História Soumis - Resgate

— Ir embora? — Mesmo que Jeon não quisesse, ele sentiu o seu peito comprimir e apertar. Era o incrível o fato de que em tão pouco tempo, ele tinha se apegado tão rapidamente a Jimin. —Por que? Vai me deixar?

— Não, é só que... Namjoon, Hoseok e Taehyung precisam da minha ajuda. — Jimin falou lentamente como se quisesse que Jungkook guardasse aquelas palavras em sua cabeça. Jeon negou dando um sorriso fraco e se afastando do mais velho.

— Eu posso ajudar também.

— Não quero você perto de Taehyung. — Jimin falou duro e frio, Jungkook estranhou aquilo, tocar no nome de Taehyung deixava Jimin mais tenso e frio. Onde estava aquele Jimin carinhoso que se preocupava com ele?

— Por que não me quer perto dele? Qual seu problema com Taehyung?

— Tirando o fato dele ser louco, nada demais. — Jimin falou dando uma risada e arrumando a manga de seu terno em seguida. — Só quero que saiba que estou indo, voltarei antes do segundo dia amanhecer. Mark estará com a sua fantasia, e lhe acompanherei na festa.

— Eu não quero ir à festa. —Jungkook falou olhando para qualquer lugar que não seja Park Jimin.

— Quero que vá Jungkook, e espero que seja um bom menino e me obedeça. Acima de um amante, eu sou o seu dono.— Jimin se aproximou e segurou o rosto de Jungkook delicadamente, virou o rosto dele em sua direção e sorriu ao ver as pálpebras carregadas de delineador e brilho. As bochechas do mesmo não estavam diferentes, a pele alva marcada em um tom rosado que era tão discreto, os adesivos de estrela que ficavam colados nas maçãs de suas bochechas, os lábios rosados brilhosos que sempre foi tão atrativos à Jimin.

— Não prometo nada. — Jungkook sussurrou e Jimin se inclinou colocando a sua testa com a do mais novo, eles eram quase da mesma altura o que facilitava em tudo para eles.

— Eu sei que vai. — Jimin sussurrou roçando os seus lábios pela a bochecha do garoto, Jeon fechou os olhos sentindo os lábios carnudos do mais velho passear pela as suas bochechas e descer para a sua mandíbula. Era bom aqueles toques e como Jungkook era curioso demais, como sempre, ele queria mais.

— Seu ego um dia te matará. —Jeon falou e o mesmo soltou uma risada.

— Você será o motivo de minha morte Jeon, já não me vejo sem você.

— Quando foi que eu me tornei tão importante para você? — Jungkook perguntou e viu que os ombros de Jimin endureceram. O assunto parecia ser muito delicado já que deixava Jimin tão tenso.

— Por que tem essa curiosidade toda Jungkook? — Jimin perguntou se afastando do mais novo que deu de ombros e suspirou.

— Por que você ficou tão tenso quando toquei nesse assunto? — Jeon jogou na mesma moeda e Jimin mordeu os lábios, passando suas mãos pelo o seu cabelo em seguida. — O que tem de tão ruim que não posso saber o meu passado? — perguntou e Jimin se afastou indo até a porta rapidamente. —Jimin!

— Te vejo na festa, Jungkook. —Jimin falou antes de abrir a porta e ir. —Espero que esqueça esse assunto.

E partiu, fechando a porta bruscamente e deixando seu amado para trás, confuso e entorpecido em seus pensamentos.

[•••]

Jimin caminhou entre aquele mar de gente perfumada com tranquilidade. Era tão fácil se esconder entre aquela sociedade da Base Um. Pessoas elegantes, refinadas, bonitas e ricas viviam ali. As cores brancas e pretas enfeitavam a cidade quase subterrânea, temos nos altos prédios que mostravam comerciais de uma vida perfeita em um lugar perfeito. Aquilo parecia um perfeito conto de fadas, o único lugar no mundo inteiro que não estava poluído e a tecnologia era a engenheira de quase tudo ali.

