História Soumis - Para cada ação... (Parte Um)
Notas do Autor
Estou com o tempo curto para a faculdade, mas eu juro que vou responder todos nós comentários.
Boa leitura ❤
ps: houve boatos que terá cenas inéditas no próximo capítulo
Capítulo 18 - Para cada ação... (Parte Um)
Jeongguk se perguntava quanto tempo demoraria para que Jimin falasse a verdade. Isso era algo que Jeongguk vinha desejando ter desde o dia em que ele escutou Taehyung gritando com Hoseok sobre Jimin ter medo de contar a verdade. Aliás, o que tinha de tão ruim sobre a verdade que Jeongguk não podia saber? Era algo que ele queria saber.
Mas o mais novo sabia que isso estava longe de acontecer. Pelo o caráter e atitudes do mais velho, Jeongguk achava que Jimin era uma pessoa completamente ciumenta e misterioso. Ele se sentia como Min Hee ao concluir o seu livro, a garota estava dividida entre o amor que sentia pelo o rapaz ou a verdade que ele escondia, e segundo ele, ela podia somente escolher um caminho. O livro não dizia qual caminho Min Hee seguiu, mas ele ficou comparando aquela situação com a situação que ele estava.
Aliás, se Jimin pedisse um caminho para seguir, Jeongguk escolhia o amor ou a verdade?
— Está tão pensativo hoje. — A voz de Jimin lhe tirou dos seus devaneios e o mais novo sorriu fracamente.
— Estava me lembrando de uma cena de um livro que li. — Jeongguk falou e Jimin sorriu pegando o pé do mais novo e massageando levemente, fazendo Jeongguk suspirar e fechar os olhos.
— Que cena? — O mais velho perguntou e Jeongguk sorri de lado ofegante ao sentir as mãos do mais velho subir pelas as suas pernas.
— Romeu era um idiota, Julieta apenas lhe seguiu como uma idiota. — Jeongguk murmurou e jogou sua cabeça para trás ao sentir Jimin apertar o interior de suas coxas e o mesmo ficar à altura do seu rosto.
— O amor nos torna idiota e burros. — Jimin sussurra beijando o maxilar de Jeongguk e mordendo em seguida, fazendo o mais novo soltar um gemido manhoso. — Não concorda comigo?
— Não posso discordar, querido. Para saber a resposta basta olhar o modo de como você me trata. — Jeongguk falou abrindo os seus olhos e passando a sua mão pelo o rosto de Jimin, sorrindo bobo ao ver o mais velho fechar os seus olhos e suspirar.
— Acho que eu perdi algo muito importante nesses últimos dias. — Jimin falou e Jeongguk arqueou uma sobrancelha ao ver o mais velho abrir os seus olhos. — Sua atitude... eu não via ela a um bom tempo. — Jimin murmurou soltando um gemido rouco ao sentir a perna do mais novo subir e alisar o seu membro coberto pela a sua calça, Jeongguk passou o seu dedo pelo os lábios carnudos do mais velho e mordeu o seu lábio adorando brincar com a sanidade de Jimin.
— Minha atitude... — Jeongguk sussurrou manhoso pressionando cada vez mais forte a sua perna no membro de Jimin.
Em um movimento rápido, Jimin abriu as pernas do mais novo e se encaixou sobre ela, segurou as mãos do mais novo, apertando os seus pulsos, e mordeu com força o seu pescoço fazendo com que Jeongguk soltasse um grito.
— A sua antiga atitude. — Jimin deu ênfase quando falou “antiga” e Jeongguk sorriu ao saber que tudo que fazia agora, uma parcela do seu eu passado fazia. Jeongguk estava muito perto. — Ela me deixou louco desde a primeira vez em que lhe vi. — Jimin sussurrou roucamente enquanto movia o seu quadril contra o do mais novo e fazia ele gemer manhoso.
— Como eu era? — Jeongguk perguntou lentamente e com uma voz bem manhosa, fazendo Jimin revirar os olhos de prazer e aumentar o movimento do seu quadril, fazendo Jeon gemer mais alto e se agarrar aos seus ombros quando teve suas mãos soltas.
— Sedutor, manipulador, sexy e céus... Eu amo você. — Jimin avançou os seus lábios contra os de Jeongguk e o mais novo suspirou beijando o mais velho e chupando a sua língua. — Você estava tão lindo, seus cabelos eram de cor azul.. — Jimin ia falando enquanto tirava a cueca do mais novo e masturbava o mesmo fazendo ele gemer alto implorando por Jimin. — ...você estava tão lindo, mas eu acho você mais lindo assim. Entregue para mim e somente para mim.
