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História Soul's Mirror - 2jae - Chapter Four: The beginning.


Escrita por: somereader

Notas do Autor


Prometi pra uma leitora que postaria antes essa semana, então lá vai.
Por favor, perdoem meus erros de escrita e espero que gostem.


PS: [CAPITULO EDITADO]
Estou corrigindo algumas coisas para poder terminar a fic. Todos os caps serão revisados.

Capítulo 4 - Chapter Four: The beginning.


Youngjae passou o que pareciam ter sido horas andando de um lado para o outro dentro da “sua” sala pensando em como resolveria o problema que não era dele, mas sim de Jaebum. Segundo uma das funcionárias, o gerente do Hospital da rede universitária Myungwoo estava o esperando com urgência.

“E se eu simplesmente não for? ” – Pensou e tentou arrumar qualquer desculpa que parecesse importante o suficiente para desmarcar com ele. O pior não era desmarcar o encontro, mas sim o que isso iria trazer de ruim para Jaebum ou para a empresa caso isso acontecesse. Youngjae sempre pensava nos outros, então sua consciência pesava facilmente. Por fim, decidiu se encontrar com o tal gerente e na pior das hipóteses, remarcaria o encontro para outro dia.

Quando abriu a porta da sala de reuniões no décimo andar, Youngjae pôde ver um garoto alto, tinha os cabelos loiros e sua fisionomia era bem magra. Estava de terno e voltado para a parede de vidro da sala, observando a paisagem.

– Boa tarde, eu sou o Young – Se corrigiu, apressadamente. – Quer dizer, sou o Jaebum. – Ele cumprimentou o loiro.

– Boa tarde, Sr. Im. Eu sou Mark Tuan. – Ele se virou e o encarou com um sorriso malicioso. – Você está atrasado.

– Me-me desculpe. Algumas coisas aconteceram e – Youngjae foi cortado por uma chave de braço inesperada.

– Não brinque comigo, JB! – Ele disse, agarrando o moreno e rindo. – Eu vim a trabalho, mas não precisa ficar de gracinhas.

Pelo jeito como Mark estava tratando Jaebum, era bem obvio que eram amigos bem íntimos. Youngjae não sabia se isso fazia com que as circunstancias fossem boas ou ruins para ele naquele momento.

– Oh, era apenas uma brincadeira. – Youngjae mentiu e sorriu receoso. – Aliás, por que me chamou? 

– Bom, eu preciso que você vá comigo até o Hospital. Tenho um problema. – Soltou o moreno que ainda estava paralisado e desconfortável. – Eu sei que eu poderia pedir isso à outros funcionários, mas o assunto é um tanto confidencial e só posso confiar em você. – Ele olhou para o outro e seu ar agora era sério.

Devido às expressões de Mark, o moreno sabia que o assunto era deliciado e ficou feliz por não ter fugido do problema, já que parecia importante e urgente. Durante o trajeto que se seguiu dentro do carro, Youngjae tentou não falar muito para não levantar suspeitas sobre si. Aparentemente, Mark estava tão preocupado com a situação no Hospital que nem notara que JB não era JB.

Durante o caminho, Mark contou que foi à WorldGlass para resolver o problema, uma vez que as duas empresas possuíam uma parceria muito forte e todos os vidros utilizados no hospital foram comprados na empresa do amigo. Também comentou que esse era um problema que apenas Jaebum poderia resolver.

– Aliás, você está bem? – O loiro perguntou enquanto estacionava o carro frente ao hospital.

– S-Sim. – Gaguejou. Pelo pouco que havia conhecido de JB, imaginava a personalidade dele um pouco mais agressiva, então seria normal que um amigo o estranhasse agora tão calado. – Só estou com dor de cabeça, mas nada que não passe quando eu chegar em casa. – Disse por fim, analisando se Mark engoliu a desculpa ou não.

Mark não pareceu se preocupar tanto, então logo que saíram do veículo, ele encarou o grande prédio a sua frente. Não era tão alto, mas tinha algumas características da WorldGlass, diversos andares eram iluminados devido às paredes de vidro que refletiam o sol, e no primeiro andar, todo o saguão era feito de vidro, tendo a recepção à mostra.

Logo, Youngjae notara o problema. No gramado onde ficava o pequeno jardim do hospital, alguns cacos de vidro bem pequenos reluziam ao sol e quando Youngjae levantou seu olhar, seguindo a direção dos pequenos cacos, pôde ver uma das janelas quebrada e tampada por uma cortina.