— Nojentos! — Jimin escutou Taehyung reclamar ao seu lado. O mais velho virou o seu rosto encarando primeiramente os cabelos alaranjados recém pintados de Hoseok, o terno branco e bem alinhado que seu irmão vestia fazia o mesmo arrancar suspiros da pessoas na rua. Hoseok segurava fortemente a cintura de Taehyung, se Jimin não conhecesse o garoto louco e psicopata de Hoseok, ele poderia dizer que o garoto estava a personificação do pecado, perdendo apenas para Jungkook.

O cabelo pintado de loiro, as lentes de contados azuis, uma roupa preta que consistia em uma calça de couro e um suéter, e o blazer do terno que Hoseok por cima dos ombros. Quem visse Taehyung nunca diria que ele era um mundano.

— Por que nojentos, TaeTae? —Hoseok perguntou jogando o cabelo para trás e sorrindo ao ver que um bando de garotas vestidas com uma farda (que Jimin suspeitava que fosse de alguma escola da Blued) soltaram alguns gritinhos animadas.

— Essas garotas puras nojentas. — Taehyung resmungou e Hoseok soltou uma risada. — Puras só tem a raça porquê o resto é tudo fogo debaixo dessas saias.

— Não precisa ficar com ciúmes meu garotinho. — Hoseok fala dando uma risada e olhando para Taehyung. —Você sabe que a única pessoa que eu fodo aqui é você.

— E o Suga-ssi.

— E o Suga-ssi. — Hoseok afirma e Jimin solta uma risada. Ele sabia que Hoseok nunca iria dizer não para Taehyung, talvez para o antigo Taehyung sim, mas esse não. Esse louco, sociopata e sanguinário Taehyung não iria aceitar um simples "não" da boca do seu amado, ele enlouqueceria no máximo.

— Não acredito que trouxe Taehyung. — Jimin falou e Hoseok o encarou, sorrindo sádico e negando.

— Você nunca viu Taehyung em ação, com raiva o meu gatinho consegue quebrar qualquer pescoço.

— Inclusive daqueles que pegaram o meu docinho. — Taehyung solta uma risada maléfica e mesmo inconscientemente, Jimin sentiu um frio de medo e nervosismo subir pela a sua coluna. — Eles não podem pegar o meu docinho e ficar impunes desse jeito. Ah... Eles vão me pagar, nunca gostei de dividir meus brinquedos com ninguém.

— Nem mesmo com Jungkook ou Ma-

— Eles são uma excessão hyung, e você sabe muito bem disso. —Taehyung fala olhando para Jimin e sorrindo malicioso. — Dou o meu céu por eles e aceito o inferno deles.

— Você não deve nada a eles Taehyung. Fique longe, eu sou o dono dele agora e Jackson tam-

— Jackson sabe muito bem de quem estamos falando, Jimin. — Hoseok o interrompe e sorri para o irmão. —Jackson é diferente de você, ele não tem um ciúmes doentio.

— Eu nunca vou engolir isso. —Jimin falou falou decidido e os três pararam em um beco.

— Engula a minha porra então. —Taehyung falou irritado e entrou no beco.

Jimin seguiu Taehyung irritado, escutando a risada do irmão mais velho. Jimin viu o caminho ficar cada vez mais escuro, úmido e frio. Era uma parte em que os habitantes da Base Um nunca entraria, porque isso seria quebrar as regras e desafiar o ser maior dali, mas como sempre existia os rebeldes e Hoseok e Jimin eram uns. Viram a parte de uma placa escrita "PROIBIDO PASSAR" quebrado. Ambos passaram pela a grade e caminharam um pouco, até achar uma parede que mostrava o fim do caminho. Hoseok se aproximou e começou a puxar as lascas da parede fazendo o reboco cair, aos poucos tudo indo caindo, a tinta velha e o cimento já mole pelo o tempo ajudou a tirar toda aquele reboco. Quando terminou as unhas de Hoseok sangravam intensamente, mas nenhum dos três ali se importou. Eles tinham algo mais sério para fazer.