— Tira logo a sua calça. — Jeon ordenou e Jimin riu tirando o seu cinto e virando Jeon de bruços.
— Você me provocou tanto essa semana. — Jimin murmurou passando as suas mãos pela as coxas alvas do mais novo e em seguida subiu a sua camisa – que o mais novo vestia – deixando a bunda do mais novo empinada para si. — Você merece um castigo.
— O que você... — Jeon foi brutalmente interrompido quando sentiu o couro do cinto ir em encontro da sua bunda. O gemido que saiu da sua boca foi tão alto que o mais novo choramingou sentindo a sua pele arder e mordeu o seu lábio para abafar os seus gemidos.
Porra! Aquilo era tão bom que Jeon queria que Jimin lhe batesse até ele chegar ao seu limite.
— Conte! — Jimin ordenou chocando novamente o cinto na bunda do mais novo.
Jeongguk gemeu choroso sentindo os seus olhos se encherem de lágrimas e contar fracamente. As cintadas continuou até o número vinte quando acabou. Jimin acariciou a bunda vermelha e inchada das cintadas e abriu as nádegas vendo a entrada do mais novo piscar. Jeon já gemia de tão sensível que estava, seu pênis estava duro e a sua bunda doía, mas tudo valeu a pena quando a língua do mais velho tocou a sua entrada fazendo Jeongguk gemer alto e se contorcer todo. Jeon levou a sua mão até os cabelos de Jimin e empurrou contra a sua bunda. Ele chupava e afundava a sua língua com vontade na entrada apertada de Jeongguk, Jimin estava sendo tão bom para Jeon fazendo ele se contorcer e gemer alto de tanto prazer. O seu estopim foi quando o mais velho passou o polegar pela a sua glande e passou a estimular somente aquela área sensível. Jeongguk gozou, gozou tão forte que sentiu a sua porra ir em encontro do seu queixo e a sua garganta doer do grito que soltou.
— Você gozou tanto. — Jimin murmurou inocentemente, recolhendo o gozo do mais novo e passando em três dedos seus. — Está tão relaxado, meu amor...
Ele murmurou passando os seus dedos pela a entrada do mais novo e sorriu ao ver o corpo dele se remexer em um espasmo. Jeongguk olhou para Jimin e o mais velho desejou mais do que tudo foder aquele garoto, o rosto dele estava destruído, os lábios muito vermelhos, as bochechas vermelhas e marcadas com as lágrimas de prazer já seca, os olhos pareciam tão cansados, mas transmitiam uma luxúria que somente Jimin tinha o prazer de ver.
— Me fode... — Jeon murmurou baixinho, segurando o rosto de Jimin e beijando ele devagar. — Por favor...
— Eu vou foder você, amor, mas tenho que te preparar primeiro. — Jimin falou fechando os olhos e se sentindo drogado ao sentir o cheiro único de Jeongguk se misturar com o cheiro do sexo.
— Me fode agora, bem fundo e com muita força. — O mais novo implorou e Jimin soltou um grunhido, tirando a sua calça e o restante da sua roupa ficando completamente nu.
Jeon se deitou e abriu as pernas chamando Jimin, o mais velho se deitou sobre si e Jeon arranhou a barriga do mais velho, cheio de gominhos e completamente sexy. Jimin se encaixou entre as pernas de Jeon e levou o seu membro ereto e duro até a entrada que piscava como se estivesse chamando por ele. Jimin se masturbou um pouco antes de se encaixar e adentrar lentamente, sentindo as paredes esmagarem o seu membro e um gemido rouco abandonar a sua boca. O mais velho masturbava Jeon que estava gemendo ao sentir o prazer na dor, Jimin começou a se movimentar lentamente gemendo baixo no ouvido de Jeon e deixando chupões por todo pescoço dele.
— Rá-rápido. — Jeon implorou e Jimin concordou em um gemido alto e passou a se movimentar mais rápido.
Naquele momento os corpos estavam suados e se moviam em quase uma única sincronia. Jimin gemeu alto ao alcançar o seu ápice e Jeongguk quase desmaiou ao ter o seu segundo orgasmo naquela noite.
