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História Soul's Mirror - 2jae - Chapter Five: Finally, help!


Escrita por: somereader

Notas do Autor


Ohayo :3
Perdoem qualquer erro, sempre escapa um! Boa leitura.


PS: [CAPITULO EDITADO]
Estou corrigindo algumas coisas para poder terminar a fic. Todos os caps serão revisados.

Capítulo 5 - Chapter Five: Finally, help!


Assim que ambos chegaram à casa de Jaebum, o mesmo fez questão de apresentar seu quarto para Youngjae como seu mais novo cárcere privado.

Youngjae já conhecia algumas partes da casa, mas agora com JB ele estava se sentindo bem desconfortável, ainda mais por estarem sozinhos.

Depois de o mais velho pegar algumas roupas para ambos vestirem, Youngjae teve trabalho em convencer JB de ligar para Yugyeom e explicar que ficaria na casa de um parente distante. Por fim, decidiu ligar ele mesmo e dizer que estava rouco.  Depois de alguns protestos vindo do amigo, ele finalmente cedeu e Youngjae conseguiu respirar melhor.

Depois de tomarem banho, foram comer a sopa que fora servida por uma das empregadas enquanto JB pensava nas possibilidades que poderiam testar e que pudessem fazer com que ambos trocassem de corpo novamente.

– Acordamos assim hoje, não é? – Youngjae disse após uma colherada da sopa. – Talvez nós podemos apenas acordar destrocados amanhã.

JB concordou, essa era a melhor hipótese que eles tinham, então precisavam testá-la antes. Odiava dormir com alguém no mesmo quarto, mas não tiraria os olhos de Youngjae, ainda não confiava totalmente nele e era melhor que ficassem juntos até que tudo se resolvesse. Arrastou um conjunto de cama até o lado da sua e mandou Youngjae dormir ali. Sua cama era grande, mas não iria dividi-la com um completo estranho e Youngjae também não considerou a ideia, deitou no chão e se aconchegou.

– Você deve estar doido para voltar a ser você. – Youngjae começou o diálogo, logo quando se deitaram.

JB pensou um pouco antes de responder. Não era obvio que os dois quisessem voltar ao normal?

– Não é obvio? Você também quer.

– Estou pensando.... Se eu fosse você, eu iria realmente querer voltar, pois a sua vida parece perfeita.

JB não respondeu. Sua vida estava longe de ser perfeita.

– Aliás, quem é Yeonhee? – Youngjae se lembrou do que havia acontecido mais cedo. Deveria contar a JB.

– Ninguém. – Ele se virou para Youngjae e o encarou. – Por que?

– Hoje mais cedo, um garoto chamado Mark veio me buscar e falou sobre ela. Parece que teve um acidente. O quarto dela explodiu.

– É mesmo? – JB não parecia surpreso e nem preocupado.

– Sim. Mas ela está bem. – Ele concluiu.

– Claro que está.

Os dois permaneceram em silencio por algum tempo.

– Mark disse que você tem que resolver isso ou alguém poderá se machucar. – Youngjae disse e o silencio voltou a tomar conta do ambiente.

– Pensarei nisso amanhã, quando eu estiver no meu corpo. – Disse por fim e o assunto se encerrou. Os dois permaneçam assim até que caíram no sono. Nesta noite, nenhum dos dois tiveram qualquer sonho.  Apenas dormiram pesadamente esperando que o dia de amanhã pudesse resolver todos os seus problemas.

 

                                                                   -x-

 

JB foi o primeiro a acordar quando sentiu alguns feixes de luz atravessarem a janela e tocarem diretamente seus olhos.

– Youngjae, acorde. – Ele cutucou o mais novo que estava deitado no chão e depois de alguns protestos, puxou o cobertor do outro, vendo seu corpo deitado sobre a manta. – Aff – Murmurou irritado. – Não funcionou.

Youngjae se remexeu e olhou para JB. Realmente não funcionou. Ele ainda estava olhando para seu corpo a cima da cama, até que ambos foram interrompidos pelos gritos da Sra. Im ao entrar no quarto.

