História Soumis - Passado e Traidores
Notas do Autor
Espero que gostem e obrigada por todos os comentários do capítulo anterior! MUITO BONS MESMO MUITO OBRIGADA ❤❤❤
FIQUE XOM O CAPÍTULO
Capítulo 17 - Passado e Traidores
Jungkook se apoiou em Taehyung para poder se levantar, o cheiro de mofo daquele quarto estava lhe dando náuseas, Jungkook também reparou que o mais novo não estava muito confortável naquele lugar.
— O que é esse quarto? — Jungkook perguntou e Taehyung suspirou sorrindo de lado.
— Não quer saber como eu quase quebrei o nariz do Jimin?
— Você não fez isso, Taehyung…
— Sim, eu fiz e amei fazer. — O loiro deu uma risada tirando o mais velho do quarto e trancando ela em seguida. — Ele mereceu.
— Olha… Ele estava um pouco alterado…
— Não foi o que Yoongi me contou. — Taehyung se apoiou na porta fechada e suspirou antes de falar. — Olha Gguk, não precisa ficar encobrindo o Jimin quando ele está errado.
— Eu estava errado, e acho que… Que Yoongi queria isso. — Falou se aproximando de Taehyung, que lhe encarou confuso.
— Como assim?
— Foi Yoongi que me levou até o escritório do Jimin e me mostrou tudo aquilo. — Jeon murmurou sentindo a sua boca seca e um pouco de dor de cabeça. — Ele escutou a pequena discussão minha com o Jimin e depois ele me seguiu, ele… Ele está diferente, Tae, ele ficou murmurando coisas como não confiar em pessoas não puras, — Falou rápido demais e acabou se sentando no chão ao sentir tudo girar e uma náusea se apossar dele. — eu não sei o que ele queria dizer com isso, eu não entendo…
— Sua mente não lhe permite pensar nisso, Gguk. — Taehyung se ajoelhou a frente do mais velho e segura o seu rosto. — Sua mente é a sua maior inimiga agora, e você não pode lutar contra ela.
— O que eu faço?
— Se não pode contra o seu inimigo, junta-se a ele.
[•••]
Taehyung observava Jimin se misturar em meio a fumaça do lugar e as luzes, seus olhos se desviaram para onde Jimin olhava e o seu peito se apertou, estava indo quase lá quando sentiu um aperto em sua cintura e a respiração de Hoseok em seu pescoço.
— O que foi, Hoseok? — Taehyung perguntou baixo enquanto enroscava os seus dedos no cabelo escuro de Hoseok e sentia o sobretudo do mesmo lhe cobrir.
— Não se afaste de mim, ou quer que eles saibam o verdadeiro motivo de você ter vindo aqui? — Sussurrou Hoseok rente a pele do pescoço do mais novo, que suspirou ao sentir um beijo sendo posto ali.
— Longe de mim, mas, estou apenas receoso com o fato de Jimin está muito próximo de Jeongguk. — Taehyung virou o rosto ao mesmo tempo que Hoseok e ambos observaram Jimin olhar admirado para o palco onde o garoto de cabelos azuis estava exposto como uma mercadoria.
Um corpo humano pode levar até cerca de oito segundos para poder se apaixonar. Talvez, Jimin nunca teria como acreditar naquilo se não tivesse feito à prática. Seus olhos vagavam o corpo quase seminu a sua frente, uma coleira brilhante no pescoço do mesmo enquanto que a franja azulada caía pela a sua testa. Era o ser mais belo que Jimin tinha visto em todo a sua vida. Um anjo, no meio da imundícia e prostituição que era aquele lugar.
Jimin queria aquele anjo somente para si.
— O que temos hoje? — Uma voz lhe tirou dos seus pensamentos e uma mão tirou o seu anjo da sua frente. Um homem alto e jovem puxava o seu anjo pelo o seu cabelo. — Jeongguk! Nosso prêmio da casa!
— Por favor, Jinyoung, hoje não. — Ele pediu tirando a mão do homem de seu cabelo e se virando para o mesmo.
— Felizmente, hoje sim. A casa tem que lucrar e você sabe que ela lucra mais quando você está à venda. — O homem beijou a bochecha de Jeongguk, fazendo o mesmo lhe olhar com nojo antes de sentir o seu braço ser puxado.
