ver.
Provavelmente vocês vão encontrar erros, porque sempre deixo passar, mas espero que curtam a história.
Eu estava com várias ideias na cabeça então decidi por pra fora.
Gosto que o rumo seja mais de vagar, então as coisas acontecerão assim.
Vejo vocês lá em baixo. _o_

PS: [CAPITULO EDITADO]
Estou corrigindo algumas coisas para poder terminar a fic. Todos os caps serão revisados.

Capítulo 1 - Chapter One: The good deed.


Era uma segunda feira como todas as outras, quando Youngjae saiu logo cedo da sua pequena moradia para ir trabalhar em uma lanchonete a cinco quadras dali. Já era sua segunda semana trabalhando naquele local, que ele considerava imundo e insuportável. Nos últimos dias, Youngjae presenciou a presença de ratos e baratas, sem contar o jeito desleixado dos funcionários que não mantinham o lugar limpo, o que deixava um cheiro insuportável no local. Mas o que mais fazia sentido, era que a lanchonete era muito mais frequentada por bêbados do que por qualquer outro tipo de clientes.

Muitos destes clientes já começavam a beber antes das oito horas da manhã e por sorte, Youngjae conseguia suportar muitas coisas daquele lugar por cuidar do caixa e também, por precisar muito desse trabalho.

Desde que sua mãe faleceu, há três anos, Youngjae tem morado sozinho em um porão alugado, que para ele, é bem difícil de manter, levando em conta o estado atual do local. Era consideravelmente pequeno e só haviam dois cômodos, contando com o banheiro. Não que Youngjae estivesse reclamando, era o melhor que ele havia arrumado desde que sua mãe faleceu, e a casa onde moravam ficou como posse do governo para quitar as dívidas que, ele sozinho não pôde pagar.

Youngjae sentiu seu celular vibrar em seu bolso e logo visualizou uma mensagem de Yugyeom – “Bom dia, hyung! Antes de ir para o curso, irei passar aí. ” – Youngjae suspirou aliviado, ainda mais quando percebeu que o tempo estava passando depressa.

Quando finalmente seu horário terminou, fechou o caixa para o próximo funcionário. Já estava perto do meio dia e Youngjae esperou por Yugyeom, que havia mandado outra mensagem avisando que estava chegando. Enquanto esperava, assistia o movimento da rua. A lanchonete não muito bem vista por muitos, localizava-se no meio da cidade, de frente para uma avenida de comércio, onde o movimento de carros e pessoas era grande. Logo em frente, havia um ponto de ônibus e uma faixa de pedestre, onde muitas pessoas se aglomeravam.

Youngjae vestia uma blusa de moletom preto e uma calça jeans, apesar do tempo estar bom, sentia-se mais confortável assim. Enquanto observava o movimento, estranhou ao ver uma garota que aparentava ser bem nova, com o cabelo um pouco bagunçado, cercar uma senhora que estava com a bolsa entreaberta. A senhora era baixinha e usava um chapéu devido ao sol quente. Desconfiado, observou atentamente, a menina. Não gostava de julgar as pessoas, então apenas esperou, preparado para o pior.

Assim como suspeitava, a garota com muito cuidado, conseguiu pegar a carteira da bolsa da senhora sem ser percebida pelos demais. O farol abriu e a senhora estava preste a atravessar o sinal, quando Youngjae não se conteve e se manifestou.


  – Ei, eu vi o que você acabou de fazer. Por favor, devolva essa carteira. – Se aproximou da menina, fazendo com que todos em sua volta parassem para observar o que estava acontecendo. – Você está tentando roubar isso, devolva.

A garota, sem saber o que fazer, apenas correu, empurrando algumas pessoas por onde passava.

– Ei! Pare aí! Espere! – Youngjae correu o máximo que pôde e passou como um relâmpago por Yugyeom que estava indo em sua direção contrária.