– Jaebum! Meu filhote. – Ela abriu a porta e se deparou com seu filho deitado no chão e um desconhecido, jogado na cama e com a feição irritada.

– Um amigo de Jaebum? – Ela se aproximou de JB e o puxou para um abraço. – Prazer em te conhecer, seja bem-vindo! Qual é o seu nome, meu querido?

– Não me toque. – JB se desvencilhou dos braços da mais velha e se levantou da cama. 

– Seu nome é Youngjae. – Youngjae se pronunciou e se levantou, lançando um olhar desaprovador á JB que estava de cara amarrada.

– Oh, Youngjae? Que nome bonito. Bom, hoje é sexta feira, que dia maravilhoso, não é? Porque vocês não vêm tomar café comigo? – Sra. Im segurou o braço do filho e JB logo cortou o contato entre os dois.

– Não queremos, obrigado.

– Por que não? – Youngjae o olhou irritado. – Se “minha” mãe está chamando para tomar café, qual o problema?

– Todos. O filho dela não quer. – JB disse por fim e Youngjae iria continuar a debater se Sra. Im não se colocasse.

– Tudo bem. Então eu vou na frente. Vocês fiquem à vontade. – Ela piscou para Youngjae e saiu do quarto.

– Qual é o seu problema? – Youngjae perguntou.

– Nenhum. – Respondeu irritado. – Não fale com ela.

– Ela é sua mãe! Ela só está querendo sua companhia.

– Minha companhia uma ova! – JB saiu irritado. – Os interesses dela aqui são outros. – Foi até o banheiro fazer sua higiene matinal, deixando Youngjae falando sozinho.

Quanto mais Youngjae conhecia Jaebum, mas ele não entendia porque seus comportamentos eram assim.  Se sua mãe ainda estivesse viva, com certeza não a trataria dessa forma. Sentiu pena da Sra. Im.

Quando Jaebum retornou, ambos começaram a discutir o que iriam fazer agora que o plano principal havia falhado.

– Talvez a gente devesse procurar um templo. – Jaebum sugeriu.

– Talvez....  Ou um médico. – Youngjae bagunçou os cabelos, pensativo.

– Seremos internados na psiquiatria.

Youngjae não queria ser internado, ainda tinha muita coisa para fazer e ganhar a vida. Não poderia ficar sem fazer nada em um hospital.

– Jaebum! – Youngjae gritou ao se lembrar de algo e o mais velho o olhou de cara feia.

– Me pergunto quando serei mais respeitado aqui.

– Sr. Jaebum.... – Youngjae se corrigiu.

– Que irritante.... Hyung. Pode me chamar de hyung. – JB interrompeu, impaciente.  

– Ok, hyung, eu tenho um trabalho, eu preciso que você vá. – Disse enquanto ficava nervoso.

– O que? – O mais velho não estava acreditando no que Youngjae estava querendo dizer.

– Ao contrário de você.... Hyung – Fez uma pausa, se acostumando com a palavra. – Eu preciso trabalhar para viver. Eu tenho certeza que se eu ligar e me desculpar pela falta de ontem, eles apenas irão descontar do meu salário, mas eu preciso que você vá e trabalhe no meu lugar.

– Você só pode estar brincando.

Como se já não bastasse estar passando por tudo isso, Jaebum ainda tinha que ouvir esse pedido ridículo. Era obvio que não iria trabalhar em sabe-se-lá-onde só porque o outro tinha que sobreviver.

– Por favor, hyung. – Youngjae implorou e um bico apareceu em seus lábios. Jaebum odiava quando ele fazia essas feições em seu corpo.

– Nunca. Jamais. Se você quiser, vá você. – Segurou o bico formado pelo mais novo e o empurrou, fazendo-o cair sobre a cama.

– Então tudo bem eu ir e deixar a empresa? – Provocou.

Depois de muito discutirem, Youngjae conseguiu convencer Jaebum a ir até o seu trabalho. Talvez tenha sido necessário uma ameaça, ou duas, mas o importante é que ele conseguira o que queria.

