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História Soumis - Verdades Sejam Ditas


Escrita por: hoseokao

Notas do Autor


Oi! Bem-vindos ao primeiro capítulo da segunda parte da fanfic. Espero que todos estejam bem confortáveis, bem alimentados, pois estamos dando um passo muito grande.

Boa leitura e desculpem os erros ♥

Capítulo 20 - Verdades Sejam Ditas


Jimin encarou a face de todos os garotos ali e de repente se sentiu fraco. O pior ser humano possível. Tinha prometido a eles, àqueles garotos, antes de abandonarem suas vidas passadas e aceitar a nossa vida, que protegeria eles de todo o mal e que nunca sofreram novamente. E agora, olha só onde eles estavam, em meio a uma guerra, banhados de sangue de seus amigos e estão sobrevivendo a migalhas de esperança de que não morreram.

— Ele era um bom menino. — Seokjin falou em meio ao mar de silêncio.

Todos estavam no bunker de segurança, ainda incrédulos com tudo que tinham passado. Agora estavam fazendo a contagem e viram que restou apenas vinte dos seus garotos, o restante estava morto. Agora faziam as homenagens aos mortos, depois Namjoon levaria os corpos para serem enterrados.

— Bambam não devia ter morrido. — Yugyeom falou alto, sem se controlar e começou a chorar. — A gente estava no mesmo caminho, íamos nos salvar, mas aí ele lembrou do Mark e voltou...

— Mark também não está aqui. — Comentou um outro menino. — Nem Jeongguk, nem Taehyung.

— Os corpos deles não foram encontrados, assim como os corpos de alguns garotos. — Seokjin se levantou e caminhou até o pequeno grupo, que estava encolhido com medo. — Tenham esperança, podemos encontrar eles ainda.

— Encontrar eles? — Minhyuk, um dos meninos, falou alto e em seguida deu uma risada seca. — A gente nem sabia que isso podia acontecer, na verdade a gente nem sabe porque estamos aqui! O que estamos fazendo! — o garoto se levantou e caminhou até Hoseok, que estava ao lado de Yoongi sério demais. — Hyung, por que deixou isso acontecer?!

— Você acha mesmo que eu queria isso, Minhyuk? — Hoseok não mediu o tom da sua voz.

— Poderia ao menos ter nos avisado. — O garoto voltou a chorar e Seokjin se levantou para apanhar ele; o mais velho era o que mais sofria. Tinha todos os meninos em seu coração como filhos, e agora a metade eles tinham sido levados de sua vida de uma forma tão cruel.

Seokjin queria chorar, se machucar e correr para os braços de Namjoon em busca de algum consolo, mas ele sabia que tinha que ser forte. Ele sabia de tudo, tinha a consciência de que aquilo - o massacre - poderia acontecer um dia, agora ele tinha o trabalho de consolar os seus meninos que não tinham a mínima ideia do que estava acontecendo.

— Nós não queríamos avisar vocês. — Jimin falou atraindo o olhar de todos os meninos. — Trabalhamos a nossa juventude toda ao lado dessas pessoas que nos atacaram. Sabemos bem com quem estamos lidando.

O homem se levantou e caminhou até os corpos mortos, que estavam cobertos por vários lençóis brancos. Se abaixou e suspirou, sem em nenhum momento mudar a sua feição. Jimin estava sério demais, pensativo demais.

— Tiramos vocês das ruas, da podridão que era a vida de vocês antigamente. — Jimin olhou para cada rosto confuso. — Vocês tinham uma vida infeliz, alguns estavam morrendo; tanto de fome como de doenças. Eu falei que tiraria vocês daquela vida e daria uma vida boa, sem nenhuma dor, se me dessem algo em troca.

— O que demos? — Um garoto, o mais novo dentre eles, perguntou curioso.

— Suas vidas. — Jimin sorriu fraco e olhou para o irmão. — Acho que está mais do que na hora de vocês saberem a verdade. Eu quis brincar de rei com o meu irmão, desafiei uma sociedade e agora estamos pagando o preço, mas não vamos nos abater vamos nos erguer e mostrar quem nós somos. — Jimin viu um sorriso pairar sobre os lábios de Hoseok que segurava a mão de Yoongi. — Vamos mostrar o poder do nosso império.

— Como vamos mostrar isso? — Namjoon questionou. — Não temos mais nada, Jimin, perdemos tudo.

O mais novo encarou o irmão e o mesmo confirmou, algo que apenas eles tinham o conhecimento, mas que agora não deveria ser apenas deles.