Hoseok o puxou uma pequena portinha de aço que mostrava um painel pequeno. Hoseok fechou o punho e bateu fortemente contra o painel, o mesmo brilhou alto e mostrou todas as configurações em seguida. Depois de alguns minutos reiniciando, Hoseok digitou a senha e um porta repleta de poeira e mofo se abriu. Taehyung foi o primeiro a entrar, mostrando que não tinha medo de fazer aquilo, Hoseok o seguiu e logo atrás foi Jimin. Que tinha a missão de fechar a porta, já por dentro Jimin ligou outro painel, digitou a senha e fechou a porta.

— Luz! — Hoseok gritou e as luzes se acenderam automaticamente. Os antigos computadores do laboratório dos irmãos começaram a funcionar novamente e uma onda de nostalgia atingiu Jimin, fazendo ele se sentir enjoado e desejar sair correndo dali como um covarde e voltar para os braços de Jungkook.

— Sente saudades Jimin? —Taehyung perguntou irônico e Jimin engoliu em seco.

— Nenhum pouco. — Murmurou. Taehyung soltou uma risada e se sentou na antiga cadeira de Hoseok.

— Uhn... Foi aqui que Hoseok me escondeu, bons tempos, ele sempre me fodia contra essa mesa. — Taehyung bateu contra a mesa do computador e Hoseok soltou uma risada.

— Realmente... Acho que aqui aconteceu uma das nossas melhores transas. — Hoseok afirmou e Jimin fez um som de vômito.

— Eca! Vocês dois se merecem, dois nojentos. — Jimin fala, tirando o seu blazer e jogando ele na antiga cama.

— Vai me dizer que não está querendo foder com o Jungkook? —Hoseok perguntou e Jimin revirou os olhos. — Está na sua cara que o que você mais quer é possuir o garoto.

— Sou paciente com Jungkook. —Jimin murmurou e Hoseok negou. — Da logo para você agilizar o seu trabalho? Eu não posso ficar e nem me atrasar para a festa da boate.

— Com medo da concorrência, hyung? — Taehyung perguntou soltando uma risada.

— Não mesmo Taehyung, quem devia ter medo é você. Quem vai ficar com um louco vadio? — Jimin falou vendo o garoto sorrir malicioso e levar os dedos até a boca, chupando eles e soltando em seguida, um sonoro "pop" soou pelo o local. O bom de Taehyung, era que o mesmo nunca se ofendia com nenhuma acusação ou ofensa.

— Vadio profissional. — Ele falou e Hoseok caminhou até o seu computador.

— Chega Taehyung... Não temos muito tempo, Jinyoung vai cortar o sinal da Blued por mais ou menos vinte minutos. Namjoon já está infiltrado na empresa como se fosse fazer uma entrevista de emprego.

— Namjoon vai cagar o plano todo. — Taehyung falou negativo e Jimin negou. — Ele sempre tem que cagar algo.

— Ele vai conseguir. — Jimin falou confiante e sorriu para o mais novo. —Para quem quer o seu "docinho" você parece bem negativo em relação a salvar Yoongi.

— Sou realista, Jimin hyung. —Taehyung falou e deu uma risada. —Estamos falando do Namjoon, ele vai ter que fazer alguma merda.

— Espero que não...

— Jinyoung vai passar para o meu computador todos os sinais das câmeras de seguranças da Base Um. —Hoseok fala e Jimin corre até o seu computador, ligando ele ao de Hoseok para ter também acesso as imagens.

— Jinyoung nunca trabalha de graça. O que ele quer dessa vez?

— Kunpimook. — Hoseok falou facilmente e Jimin o encarou.

— Jungkook tem um grande laço com Bambam.

— Pare de pensar só no Jungkook, Jimin. — Taehyung falou irritado e Jimin rosnou. — Você está sendo um egoísta, Kunpimook estava a tempos procurando um dono e agora ele encontrou. Deixa de ser egoísta e pense menos no jungkook.