Enquanto corria, a garota olhou para traz para certificar que não estava sendo seguida, mas seus olhos encontraram um garoto determinado a pegá-la.

 

                                                                    -x-

 

 

– Se apresse, JB, por favor.

– Eu estou indo, não estou, Jackson? Agora cale essa boca, por favor. – Jaebum caminhava lentamente enquanto checava o celular.

– Qual é, JB, temos que correr, já é mais de meio dia. – Jackson parou de falar assim que viu a expressão irritada de Jaebum. – Olha, vamos fazer o que temos que fazer, e depois você resolve isso, ok? Estamos atrasados, seu pai vai realmente, realmente nos matar.

– Te matar, você quer dizer. – JB resmungou. Sabia que seu pai não iria fazer nada contra ele, já que era o seu único filho e herdeiro da empresa WorldGlass, a maior empresa de vidro da Ásia. Já Jackson, era apenas um secretário que conseguiu esse emprego graças à amizade duradoura com JB.

– Não seja maldoso, hyung. – Jackson trincou os dentes e apertou o passo. Precisavam chegar à gráfica em menos de dez minutos para pegar um banner importante que seria o foco da reunião que começaria há uma hora da tarde. Por que esse banner ainda não foi pego? Porque Jaebum esteve “ocupado” a manhã toda, com compromissos desnecessários, como zerar o seu novo jogo.

Jackson seguiu o caminho que os levariam direto ao carro de JB, a gráfica não era tão longe, mas com o tempo apertado, o mais ideal seria busca-lo de carro, mas JB provavelmente não pensava assim.

– Onde está indo? O seu carro está para lá! – Jackson apontou para o lado contrário de JB.

– Vamos apé.

– Você só pode estar brincando. – Jackson olhou no relógio, era meio dia e quinze, o presidente Im pediu que o banner estivesse na sala dele meio dia e meio, para as preparações. – Hyung, por que se ofereceu para busca-lo se não queria ir? – Disse por fim.

– Não é obvio? – JB respondeu.

– Não! – Jackson tentava alcançar o passo do amigo, mas suas pernas eram consideravelmente menores. Agradeceu por pararem na faixa de pedestre, esperando o farol abrir para continuarem.

– Com certeza a essa altura, meu pai já deve estar enlouquecendo. – JB respondeu, olhando no relógio.

– Oh, não diga isso. – Jackson estava ansioso. O farol abriu e ele quase correu enquanto JB atravessava sem pressa. – Você ainda está tentando tirá-lo do sério? Poderia pelo menos não me envolver nessa missão?

– Infelizmente, não. – JB respondeu, chegando do outro lado da avenida seguido pelo amigo aparentemente cansado.

Após dar alguns passos, JB avistou uma garota, que aparentemente era nova e corria descompassadamente de um garoto que pedia licença para as pessoas enquanto costurava a multidão. Sem pensar, JB deixou a garota passar e segurou a blusa do garoto que estava atrás da mesma, fazendo ele recuar, tentadno se livrar da mão de JB.

– Me solte! Ela vai escapar! – Youngjae empurrava JB, mas era como empurrar uma parede.

– O que você pensa que está fazendo? Por que está correndo atrás daquela menina? – JB empurrou Youngjae, que caiu de bunda no chão, reclamando pela dor do impacto.

– Hã? – Youngjae não entendia porque aquele homem havia lhe parado, não entendia porque estava fazendo aquilo naquele momento, sem nenhuma razão, nem o conhecia.

– Por que aquela garota estava correndo de você? Deixa-a em paz.

– Por favor, saia da minha frente. – Youngjae tentou se levantar e seguir seu caminho, mas JB o empurrou para o chão mais uma vez.

– Hyung, deixe-o! Estamos atrasados, pelo amor de Deus! – Jackson se meteu, puxando JB para prosseguir.

