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História Soul's Mirror - 2jae - Chapter Seven: Family of threats.


Escrita por: somereader

Notas do Autor


Ohayoo!
Primeiramente, desculpa pelo meu desaparecimento nos últimos meses. Sei que algumas pessoas estavam acompanhando e não deveria ter parado, mas ao invés de ficar dando desculpas, decidi escrever logo e postar pra vocês.
Estou muito dedicado e escrevendo muito, então pretendo seguir com ela até o final agora!!

Perdoem qualquer errinho, sempre escapam alguns.
Espero que gostem. :3

PS: [CAPITULO EDITADO]
Estou corrigindo algumas coisas para poder terminar a fic. Todos os caps serão revisados.

Capítulo 7 - Chapter Seven: Family of threats.


Depois de ter chorado por longos minutos, a cabeça de Youngjae doía mais do que antes, o impedindo de dormir. Pela primeira vez, JB o deixara dormir na cama, mas por pura teimosia, não quis ir dormir no chão, então acabou dormindo junto com Youngjae, que agora encarava o adormecido ao seu lado.

Era estranho também observá-lo dormir com suas feições, imaginou se ele dormira assim por todos esses anos também ou se JB conseguia ser mais bonito até mesmo dormindo com o seu corpo.

Youngjae acabou caindo no sono após passar horas pensando no que faria quando voltasse para o seu corpo, por onde iria começar já que agora não sobrara mais nada. Teria que começar do zero, procurar um emprego, um lugar para morar.... Pediria para o Yugyeom abriga-lo de novo, pelo menos por mais alguns dias...

JB foi o primeiro a acordar. Se sentia quente, mais quente do que de costume.

Assim que se virou, lembrou-se de que Youngjae estava dormindo ao seu lado. Encarou o seu próprio corpo, sua expressão era pesada, quase como se estivesse tendo pesadelos. Tocou a testa de Youngjae, tentando desfazer aquela expressão, mas o mais novo só se encolheu entre as cobertas.

Assim que olhou no relógio que indicava que ele já estava atrasado, JB deu pequenos tapinhas em Youngjae, que resmungou e se revirou na cama.

– Acorda. Eu estou atrasado.

– Então vá, hyung. – Brincou, virando-se de costas para JB e voltando a dormir.

– Você também precisa ir, ou quem mais vai me contratar? – Provocou e se levantou, puxando suas cobertas.

– Como assim? Contratar você? – Youngjae demorou para entender e assim que o fez, saltou da cama. – Você vai me contratar?

– Por agora, você vai me contratar. Preciso ir para empresa e ficar de olho em você. –Não precisava nem o olhar para saber que o outro estaria sorrindo nesse momento.

– Ah.... É só até destrocarmos né? – Youngjae tinha um ar triste que JB não esperava.

– Você é muito lento. Eu vou te contratar para sempre, está feliz? Até você morrer. – Confirmou, ainda esperando pelos ataques do mais novo. Por algum motivo queria vê-lo sorrir hoje.

– É sério?! Eu vou mesmo ser contratado? Para sempre? – Não podia de fato, conter o sorriso desta vez e saltitou de felicidade até JB, apertando suas bochechas e fazendo um biquinho desnecessário.

JB bufou. Teria odiado ser tratado daquela forma, e teria odiado ainda mais a atitude de Youngjae em seu corpo, mas conseguira o que tanto desejava então estava igualmente feliz.

Tomaram o café de manhã, com Youngjae cantarolando músicas que JB nem imaginava que podiam existir, e que acreditava que realmente não existiam e Youngjae agora colocara o celular para avisá-lo de tomar os remédios de JB. Sem demora, ambos foram juntos até a empresa onde ele aprovou e fez o seu próprio cadastro como novo funcionário. JB se divertia com as expressões do mais novo e aproveitou para fazer suspense na hora que precisou assinar o contrato como auxiliar administrativo.    

  – Temos muito trabalho, esteja pronto.  – JB ditou, olhando o celular e respondendo algumas mensagens de trabalho.