— Está errado. — Jimin corrigiu o homem que tinha como o pai e viu ele lhe questionar com o olhar. — Durante esse último ano…

— Jimin e eu reunimos algumas pessoas e temos outras em mentes. — Foi só Hoseok terminar a fala que Jin se levantou e negou com a cabeça veemente.

— Você não vão subir.

— É a nossa única chance.— Jimin falou lentamente.

— Vocês estão jurados de morte lá!

— Não temos outra escolha. — Hoseok quase gritou e Namjoon saiu do seu lugar para acalmar o filho. — Temos que nos unir contra a Base Um! Se eles pegam a IA estamos ferrados!

— Esperem! — Minhyuk gritou e se levantou, chamando a atenção dos seus hyungs. — Expliquem para a gente o que está acontecendo. — O silêncio reinou. — Agora!

— Ele tem razão. — Yoongi falou e olhou para o namorado. — Vocês tentaram e conseguiram por um tempo proteger a todos nós, mas agora não podem mais. Tem que dizer a verdade.

Jimin olhou para todos os rostos e suspirou, concordou e tomou a frente pronto para dizer tudo.


—x—


Jeongguk sentiu uma dor forte em sua cabeça, mas não abriu os olhos. Não pelo o fato de não querer, mas sim por não conseguir, sentia algo pesar sobre eles. Respirou fundo tentando se lembrar do que tinha acontecido e sentiu vontade de chorar.

Viu Mark quase morrer.

Viu Bambam morrer.

E agora eles tinham sido levados para algum lugar. Jeongguk queria poder abrir os olhos e ter uma noção de onde estava, queria saber se Taehyung e Mark estavam ali também e em pensar na possibilidade de eles estarem mortos destruiu o Jeon.

— Ele acordou. — Uma voz masculino soou no local e o mais novo passou a respirar cada vez mais descompensado. Estava com medo. — Imobilize ele.

Jeongguk tentou mover os seus braços, mas em seguida sentiu os seus braços e pernas serem presos por quatro pares de mãos diferentes. O local era bem reservado e Jeongguk acreditava estar usando apenas alguma parte íntima, pois o seu corpo se arrepiava com cada passagem de ar dali.

— Leve ele para junto do outro corpo. — Foi o que ele falou novamente.

— Quem são vocês? — Jeongguk conseguiu falar, mas ninguém responder. O lugar onde estava deitado começou a se mover e o rapaz se desesperou, começando a mover suas mãos e pernas pensando que aquilo podia libertar. — Quem são vocês?! Me soltem!

A paciência já tinha ido embora, agora Jeongguk estava gritando a todo vapor, coisas que ele acreditava apenas escutar, já que por mais que gritasse ninguém parava de mover ele ou falava alguma coisa. De repente parou e em seguida ele conseguiu escutar com clareza algo sendo teclado, em seguida som de algo se abrindo e de repente a audição do rapaz foi banhada com várias vozes e sons de pés andando livremente. Aquilo desesperou ele, o que realmente estava acontecendo?

— Vamos começar? — Alguém perguntou e em seguida Jeongguk se sentiu sendo levado, até parar novamente. — Com quem começamos?

— Com o primeiro. — Uma voz feminina desconhecida falou. — Deixem o segundo mundano para depois, ele é o mais importante.

— Vamos começar.

Jeongguk sentiu algo ser finalmente tirado de seus olhos e observou ao redor, vendo que estava em uma sala branco, muito parecida com a sala de cirurgia de Jimin. Estava cheia de pessoas e mais pessoas, e ao olhar para o lado encontrou um corpo deitado em uma maca, assim como ele acordado.

— Mark? — Chamou incrédulo e o mais velho olhou para ele assustado.

— Jeongguk? — Ele questionou como se estivesse segurando as lágrimas. — O que está acontecendo?

— Eu...

O mais novo não conseguiu responder, já que um homem - em meio aquelas pessoas - tomou a frente e chamou a atenção dos presentes ali.

— Bom, vamos começar com o nosso teste número trinta e cinco. — Ele começou e Jeongguk engoliu em seco. Teste? — Eu tenho uma teoria que pode dar muito certo e que faz o total sentido... Eu estudei bastante e-

— Fale logo, garoto, não temos o dia todo. — Um homem velho e gordo falou.