– Não está vendo a situação, Jackson? Este garoto estava perseguindo aquela garota que deveria ter o que? Quinze anos? – JB puxou seu braço e se desvencilhou dos puxões de Jackson.

– Olha aqui, seu idiota! – Youngjae chutou a canela de JB, fazendo-o se agachar e reclamar pelo chute. – Graças a você eu perdi a garota de vista. – Respondeu, e assim que viu Yugyeom se aproximar, pediu ajuda para se levantar.

– O que está acontecendo? – Yugyeom perguntou assim que ajudou, mas ele o ignorou, voltando a correr na direção em que a menina havia desaparecido. Sem saber exatamente o que devia fazer, ignorou os demais e decidiu correr atrás do amigo. 

– Mas o que? – JB ficou agarrado em sua canela, esperando que a dor passasse, enquanto Jackson tentava levantá-lo. – Que menino mais rude, como pôde me chutar?

– JB, esqueça isso, o banner! – Jackson puxava ainda mais o amigo para seguir o caminho oposto dos meninos que estavam ali ainda a poucos segundos atrás.

– Pare de me puxar, Jackson! – JB se levantou e puxou novamente seu braço contra o amigo. – Vai estragar minha camisa!

 

 

                                                                     -x-

 

 

– Já fizemos a nossa boa ação do dia, né? – Yugyeom suspirou enquanto estava se recuperando do cansaço.

– Não fique contando, Yug. É feio. – Youngjae caminhava em direção à sua casa, contente. – Conseguimos pegá-la com a ajuda de um policial e, apesar de ter sido difícil, encontramos a dona da carteira e conseguimos devolver para ela. Foi bem mais difícil do que deveria, porque um idiota me parou quando eu estava quase lá.... Mas valeu a pena.

– Aliás, o que foi aquilo? – Yugyeom parou de caminhar, indicando que havia chegado em seu lugar de destino.  Estava despenteado.

– Também não sei. Algumas pessoas são realmente sem noção. – Youngjae ajeitou os fios bagunçados do amigo, fazendo-o corar.

– Mas no fim deu certo, isso que importa. – Concordou – Agora preciso ir, hyung. Estou atrasado. Mais tarde passo lá na sua casa e conversamos com calma, ok?

– Ok! Boa aula, Yug. Se cuide. Até mais tarde. – Youngjae acenou para o mais novo e continuou o seu caminho de volta para casa. Sempre passava por uma praça com cerejeiras, onde gostara muito de admirar a paisagem na primavera.   

– Ei, você! Menino de moletom preto! – Youngjae olhou para a própria roupa, confirmando que estavam mesmo falando com ele e se virou, procurando pela voz.

– Aqui, aqui! – Uma senhora sentada na calçada chamava pelo moreno e Youngjae se perguntou novamente se ela estava falando com ele. – Sim, você, venha aqui.

– O que? Eu? Por que? – Youngjae se aproximou e se agachou até ficar na mesma altura da senhora.

– Você tem uma namorada? – A senhora perguntou e Youngjae ficou ainda mais confuso. Aquilo era uma piada?

– Não, não tenho. – Youngjae respondeu por fim.

– Existe alguém que você ame, meu querido? – A senhora portava um sorriso que era difícil decifrar devido ao grande chapéu que ela usava.

– Eu só tenho o meu melhor amigo, eu amo ele.

– Não é esse tipo de amor, querido. Um amor como uma paixão. – A senhora que estava sentada a poucos centímetros de Youngjae começara a sussurrar, seu chapéu cobria seu rosto e seu cabelo totalmente branco. Seu vestido era comprido como o de uma cigana. 

– Paixão? Tipo de namorados?

– Isso! Você tem alguém assim?

Youngjae tentou se lembrar se alguma vez na vida já teve algo que pudesse se aproximar disso, mas desde que era pequeno, sempre foi muito sozinho, estava sempre ocupado cuidando de sua mãe e a ajudando, que não tinha tempo para manter amizades ou mesmo criar um relacionamento amoroso. Yugyeom fora seu único amigo, o único que insistiu o suficiente para Youngjae se sentir preso a ele.