— Calados! — Hoseok rosnou e voltou o seu olhar para a tela do computador. — Jimin atenção, teremos apenas dois minutos para encontrar o Namjoon nas câmeras. Ele será o nosso ponto de partida. — Hoseok falou e Jimin assentiu olhando para a tela e forçando a sua vista. — O sinal liberado em três... Dois... Um... Agora!

Foi rapidamente quando dezenas de imagens apareceram na tela dos computadores. Jimin olhava atentamente cada imagem, tentando encontrar Namjoon, foi quando viu uma sombra negra com um pirulito na boca parado no beco ao lado da empresa da Blued. A tela se apagou e jimin se levantou rapidamente.

— Conseguiu achar ele? — Hoseok pergunta e Jimin assenti.

— E você?

— Não foi tão dificil. — Deu uma risada e Jimin riu junto.

— Argh! Que papo de nerd. —Taehyung falou e caminhou até uma parte da sala. Ele abriu o compartimento e sorriu ao ver as luzes acenderem e iluminar as armas ali. —Meus bebês. — Falou de forma manhosa e abraçou as armas.

— AK-47 é minha. — Hoseok correu até a área e Taehyung pegou uma pistola e um fuzil em seguida.

— Ah... O tempo foi generoso com a minha filha. — Taehyung falou pegando a arma e alisando.

Jimin revirou os olhos e se aproximou, tirou a sua camisa e o restante da sua roupa. Os outros dois não ficaram para trás e começaram a tirar as roupas também. Em minutos todos estavam vestidos uma roupa negra blindada. Jimin pegou o seu fone e ligou ao seu capacete, pegou a sua primeira arma que tinha ganhado de Namjoon. Era uma espingarda banhada em prata que fazia um belo estrago. Pegou a sua munição e carregou bem a sua arma, e guardou o resto da sua munição. Olhou para Taehyung que pegava outro fuzil e carregava a mesma, Hoseok estava completamente vestido e armado.

— Jinyoung está me dizendo que temos apenas cinco minutos, até acabar com toda energia da Blued.

— É o suficiente, pronto? — Jimin perguntou e o outro sorriu largo, batendo no próprio peito orgulhoso.

— Nasci pronto. — Ele se aproximou do mais novo e beijou o mesmo, fazendo o loiro soltar uma risada e bater no peito dele em seguida. — Meu gatinho terminou?

— Estou pronto para estourar algumas cabeças. — Taehyung falou animado como uma criança que ganha presente no natal.

— Okay, vamos passar o plano. Você e o Namjoon, irão subir no prédio e atirar em todos os guardas que passarem pelo o pátio. Assim o resgate do Yoongi será mais fácil, enquanto o Namjoon estava lá dentro, o mesmo armou algumas bombas e na hora certa vocês vão explodir. — Hoseok falou e os outros dois assentiram, atentos as palavras do mais velho. — Jimin e eu vamos direto para baixo. Vamos resgatar o Yoongi e fugir o mais rápido possível. — Hoseok finalizou e se virou para o mais novo. — Taehyung... Se eu e nem Jimin voltarmos, você voltará com o Namjoon e cuidará da boate.

— Como se fosse fácil te escutar. — Taehyung soltou uma risada e puxou o mais velho pelo o colete. — Se você ficar preso lá dentro, eu irei também. Não tenho uma vida sem você.

— Tae...

— Vamos logo porra! Vai dar certo! — Jimin fala irritado e Hoseok assente.

— Sim... Vamos ter fé... Vai tudo acabar bem.

Jimin vestia um longo sobretudo negro, as armas carregadas atrás de si, mas precisamente em sua cintura. Taehyung vinha atrás juntamente com Hoseok, ambos subiram o prédio vizinho ao prédio da Blues subiram até o terraço e arrumaram as armas em conjunto. Taehyung não parava de chupar o pirulito e de se insinuar para Hoseok, aquilo já estava dando Jimin nos nervos.