Assim que Youngjae se deu conta, JB literalmente havia o feito de auxiliar administrativo, mesmo que outras pessoas olhassem sem entender a dinâmica dos dois. Mesmo assim, Youngjae fez todo o trabalho solicitado em tempo recorde, absorvendo toda e qualquer informação do novo emprego enquanto JB ficava sentado em sua mesa, resolvendo negócios que o mais novo não queria se meter.

– Vamos ter que ir até o Hospital Myungwoo. – JB murmurou baixo enquanto digitava algo no celular. – É um lugar perigoso. Não saia de perto de mim.

Youngjae tentava compreender porque o Hospital Myungwoo era um lugar perigoso. Talvez devido à bomba que havia explodido lá da última vez, faria todo sentido.

Assim que JB solicitou um carro, ambos foram rapidamente até o hospital e antes que Youngjae pudesse descer do carro, JB segurou o seu braço.

– É sério, não saia de perto de mim. – O olhou fixo em seus olhos e Youngjae concordou. Definitivamente não queria ficar longe de JB em um lugar como este.

Youngjae cumprimentou Mark meio sem graça assim que o viu e apresentou JB como seu novo funcionário. Mark perguntou sobre Jackson, a quem sempre o acompanhava e Youngjae seguiu o combinado, informando que estaria treinando um novo funcionário, por isso precisou deixar Jackson na empresa, o que não convenceu de fato o loiro.

– O vidro já foi reposto. Está ótimo. – Mark informou, mostrando aos dois um ambiente totalmente diferente do que Youngjae presenciara da última vez.  – Sobre aquilo que conversamos por mensagem.... Ela deve estar na gerência.

JB cutucou Youngjae para que ele concordasse e assim ele o fez. Os dois se despediram.

 – Você é um péssimo ator, Youngjae. – Sorriu e falou pela primeira vez assim que estavam sozinhos no elevador. Gostava de saber que Youngjae era um péssimo mentiroso.

JB apertou diversas vezes o botão do elevador para o térreo sem pausa, esperando o que o elevador fosse mais rápido, o que não aconteceu.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntou já confuso.

– Eu disse que esse lugar é perigoso.

– Não acho que vão estourar outra bomba aqui, hyung.

– É possível, acredite em mim. – Só parou quando finalmente o elevador se abriu no térreo, dando passagem para os dois.

Assim que pisaram fora do elevador, uma garota com a aparência muito jovem fechou a passagem, pegando no braço de Youngjae que deu um sobressalto.

Seus cabelos eram longos e negros, seu rosto pequeno e pálido pareciam a combinação de uma boneca de porcelana.

– JB oppa!! – A menina quase chacoalhava Youngjae que tentava se desvencilhar em vão.

– Droga! – JB murmurou, sem que ninguém o ouvisse.

– Por que não veio me ver antes, oppa? – Seus olhos grandes de cor caramelo fitavam Youngjae, que olhou para JB em busca do que fazer.

– Jaebum, temos uma reunião importantíssima agora. Precisamos ir. – JB já estava preparado. Seu medo era exatamente encontrar Yeonhee.

– A-ah, c-claro. – Gaguejou, empurrando com mais força o braço de Yeonhee. – Eu ando muito, muito ocupado.

– E quem é você? – Yeonhee se direcionou à JB, agarrando novamente o braço de Youngjae. – Eu sou a Yeonhee, herdeira desse hospital. – Sorriu vitoriosa, sabendo que não teria como qualquer pessoa ter autoridade maior que ela naquele local.

– Eu sou a pessoa a quem o JB vai obedecer. – JB separou a Yeonhee do Youngjae e se pôs entre os dois.

– E por que ele obedeceria a você? – Mudou totalmente sua posição para um ataque direto. 

– Porque este corpo é meu. – JB respondeu, apontando para Youngjae, com total convicção do que estava falando.

Assim como Yeonhee, Youngjae corou e também o olhou sem acreditar no que eles acabaram de ouvir. JB realmente perdera a cabeça.

– Desculpa... – Yeonhee soltou uma risada de deboche. – Eu não tenho tempo para isso. Oppa! Eu preciso falar com você.

– Eu também preciso. – Uma senhora um tanto baixinha, mas cercada por dois seguranças também aparecera e JB pareceu não ter uma solução para se livrar desta vez. – A sós.