Eles estavam agindo como um casal normal. Não como um dono e seu submisso. Não como um cara que escondia um segredo enorme e um garoto que não se lembrava de quem era. Eles estavam apenas agindo como um casal normal.
[•••]
Jeongguk estava quase dormindo. Jimin tinha lhe dado um banho e muito carinho, agora eles estavam ali; deitados na cama olhando para as falsas estrelas no teto do quarto que brilhavam a pedido de Jeongguk.
— Eu gosto das estrelas. — Jeon falou suspirando e abraçando Jimin.
— Eu sei disso. — Jimin sussurrou e Jeon se virou olhando para o rosto do mais velho.
— Me sinto estranho. _ Jeongguk sussurrou e Jimin lhe olhou preocupado.
— Como assim? — Perguntou confuso e Jeon deu de ombros.
— Você me conhece tão bem, sabe que gosto de estrelas, sabe que a minha cor favorita é azul e também sabe de coisas que nem eu mesmo sabia que gostava. — Jeongguk engoliu em seco e olhou para o teto novamente. — Eu não sei nada sobre você, o que eu sei é que você se chama Park Jimin, é o meu dono, foi adotado e é inteligente ‘pra caralho. – Falou em um desabafo e sentiu o colchão se mover.
— Tudo que você tem que saber é que eu te amo mais do que tudo na minha vida. — Jimin falou segurando o rosto do mais novo e beijando delicadamente. — Eu te amo tanto, Jeongguk. Eu morreria por você.
— Não fale isso. — Jeongguk falou fechando os olhos ao sentir uma dor estranha em seu peito. Ao menos pensar na possibilidade de Jimin morrer fazia com que o seu peito se apertar e uma dor horrível se espalhar pelo o seu corpo. — Eu também te amo, muito. Mas eu sinto que... que isso me impede de te conhecer melhor.
Jimin suspirou e então concordou, sorrindo para o mais novo e brincando com a franja que caía sobre a testa dele.
— O que você quer saber?
— Por que você mente para mim? — Jeon foi direto, fazendo Jimin paralisar em seu lugar e analisar o mais novo. — Por que esconde as coisas para mim? Por que não me conta a verdade?
Jimin não respondeu o mais novo, apenas se levantou e vestiu o seu robe, jogando para Jeon o dele e abrindo uma gaveta que estava bem trancada.
— O que está fazendo? — Questionou se levantando e vestindo o seu robe também.
— Vou responder às suas perguntas. — Ele falou guardando algo em seu bolso. — Calce os seus sapatos. — Ele pediu calçando os seus e relutantemente Jeongguk fez o mesmo.
Jimin segurou a mão de Jeongguk e arrastou o mais novo para fora do quarto. Viu que o corredor estava vazio e andou com Jeongguk até a porta da boate, abriu ela vendo que a mesma também estava vazia e caminhou até a outra porta, abrindo ela e puxando Jeongguk consigo. O mais novo estranhou aquele corredor, ele nunca tinha visto aquilo ali e agarrou a mão de Jimin fortemente quando ele voltou a caminhar e puxar o mais novo consigo.
— Para onde vamos? — Jeongguk questionou e Jimin parou em frente a uma porta metálica, passando a sua digital em um identificador grudado na porta.
— Irei te responder depois. — Jimin falou e se virou para Jeongguk. — Confia em mim?
— Cegamente. — Jeon não hesitou em responder e Jimin sorriu.
— Nova senha. — Ele falou alto e o identificador fez um barulho estranho.
— Modo de senha? — Uma voz robótica perguntou e Jimin puxou Jeongguk para perto.
— Identificador de voz e olhos. — Jimin responder e o identificador fez o mesmo som novamente.
— Por favor, faça a sua senha. — A voz robótica falou e Jimin deu espaço para Jeongguk.
— Faça a sua senha, diga algo e depois coloque o seu olho na lente. — Jimin instruiu e Jeon concordou.
— Park Jimin. — Jeongguk falou fazendo Jimin ri. Em seguida colocou o seu olho na lente que passou uma luz clara pelo o olho identificando.
— Senha concluída. Jeon Jeongguk, dezenove anos, nascido em Nova Seul, união Coréia no lado Subestalista, no ano de 2040, seu dono é Park Jimin e o seu histórico de vida só pode ser liberado com autorização. — O identificador falou e Jeongguk sentiu Jimin abraçar a sua cintura. — Portas abertas.