— Se você não percebeu estamos em uma missão muito importante e perigosa Taehyung, não temos tempo para ficar se insinuando para Hoseok. — Jimin falou bufando alto e terminando de carregar a arma de Namjoon.

— Aish... Eu sei que estamos em uma missão importante, idiota. Viemos resgatar o meu doce brinquedinho. —Taehyung abraçou os ombros de Hoseok e tirou o pirulito da boca. —Sejamos realistas Jimin, essa não é a primeira e nem a última vez que iremos enfrentar a Blued, ao contrário... Estamos bem longe de colocar um fim nisso tudo.

— Não fique com pensamentos negativos, Taehyung. — Namjoon chegou no terraço carregando consigo um controle em suas mãos. Ele também tinha pintado os cabelos para se "misturar" entre os riquinhos egocêntricos da Base Um. — Onde está aquele Taehyung alegre e sorridente?

— Oh Namjoon-hyung, você devia saber que esse Taehyung a essa hora deve estar queimando no inferno. —Taehyung tirou o pirulito da boca e jogou no chão. — Aquele Taehyung está morto.

— Gostaria de reviver ele. —Namjoon falou irônico e Hoseok enviou um olhar mortal para o mesmo.

— Você não ousaria — Hoseok puxou Taehyung pela a cintura e o abraçou. —, gosto mais do meu Taehyung assim.

— Você se apaixonou pelo o Taehyung mundano, Hoseok. —Namjoon interferiu e Jimin deu uma risada alta.

— Hoseok se apaixonou por todas as faces de Taehyung. O mundano que ele foi e o psicopata sádico que ele é agora.

Namjoon negou e se aproximou analisando as armas. Ele balançou o controle no ar e suspirou antes de falar: — vocês têm exatamente cinco minutos.

Jimin se levantou e Hoseok veio logo atrás de si. Era uma missão arriscada, sigilosa e perigosa, qualquer movimento falho e eles estariam nas mãos da Blued. Jimin segurava em suas mãos a sua arma enquanto Hoseok cantarolava uma música clássica antiga de ação. Ambos saíram do prédio e olharam para cima discretamente, vendo Taehyung acenar para eles enquanto se apoiava em sua arma. Por um momento todos pararam, Namjoon levantou a sua mão em que tinha o controle e apertou.

Boom!

O som ecoou pelo o lugar assim como os destroços, a parede foi destruída e o fogo começou a dominar no local. Jimin correu para dentro e viu o hall principal do prédio. Aquilo lhe dava arrepio e ele viu que não era o único a sentir aquilo, Hoseok estava com tanto medo quanto ele mesmo. Quando ambos entraram no prédio sairam atirando em qualquer pessoa que entrasse na frente deles, ambos corriam para o lugar em que eles sabiam de cor, o porão do prédio. Ambos correram em direção a escada em que levava ao acesso, logo vieram os sons de tiro do lado de fora e Jimin sorriu ao perceber que Taehyung e Namjoon já tinham começado a parte deles. Matando tudo e todos que ousasse entrar no prédio.

— Pronto? —Jimin perguntou dando uma risada fraca ao parar em frente a porta metálica com o símbolo da Blued. A maldita estrela azul com o trovão lhe cruzando.

— Você sabe que sim irmãozinho. — Hoseok respondeu irônico e Jimin pegou em sua bolsa uma pequena bolsa. Colocou ela na porta e ele e Hoseok se afastaram. Apertou o pequeno botão em seu bolso e a porta explodiu. Hoseok correu e chutou a porta fazendo com que ela caísse e o som do alarme de incêndio soar pelo o lugar. Ambos entraram no local com as armas em punho e procuraram o quarto certo. Eram vários quartos mas todos vazios, e quando encontraram Yoongi.

Ah... Jimin desejou nunca ter visto aquilo, doía em si imagine como Hoseok estaria agora. Yoongi repousava na cama como um defunto, a pele mais branca que o normal, os cabelos antes que eram verdes agora estavam branco que parecia se misturar com a sua pele. Enormes curativos rondavam o seu pescoço assim como a marca de choque em suas têmporas, um tubo de soro ao seu lado se ligava em um fio a sua veia. O seu corpo estava nu e as marcas de agressões, corte e pontos estavam por todo o seu corpo.