Com apenas um olhar, Mark assentiu que era exatamente sobre isso que precisavam falar. Os dois seguiram até o oitavo andar. O clima no elevador se alterou um pouco quando Mark foi o primeiro a se pronunciar.

– Tem visto a Yeonhee?

“E agora? O que eu deveria responder? ” – Youngjae suou frio.

– Sim. – Respondeu.

– Hm.... – O loiro não pareceu acreditar muito no amigo, mas deixou o assunto morrer. Talvez não fossem tão íntimos afinal. – Bom, foi aqui. – Disse assim que ambos entraram num quarto que estava isolado e que ventava bastante devido à falta da janela.

Fora a maca que entregava que o quarto era de um hospital, todo o cômodo parecia ser bem organizado e lembrava um quarto de hotel, porém naquele momento, Youngjae diria que uma bomba explodiu ali, haviam marcas negras em todo o ambiente e era como se um furacão tivesse arrastado os moveis.

– O que houve aqui? – Perguntou, curioso.

– Não sabemos.... – Coçou a cabeça tentando buscar palavras que explicassem a situação. – Como você sabe, Yeonhee estava neste quarto.

 Youngjae gelou com o nome pronunciado. Até poucos minutos, ele havia confirmado que vira ela constantemente, então precisava tomar cuidado com o que falaria de agora em diante.

– Sim. – Confirmou e engoliu seco. Talvez estivesse cavando sua própria cova neste exato momento.

– Ontem à tarde, nossas câmeras de segurança flagraram um homem entrando no hospital. Ele se identificou como parente de um dos pacientes e possuía identidade falsa. – Mark olhava para o quarto e agora guardava as mãos em seus bolsos. – Ele veio direto para este quarto enquanto Yeonhee caminhava no jardim e durante a noite, todos no hospital se assustaram com um barulho ensurdecedor. – Ele fez uma pausa e olhou para Youngjae. – Aparentemente era uma bomba. Não foi uma grande explosão, mas ainda estão investigando.

Youngjae não sabia como agir. Isso significava que a tal Yeonhee havia morrido? Ele deveria se chocar agora? Chorar? 

– Pobre Yeonhee – Fingiu um falso choro, tampando o rosto enquanto tentava não ser tão dramático, já sendo.

Mark o observava e soltou um riso abafado.

– Sim, pobre Yeonhee, ela ficou assustada. – Deu as costas e saiu do quarto, seguido por um JB choroso. – Mas acredito que ela já esteja melhor, agora que está recebendo tratamento em casa.

Youngjae apertou os olhos e piscou algumas vezes com a informação. – Ah, mas é claro, ela está bem agora. – Se virou de costas e se amaldiçoou por ser tão burro, nem imaginava que tipo de mico ele estava pagando agora.

– Enfim, o que eu preciso de você é que após a perícia analisar o local, uma nova janela seja colocada imediatamente. – Olhou firme para o moreno. – E eu preciso que você resolva isso logo, JB. Não sabemos até onde Yeonhee irá com isso, dessa vez ninguém se feriu, mas se isso continuar, alguém realmente pode se machucar.

Youngjae olhava assustado para Mark, não entendia nenhuma palavra do que o loiro estava falando, mas agora podia sentir o perigo em sua fala. Algo realmente ruim poderia acontecer.

Depois de concordar com tudo o que o loiro pedira, mesmo sem saber se poderia atender os pedidos dele, Youngjae se despediu de Mark que precisava ir a uma reunião. Com certeza ele estava desconfiado de Youngjae, ainda mais quando disse “não se esqueça disso” e enviou um olhar ameaçador para ele.

Youngjae sabia que seu trabalho no momento, era passar essa informação para o verdadeiro JB, o problema, era como encontra-lo. Talvez amanhã, quando ele acordasse seria apenas Youngjae de novo e assim poderia voltar a sua vida miserável e normal.

Segurou pela segunda vez no dia o celular de JB e analisou o conteúdo. Não havia realmente nada de interessante ou de informativo no aparelho. Haviam algumas ligações perdidas de um tal de Jackson, algumas de Mark e muitas mensagens que não foram visualizadas desde a muito tempo endereçados por um número anônimo. Ainda não tinha ideia de quem era Yeonhee e do porquê JB tinha que tomar cuidados com ela, mas sabia que no momento, ele precisava encontrar o verdadeiro JB.