– Leve isto. – A senhora misteriosa retirara uma garrafa de sua coleção exposta na calçada onde havia uma placa escrito “Bebidas especiais”. – É de graça para você.

– Eu não posso aceitar, além disso, eu nem sei o que é isto. – Youngjae segurou e olhou a garrafa nas mãos, era transparente e feita de um vidro bem resistente, seu liquido era rosa e parecia brilhar.

– Meu jovem, aceite esse presente já que você fez uma boa ação hoje. O conteúdo desta garrafa é importante, tenha atenção, você deve bebe-la apenas quando encontrar alguém que te faça sentir paixão. Tome este liquido com essa pessoa.

Youngjae franziu o cenho. Como aquela senhora sabia que ele havia feito uma boa ação? Pensou em recusar, mas ela tinha razão, havia feito uma boa ação hoje e se ela queria lhe dar, não havia porque recusar, afinal, uma bebida cairia muito bem hoje, estava realmente querendo beber algo “forte”, mas na situação em que se encontrara, só poderia beber água.

– Tudo bem. Mas não tem problema mesmo? Vejo que está vendendo todas essas garrafas. – Youngjae olhou em volta e viu duas garotas com uniformes escolares escolhendo garrafas de cores diferentes, pareciam excitadas em compra-las.

– Apenas aceite, lembre-se, apenas beba com alguém que valha esta garrafa.

Youngjae achava aquela senhora muito estranha, mas não iria ficar discutindo. Pegou a garrafa e colocou em sua bolsa, agradeceu e seguiu o seu caminho direto para casa.

 

                                                                   -x-
 

– Hyung? – Jackson já estava roendo as carnes de suas unhas enquanto esperava em pé ao lado da mesa de JB.

– Hm? – O moreno estava descansando as pernas em sua mesa e jogando em seu celular.

– Como você pode estar tão tranquilo depois do que aconteceu? Eu vou morrer, a gente vai morrer. – Jackson andava de um lado para o outro, preocupado.

– E o que aconteceu mesmo? – JB sorriu, lembro do que havia acontecido alguns minutos atrás.

A porta da sala em que estavam foi aberta sem permissão, por ela, adentrou um senhor bem mais velho, seu cabelo era grisalho e vestia um terno com uma gravata elegante. Seu rosto não era nada amigável e ele segurava um pôster em suas mãos. Jackson que estava andando de um lado para o outro pelo escritório, parou no mesmo instante.

– Você está louco, Im Jaebum? – O mais velho parou em frente ao filho sentado em sua mesa e o fulminou com o olhar. 

– Eu n....

– Você só pode estar! – O Im mais velho interrompeu o filho aumentando consideravelmente o seu tom de voz. – Você pensa o que? Que porque faz um bom trabalho de vez em quando é dono deste lugar? Pensa que só porque é meu filho eu não vou fazer nada e vou aceitar esse tipo de comportamento vez ou outra só porque você quer me tirar do sério? Você tem vinte e dois anos, já é bem grandinho para eu ter que ficar pegando na sua mão e te pondo de castigo. Eu estou cansado de você, Jaebum. Cansado da sua teimosia, das suas brincadeiras ridículas e principalmente, cansado de ouvir os funcionários falarem que você é uma decepção.  – Sr. Im parou para recuperar o folego e suspirou. – Você deveria ser um orgulho para mim, mas você é apenas.... Isto. – Apontou para o filho com uma expressão de nojo que fez até Jackson se contorcer. – E você, Sr. Jackson, não sabe cumprir uma ordem?

– Peço perdão, Sr. Im. – Jackson fez uma reverência.

– Se está cansado de mim porque apenas não me manda embora? – JB era quem se pronunciava agora e estava de pé, confrontando o pai.