— Espere! — Jimin subiu no palco chamando a atenção de Jinyoung e do seu anjo azul. — Como assim… Ele está à venda?
— Você não é daqui não, né garoto? — O homem perguntou e Jimin negou. — Se você tiver um bom dinheiro, você pode comprar esse daqui para ser seu por uma noite.
— E se eu quisesse comprá-lo para sempre?
— Eu não venderia a você. — O homem soltou uma risada. — Entenda… Jeongguk é a minha preciosidade, minha fonte de ouro. Não posso vendê-lo.
— Mas…
— Se não vai querer comprar ele por um noite, tem pessoas querendo. — Jinyoung sai arrastando Jeongguk e Jimin se desespera.
— Eu quero! — Jimin grita, fazendo a música parar e a boate olhar para ele. — Eu quero comprar ele.
— Com que dinheiro garoto?
— Com isso. — Jimin tira o seu brasão do seu uniforme e entrega à Jinyoung.
Jinyoung pega no brasão maravilhado com aquilo, o mesmo era banhado em ouro com diamantes cravados ao redor.
— Onde roubou isso? — Ele perguntou e sorriu ao ver Taehyung subir no palco com Hoseok. — V! É bom ver que ainda mantém contato com os baseanos, seu pai sabe disso?
— Por favor, Jinyoung…
— Oh, ele não sabe? — O mesmo solta uma risada que vai se cessando ao ver o rosto de Hoseok. — Vocês deviam saber que não devem se meter com mundanos, não ensinam vocês isso na… Na escola?
— Os mundanos também deviam saber que não devem irritar baseanos, eles têm o temperamento difícil. — Hoseok falou sorrindo de lado.
— Está me desafiando? — Jinyoung pergunta incrédulo e o som de armas sendo engatilhadas soou no local, assim como o som de gritos de algumas pessoas.
— Eu consigo colocar esse lugar abaixo em cinco minutos. — Hoseok apontou para a sua cabeça e sorriu. — Eu tenho conhecimento, conhecimento suficiente para deixar todos aqui mortos.
— Hoseok, você está me assustando. — Taehyung lamenta abraçando o mais velho, que se desculpa e abraça o mais novo.
— Vamos deixar os nossos problemas de lado, — Jinyoung sorri e as armas são guardadas. — Você é inteligente garoto, assim como todos eles, mas, quando perceber que eles estão errado e querer começar uma guerra. Entre em contato comigo. — Jinyoung pisca o olho para Taehyung que suspira aliviado. — O garoto é seu por essa noite. — O homem empurra Jeon para cima de Jimin, que logo tratou de segurar ele.
[•••]
Jeongguk depois de acordar e limpar o seu sangramento nasal – que já lhe preocupava – decidiu voltar para o quarto e conversar com Jimin. Taehyung tinha lhe deixado ir depois de comer bem, o loiro alegou dizendo que ia conversar com Yoongi sobre o seu completamente. E Jeongguk ia conversar com Jimin sobre o comportamento dele.
— Jeongguk? — A voz preocupada de Jimin lhe veio aos ouvidos e Jeongguk virou o rosto para encontrar Jimin com um curativo no nariz e um arranhão na bochecha.
— Sou eu sim, e… Droga! Taehyung bateu mesmo em você? — Jeon perguntou se aproximando e tocando com cuidado no rosto do loiro. Jimin soltou um gemido aprovando aquele toque e segurando a mão de Jeongguk com ternura.
— Sim, e eu mereci. Me desculpe Jeon, eu surtei quando vi você lendo aquilo e… Eu fiquei com tanto medo. — Jimin confessou choramingando e olhando para baixo, se negando por vergonha à encontrar os olhos do seu amado.
— Medo? Medo do quê, Jimin? — Jeon levantou o rosto de Jimin e viu que os olhos do mesmo estavam repletos de lágrimas.
— Você não precisa saber dos meus medos. Não agora. — Jimin puxou Jeongguk para um abraço e o mais novo lhe abraçou com vontade, estava com medo que o seu Jimin mudasse de uma hora para outra novamente.— Eu amo você. — Jimin sussurrou e Jeon franziu a testa ao sentir uma pontada de dor.