Solicitou por aplicativo que um carro fosse lhe buscar para voltar a empresa. Não sabia por onde iria começar, mas iria encontra-lo.


 
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JB encarava a entrada da WorldGlass com chamas nos olhos.  Antes que passasse pela entrada, olhou seu reflexo mais uma vez pela vidraça da recepção. Aquilo era tão surreal, como poderia ter acontecido? Tocou seu rosto e sentiu a pele macia de Youngjae. – “Ele é bonito, apesar de mal caráter” – Pensou consigo mesmo e após se identificar na recepção, logo se dirigiu até a sua sala no primeiro andar, encontrando Jackson dormindo esparramado na sua mesa.

Sem aviso, bateu fortemente na mesa, fazendo com que o loiro pulasse e caísse abruptamente no chão.

JB pigarreou e olhou furioso para o outro.

– Está se divertindo? – JB perguntou, ironizando. 

– Ei! Por que fez isso? – Jackson colocou a mão no peito e se levantou, ofegante. – Você me assustou.

– É mesmo? Que bom.... – Observou a sala e os corredores. – Cadê o seu chefe?

– JB? Não sei. – Coçou a cabeça e se sentou novamente na cadeira. – E você? Quem é?

– Como não sabe? Ele veio para a empresa hoje? – Respondeu ignorando completamente a segunda pergunta.

– Até veio, mas ele estava de mau humor. – Contou e logo, olhou desconfiado para o outro. – Mas quem é você, o que faz aqui?

– Mau humor? O que ele fez? – JB agora estava preocupado.

– Mesmo que eu soubesse, não poderia lhe dizer. – Jackson pegou um copo de suco que estava ao seu lado na mesa e se levantou, indo em direção a saída e empurrando o menor. – Também não sei quem você é então é melhor sair.

JB bufou, ainda mais nervoso.

– Espere. – Engoliu um seco e continuou. – Eu vim para uma entrevista ontem e ele foi o meu entrevistador. Eu precisava conversar com ele, só isso.

– Ah.... Melhor você voltar outo dia então. Ele não está. – Jackson disse por fim, deixando a sala e obrigando JB a sair.

Assim que Jackson ia se afastando, JB respirou fundo. Precisava de informações e precisava delas agora e só havia um jeito.... JB odiava isso, mas precisava saber onde seu corpo estava e sabia como manipular o amigo.

– Jackson né? – O loiro se virou e fitou o mais novo, surpreso. – JB falou muito de você. – JB se aproximou e fez um falso aegyo.

– De mim? – Jackson sorriu sem graça e JB já sabia. Ele caiu. – E o que ele disse?

– Ele disse que você era bonito, forte.... Musculoso. – Tocou o braço do loiro, receoso e tentando esconder a cara de repulsa.

– Aquele ogro disse isso mesmo? – Jackson colocou o copo de suco no vão da janela e se aproximou de JB, fazendo com que o outro resmungasse baixo em protesto e desconforto. – Eu nunca pensei que uma pessoa tão fria como ele falaria isso.

– Pois saiba que ele não é tão ruim assim. – JB disse, empurrando Jackson e se afastando enquanto tentava voltar a pose de antes.

– Ah, ele é sim. Ele é terrível. Ele é o pior de todos. – Jackson se aproximou mais uma vez e o encarou. – Ele até era fofo antes, mas se tornou bem insuportável. – Sussurrou no ouvido do outro e sem resistir, apalpou sua bunda, fazendo-o pular.

– Ei! Você está louco? Quer morrer? – Pisou forte no pé do loiro, fazendo com que ele se afastasse em resmungos. – Eu sempre fui bom demais com você, sempre te ajudei quando precisou e para quê? Para ouvir que sou insuportável? – JB tentou dar uma tapa no ombro de Jackson, mas saiu mais fraco do que ele queria. Esquecera que agora não era JB e sim, Youngjae. Mordeu o lábio inferior e olhou nervoso para o loiro que ainda reclamava e encarou JB.

– O que? – O loiro olhou confuso. – Eu não sei do que você está falando, mas gostaria que você não me batesse – Jackson deu um empurrão no moreno, fazendo-o cair de bunda no chão. Pegou seu copo de suco novamente e debochou. – JB te recusou ontem né? Por isso está procurando por ele.

– Ele recusou sim! – JB se levantou e deu um tapa no suco de Jackson, derramando todo o liquido na sua roupa. – Mas é porque ele é muito bom.