De repente as portas de abriram mostrando um elevador muito bem limpo e luminoso.
— Muito bem, tome isso. — Jimin tirou um óculos escuro do bolso e entregou para o mais novo. — Coloque, eu também tenho um. — Jimin sorriu colocando o seu óculos e arrumando o seu cabelo.
Jeongguk não questionou, colocou os óculos e entrou no elevador junto de Jimin. Jimin falou o nome de Jeongguk e as portas se fecharam, de repente o elevador começou a se mover e o mais novo segurou a mão de Jimin sentindo o medo do desconhecido. Quando o elevador parou e as portas se abriram, Jimin andou pelo o escuro que estava na frente e puxou Jeongguk consigo.
— Tudo que você vai ver agora, é para ser mantido em sigilo. Somente Taehyung, Hoseok, Seokjin, Namjoon e eu sabemos disso, bom, agora você também. — Jimin falou e Jeongguk concordou mesmo sabendo que o mais velho não veria.
Então ele abriu o que seria uma porta, uma luz invadiu o lugar e Jeongguk fechou os olhos sentindo uma dor com aquilo. Ele não enxergava, era uma luz muito forte e então deixou ser levado por Jimin.
— Abra os seus olhos, lentamente, o óculos vai lhe ajudar. — Ele escutou a voz de Jimin e concordou.
Jeongguk abriu os seus olhos lentamente e piscou tentando se acostumar com a vista. Uma cor azul foi o que ele viu, em seguida ele viu algo branco no meio do azul e ele identificou aquilo como uma nuvem. Olhou para baixo e viu que Jimin estava a sua frente lhe olhando apreensível.
— Olhe para os lados. — Ele instruiu e Jeongguk fez.
Árvores, e mais árvores era vista. Ele estava em cima de um penhasco e dali era possível ver uma extensão enorme de árvores e em alguns lugares crateras enormes. Ele se sentia claustrofóbico. Sentiu algo queimar a sua pele e logo viu que era os raios solares, um vento frio chicoteou o seu rosto lhe fazendo recuar para os braços de Jimin.
— O que...? — Perguntou confuso e se sentindo traído por pensar que todo aquele tempo esteve embaixo, pensando que nunca sentiria a luz do sol ou veria as estrelas. Mas ele estava ali, olhando o seu azulado repleto de nuvens e um sol forte. — Nunca estivemos embaixo...
— Sempre estivemos embaixo. — Jimin falou e Jeongguk se virou para ele. — Sempre existe uma entrada.
— Por que não me contou? Contou para os outros? — Perguntou confuso e Jimin beijou o nariz de Jeongguk, sentindo que o mais novo estava tremendo em seus braços e tentou lhe acalmar.
— Eu não podia, lá embaixo em meios aos meninos existem pessoas que se não estivessem puras seriam piores que o Yoongi no seu estado normal. — Jimin falou e Jeon se sentia mais confuso. — Eu não posso colocar tudo a perder, eles precisam acreditar em algo para viver.
— Por que escondeu?
— Existem pessoas muito ruins, poderosas que poderia destruir esse lugar para ter o que quer. — Jimin falou e Jeon negou.
— O que eles querem? — Perguntou tentando se manter são, mas já sentia uma dor na sua nuca subir para a sua cabeça.
— A droga do esquecimento, como vocês costumam dizer, que eu e Hoseok fizemos. — Jimin falou e Jeongguk riu.
— Dê para eles então e deixe todos viverem. — Jeongguk gritou e Jimin negou.
— Eu não posso fazer isso. — Ele falou e Jeon se afastou.
O mais novo sentia a sua cabeça pesar, a sua nuca queimava e quando menos esperou sentiu o seu corpo colidir com o chão duro.
[•••]
Ele já não estava mais com Jimin, ele estava em um lugar com muitas luzes e a sua vista estava embaçada.
— Jeongguk! — Ele escutou Jimin lhe chamar e sorriu bobo.
— Jimin! — Gritou em resposta sorrindo cada vez mais largo, as luzes agora elas dançavam para si.
— Onde você está? — Ali estava Jimin novamente.
— Não sei. — Falou em resposta. — Estou me sentindo tão leve, as luzes estão dançando para mim.
— Merda! Eles drogavam você?
Jeongguk não respondeu, ele se sentiu mais leve ainda e quando se viu estava em um outro lugar. Uma mulher vestida de branca e com os cabelos soltos lhe olhava de uma maneira maníaca.