Youngjae nunca tinha se visto tão chique antes, até que JB entrou pelo quarto vestindo uma roupa social muito elegante. Nem parecia ele mesmo e realmente não era.

– Uau. – O mais novo soltou assim que o viu. – Sabe, lá não é um lugar tão chique.... Você deveria ir mais confortável.

– Do que você está falando? Eu estou confortável. – JB ajeitou seu cabelo e estava mais do que satisfeito. Realmente Youngjae podia ser perfeito quando bem arrumado.

O mais novo tentou imaginar JB vestido daquela forma na lanchonete podre e velha em que trabalhava. Ele não se encaixava. De qualquer forma, achou melhor não protestar, já fora difícil convencer JB a ir e apostara que ele não possuía nenhuma roupa que realmente combinasse com aquele local.

JB ajudou Youngjae a se arrumar. O menino não tinha nenhum senso para moda, então ele teve que escolher tudo.

– Quando eu sair, vamos nos encontrar e iremos ao templo, ok? – JB disse enquanto envolvia a gravata no mais novo. Youngjae agora era um pouco mais alto, então ficava apenas observando como JB fazia um nó tão bem feito enquanto tudo o que ele conseguira fazer era um laço no seu cadarço.

Jaebum suspirou enquanto fazia o nó, sem pressa. Não estava mesmo disposto a ir ao tal emprego de Youngjae, então estava preguiçoso. Quando terminou, olhou para todo o conjunto que o mais novo usava e levou seu olhar até seu rosto, encarando-o.

– Uau. Eu sou mesmo muito bonito. – JB disse e sorriu. – Acho que estou me apaixonando por mim mesmo.

Youngjae entendera o que JB quis dizer, mas não pôde evitar corar. Se virou e olhou o seu próprio reflexo no espelho. Ele realmente era lindo, mesmo se não estivesse vestindo roupas tão elegantes. 

Quando os dois saíram, tiveram que pedir um taxi. Youngjae não sabia dirigir e JB não poderia dirigir sem carta de motorista. Então ficou decidido que Youngjae iria com JB até o seu emprego, só para ter certeza de que ele realmente iria e JB não estava completamente confiante de que Youngjae não iria fugir, então insistiu em deixar ameaças para o mais novo, caso ele pensasse nisso.

Youngjae se despediu após ver um JB irritado entrar na lanchonete. Quando viu onde era o estabelecimento prometeu a si mesmo que um dia ele realmente mataria Youngjae, assim que ele não estivesse mais usando o seu próprio corpo.

Depois de se desculpar pelo dia anterior mais algumas vezes e ignorar tudo o que o chefe de Youngjae estava falando, finalmente JB pôde fazer o seu trabalho e ir para o caixa.  Se perguntou como Youngjae conseguia trabalhar naquele lugar, era asqueroso. Só haviam homens bêbados e o cheiro era insuportável. Jurou que nunca mais voltaria ali, com certeza retornaria para o seu corpo hoje.

Quando sentiu a necessidade de ir até o banheiro, JB avisou que iria sair por um momento e ao atravessar o bar sentiu alguém agarrar seu braço.

– Você está tão sensual hoje. – Um homem barbudo fedendo a álcool o puxou pelo braço com um sorriso. – Está querendo seduzir quem assim?

– Você é que não é. – JB puxou seu braço, sem sucesso. Por mais que quisesse usar da sua força contra aquele homem, o corpo de Youngjae era muito magro e ele se sentia fraco demais.

– Onde pensa que vai? – O homem sorriu novamente mostrando seus dentes podres. – Por que não se senta no colinho do papai?

Sua paciência já estava no seu limite. Esteve o dia todo aguentando tudo quanto é tipo de cantada e desaforo, não iria ser abusado dessa forma neste lugar.

– Tem razão. – JB sorriu e segurou a garrafa de bebida do homem. – Então eu posso beber com você também?

– Claro que pode. Sente-se aqui. – O velho apontou para o seu próprio colo e JB sorriu malicioso.