– Boa tarde, Sra. Choi. – JB a cumprimentou e Youngjae sabia que deveria fazer o mesmo.

– Vovó, eu também quero falar sobre coisas importantes que envolvem nossa família, se me permite.

– Não vejo problemas, já que parte do assunto é sobre você também. Vocês dois, me acompanhem. – A mais velha apontou para Youngjae e Yeonhee, ignorando completamente a presença de JB que não podia ser reconhecido.

JB não poderia impedir que a presidente do hospital falasse com Youngjae, afinal, o hospital de Myungwoo possui uma parceria de anos com a WorldGlass devido as famílias serem muito unidas. Seria um desrespeito se ele tentasse qualquer coisa inconveniente, mas ao mesmo tempo não poderia deixar Youngjae desprotegido sozinho com aquelas duas.

Antes que Youngjae desaparecesse no elevador, ele trocou olhares nervosos com o mais velho, suplicando que ele fizesse algo, o que não aconteceu.

“O que eu faço? O que eu faço? Pensa Jaebum.”

Assim que o elevador fechou, JB decidiu ir até a sala da presidência e esperar no máximo 5 minutos. Não saberia o que fazer com os dois seguranças que estavam parados na porta, mas com certeza daria um jeito de entrar naquela sala caso Youngjae não saia de lá. Está disposto a falar qualquer besteira para impedir que aquela conversa se estenda mais do que o necessário.

 


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Assim que Youngjae passou pela porta da sala da presidência, se admirou com a sala enorme e o design parecido com o da WorldGlass. As janelas eram grandes e boa parte da iluminação vinham delas. Tudo lá era grande demais, a mesa, os sofás, as estantes e até mesmo os livros e os vasos de flores pareciam exageradamente exorbitantes. Ele já percebeu onde estava metido e sem JB por perto, ele precisaria ter muito cuidado com suas palavras, ainda mais ditas na frente dessa senhora.

– Sr. Im, meu assunto com você é sobre o que já vínhamos conversando a algum temo. – A mais velha começou sentando-se em sua mesa. Uma placa com o nome “Sra. Presidente, Choi Kyunghee” era exposto sobre ela. Apesar de sua pouca altura, o olhar da Sra. Choi era assustador. Seus cabelos negros e sua pele pálida refletiam os genes passados para Yeonhee. – Sei que da última vez não pudemos unir nossas famílias de forma que deveríamos ter feito, mas realmente quero que você e a Yeonhee façam isso nessa geração. – Sua fala era calma, mas seu olhar era distante, quase como se ela falasse para si mesma. – Conversei com o seu pai e ele finalmente decidiu apoiar esse casamento e eu também estou disposta a entregar minha neta a você.

Youngjae estava tentando processar algo que ouvira pela primeira vez. Aquilo era um pedido de casamento?

– Desculpe... A senhora está dizendo para eu me casar?

– Sim. – Respirou fundo antes de continuar – Assim como minha filha deveria ter casado com o seu pai, mas infelizmente não pode acontecer, devido ao seu falecimento... – Ela fez uma pausa e logo retornou – Vocês devem continuar o legado da família.

Youngjae não sabia o que responder. Sabia que não era ele quem deveria casar-se com aquela menina, mas sim JB e apesar desse pensamento o perturbar mais do que deveria, ele ainda pensava na possibilidade de ter que se casar caso eles não trocassem de corpo nunca mais. Também pensou no que JB responderia se fosse ele em seu lugar, mas não conhecia JB, realmente. Na verdade, não sabia nada sobre ele e por isso não sabia como reagir.

– Vocês podem me deixar pensar sobre isso? – Respondeu por fim.

– Você deve pensar com cuidado, oppa. – Dessa vez quem respondera fora Yeonhee. – Seu pai ficaria decepcionado se você fosse contra a vontade dele, afinal, e sua família ficou em debito com a nossa.

– Não o pressione, Yeonhee. – A mais velha se levantou, caminhando na direção da porta. – Ele saberá o que é certo a ser feito. – Sorriu fraco, quase como um deboche e saiu da sala.