— Eu vou matar você! — Ela gritou para Jeongguk e ele não sentia medo, ao contrário, ele sentia raiva e nojo daquela mulher. — Eu vou te destruir! Te quebrar e me banhar em seu sangue! — Ela gritou e se virou apontando para um Taehyung no canto, ele estava com muito medo e chorava chamando o nome de Hoseok baixinho. Jeongguk queria ir lá e salvar Taehyung, mas estava congelado ali. — E eu vou te matar também! Vou matar o Hoseok e vou ficar com tudo para mim! — Ela gritou e se virou para Jeongguk e dessa vez ela chorava. — Ele vai voltar para mim... ele me ama e está sendo impuro por culpa de vocês. Você corrompeu ele! Eu te odeio!
Então ela levantou uma arma e disparou contra Jeongguk. O som do tiro e a bala perfurando o seu peito fez Jeongguk abrir os olhos e encarar um Seokjin preocupado.
— Ele acordou. — Ele falou baixo, mas para Jeongguk foi como um grito fino.
Sua cabeça doía tanto que queimava. Ele passou a gritar, tudo doía em si e por mais que o movimento naquela sala fosse grande, Jeongguk se revirava em uma dor absurda que até mesmo ele começou a clamar pedindo pela a morte.
— Aplique a anestesia! — Alguém gritou e em seguida o corpo de Jeongguk relaxou, relaxou de uma forma que ele viu o céu novamente quando fechou os seus olhos.
[•••]
Jungkook encarava a chuva fraca que caía como a sua maior inimiga. Mark estava atrás de si com um pacote de biscoitos que o mesmo tinha conseguido com Jinyoung, virou o rosto encontrando o ruivo que arrumava os biscoitos em um prato.
— Não precisa disso, hyung. — Jungkook falou com a voz baixa e Mark negou sorrindo.
— Você está completando quinze anos hoje, acha mesmo que eu ia deixar passar em branco? — Mark perguntou retoricamente sorrindo largo. — Eu nunca tive uma festa de aniversário, você merece.
— Isso é estranho. — Jungkook falou se virando para falar frente-a-frente com o seu hyung.
— O que é estranho?
— Deveríamos tentar fugir daqui. — Jungkook falou e Mark suspirou. — Sei que está fazendo isso para ocupar a minha mente.
— Não se preocupe com isso. — Mark falou lambendo os seus dedos açucarados.
— Não me preocupar? — Jungkook soltou uma risada seca. — Daqui a algumas horas ele...
— Ele não vai fazer nada! — Mark gritou e Jungkook olhou para baixo. — Eu não vou deixar. — Ele falou em um suspiro baixo e abraçando o mais novo em seguida.
— Hyung... ele vai te machucar...
— Que machuque então. — Mark falou começando a chorar. — Não vou permitir que ele faça a mesma coisa que fez comigo. — O mais velho abraçou e beijou o cabelo do mais novo.
— Eu posso pedir ao Jinyoung-hyung...
— Jinyoung vai ficar no lugar dele. — Mark falou saindo do abraço e pegando uma caixa de fósforos. — Se ele ousar fazer isso ele vai ter que lidar comigo depois.
Jungkook sorriu concordando. É claro que ele sabia que Mark não estava brincando, Jungkook estava completando quinze anos, e como o senhor daquela casa vivia dizendo estava na hora de Jungkook trabalhar, e trabalhar para aquele homem era entregar o seu corpo aos homens nojentos que ia àquela casa em busca de prazer. Jungkook ainda era virgem e ele temia que o homem tirasse sua virgindade igual ele fez a Mark.
Era algo inevitável. Mas Jungkook tinha um plano, e ele desejava que o seu hyung não ficasse com raiva.
— Faça um pedido! — Mark falou animado estendendo o prato com os biscoitos e uma vela velha no meio.
— Eu amo você, hyung. — Jungkook falou sorrindo e assoprando a vela em seguida, fazendo o mais velho sorrir com os olhos repletos de lágrimas.
[•••]
Jungkook ao abrir os olhos dessa vez ele não encontrou a chuva ou o rosto juvenil de Mark. Ele encontrou o mesmo teto branco da primeira vez, olhou para o lado e viu que Taehyung estava ao seu lado lhe olhando atentamente.