Segurou a garrafa forte em suas mãos e em um gesto rápido, quebrou a garrafa contra a mesa, despedaçando-a em cacos de vidro. Em sua mão, metade da garrafa ainda permanecera quase inteira, mas com uma ponta afiada, que JB levou na direção do membro íntimo do velho.

– Ainda quer que eu me sente aqui, senhor? – Ameaçou e o velho estremeceu, fechando os olhos em suplica e medo. – Imaginei que não. – JB jogou o resto da garrafa fora e voltou ao seu caminho original até o banheiro enquanto todo o estabelecimento estava imóvel observando o que acontecera.

 

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Assim como havia combinado com JB, Youngjae evitou falar com Jackson durante o dia inteiro para que ele não percebesse nada diferente em seu chefe. Era uma missão difícil, considerando que Jackson ficava o tempo todo o seguindo e questionando sobre o dia anterior. 

 “Quem era aquele menino? Por que você foi embora com ele? O que vocês conversam? ” – Eram as perguntas mais frequentes.

Exceto por esse pequeno incomodo, Youngjae se divertiu bastante aprovando todos os candidatos que foram para a entrevista naquele dia.

Depois de ter sido reprovado, Youngjae fez questão de jogar fora o carimbo que JB usou para traumatiza-lo. Afinal, ele acreditava que todos os candidatos ali mereciam a vaga de alguma forma.

– JB? – Jackson interrompeu Youngjae que estava bebendo café no refeitório. – Não fuja! – Gritou ao ver que o mais velho já estava dando as costas. – Aquele menino, Youngjae, quer falar com você.  – Jackson passou o seu celular para o chefe e o olhou desconfiado.

– “Pode vir me buscar? ” – Youngjae ouviu sua voz do outro lado da linha.

– Mas ainda não está na hora. – Olhou o relógio que apontavam onze horas da manhã.

– “Apenas venha ou eu estou indo embora. “ – JB desligou e Youngjae devolveu o celular para Jackson.

– Estou saindo. – Avisou o loiro e ignorou os protestos curiosos do mesmo.

Pegou um taxi e assim que ele estacionou frente a lanchonete, ele estava lá, parado do lado de fora. Sem muita demora, JB avistou o carro e sentou ao lado de Youngjae.

– O que houve? – O mais novo se pronunciou.

– Eu odeio esse lugar. Vamos embora. – JB ordenou e o taxi deu partida seguindo para o local que o mesmo passou de imediato.

– Como assim?

– Olha, Youngjae.... – Respirou fundo tentando conter a raiva. – Não volte mais nessa lanchonete. – JB lembrou do incidente e do fato de ter sido demitido logo depois. – Aquele lugar não é para você. Eu me demiti. – Mentiu. Estava fazendo um favor para ele no final das contas.

– Por que você fez isso? – Youngjae o encarava e seus olhos já começavam a arder.

– Eu já disse, aquele lugar não é para você! – Estava ficando nervoso, porque ele estava chorando agora por causa daquele lugar? Gostava tanto assim?

Youngjae escondeu o rosto enquanto começava a chorar.

– Por que você está chorando? Gosta mesmo daquele lugar?

– Não gosto, mas agora não tenho mais aonde trabalhar, não tenho nem uma casa, não tenho emprego... – Ele passava as costas das mãos por suas bochechas tentando secar as lagrimas que não cessavam. Estava cansado de receber apenas notícias ruins que só faziam o peso em suas costas aumentarem. Depois de tudo, ainda pensava se algo poderia piorar e JB não sabia o que falar ou o que fazer.

– Você não tem onde morar?

– Sim. – Tentou engolir o choro. – Eu fui despejado essa semana.

JB começara a sentir pena de Youngjae, mas aquele não era um problema seu. Não conhecia Youngjae, então talvez fosse apenas consequências da sua própria vida. Por um lado, pensou em ajuda-lo, mas não queria se envolver mais ainda com ele. Pretendia não o ver nunca mais assim que estivesse em seu corpo.