– Sabe, oppa... – Yeonhee se aproximou de Youngjae, fazendo-o se afastar e encostar sobre o encosto do sofá, se apoiando sobre ele e tocando sua mão sobre seus ombros. – Soube que se não nos casarmos, seu pai pode ir preso. – Seus olhos se fixaram nos de Youngjae e suas pernas bambearam. – Minha avó sabe que ele foi o culpado pela morte da minha tia. Se o seu pai for preso, a WorldGlass vai falir e tudo o que vai sobrar da sua vida serei eu. No final, iremos nos casar de qualquer forma, então por que não facilita tudo? – Suas mãos subiram até sua nuca, prendendo-a e o puxando para um beijo.

Youngjae estava paralisado. Seus pensamentos estavam embaraçados, suas pernas tremiam e ele não tinha força para ficar em pé. Eram muitas informações e tinha medo de piorar as coisas. Não queria ser o culpado de nada ruim que acontecesse na vida de Jaebum. Não queria que o seu pai fosse preso, não queria que ele ficasse sozinho também. Não sabia nada sobre o seu chefe idiota, mas sabia que não o queria passando por tanta dor. Queria congelar o tempo assim como a si mesmo neste momento. E se ele aceitasse tudo? Estaria salvando Jaebum, não estaria? Isso seria o mais correto? Estava sufocado por seus próprios pensamentos e pela garota em sua frente.
 


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JB estava roendo as unhas e pensando em como enganaria os seguranças, até que viu a Presidente sair da sua sala.

– Você é.…? – Ela o interrogou, vendo-o parado no lado de fora.

– Eu sou.... Choi Youngjae. Sou secretário do Jaebum. – Mentiu.

– Tão novo... – O mediu dos pés até a cabeça. – Jaebum deveria escolher secretários melhores e mais experientes.

JB pensou em responde-la de forma rude, mas não o fez. Youngjae era mais importante agora. Permaneceu em silencio até que a mais velha se afastasse e seguisse seu caminho. Abriu a porta e piscou na tentativa de tentar ver corretamente a cena a sua frente. Yeonhee acabara de tocar seus lábios nos de Youngjae, puxando-o para um beijo enquanto ele estava completamente paralisado.

Sentiu seu sangue subir de raiva. Se pudesse, bateria nos dois.

Se aproximou tão rápido quanto pode e colocou sua mão na testa da garota, empurrando-a com força para que se desvencilhasse de Youngjae.

– Não toque nele, por favor.

– H-Hyung.... – Youngjae parecia estar saindo do seu estado de torpor e se agarrou aos braços de JB, buscando equilíbrio.

– Falarei com você mais tarde. – JB lançou um olhar furioso ao mais novo. – Não me faça repetir as coisas, Yeonhee. – Fulminou a garota que agora estava assustada e segurou o braço de Youngjae e o arrastou para fora do hospital.

Youngjae que passou o caminho todo calado foi colocando seu pensamento em ordem e assim que saíram do hospital, percebeu o que havia feito.

– Hyung, me desculpe.

– Fique quieto.

– Não é o que você viu, é só que.... – Youngjae se calou por alguns segundos. Como explicaria tudo à JB sem assustá-lo?

– Olha, eu não sei muito sobre você, Youngjae, mas enquanto estiver no meu corpo, usando o meu nome, meu sobrenome e minhas roupas, você não deve deixar outras pessoas tocá-lo da forma que você deixou hoje. – Ainda o olhava com raiva e não aceitaria nenhuma desculpa para o que viu.

– Realmente.... Me desculpe. – Youngjae não conseguia falar. Ainda estava processando tudo o que acontecera.


 
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Os piores anos de existência de Jihyun, foram os que trabalhou no arquivo morto. Não há um cupido que goste de trabalhar lá, já que todos foram criados para juntar pessoas e não o contrário.

Atualmente, o arquivo morto existe devido à grande quantidade de problemas relacionados à casais. Alguns casos como os ligados a agressão devem ser revistos e na maioria das vezes, desfeitos. É o lugar onde vemos que juntar tais pessoas talvez não tenha sido a coisa certa e que talvez esteja na hora de separá-los.

Não há um caso feliz no arquivo morto, já que recebe esse nome por ser o final de algo que demoramos até anos para construir.