— Está sangrando. — Taehyung falou e Jungkook sentiu algo escorrer do seu nariz, o mais velho dali sorriu de lado e Taehyung esticou um pano para limpar o sangue que escorria do seu nariz. — Do que se lembrou dessa vez?
— O que...? — Jungkook falou um pouco perdido e Taehyung sorriu largo.
— Acha que me engana? Eu te conheço, Jungkook. — O mais novo falou arrumando o seu cabelo e sorrindo para o mais velho. — E esses sangramentos nasais juntamente com a sua dor de cabeça só significa que você está se lembrando.
— Eu pensava que era apenas sonhos. — Sussurrou e Taehyung negou. — São minhas lembranças?
— Sim, você é forte e todo o seu corpo luta contra a droga do esquecimento. — Taehyung falou e Jungkook concordou.
— Era meu aniversário de quinze anos... — Jungkook murmurou tentando trazer as lembranças de volta. — E o Mark estava lá... ele me fez uma espécie de bolo...
Sentiu novamente uma pontada na sua cabeça e viu que o sangue saía novamente. Taehyung limpou em uma paciência extraordinária, Jungkook se perguntou se Taehyung possuía uma dupla personalidade.
— Não quero que se force a lembrar, elas vão vir naturalmente. — Taehyung falou e Jungkook concordou. — Não conte nada disso para Jimin. — O mais novo pediu e Jungkook franziu a testa surpreso.
— Por que eu não devo contar a ele? Jimin é o meu dono e acima de tudo um médico. Ele vai saber o que deve ou não fazer comigo. — Jungkook falou e Taehyung negou soltando uma risada um tanto alta demais.
— Está enganado. — Ele falou e Jungkook franziu a sua testa. — Jimin é completamente e loucamente apaixonado por você, ele moveria montanhas e mataria quem entrasse no caminho de vocês. — Ele falou jogando o pano com sangue no lixo e se sentando na maca de Jungkook. — Incluindo eu.
— Jimin não mataria você. — Jungkook falou soltando uma risada e sentiu uma pontada no peito ao ver que Taehyung assentiu.
— Ele mataria, e se pudesse, já teria me matado a muito tempo. — Taehyung falou e Jungkook suspirou olhando para o teto novamente.
— E por que ele não fez isso até agora? Por quê?! — Jungkook gritou se sentando na cama e ficando de frente para Taehyung.
— Porque você e o Hoseok nunca deixariam isso acontecer. — Taehyung falou se inclinando e dando um rápido selinho nos lábios do mais novo. Jungkook não fez nada, era como se ele esperasse por isso. — Agora vou chamar o seu dono psicótico antes que ele quebre tudo lá fora.
Taehyung desceu da maca e caminhou até a porta. Assim que o mais novo saiu, Jungkook se jogou na maca novamente e dessa vez trouxe os seus joelhos para o seu peito como se eles fossem o seu porto seguro para um outro lugar. A porta se abriu e Jungkook avistou Jimin se aproximar rapidamente, o loiro puxou Jungkook para um abraço e o mais novo rapidamente retribuiu, ele se lembrou das palavras de Taehyung e decidiu se manter calado sobre o assunto de suas lembranças.
— Fiquei preocupado. — Jimin falou com pesar em sua voz. — Muito...
— A quanto tempo você esconde isso? — Jungkook perguntou e Jimin saiu do abraço.
— Não vamos falar disso agora, você saiu ileso de um ataque que o seu corpo sofreu. — Jimin beijou a testa do mais novo.
— Você mentiu. — Jungkook falou entre dentes e Jimin fechou os seus olhos. — Me diga a verdade...
— Jungkook, se acalme. — Jimin voltou a abrir os seus olhos e alisou os braços do mais novo para em seguida tocar o seu rosto delicadamente. — Não se estresse, o seu ataque pode voltar e atingir o seu cérebro.
— Você... por quê? — Jungkook não desistiu da conversa e segurou o rosto do mais velho, fazendo com que ele lhe olhasse dentro dos seus olhos. — Me diga agora.
— Seu passado é ruim. — Jimin falou com raiva. — Muito. Tudo que eu fiz até agora foi por você, por nós, mas principalmente por você. — O mais velho respirou fundo passando as suas mãos pelo o seu cabelo. — Eu amo você, eu nunca faria nada contra você.
— Disso eu não duvido. — Jungkook alisou o rosto do loiro quando viu que ele estava bastante tenso. — Eu quero saber o porquê de nunca me contar a verdade.