Jackson olhou com a boca entreaberta para as suas próprias roupas sujas. Não iria aguentar mais nenhuma desaforo vindo daquele garoto que mal conhecia.

– Eu vou te matar. – Jackson agarrou os cabelos do desconhecido que instantaneamente agarrou os seus também. Os dois começaram a brigar no meio do corredor, entre puxões de cabelo e chutes.


 
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Já eram quase cinco horas da tarde quando Youngjae respirou fundo e saiu do carro que estacionara em frente a empresa. Talvez ele devesse ir até a casa do Yugyeom ou voltar para casa, quem sabe o verdadeiro JB fosse para lá.

 Seus pensamentos foram interrompidos ao ver um dos seguranças da empresa expulsar um garoto descabelado que se levantou com muita dificuldade em frente a recepção. Ao lado do segurança estava um garoto loiro que vira mais cedo. Ele estava igualmente descabelado e suas roupas estavam sujas de algum liquido roxo.

– Eu vou demitir todos vocês quando eu voltar! – O garoto gritou de volta para o segurança e o loiro.

– Você vai né? – Jackson debochou e se virou para o segurança. – Se ele aparecer aqui de novo, ligue para a polícia.

Youngjae tentou entender o que estava acontecendo e desceu do carro, se aproximando do garoto na calçada. Segurou seu braço, tentando ajuda-lo, mas acabou paralisado ao se assustar com a figura a sua frente.

Estava vendo a si mesmo ali, com uma expressão furiosa. Quem era? Era JB?

– Você! – JB gritou e pulou no pescoço de Youngjae que foi forçado a se abaixar com o impulso.

JB estava praticamente agarrado ao mais novo que tentava o segurar sem cair. Assim que perceberam o que estava acontecendo, o segurança e Jackson se aproximaram, tentando separá-los.  JB sabia que estava fora de si, mas não podia perder seu corpo agora que o encontrara. Não o soltaria em hipótese nenhuma até que eles destrocassem.

– Solte-o! – Jackson puxou JB com força, fazendo Youngjae cambalear e cair no chão com JB em cima de si.

Youngjae segurava o corpo do outro pela cintura enquanto o mesmo havia entrelaçado as pernas sobre a sua cintura e abraçava seu pescoço com muita força.

– Parem! – Youngjae gritou e todos congelaram na cena. Não só os quatro estavam paralisados, mas muitas das pessoas que passavam em frente da empresa pararam para olhar o acontecido.

Após alguns segundos de completo silêncio, JB afrouxou o abraço e olhou diretamente para Youngjae. Estava vendo a si mesmo, seus olhos, sua face. Estavam tão próximos que Youngjae sentiu seu rosto queimar.

– Destroque. Agora. – Sussurrou para o outro.

– O que? – Respondeu confuso.

– Destroque, eu quero o meu corpo! – JB aumentou o tom de voz, quase que gritando desta vez.

– E-Eu.... Eu não sei como fazer. – Youngjae também queria voltar para o seu corpo e agora que estava o vendo ali, não sabia como fazê-lo.

– Faça agora! – Agarrou o queixo do mais novo, apertando suas bochechas que formavam um bico. Seria fofo se ele não estivesse apertando tão forte e fazendo Youngjae gemer.

JB sentiu o segurança o puxar, tirando-o de cima de Youngjae, que suspirou e se levantou, massageando o lugar onde JB havia o apertado.

– Youngjae, não me provoque. – Ameaçou enquanto era segurado.

– Solte-o. – Youngjae ordenou e logo, viu seu próprio corpo sendo solto.

– O que? Não! Ele é louco, JB! Ele me bateu. – Jackson interviu e Youngjae olhou para o loiro descabelado.

– Tudo bem, eu vou resolver isso, por favor me deixem a sós com ele. – Youngjae olhou firme para os olhos de JB. Era difícil olhar para si mesmo daquela forma. Ele estava furioso e cansado ao mesmo tempo. Chegava a sentir pena do estado do outro que chegara a fazer toda essa comoção. Talvez ele estivesse sofrendo muito mais que Youngjae com tudo isso.

Depois que Youngjae conseguiu acalmar a situação, os dois foram conversar a sós na sala de JB.

Os olhos do mais velho estavam fixos em Youngjae, que agora se sentia desconfortável e mal conseguia encara-lo. Youngjae se sentiu oprimido com os olhares ameaçadores do outro que foi o primeiro a se pronunciar.

– E então? – JB começou. – Você fez de proposito né? Porque te reprovei ontem.