Permaneceram em silencio durante todo o percurso. Youngjae soltando alguns soluços por causa do choro que foi desaparecendo com o tempo e JB se sentia totalmente desconfortável pela culpa. Estava quase pulando para fora daquele carro até que chegaram no endereço de destino.
Os dois permaneceram algum tempo olhando a fachada do templo. JB não era do tipo religioso, não sabia se acreditava mesmo naquilo, mas depois do que acontecera aos dois, ele começou a considerar que uma força sobrenatural realmente existia. Talvez sua alma tenha se perdido, voltado para o corpo errado, ou algo do tipo.

Já Youngjae era bem religioso, e assim que se acalmou, lembrou das histórias que ouvira, então sabia que talvez pudessem ajudar, mas estava com medo, talvez da resposta poder ser negativa ou que coisas ruins poderiam continuar a acontecer.

Assim que JB pensou em como explicaria a situação, segurou o pulso do outro que se assustou e estremeceu.

– O que foi? – Perguntou, preocupado.

– Nada. – Youngjae desviou o olhar.

Quando JB voltou a encarar a entrada, Youngjae pensou melhor e retribuiu o contato, agarrando seu braço. Estava assustado e não poderia negar mais. JB suspirou, mas não recuou e entraram pelo local.

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– “Era tudo o que eu precisava! ” – Jihyun suspirou aliviada quando viu Youngjae entrar no templo. Não sabia como iria abordá-lo antes, provavelmente ele não acreditaria em nada do que ela dissesse, ainda mais tendo que se disfarçar de velhinha para interagir entre os humanos. Não que velhinhas não fossem confiáveis, mas a chance de ele pensar que ela estava gaga eram maiores. Agora tudo se fazia possível, Youngjae acabara de entrar num lugar totalmente favorável para ela.

Quando ambos adentraram o templo não muito frequentado por eles, aproveitaram para rezar frente ao monumento do local. JB já havia visitado aquele templo quando criança, então sabia da sua existência, mas não sabia como as coisas funcionavam.

Assim que viu um monge se aproximar, JB decidiu iniciar uma conversa.

– Precisamos da sua ajuda. – Disse após cumprimentá-lo adequadamente.

O monge observou cuidadosamente os dois garotos. O que aparentava ser mais novo tinha o olhar bem ambicioso e determinado, enquanto o mais velho, mantinha uma postura defensiva.

– Compreendo. – O monge sorriu e se dirigiu ao mais alto. – Você está com medo?

– E-Eu? – Youngjae engasgou nas próprias palavras. Como ele poderia saber? Antes que pudesse responder, JB o interrompeu.

– O que você compreende? Eu não disse nada ainda.

– Compreendo porque estão aqui. Estou vedo. – Sorriu e se voltou para JB. – O corpo de vocês está agitado. A energia que vocês estão emanando neste momento não está em sincronia com o corpo de cada um. 

– E o que isso quer dizer?

– Quer dizer que não estão no corpo que deveriam estar. – Afirmou e logo se voltou para Youngjae. – Talvez estejam trocados?

JB se espantou com as palavras do monge. Não imaginou que ele notaria tão rápido. Aliás, nem imaginou que ele notaria algo assim, pensou que teria que explicar mil vezes e implorar que acreditassem nele.

– Vocês querem saber se tem como destrocar. – Disse enquanto encarava Youngjae que se afundava cada vez mais no ombro de JB. – Mas você está com medo de saber a minha resposta. 

– Tem ou não como destrocar? – JB estava impaciente, então já começou a fazer todas as perguntas das quais precisava de respostas.

– Talvez. – Ele desgrudou os olhos de Youngjae e se voltou para JB. – Mas não sou eu quem posso ajuda-los.

– Não? Então quem?

– Do caminho, surge um, de cuja consciência, por sua vez, surge o conceito de dois. – Pronunciou cada palavra com muito cuidado e sutileza.

– O que isso quer dizer? – JB franziu o cenho. Estava ouvindo bobagens ou era realmente algo útil?

–Do caminho –

– Tá, isso eu já ouvi. Mas o que quer dizer? – JB o interrompeu.