— Eu não posso. — Jimin falou segurando o rosto do mais novo e lhe olhando nos seus olhos. — Você me pediu isso Jungkook... me fez prometer...
— Eu... eu nunca pedi isso... — Jungkook falou confuso e Jimin negou começando a chorar.
— Você me pediu... me fez prometer que eu nunca iria lhe contar. — Jimin falou novamente e caminhou até a porta.
— Onde você vai? — Jungkook perguntou e o mais velho respirou fundo antes de abrir a porta e sair.
— Vou beber. — Foi a única coisa que o mais velho disse antes de sair do quarto.
[•••]
Jungkook abriu a porta branca dando de cara com a boate de com escarlate. Estava vazia, tocava uma música estranha e os garotos estavam fazendo uma faxina. Jungkook se perguntava se ninguém ali sentia saudades ou se sentia sufocado ali dentro, mas eles pareciam felizes com a sua rotina. Bambam estava ali, fazia tanto tempo que Jungkook não falava com o mesmo que assim que o viu saiu correndo e abraçou o mais velho. Bambam se assustou com o abraço repentino, mas depois tranquilizou e abraçou o mais novo também.
— Quem é vivo sempre aparece. — Ele falou brincalhão e Jungkook sentiu vontade de chorar, aqueles garotos não faziam ideia nem da metade das coisas que ele sabia. — Estava com saudades suas, pensei que nunca mais te veria.
— Sinto muito. — Jungkook falou sinceramente e segurou as lágrimas quando viu o mais velho negar. — Jimin não queria me soltar.
— Ele tem a razão, nos últimos dias isso aqui tem virado uma bagunça. — O mais velho falou pegando a vassoura e voltando a varrer o chão. — Isso aqui começou a lotar de pessoas, e eu gostei disso.
— Você sabe de onde essas pessoas vêm? — Jungkook perguntou e Bambam deu um sorriso perverso.
— Eles vêm do mundo superior... — Bambam falou em uma voz tensa como se quisesse fazer o mais novo ter medo daquilo. — Estou brincando, o mundo superior não existe.
— É... ele não existe... — Jungkook falou sem saber o que realmente dizer para o mais velho.
— Até onde eu sei, são pessoas de confiança do Hoseok hyung. Eles passam por alguns testes ou são integrantes do mesmo “grupo” que ele, e o Hoseok hyung sempre deixa eles virem aqui. — Bambam explicou e Jungkook concordou sorrindo de lado.
— Entendo... bom, você viu o Mark? — Jungkook perguntou e Bambam fez um semblante triste.
— Ele foi para o quarto, nesses últimos dias Jackson anda muito estranho e tem negado ele. — Bambam suspirou tristemente pelo o seu amigo. — Mark é bem sensível.
— Estranho? – Jungkook perguntou para si mesmo e fez uma nota em sua mente de contar isso depois para Jimin. — Estou indo, Bammie. Vou pedir ao Jimin para ficar essa noite na boate, nem que seja para ficar na sala de vidro.
— Certo. — Bambam se despediu e Jungkook andou em direção a porta que dava aos dormitórios.
O mais novo passou por ela e caminhou pelo o corredor, ele foi até o quarto de Mark e abriu vendo que o mais velho estava li. Mark tinha olheiras bem visíveis em seu rosto, tirando a palidez. O que assustou Jungkook foi a quantidade de lenços sujos de sangue que estavam jogados no chão.
— Hyung! — Jungkook chamou e Mark lhe olhou.
— Jungkook? — Perguntou estranho e o mais novo trancou a porta andando até o mais velho em seguida.
— O que houve com você? — Perguntou preocupado e o mais velho olhou para a parede do quarto sem entender nada. Sua feição mudou para um bem pensativo e em seguida olhou para Jungkook.
— Eu não sei. — Assumiu perdido e Jungkook estranhou o seu comportamento. — Não tenho dormido bem.
Jungkook suspirou respirando fundo e se deitando ao lado do mais velho. Jungkook abraçou ele e inalou o seu cheiro, se sentindo revigorado e tranquilo.
— Bambam me contou o que houve com você. — Jungkook falou e Mark deixou algumas lágrimas caírem.
— Ele anda muito estranho. — O mais velho confessou tossindo em seguida. — Ele não me toca mais ou me beija.