Eu não amo você, Jimin.
— Jimin, eu… — Jeongguk foi interrompido quando a boca de Jimin procurou a sua e ambas se encontraram em um beijo cheio de saudade.
Parecia que Jeon tinha ficado longe de Jimin por tanto tempo, que a sua boca e os seus lábios implorava por mais do loiro. Suas mãos vagavam pelo o pescoço seguindo os ombros de Jimin. Um ofego abandonou seus lábios avermelhados quando sentiu as mãos brutas do mais velho aperta a sua bunda.
— Jimin…
Eu não amo você.
Aquela imagem sua apareceu em sua mente e Jeon negou. Aquele não era ele. Ele amava Jimin e sabia que amava pois o seu coração batia tão forte perto dele, uma sensação boa que se alastrava pela a sua barriga e pelo o seu corpo, e somente o pensamento de perder Jimin, deixava o seu corpo imobilizado e uma dor horrível em seu coração.
— Jimin… — Jeongguk se afastou dele e segurou o rosto do seu amado, que lhe olhava curioso sobre a sua ação repentina. — Eu amo você. — Jeon sorriu ao falar aquilo. — Eu amo muito você. — Sussurrou passando o seu nariz pela a bochecha do mais velho.
— Eu amo você, Gguk, céus, eu amo você mais do que tudo na minha vida! — Jimin jurou amor ao mais novo enquanto pegava ele no colo e levava em direção à cama. — Jeon, eu posso… Posso lhe mostrar as coisas, lhe ensinar o certo…
Jimin sussurrou tão baixo que Jeon suspeitou ser coisas de sua cabeça, mas não era, Jimin estava ali dizendo que ia lhe ensinar sobre o mundo superior e o passado que tanto lhe assombrava.
— Mas, quando eu disser que já está bom, é porque já está. — Jimin sentenciou e Jeon assentiu animado com a cabeça.
— Sim, sim! Eu lhe prometo. — Jeon beijou a bochecha dele fortemente, fazendo Jimin resmungar. — Quando começamos?
— Quando eu ver que está preparado.
[•••]
Taehyung estava andando em direção do escritório de Hoseok, já que tinha coisas para tratar sobre Yoongi. Ao entrar na boate, se surpreendeu ao ver ela mais cheia que o normal e que os garotos estavam mais risonhos e alegres do que nunca, passou pelo o bar procurando Mark com os seus olhos e encontrando o mesmo sentado enquanto balançava a cabeça rindo.
— Mark? — Chamou ao se aproximar e ganhar uma risada do mesmo.
— Tae… Tae… — Ele falou rindo e Taehyung franziu a sua testa ao ver que a voz de Mark estava pesada, e os seus lábios ressecados.
— Mark, o que você bebeu? — Taehyung se ajoelhou na frente do mais velho, segurou sua mão com uma delicadeza inexistente.
— Não… Eu não… Bebi.
— Você comeu alguma coisa?
— Não… Eu… Eu fu… Fumei! — Ele soltou um grito quando conseguiu pronunciar corretamente.
— Como assim, Mark?
— Um amigo de… Vocês. Deu… Muitos e muitos… Enroladinhos.
Taehyung se levantou rapidamente, olhou para os lados assustado e conseguiu ver ao longe um cara estranho indo em direção a saída muito bem escondida da boate. Taehyung saiu correndo, empurrando as pessoas da sua frente até chegar aos guardas que deveriam estar guardando a porta com suas vidas, mas, eles estavam deitados no chão, rindo totalmente chamados. Taehyung viu um enroladinho na mão do guarda queimado e saiu correndo atrás daquele homem.
Ele saiu da boate e percorreu o corredor frio, extenso e longo até encontrar um rastro do sobretudo negro dele em uma esquina. Correu até a esquina, mas foi impedido de continuar quando sentiu duras mãos lhe empurrar e bater as suas costas na parede. Gemeu de dor e viu que essa pessoa ainda lhe pressionava, viu um homem loiro com um sorriso nos lábios lhe encarar profundamente.