Mesmo que Jihyun odiasse ter as lembranças daquele trabalho, ela também adquiriu muito conhecimento pelos boatos que circulavam. Se lembrou que uma vez, um arquivo foi cancelado porque um erro ao juntar um casal, acabou dando certo.

Teve dificuldade em buscar mais informações sobre esse caso, mas conseguiu. Um cupido certa vez, ao flechar a pessoa errada, acabou juntando-a com outra pessoa a qual não deveria. Devido aos problemas que aquilo causou, o caso foi levado ao arquivo morto, mas não precisou ser desfeito, pois o casal, por algum motivo deu certo.

“E se eu, ao invés de separá-los, tentar juntá-los de verdade? Talvez isso resolva. ”

Sendo a primeira e única solução de Jihyun no momento, ela não tinha outra escolha, precisava tentar

– Achei vocês dois! – Jihyun se aproximou assim que finalmente encontrou Jaebum e Youngjae parados em frente ao hospital.

Ambos, que viam uma garota bem nova se aproximar, com cabelos longos e castanhos, a pele jovem e com uma aparência bem magra, não a reconheceram.

– Ah, é mesmo. – Ela parou em frente aos dois meninos. – Meu nome é Jihyun. Sou a senhorinha do templo. Eu disse que iria ajuda-los.... Sobre aquilo. – Ela sussurrou.   

Tanto Youngjae quanto JB estavam confusos. Da última vez, ela parecia ter aproximadamente oitenta anos e agora, não mais do que trinta.

– Você está bem diferente. – JB foi o primeiro a responder.

– Eu tenho que usar aquela imagem para que os humanos possam me ver. Como vocês dois já foram enfeitiçados, podem me ver na minha forma real.

– Isso significa que só nós dois podemos te ver? – JB perguntou.

– Correto. – Ela sorriu, mais à vontade.

– E então? – Ele insistiu.

– Ah! – Ela retirou um pedaço de papel da bolsa e mostrou aos dois.

Era uma foto antiga e preta e branca de um casal já na sua idade adulta.

– Eu busquei informações sobre o que possivelmente poderia ter levado vocês a trocarem de corpos. – Ela respirou fundo. – Foi porque tomaram a mesma garrafa sem estarem conectados. O liquido é como uma flecha, ele faz as pessoas se apaixonarem de forma única. Ele cria laços praticamente inquebráveis. Uma vez que vocês tomaram, mas não eram próximos um do outro, é como se o destino quisesse unir vocês a força.

– Maldita garrafa. – Murmurou.

– Esse casal da foto, pelo que eu soube, algo parecido aconteceu a eles. Eles não deveriam estar juntos, assim como vocês dois.

– Eles também tomaram a bebida sem estarem conectados? – Youngjae se pronunciou.

– Sim. Eu não tenho certeza se eles trocaram de corpos, isso é um mistério. Mas eles não se conheciam quando o cupido os acertou.

– Peraí. – JB se pronunciou. – Cupido? Isso é real?

– Bom, eu estou aqui. – Jihyun concordou. – Vocês costumam nos conhecer por esse nome e como “anjos” também.

– Uau. – Suspirou, um pouco confuso pelas informações.

– E o que aconteceu com eles? – Youngjae apontou para a foto. Temia a resposta, mas também sabia que agora havia uma “cura”.

– Eles se casaram e ficaram juntos até a morte.

– Hã?  – Ambos se pronunciaram.

– Olhem, não estou dizendo para vocês se casarem ok? – Disfarçou o constrangimento assim que pensou sobre isso. – Só estou dizendo que eles viveram bem porque se davam bem. Se em algum momento eles trocaram, provavelmente isso foi consertado porque eles se gostavam. Por que vocês não tentam se dar bem? Eu ainda estou procurando por algo mais concreto, mas queria avisá-los. Talvez essa seja uma das soluções....

Youngjae parecia confuso, se dar bem com JB seria a resposta para tudo?

– Você espera que isso resolva tudo? – JB parecia irritado.

– Talvez resolva. Eles parecem felizes. – Ela apontou para a foto também.

– É isso que eu ganho confiando em pessoas como vocês dois. Eu vou embora. – Pegou o seu celular e pediu um carro. – Continue procurando. Isso é culpa sua, então resolva!