— Sinto muito... Irei falar com Jimin depois. — O mais novo falou e Mark negou.
— Você não pode fazer isso. — Ele pediu e Jungkook lhe olhou confuso. — Jackson vai voltar ao normal... eu só preciso de um tempo... nós precisamos de um tempo.
Jungkook decidiu não estressar o seu hyung e continuou abraçado a ele. Mark parecia bem diferente daquele garoto em seus sonhos, ele estava mais bonito e um pouco mais velho. Jungkook se sentia tão bem ao lado de Mark, coisa que ele só sentia ao lado de Jimin e Taehyung. Aquilo era muito estranho, Jungkook queria muito se lembrar logo de tudo.
“Você me pediu...” – A voz de Jimin voltou em sua mente e Jungkook suspirou pensando na possibilidade do seu antigo eu ter feito Jimin prometer algo.
“O que teria de tão ruim no meu passado? ” Jungkook se perguntou e saiu dos seus devaneios quando Mark deu uma tosse mais forte e pegou um lenço passando em sua boca e em seguida em seu nariz. Jungkook se assustou ao ver uma quantidade enorme de sangue sair.
— Hyung... — Gemeu frustrado e Mark lhe olhou fraco.
— Jungkook... acho que Jackson fez algo em mim.
[•••]
Jungkook sentia a água daquela banheira velha ficar mais fria ainda. Ele estava esperando Jinyoung aparecer e era muito tarde da noite, todos naquele lugar dormiam. Menos Jungkook, ele tinha marcado de se encontrar com Jinyoung quando todos estivessem dormindo, principalmente Mark. O mais novo escutou passos e viu a sombra de seu hyung entrar no local, Jungkook viu que ele estava mais tenso que o mais novo.
— Não acredito que vou fazer isso. — Ele murmurou se aproximando da banheira e se agachando. Em seguida o mesmo fez uma concha com as suas mãos e pegou uma boa quantidade de água, derramando nos cabelos do mais novo e fazendo ele suspirar de frio.
— Eu também não queria isso... Mas é preciso. — Jungkook falou sentindo o mais velho pegar uma fragrância para lhe ensaboar em seguida, igual ele fazia quando Jungkook era pequeno.
— Eu e Mark criamos você, sabe o quão difícil isso é para mim? — Ele perguntou duro olhando nos olhos do mais novo. — Mark nunca vai me perdoar...
- Ele nunca vai se perdoar se o seu pai tocar em mim. – Jungkook falou e viu que Jinyoung ficou mais tenso ainda, o mais velho continuou a dar banho no mais novo. — Você tem que fazer isso por mim... por Mark.
— Você fala como se a atitude de se deitar com você fosse fácil!
— Agora eu sou um meretriz! — Jungkook gritou e viu o semblante do mais velho vacilar. — Estou destinado a me deitar com vários homens para agradar o soberbo do seu pai.
— Eu sei disso! — Jinyoung falou desesperado. — Eu não queria que você tivesse essa vida... — Ele falou baixo e Jungkook viu que ele estava segurando as suas lágrimas. — A última coisa que eu queria nessa vida é ver você e Mark naquele palco, se exibindo por obrigação do meu pai...
— Não se preocupe, hyung. — Jungkook abraçou o mais velho que começou a chorar. — Eu prometo que vamos fugir um dia daqui eu, você e o hyung.
— Eu desejo isso desde o dia em que eu peguei você. — Ele falou e Jungkook segurou as suas lágrimas. — Me desculpe...
— Não se desculpe. — Jungkook pediu e o mais velho limpou as suas lágrimas. — Hyung, por favor, não deixe que outra pessoa tire a única coisa boa que sobrou em mim.
— Você é uma pessoa boa, Kookie.
— Eu sou sujo, eu estou sujo a todo tempo. — O mais novo falou e segurou o rosto do mais velho. – Por favor... faça isso por mim...
— Mark nunca vai me perdoar... — Jinyoung falou desistindo de lutar contra o inevitável. O mais velho entrou na banheira e segurou o corpo do mais novo contra si. — Me desculpe...
— Não se desculpe. — Jungkook sorriu. — Estou feliz que seja com você... talvez em uma outra vida, eu tenha a minha primeira vez com quem eu realmente amo e desejo.
Notas Finais
Boa noite bebês, se cuidem pfvr. Qualquer coisa é só falar comigo por MP ou Twitter.
Tt: @daughtersope
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