— Não sabia que o bichinho de estimação era tão gostoso. — Ele murmurou olhando Taehyung dos pés a cabeça e soltando uma risadinha.
Como previa, era um baseano.
— Eu não sabia que baseanos eram tão ignorantes quanto os mundanos. — Taehyung falou com um sorriso nos lábios, sentiu o seu corpo pesar e colidir com o chão quando o mesmo lhe empurrou.
— Seu porco! — Ele gritou e puxou os cabelos de Taehyung com força, mas o mesmo foi forte e não demonstrou nenhuma fraqueza perante aquilo. — Você é um mundano! Um ser tão imundo que devia morrer a base de pedradas!
— Prefiro ser um mundano, a ser como você, corrupta, mentiroso e hipócrita. — Taehyung sorriu sentindo os seus cabelos sendo puxados com mais força. — Você é um verdadeiro porco!
— Seu…
— O que temos aqui? — A voz chamou atenção do baseano, que assim que dirigiu o seu olhar para voz, escutou uma arma ser engatilhada e o som do tiro ecoar.
O corpo atingido caiu para trás e Taehyung se levantou ao ver que era Hoseok ali. O loirinho sorriu e correu até o corpo ainda consciente do baseano. Taehyung sorriu docemente para ele antes de se abaixar e posicionar as suas mãos lado a lado no pescoço dele. Em um movimento rápido, quebrou o pescoço dele sentindo os ossos quebrarem e os resmungos se cessarem. Se levantou sorrindo e sentiu a sua cintura ser rodeado, Taehyung se virou para Hoseok e segurou a sua mão.
— Acho que temos um problema…
— E quando não temos?
— Não, um problema maior. — Taehyung se abaixou e procurou até achar um enroladinho no bolso do homem. — Veja isso…
— Que merda é essa? — Hoseok franziu a testa para aquilo, pegando com calma.
— Isso é uma coisa que só existe no mundo superior. — Taehyung viu algo mudar nos olhos de Hoseok e o mesmo lhe encarar com um semblante sério. — Isso não devia estar nas mãos do baseanos…
— Ou seja…?
— Acho que a Blued fez parceria com um antigo inimigo. — Taehyung suspirou. — Um inimigo que sabe muito.
[•••]
Jungkook se perguntava o que era sentir medo. O que era sentir felicidade e esses sentimentos que todos os seres humanos têm a capacidade de sentir, bom nem todos. Jungkook também se perguntava qual devia ser o sentimento de quem mente e de quem descobre a mentira. Talvez desespero, Jungkook não poderia saber já que ele se sentia uma pedra. Sem sentimentos.
Bom, menos para Park Jimin.
Jungkook também se perguntava se Park tinha algum tipo de poder sobre si ou algo desse tipo, Jungkook já não conseguia mais se imaginar sem o Park. Os cabelos loiros que insistiam invadir a sua mente, o sorriso que brilhava ao olhar do Jeon e os lábios carnudos que insistiam brincar consigo. Jungkook queria matar Jimin e depois amá-lo até o fim do mundo. Jungkook desconhecia esse sentimento dele por Jimin.
— Já chega. — Ele sentiu o seu corpo sendo puxado e Jimin lhe olhar furioso com uma toalha na mão. — O que está querendo fazer?! Se matar?!
— Acho que isso não vai acontecer, já que você me atrapalhou. — Jungkook falou com um sorriso nos lábios enquanto sentia a água da banheira bater em sua cintura. Jimin rosnou de raiva e segurou as bochechas de Jungkook com força.
— Você gosta de me enlouquecer, Jungkook. — Jimin sussurrou antes de avançar os seus lábios contra o do mais novo. Jungkook se apoiou nos braços do mais velho sem se importa se estava ou não molhando ele.
Jungkook só queria beijar Park Jimin até o sol raiar, o que era impossível já que estava preso ali. Jimin como prometido, estava ensinando Jungkook as coisas do mundo superior de uma forma lentamente. Primeiramente, ele deu uma série de livros para Jungkook ler, dizendo que aqueles eram livros clássicos que Jungkook deveria ler e aprender sobre eles. O primeiro livro que leu foi Romeu e Julieta, Jungkook odiou o livro, já que para o mais novo aquele leitura era entediante e não tinha nada legal na história, apenas um Romeu recitando poesias apaixonadas para Julieta que era uma garota completamente retardada.