– De jeito nenhum!  – Respondeu com a voz falha. – Eu também não estou gostando nada de ser você.

JB estava cansado. Não iria discutir sobre isso, só queria resolver o problema.

– Tudo bem. – Respirou fundo. – Digamos que eu acredite em você. Como destrocamos?

– Eu não sei. – Youngjae parecia uma garotinha tímida olhando para o chão e brincando com as mãos. – Eu apenas acordei assim.

JB olhou para o seu corpo do outro lado da sala. Tinha vontade de bater em Youngjae por estar agindo daquele jeito com o – seu – corpo.

– Eu não sei se acredito em você. – JB se levantou e foi até Youngjae que tentou recuar com a aproximação, mas já estava encostado na parede de vidro. – Não há nada que você perca sendo eu. Você pode ser rico, ter uma vida boa, trabalhar na empresa que você tanto queria.... – Ele desafiou o menor com o olhar. – Por que não estaria gostando de ser eu?

Youngjae se perguntou a mesma coisa. Por que não estava gostando de ser Jaebum? Ele até tinha uma “família” agora e sua vida era praticamente perfeita. Sentiu seu coração apertar e então soube a resposta.

– Essa vida não é minha. Nada do que você tem é meu. Essa sala não é minha, a pessoa com quem eu almocei não é minha mãe e definitivamente os problemas que terei que enfrentar não são meus, eu não posso ser você. Eu não quero ser você. – Youngjae se corrigiu. – Porque eu tenho certeza que eu preciso ser grato pelo que eu vou conquistar e não pelo que eu recebi da noite para o dia só porque acordei com tudo isso.

Alguns segundos se passaram até que Jaebum quebrou o silêncio.

– Sei. – Sorriu de forma cínica. Por um instante quase acreditou em Youngjae, mas sabia que as pessoas não eram assim.

– Por que não acredita em nada do que eu digo? – Youngjae estava se sentindo frustrado de novo. Jaebum era muito teimoso e injusto. De fato, até ontem não entendia porque sua vida era tão miserável, daria tudo para não ter que vivê-la dessa forma, mas hoje ele sabia que isso não era uma escolha.

JB não conseguiu responder à pergunta. Se lembrou de todas as vezes que fora enganado com mentiras como essa. Enganado por pessoas que diziam que gostavam dele, que não viveriam sem ele, enganado pela sua própria família e amigos. Ele não poderia acreditar em qualquer um, mesmo que seu coração pedisse que acreditasse em Youngjae.

– Tanto faz. – JB se virou e ficou alguns segundos fitando o chão. – Se você não vai me dizer como destrocar, eu vou descobrir. Até lá, você está proibido de sair de perto de mim.

JB se voltou para Youngjae e o observou. Procurou em seus bolsos pelo seu aparelho celular e quando o encontrou, digitou alguma coisa que Youngjae não pode ver e então, guardou o celular no próprio bolso.

– Você vem comigo. – Puxou o mais novo pelo braço para fora da sala. Antes que abrisse a porta, Voltou-se para ele novamente. – Não conte isso para ninguém, hm? – O encarou. – Até porque, não quero ser taxado de louco. – JB voltou a segura-lo e abriu a porta, dando de cara com Jackson curioso do outro lado.

O loiro olhou feio para JB, que retribuiu o olhar e pigarreou para Youngjae, insistindo para que ele dissesse algo.

– Hum.... – Youngjae deu uma pausa tentando lembrar o nome do loiro. – Jackson né? Estamos indo agora. Obrigado ham.... – Olhou para JB que havia o cutucado. – Fique bem ok? – Arrumou os cabelos do loiro que estavam descontrolados, alisando seus fios. Jackson o olhou desconfiado e JB o puxou pelo braço até saírem da empresa.

Jackson não estava entendendo nada. Se ele fizesse uma retrospectiva do que havia acontecido naquele dia, ele com certeza diria que estava ficando louco. Ver JB sendo puxado pelo braço por um garoto que até parecia inofensivo, mas era louco, foi uma cena completamente delirante. O mais engraçado, foi observar como JB parecia um cachorrinho abandonado ao lado do outro garoto, como se ele estivesse perdido e precisando de cuidados.

O loiro passou as mãos pelo cabelo e pela roupa imaginando o caco que estava. Não pensaria mais sobre isso, pelo menos por enquanto. Amanhã com certeza tiraria satisfação com Jaebum. 


Notas Finais


Bom, é isso por agora.
Até o próximo, babys.


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