— Certo, todos mundo aqui sabe que não tem como identificar o local e consequentemente retirar a IA PMJH038 sem matar o hospedeiro e em seguida a IA se autodestruir. — Ele tirou um amontoado de papeis de si e começou a ler baixinho. — Ah sim... a minha teoria é que talvez se usássemos um método de tortura bem forte a IA não aguente e se retire sozinha do corpo do hospedeiro. Assim ela não se sente ameaçado, igual quando tentamos retirar ela a força, e não se destrua.

— Isso nunca vai acontecer. — O homem gordo deu uma risada e todos ali acompanharam ele, como se ele fosse o chefe. — Estamos falando de uma IA, uma Inteligência Artificial, uma IA altamente inteligente, não estamos falando de um parasita que se gruda em seu hospedeiro e torna parte dele.

— E se for isso? — O garoto parecia bem confiante em relação a sua teoria e parecia desesperado para que todos ali acreditassem nele. — Não conseguimos localizar a IA talvez pelo fato dela se tornar parte...

— Por favor, tirem ele daqui. — A voz feminina voltou a soar e Jeongguk procurou por ela, mas não encontrou.

— Mas... Dama...

— Agora!

Algumas das pessoas tentaram tirar ele dali, mas o garoto começou a se debater e gritar.

— Por favor, eu já fiz isso antes e acho que deu certo! — Ele gritou.

— Parem. — A voz feminina mandou. — Como assim "eu já fiz isso antes"?

O garoto engoliu em seco e Jeongguk notou o quão pálido ele era, assim como todos ali.

— Aquela rapaz, que os guardas trouxeram na última batida. — Ele abaixou a cabeça. — Eu usei ele como teste.

— O que?!

Eu queria testar a minha teoria, usei vários métodos de tortura nele e o mais eficaz foi o de choque. — O garoto se aproximou da maca de Mark, que se assustou e começou a debater, chorar e implorar para sair ali, mas parecia ele era invisível.

Ninguém se importava com ele ali.

— Eu usei o método de choque duas vezes na têmpora dele. — O garoto passou os dedos pela a têmpora de Mark e Jeongguk se moveu, querendo se levantar para ajudar o seu hyung. — Quando eu ia fazer a terceira vez ele teve uma convulsão e desmaiou, quando eu retornei para ver os resultados foi quando a nossa base foi invadida.

Todos começaram a falar de uma vez só e Mark olhou para Jeongguk, o mais novo tentou esticar a mão para tocar a mão de Mark, mas estava longe demais.

— Hyung... — Chamou por ele o mais velho apenas sorriu.

— Jeon, por favor não chore. — Ele pediu. — Não importa o que aconteça, nós vamos sair daqui.

O mais novo concordou e começou a chorar, querendo acordar daquele pesadelo. Em seguida a sala ficou em silêncio e sons de passos pesados soaram.

— Vamos testar a teoria do rapaz no mundano mais velho. — A voz feminina ordenou e Jeongguk arregalou os olhos.

— O que?! — Mark gritou e começou a se debater. — Por favor, não!

— Devemos dopar ele? — Alguém perguntou e o rapaz sorriu negando.

— Ele tem que estar bem acordado para sofrer as dores, para que a IA saia. —Todos concordaram. — Por favor, tragam o desfibrilador.

A movimentação tomou conta da sala novamente e Jeongguk não parava de se debater, sentia que estava machucando a pele do seu pulso, mas não parou. Uma movimentação maior na sala chegou e em seguida uma máquina parou ao lado da maca de Mark.

— O que vão fazer? — Jeongguk questionou e foi ignorado pelos os vários rostos. —  O que vão fazer?!

— Jeongguk, feche os olhos. — Mark pediu, e o mais novo logo deduziu que ele já sabia o que ia acontecer. — Por favor.

O mais novo obedeceu o seu hyung e começou a chorar.

— Abram os olhos dele, quero que ele veja tudo. — A voz feminina mandou e em seguida Jeongguk sentiu mãos segurarem seu rosto, abrirem seus olhos e virar ele em direção a maca de Mark. Vendo tudo, mesmo não querendo.

— Não, não... — O mais velho pedia e foi calado quando algo foi colado em seu boca e em seguida o silêncio reinou na sala.

— Vamos fazer quantas vezes forem preciso, até ele ter uma convulsão.

Então começou, o rapaz colocou algo em torno as têmporas de Mark e Jeongguk viu o corpo dele tremer todo, os gritos de dor serem abafados por algo em sua boca. Ele queria fechar os olhos, não queria ver aquilo, mas estava sendo obrigado. Sendo torturado também, por um instante Jeongguk se lembrou de Taehyung e pensou que o mesmo estava salvo, já que ele não estava ali.


Notas Finais




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