— Sou especialista nisso. — Jungkook falou tentando voltar a mergulhar naquela banheira. Mas Jimin lhe impediu, dizendo para tirar aquela roupa e se secar para poderem ir jantar.
Jungkook sorriu de lado se levantando da banheira e saindo em seguida. Ignorou a toalha estendida na mão de Jimin e começou a tirar a sua roupa, ali mesmo, até ficar completamente nu. Jungkook sentiu o olhar de Jimin queimar o seu corpo e pegou a toalha do mais velho para poder secar o seu cabelo.
- Obrigado. – Falou inocente e devolveu a toalha para Jimin, saindo do banheiro em seguida e fazendo questão de rebolar a sua bunda para o olhar do mais velho.
Jungkook não contou para Jimin, mas quando o mais velho lhe deixava sozinho em seu escritório, Jungkook lia um livro que tinha encontrado ali. A história contava sobre uma tal de Min-Hee que ensinava técnicas sensuais para conquistar o homem que desejava. Jungkook praticamente idolatrava a Min-Hee, ignorando o livro que Jimin tinha lhe dado e se empenhava ao máximo em ler sobre Min-Hee e os seus segredos sujos.
— Você está me destruindo, Jeon, em todos os efeitos. — Escutou Jimin falar e sorriu de lado.
— Estou esperando você fazer o que deve fazer. — Jungkook falou se deitando de bruços na cama e empinando a sua bunda no ar.
Jungkook queria enlouquecer Jimin, fazia dias até mesmo semana que os dois não se tocam intimamente. Jimin estava ocupado demais em assuntos junto de Hoseok e Namjoon. Jin estava ocupado demais em ajudar alguns meninos da boate a se empenharem mais para conquistar alguns donos. Taehyung era como sua sombra, Jungkook podia jurar que sentia o mais novo lhe seguir em todos os lados e por último, Yoongi estava lhe assustando completamente. Jungkook se perguntava, onde estava aquele doce menino que lhe ajudou no primeiro dia?
Yoongi falava e ria sozinho, Jungkook chegou a encontrar ele uma vez batendo a sua cabeça e passar as suas unhas nas paredes brancas dos corredores. Jungkook também percebeu que não era somente ele que estava assustado com o comportamento de Yoongi já que Jin, Jimin e Namjoon também estavam preocupados com o mais velho. Mas Hoseok assegurou dizendo que Yoongi estava no seu juízo perfeito. Hoseok e Taehyung eram os únicos que estavam amando o novo comportamento de Yoongi.
Mais um louco para completar o trio, pensou Jungkook.
— Não entendo o que você quer comigo, Jeon. — Jungkook escutou a voz de Jimin e abriu os olhos, vendo o mais velho passar por si e lhe ignorar completamente.
— Está me ignorando a dias.
— Isso é paranoia sua. — Jimin falou e Jungkook se levantou furioso da cama, indo em direção de Jimin e empurrando o mais velho.
— Não diga que é paranóia quando nós dois sabemos que a verdade. A verdade é que você está me ignorando e escondendo algo de mim... Como se fosse novidade, — Jungkook soltou uma risada seca e viu Jimin abaixar o olhar. — Você sempre está escondendo algo de mim, Jimin.
O mais velho bagunçou os seus cabelos loiros e seguiu até o closet que tinha ali, abriu as portas e entrou ficando alguns segundos dentro do pequeno quartinho e saiu em seguida com uma muda de roupas em sua mão. Jimin caminhou até Jungkook e segurou o seu pulso com força, fez o mais novo abrir a sua mão e colocou a muda de roupa ali.
— Você está completamente louco, Jungkook. Se vista e vá jantar, não quero que fique com fome ou pegue algum resfriado.
E saiu do quarto em seguida. Deixando Jungkook imerso em seus pensamentos com aquela muda de roupa em suas mãos. Jungkook de uma coisa tinha razão. Ele não estava ficando paranóico.