Eles haviam torturado Yoongi da pior forma possível.

— Hoseok... — Jimin chamou ele quando viu o mesmo estático na porta.

— Eu não consigo, Jimin.

— Não consegue o quê, Hoseok? —Jimin segurou seus ombros virando ele para si. Hoseok deixou algumas lágrimas caírem e escorrerem pelo o seu rosto, o mesmo se segurou no irmão mais velho como se pedisse ajuda.

— Eu não consigo, Jimin... Eu não consigo tocá-lo... E se ele estiver... Morto? — Hoseok perguntou e Jimin sentiu um arrepio passar pelo o seu corpo. Ele engoliu em seco e negou.

— Ele está vivo.

— Mas e se ele não estiver?! —Hoseok gritou e soltou Jimin se aproximando de Yoongi. — Olhe para ele Jimin... Ele parece tudo, menos vivo.

O loiro revirou os olhos e correu até o mais novo, ele colocou os seus dedos no pulso de Yoongi e viu ali que o mesmo ainda vivia. Sem esperar por Hoseok tirou a agulha da veia do mais novo e o pegou no colo. Ele se virou para Hoseok que encarava Yoongi, ele se aproximou dele e beijou a testa do mesmo.

— Vou me vingar de todos, meu amor. — Falou docemente com Yoongi e Jimin tremeu.

Ele imaginou Jungkook naquela situação... E de como ele não aguentaria.

— Vamos Hoseok... Não temos muito tempo. — Jimin falou e Hoseok assentiu pegando a sua arma e saindo do quarto.

Jimin o acompanhou segurando o corpo inerte de Yoongi com força e acompanhou Hoseok pelo o corredor, ele escutou passos e se virou para trás vendo que em breve eles teriam companhia.

— Rápido Hoseok... Eles estão vindo. —Jimin falou e Hoseok sorriu puxando a grade de um corredor de ar.

— Irei passar e quando eu chegar ao outro lado você coloca o corpo do Yoongi. — Hoseok falou e Jimin assenti, viu o irmão entrar no minúsculo corredor de ar e escorrer até o outro lado, ele escutou o assovio e colocou o corpo de Yoongi em seguida, deu um empurrão e o corpo do mais novo escorreu.

Quando viu que era a sua vez de ir escutou som de passos de salto e virou o rosto. Vendo a mulher ofegante chegar até ali e o olhar como se visse uma assombração.

— O meu Deus... Jimin... É você?

O loiro engoliu em seco e assentiu antes de arrumar o seu corpo e ficar frente a frente com a mulher que tanto temia.

— Olá Seulgi.

[•••]

Jungkook olhava Mark passar o lápis de olho em sua sobrancelha. Ele vestia a sua fantasia e odiava a escolha de Jimin, ele se sentia um prostituto barato se assim podia dizer.

— Ah Kookie... Está lindo. — Mark falou terminando de maquiar o mais novo. Jungkook olhou pela a quinta vez naquela noite. O mais velho vestia um short curto que acompanhava um rabo de raposa, uma camiseta social branca com botões alaranjados e um sobretudo também alaranjados. Ele tinha uma maquiagem suave em seu rosto e ele tinha adesivos especiais para aquela noite, as orelhinhas na tiara entre os fios loiros de Mark o deixava mais adorável do que o normal.

— Você que está lindo, hyung. —Jungkook murmurou e Mark negou colocando os adesivos habituais de estrelas em suas maçãs do rosto.

— Jungkook, você está vestindo uma fantasia de... — Mark olhou para ele e sorriu. — um ajudante de papai noel bem sexy e dark.

Jungkook revirou os olhos e olhou para a sua roupa, ela não passava de uma blusa preta colada cheia de brilho, um short curto de couro e um par de meias com estampas de luzes de Natal. As orelhas de gnomos enfeitava a sua orelha e o chapéu caído a sua cabeça. Ele estava ao limite do ridículo.