– Hyung, talvez ela tenha razão. Talvez seja uma solução, faz sentido.

– Não faz sentido, Youngjae. Nem mesmo sabemos se eles trocaram de corpo assim como nós ou se eles só se conheceram e se apaixonaram e foram felizes para sempre. E nós, sem ofensa, mas o que você espera de nós dois?

Youngjae engoliu aquelas palavras duras que de certa forma, faziam sentido também. O casal da foto talvez não tivesse nada a ver com eles, além disso, Youngjae e Jaebum nunca seriam muita coisa mesmo. Suas vidas eram totalmente diferentes e Jaebum estava em outro nível, até mesmo uma amizade com ele seria impossível.

– Por favor, continue procurando. – Youngjae implorou a Jihyun.

– Eu irei. Mas já que estão juntos a todo momento agora, por que não tentar passar esse tempo de forma amigável, ao menos? – Sugeriu. – Pior do que está, não tem como ficar.

Jihyun se despediu de ambos e desapareceu na multidão, como fizera da última vez.

Em poucos minutos o carro solicitado por JB chegou. Ambos permaneceram em silêncio o caminho todo até a casa do mesmo.

– Hyung, você me odeia tanto assim? – Retirava os sapatos logo na entrada.

– Não é que eu te odeie, Youngjae. – Jaebum parou para pensar. Não odiava de fato o mais novo, mas estava receoso. – Só não consigo nos ver como bons amigos.

– Mas podemos tentar, não acha?

– E por que você quer tentar ser meu amigo?

– Eu não sei. – Youngjae estava ficando nervoso. – Apenas para o clima ficar agradável enquanto estamos assim.

JB não achava necessário que eles fossem tão próximos, mas estava considerando o que Jihyun dissera. Pior do que isso, não podia ficar e se eles nunca mais destrocassem, de fato, teriam que se acostumar a ficar juntos.

– Tudo bem. O que propõe?

– Por que não me conta mais sobre você?

– O que quer saber?

– Seu pai é legal?

– Ele era legal, mas ele mudou. – Bufou. Desde que se lembrava do seu pai, durante sua infância ele fora presente e muito amigável, mas em algum momento ele se tornou distante. – Acho que não.

– Como assim você acha? Vocês não passam algum tempo juntos?

– Desde que veio para cá, você o viu aqui em algum momento? Ele não é presente nem na própria casa. – JB tentou se lembrar da última vez que vira seu pai em casa. – Ele vem quando a minha mãe está.    

– Ele deve gostar muito dela.

– Eles não se dão bem. Estão sempre brigando, mas parece que ele quer estar sempre perto dela. – JB tinha os pensamentos longe enquanto respondia e retirava algumas de suas peças de roupa. – E o seu?

– O meu? Meu pai? – Youngjae parecia confuso com a pergunta. – Eu não me lembro dele. Minha mãe disse que ele morreu quando eu era muito novo.

– Entendo. Sinto muito.

– Hyung.... – Youngjae tentara criar coragem para falar sobre o que aconteceu mais cedo. Pensou em como JB ficaria após ouvir que seu pai havia assassinado alguém, que poderia ir preso e que ele perderia tudo. Sua mãe já não valia nada e agora até mesmo o seu pai. Ele não teria ninguém, de fato. Seria tão sozinho quanto a si mesmo.

Conforme tais pensamentos passavam pela sua mente, Youngjae sentiu seus olhos arderem, mas segurou o choro.

– O que foi? – JB respondeu, esperando que o mais novo fizesse mais algumas perguntas, o que não aconteceu.

Assim que se virou, viu Youngjae perturbado, tentando esconder o seu rosto.

– Youngjae, eu sinto muito. Não irei mais perguntar sobre o seu pai. – Se aproximou, sentando junto ao mais novo, que estava se sentando na cama e retirou suas mãos confusas do seu rosto. – Eu não sabia.

– Eu não estou chorando, hyung. – Seu olhar parecia confuso e perdido em pensamentos. – Antes, na sala da presidente, eu não tive a intenção, eu estava muito assustado, eu não sabia o que fazer, eles disseram que seu pai era um assassino e que se eu não me casasse com aquela Yeonhee eles o mandariam para cadeia e você perderia tudo. Eu não queria isso hyung, eu não queria, porque sua mãe já é ruim e seu pai também e você ficaria sozinho. Eu sou sozinho, mas você não precisa- – JB bagunçou seu cabelo, interrompendo seu desabafo.