– Tome cuidado com o que você diz, Jaebum. Você só está aqui porque eu não aguentava mais ouvir sua mãe implorar sobre isso, dizendo que você precisava aprender a lidar com os trabalhos da empresa. Porém posso mudar de ideia rapidamente. Tenho funcionários mil vezes melhores que você aqui e se você está pensando que vou te privilegiar só porque você é meu único filho, acho melhor você repensar sobre isso, eu ainda posso deixar tudo isso aqui para o Jinyoung, que é meu sobrinho e guiaria essa empresa muito melhor do que você.

JB sorriu em deboche. Já ouvira coisa pior do seu pai, mas aquilo era o maior blefe que já ouvira até agora.

– Quer saber? – O mais velho olhou para ambos os culpados. – Cansei de pegar leve com você. É a última vez que suporto esse tipo de desaforo. Se mais alguma coisa acontecer, eu juro que você nunca mais pisará nesta empresa, não importa o que sua mãe diga.  – O Sr. Im respirou fundo e abaixou o tom de voz, jogando o pôster que estava carregando na cara do Im mais novo, que deixou o pôster cair no chão. – E mais uma coisa, a partir de hoje você cobrirá o departamento de Recrutamento e Seleção, deverá fazer o que lhe mandarem lá. Sua sala também será outra, essa é muito grande para um funcionário do RH. – Virou-se e foi de encontro à porta, passando por Jackson e parando para encará-lo. – Você pode ir junto com ele. E se não souber controla-lo, vai para a rua também.
Finalmente o sr. Im deixou a sala, batendo a porta a trás de si, fazendo com que Jackson conseguisse respirar novamente e JB riu.

– Sério, o que deu em você? Um pôster do Twice? – Jackson foi o primeiro a falar enquanto encarava o pôster no chão.

– Devo tentar Girl’s Generation na próxima?  – JB sabia que seu pai havia falado apenas da boca para fora. Nunca faria tal coisa, como demiti-lo ou deserda-lo. Tudo bem que perdeu sua sala e seu cargo como gerente administrativo, e não esperava por isso, mas seu pai chegava a ser bastante previsível na maior parte do tempo.  

– Não, você ouviu, se você for demitido eu vou junto! O que deu em você? Eu achei que você tinha pego o banner na gráfica, mas após chegarmos meia hora atrasados você me coloca um pôster de kpop no lugar do banner da reunião, na frente de todos... – Jackson sentou-se em posição fetal, derrotado.

Jaebum soltou uma risada fraca e chutou o pôster, deixando a sala e sentindo-se vitorioso.

 

                                                                      -x-
  

 

Já eram por volta das dezenove horas quando Youngjae havia terminado de tomar banho e estava realmente doido para um gole de álcool. Passou o dia todo procurando emprego, já que foi demitido da academia na semana passada. Não poderia depender apenas da lanchonete, pois o que ganhava lá, não era o suficiente para pagar o aluguel, que por sinal, já estava a duas semanas atrasado.

Youngjae pegou a garrafa que ganhara mais cedo e a abriu, levando a boca diretamente ao gargalo, tomando um bom gole do conteúdo, que era bem amargo inicialmente, mas logo quando engoliu, sentiu um resquício doce no final. Era diferente. Youngjae deu uma boa olhada no rótulo da garrafa. “Amour” estava escrito bem grande e algumas letras bem pequenas em baixo diziam: “Precauções: Não tome sozinho. Divida o conteúdo da garrafa com um namorado (a). Não jogue fora.  Não dívida está garrafa com terceiros ou com desconhecidos (...)”

– Woah! Quanta bobagem.... – Youngjae deu mais um gole, saboreando o gosto diferenciado. – Este tipo de produto deve fazer o maior sucesso entre os estudantes. – Lembrou das duas meninas interessadas no produto, ambas estavam com vestimentas de colégio. – É... – Bufou – Aquela senhora pensa que me engana, deve ter me confundido com algum estudante do colegial.