[•••]
Nova Seul – localização: área 511 por Park Jiwoo – 25 de abril do ano de 2045
Mark encarava o homem à sua frente com uma certa frieza. Ele vestia as suas roupas novamente enquanto Mark tentava assimilar o que tinha acontecido ali, mas ele sabia que o Sr. Park não lhe tocaria até completar a maturidade, que era aos dezesseis anos. Mark ainda tinha sete anos para pensar em uma forma de como fugir dali, de preferência com a única pessoa que amava no mundo. Mark com nove anos já sabia o que era uma relação sexual, em um mundo como aquele em que uma criança era apenas vista como uma mercadoria, aprender coisas que não era para aprender em sua idade era algo completamente normal.
— Mark... – Jiwoo falou chamando a atenção da criança de cabelos escuros para si. — Quero que se guarde para mim.
— Não sei do que está falando, meu senhor. — Mark mentiu. Era lógico que ele sabia o que aquilo queria dizer. O homem mais velho a sua frente soltou uma risada e revirou os olhos.
— No futuro você vai saber, pequeno. — Ele falou e Mark fez uma cara de nojo ao ver ele se afastar.
Mark sabia que o Sr. Park tinha lhe aceitado apenas para ser seu no futuro. A mãe de Mark tinha lhe abandonado ali quando o mesmo tinha apenas três anos, e agora com nove anos ele sabia quase tudo sobre o perverso mundo lá fora.
— Pai! Pai! — O pequeno Jinyoung de dez anos entrou correndo naquele quarto. Mark suspirou aliviado e desceu da cama curioso ao ver que Kidoh tinha um quase bebê em seus braços. — Eu comprei ele.
— Como assim, garoto? — O Sr. Park se aproximou do bebê que se encolheu nos braços de Jinyoung, o mais velho entre as crianças sorriu de lado e acariciou os fios castanhos e lisos dele.
— Tinha uma mulher na rua desesperada, eu estava comendo aquele biscoito que você me deu e ela me perguntou se queria trocar o bebê dele pelo o biscoito e eu aceitei. — Jinyoung relatou tudo de uma forma muito rápida, fazendo com que o seu pai soltasse uma risada e negasse.
— Você é um imprestável mesmo. — O homem quase rosnou e se virou para Mark. — Cuide da criança, mais um para passar fome. — Ele murmurou irritado e apontou o dedo para a criança mais velha. — E você, me encontre na minha sala, temos que treinar a sua mira. Ela está horrível.
— Eu não gosto de pegar em armas... — Jinyoung murmurou baixo e em seguida levou um tapa de seu pai.
— Seja homem! — Ele gritou e andou até a porta furioso. — Nenhum filho vai ser covarde.
Assim o homem saiu do quarto furioso e bateu a porta. Mark caminhou até Jinyoung e tirou o bebê de seus braços, o mais velho sorriu com aquilo e se inclinou para beijar a bochecha de Mark.
— Eu aceitei trocar ele porque ele parecia estar muito triste. — Kidoh sussurrou como se fosse um segredo.
— Quantos anos você acha que ele tem? — Mark perguntou passando o seu dedo pela a bochecha suja do bebê.
— Três ou quatro anos. — Jinyoung fez uma cara pensativa e sorriu em seguida. — Ei! Ele pode ser o nosso bebê.
— Como assim? — Mark perguntou confuso e se sentou no chão, vendo que o bebê usava apenas uma fralda e que o seu corpinho estava cheio de marcas e feridas.
— Eu amo você, você me ama e no futuro a gente vai se casar quando sair daqui. — Jinyoung segurou a mão de Mark e viu que ele sorria ao escutar as palavras do mais velho. – Quando a gente se casar e sair daqui, vamos levar ele com a gente, porque ele é o nosso bebê.
— Eu gosto disso. – Mark falou e Jinyoung sorriu largo. – Qual o nome dele?
— Eu não sei... — Jinyoung mordeu o seu lábio. – Podemos chamar ele de Jeon Jung, que nem o nome da minha mamãe.
— Mas é nome de mulher!
— Uhn... Vamos chamar ele de Jeon JungKook então. — Jinyoung sorriu largo e tirou um pacote de biscoito do seu moletom. — Jeon Jung porque era o nome da minha mamãe, e Kook porque ele parece gostar muito de cookies.