— Estou ridículo, vão rir de mim. —Jungkook murmurou e Mark soltou uma risada.

— Eles não teriam a coragem. Você é o submisso de Jimin, nem olhar para você eles teriam coragem. —Jungkook viu Mark suspirar e sorrir largo em seguida. — Terminei!!

Jungkook correu até o seu espelho e viu que Mark não tinha brincado em serviço naquela noite. Jungkook se sentia bonito, sexy e poderoso naquele momento, até mesmo naquela fantasia ridícula. Ele estava muito... Bonito.

— Obrigado, hyung. — Ele agradeceu e Mark negou dando um sorriso.

— Bem... Vamos para a boate, a festa já deve ter começado e Jimin pode chegar a qualquer momento.

— Você quer dizer que o seu dono pode chegar a qualquer momento. —Jungkook deu um tom de brincadeira na sua voz e viu Mark corar fortemente.

— Ya! Me respeite seu moleque! —Mark puxou Jungkook que ria e saiu pelo o corredor.

Ambos chegaram na boate ofegantes e viram que a festa já tinha começado. Todos estavam muito felizes e animados, e Jungkook pela a primeira vez percebeu o que aquilo significava para aqueles meninos. Significava a alegria e a paz que todos sentiam unidos. Todos tinham o mesmo passado talvez o mesmo destino, mas naquele momento todos tinham uma coisa em comum.

Ser feliz e ser amado. E Jungkook queria aquilo, pela a primeira vez desde que chegou ali, Jungkook desejava ser feliz e desejava que Jimin o amasse.

— Ya! O Jackson chegou Jungkook. — Mark falou animado e arrumou a camisa social em si. — Estou bonito?

— Está lindo, hyung. — Jungkook falou sincero e Mark sorriu largo.

Jungkook sentia que podia ver aquela sorriso por dias. Mark lhe passava uma segurança que ninguém tinha passada para si.

— Olá meninos. — Jackson falou se aproximando dos dois e ganhando um sorriso largo em resposta. — Oi meu amor.

— Jackie. — Mark abraçou o loiro forte e o soltou em seguida. — Estou bonito?

— Está mais do que bonito, meu amor. — Jackson revelou como se fosse um segredo, fazendo Mark soltar uma risada baixa. — Enfim... Irei levar Mark para dançar um pouco Jungkook, espero que não se importe.

— Por que ele se importaria? —Mark perguntou soltando uma risada baixa. — Deixa de ser bobo e venha dançar comigo.

Mark saiu puxando Jackson para dançar no meio daquele povo e Jungkook se aproximou do bar na qual ajudava Mark nos outros dias. No seu lugar tinha Jin que parecia feliz em atender todos ao seu redor. Jungkook se sentou e sorrio fraco para o mais velho.

— Gostando da festa Kookie? Damos ela somente uma vez no ano e sempre damos o nosso melhor para que saia perfeita. — Jin falou e Jungkook assenti, sendo que estava mentindo, mas ele queria agradar o mais velho que parecia bem feliz ao ver aquilo. — Ya! Está mesmo fantástica.

— Realmente... — Jungkook murmurou e viu a fantasia de Jin. Ele estava vestido com uma calça jeans de couro, uma camisa social e em sua cabeça tinha longas orelhas de coelho. Jin estava tão adorável que Jungkook sentia inveja. Ele não chegava a ser fofo em sua fantasia.

— Jimin mandou lhe dizer que está esperando você no escritório dele. — Jin falou e Jungkook deu de ombros se levantando caminhando até a porta de cor escarlate.

Quando abriu a mesma a única coisa que viu foi uma imensa escuridão e a porta ss fechando bruscamente atrás de si. Se assustou e quando tentou andar para trás sentiu o seu corpo se colidir com algo e uma respiração baixa no seu pescoço.

— Sentiu a minha falta amor?