Youngjae bebeu quase metade da garrafa em pouco tempo, até que ouviu Yugyeom chamar do outro lado da porta. Rapidamente guardou a garrafa no armário pequeno da cozinha e abriu a porta para o amigo.

– Hyung! – Yugyeom entrou pela porta e se jogou em seu pescoço. Ele era bem alto, apesar de ter dezenove anos, com certeza não aparentava ser tão novo. Seu cabelo era de um castanho com tonalidade acobreada e seu sorriso sempre preenchia o coração de seu melhor amigo.

– Está feliz hoje, Yug? – Youngjae retribuiu o abraço já esperado pelo mesmo.

– Sim, e eu tenho uma boa notícia, hyung. – Yugyeom foi entrando e deixando a bolsa de lado, se sentou no colchão que ficava no chão, encostado na parede, que era no mesmo cômodo da cozinha e convidou o outro a sentar-se também.

– É mesmo? E que boa notícia é essa? – Youngjae indagou.

– Você estava procurando um emprego, né? Meu pai me disse que na empresa onde ele trabalha estão procurando novos funcionários, você só precisa ter o ensino médio e se eles gostarem de você, está dentro.

– Sério? Eles estão contratando mesmo? Será que tenho alguma chance? A empresa que o seu pai trabalha é WorldGlass né?  – Youngjae estava mais do que empolgado, estava preste a tentar entrar em uma empresa mundialmente famosa, o que poderia significar ter um salário um pouco mais alto. Ele não poderia negar a felicidade nisso.

– Na verdade, como você me deu alguns currículos na semana passada, meu pai já entregou um para eles, foi uma indicação.

– Jura? E o que eles falaram? – Youngjae encarou Yugyeom com uma expressão ansiosa e surpresa ao mesmo tempo.

– Disseram que entrariam em contato. Meu pai não é tão influente lá, mas quem sabe né? Eles estão precisando de pessoas, além disso, você tem tudo o que eles precisam. – Yugyeom apertou as bochechas do mais velho e logo se levantou. – Espero que te liguem, qualquer coisa você me avisa, ok?

– Você já vai? Mas acabou de chegar.

– Está tarde, acabei de sair do curso e preciso ir para casa. De qualquer forma, eu queria te ver para poder te contar sobre isso. Nos vemos amanhã? – Yugyeom vestiu a mochila e sem delongas se despediu do amigo e foi embora.

Youngjae continuou sentado na cama sem acreditar na sorte que poderia ter com esta oportunidade. Faria de tudo para entrar, ou logo, não teria mais como viver com o pouco dinheiro que ganhara para sobreviver.

Se remexeu na cama e antes que percebesse, caiu no sono. Em seus sonhos, Youngjae costumava sonhar que estava com a sua mãe, ou trabalhando, mas esta noite foi diferente.

Ele se viu de frente para um espelho, mas não era ele quem refletia neste espelho. O reflexo era feito de um grande borrão, sem forma e sem cores. Youngjae tocou o espelho e nada aconteceu, era apenas um espelho aparentemente quebrado. O fundo do sonho era completamente branco e Youngjae podia ouvir uma voz chama-lo.

– “Youngjae”

– Olá? – Sua voz ecoou pelo local sem vida. – Quem está aí?

Por mais que olhara para todos os lados, não havia ninguém, apenas aquele espelho idiota no meio do infinito branco em que estava. Se aproximou do espelho e o tocou novamente. Nada aconteceu. 

Youngjae acordou assustado com o despertador do celular. Já eram seis horas da manhã e ele precisara se arrumar para trabalhar, afinal, precisara trabalhar para sobreviver por mais um dia. 


Notas Finais


É isso, por enquanto.
Se alguma alma estiver lendo, o que estão imaginando?
Assim que der, posto o próximo cap.
Beijos.


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