– Não se sobrecarregue sobre isso. – Jaebum afagou seus cabelos. – Eu fiquei tão nervoso que esqueci que você poderia ter ouvido algo assim. Me desculpe, ok?

Jaebum ficara tão nervoso ao ver Yeonhee em cima dele que esqueceu completamente do motivo pelo qual ele não queria que Youngjae se envolvesse com ela. Também esquecera que Youngjae era uma pessoa muito sensível e que obviamente estaria assustado.

– Não é culpa sua hyung. – Youngjae mordeu o lábio inferior, com raiva. Não sentia mais vontade de chorar, apenas sentia o calor do toque dele se arrastar por todo o seu corpo. – Não está preocupado com o que elas disseram?

– Não é a primeira vez que sou ameaçado dessa forma. – Suspirou. – É a primeira vez que vejo a presidente se envolver, mas a Yeonhee sempre foi assim. Sempre tentou chamar a atenção e me ameaçar para que eu me case com ela. Nada do que ela disse é verdade.

– Por que ela quer tanto se casar com você? – Youngjae não queria se afastar, mas Jaebum o fez primeiro, levantando-se.

– Nos conhecemos quando éramos crianças. Nossas famílias sempre foram muito próximas, como eu te disse antes. Sou quatro anos mais velho, então durante nossa infância eu a ajudei com muitas coisas. Ela sempre teve essa ideia de que nos casaríamos. – Sorriu fraco.

– Então ela gosta mesmo de você?

– Acho que sim.

– Por que suas famílias são próximas, hyung?

– Eu não sei ao certo. – Coçou a cabeça, tentando buscar uma resposta mais concreta. – Eu acho que em algumas gerações nossas famílias se uniram e eles esperam sempre algum casamento entre nossas famílias.

– Por isso a Presidente insiste no casamento de vocês dois. Ela disse que seu pai deveria ter casado com a filha dela.

– Não sei o quanto isso é verdade, Youngjae. Eu acho que talvez seja só um blefe, como sempre foi, afinal, eu sou filho do meu pai e lembro de vê-lo sempre ao lado da minha mãe quando era pequeno. Não há motivos para ele querer ter se casado com outra pessoa.

JB tinha razão. Agora que sabia mais sobre a família dele, Youngjae sentiu-se enganado e toda a pressão que sentira antes, fora desaparecendo, tudo por causa de uma mentira idiota.

– Então não vai se casar com a Yeonhee? – Youngjae não pode conter o alivio por saber que todo o problema estava praticamente resolvido.

– Claro que não. – Sorriu e pegou uma toalha de banho. – Eu sei que ela também tem segundas intenção e sabendo que sou o herdeiro da WorldGlass ela quer pôr as mãos na empresa do meu pai.  Eu sou teimoso demais para deixar que isso aconteça. – Pegou algumas roupas separadas no guarda-roupas e foi em direção ao banheiro. – Aliás, você é mesmo muito sensível.

– D-Desde quando? – Youngjae formou um bico sem graça e se jogou na cama assim que viu JB desaparecer e trancar a porta do banheiro.

Se sentia idiota ao mesmo tempo que se sentia aliviado. Seu corpo parecia mais leve e quente. Diria que estava com febre, mas sabia que não estava. Jaebum despertava sensações estranhas em si. Ao mesmo tempo que o irritava, também era divertido, ao mesmo tempo que o chateava, também o alegrava e ao mesmo tempo que o deixava inquieto, também podia tranquiliza-lo. Não sabia exatamente o que sentir, se gostava de ficar na presença dele ou não, se queria ser seu amigo ou apenas esquecer essa possibilidade.


Notas Finais


Mianeeeeeee
Escrevi até um pouco mais pra vcs nesse cap
HUAAHUHUA
Ja estou escrevendo o próximo
Responderei os comentários do antigo cap, mesmo que vcs não leiam mais, pq sim, gosto muito deles.
Até a próxima.


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