— Eu gostei! — Mark falou animado, mas se encolheu ao escutar o grito raivoso de Park Jiwoo. — Acho melhor você ir...
— Não se preocupe comigo, vou voltar a noite. — Jinyoung deu um selinho inocente em Mark e beijou a bochecha de Jungkook. — Cuide bem do nosso bebê!
[•••]
— Ele conseguiu passar pela a nossa segurança tranquilamente e distribuir a droga, se a gente não tivesse chegado a tempo, talvez um desastre tivesse acontecido. — Hoseok falou colocando para rodar novamente o vídeo da câmera de segurança.
— Tem um traidor entre nós. — Jimin falou e viu Hoseok arregalar os olhos.
— Isso é impossível! Todos que entram aqui são de nossa maior confiança. — Hoseok falou e Jimin desviou o seu olhar para Taehyung que estava brincando com uma faca em suas mãos.
— Será mesmo?
— Olha aqui, Park. Não estou com paciência hoje, se você insinuar mais alguma coisa eu juro que vou cortar o seu pênis fora e eu ainda vou foder o Jeon na sua frente e dar o prazer a ele que você nunca vai dar. — Taehyung falou sério vendo Jimin tencionar a sua mandíbula.
— Não vai fazer nada? — Jimin questionou Hoseok que apenas deu de ombros.
— Você que começou, e não vou mentir. Adoro ver o Taehyung fodendo alguém.
Taehyung soltou uma risada alta e se levantou indo até Hoseok para beijá-lo.
— Vocês têm o louco do Yoongi... Aliás, Yoongi anda muito estranho. — Jimin falou e Taehyung olhou furioso para Jimin.
— Yoongi nunca em toda a sua vida iria falar algo para a Blued, o máximo que ele faria seria explodir a cabeça de todos naquela merda de empresa. — Taehyung falou sentindo Hoseok apalpar a sua bunda e em seguida murmurar algo concordando consigo.
— TaeTae tem razão, Yoongi está no seu juízo perfeito. Tudo que ele quer agora é vingança. — Hoseok falou e Jimin negou.
— Gostava dele mais puro... Acho que... Devíamos fazer outra sessão?
— Isso mataria ele. — Hoseok falou já ficando todo irritado com aquela situação. — Você sabe que usando a droga mais de uma vez o cérebro dele vai começar a se decompor.
Jimin bufou alto e bagunçou o seu cabelo. O mesmo abriu os olhos e sorriu de lado para Hoseok.
— Vou estudar mais, ou tentar fazer com que a droga sofra algum tipo de mutação que faça com que ela fique melhor e que possa ser usada mais vezes em um único paciente.
— Isso seria um banquete para a Blued. — Taehyung falou dando uma risada ironica. — Todo mundo sabe que você vai fazer isso não para o bem de todos, e sim para que caso o Jungkook se lembre de tudo, você pode fazer isso de novo com ele. — Taehyung se afastou de Hoseok e apontou a faca para Jimin. — Escute uma coisa, Jimin. Caso Jungkook se lembre de tudo quero que você fique quieto e aceite as suas consequências...
— Você também vai levar! Não foi somente eu que fiz tudo, você permitiu! — Jimin gritou e Taehyung quase avançou sobre o mesmo, se não fosse Hoseok para segura-lo.
— Eu errei em ter permitido você fazer isso! Mas eu estava com medo, ele tinha a chance que eu nunca tive! — Taehyung gritou fazendo Jimin se encolher para mais perto do computador. — Se ele se lembrar, não tem nada dessa vez que impede ele de viver a verdade. Eu não vou perder meu irmão novamente!
Taehyung lançou a faca em direção à Jimin, mas o mesmo foi rápido o suficiente para desviar e causar apenas um corte de leve em seu ombro. Hoseok saiu tranquilo da sala como se nada tivesse acontecido. Jimin se sentou novamente de frente para o computador e sorriu de lado abrindo a fórmula que ele e Hoseok tinham guardado a sete chaves da droga do esquecimento.
— Você não vai me impedir, Taehyung
Notas Finais
Até o próximo capítulo!!
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