– Se você ouviu, deveria saber o que quer dizer. – Sem mais delongas, o monge cumprimentou os dois e se afastou, ouvindo protestos de JB que insistia por uma resposta mais concreta, mas não a conseguiu. Não podia explica-los, porque nem mesmo ele sabia o motivo. Mas coisas assim só aconteciam por força do destino. Ambos tinham lições para aprender e sabia que um dia voltariam ao normal assim que passassem por seus ensinamentos.

Ambos estavam frustrados. Mais uma vez falharam e não sabiam ao que recorrer desta vez.  Talvez devessem apenas aceitar que nunca voltariam ao normal, ou que só voltariam algum dia quando os céus permitissem.

– Em que posso ajuda-los? – Uma voz surgiu e surpreendeu Youngjae quando estavam quase saindo do templo.

– Você trabalha aqui? – Youngjae perguntou. Por algum motivo aquela senhora não lhe era estranha. Usava um vestido comprido e era bonita, apesar de aparentar ter uns oitenta anos.

– Sim, sou muito respeitada neste templo. – Ela sorriu e levou seu olhar para JB. Ambos os garotos encararam suas roupas e seu chapéu extravagante, duvidando de suas palavras.

– Então você é o que aqui? – JB se posicionou.

– E isso importa? – Ela abaixou o chapéu e puxou JB pelo braço, separando-o de Youngjae que não gostou. – Você se lembra de mim, Youngjae?

Youngjae se arrepiou com a pronuncia do seu nome. Como ela sabia? Olhou atentamente para a senhora e a reconheceu com muito esforço.

– Não me toque, eu não te conheço. – JB puxou seu braço contra ela e se afastou, encarando Youngjae logo em seguida. – Você a conhece? – Sussurrou.

– Acho que sim, ela me deu uma garrafa no dia do assalto. – Fez algum esforço para se lembrar do rosto dela, mas a imagem não era muito clara.

– Uma garrafa? – JB estava confuso e Jihyun também. Quando se aproximou de Youngjae não imaginou que ele reagiria dessa forma. Além disso, o clima estava muito estranho.

– Eu dei uma garrafa para este menino. – Jihyun apontou para JB que fez uma careta. – Você à bebeu? – Ela se aproximou novamente.

– Que garrafa? Eu bebi? – Se virou para Youngjae.

– Bebeu. – Ele respondeu, tentando se lembrar da garrafa cor-de-rosa. De fato, ele havia bebido, mas não sabia aonde ela estava nesse momento.

– Bebeu tudo? Sozinho ou acompanhado? O que aconteceu? – Jihyun avançou pelo braço de JB que a empurrou nervoso.

– Espere um pouco! – JB gritou e olhou para a senhora na sua frente. – O que isso quer dizer?

– Preciso saber o que fizeram com a garrafa. – Ela estava séria e seu chapéu não mais escondia seus olhos preocupados. – A garrafa cor-de-rosa na qual te dei. – Ela apontou para JB.

– Eu bebi. – Youngjae se pronunciou e Jihyun o olhou confusa. – Bebi sozinho, pelo menos metade da garrafa. Mas por que isso é importante agora?

– Por que você bebeu? – Os garotos se entre olharam e JB suspirou.

– Não importa, não temos tempo a perder por causa de uma garrafa. – Segurou o pulso de Youngjae. – Você pode cobrá-lo depois. – Ambos foram se afastando, mas Jihyun não iria aceitar deixá-los ir sem uma explicação. 

– Esperem! – Ela gritou e ambos pararam, olhando novamente para ela. – Preciso saber o que aconteceu com a garrafa ou vocês dois podem estar em perigo. – Ela alertou.

– Tudo bem. – Youngjae se soltou de Jaebum que protestou. – Já que eu estou aqui, não custa resolver isso. – Ele se voltou para a senhora e contou tudo o que acontecera desde que ela lhe deu a garrafa. O fato de ter bebido metade do conteúdo e de ter trocado de corpo com JB também, afinal era por este motivo que ele estava falando de um corpo totalmente diferente agora.

 Jaebum ouviu toda a história e quando finalizada por Youngjae, ele coçou a cabeça, confuso.

– Eu também bebi dessa garrafa. – Confessou. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, até a próxima.


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