Estava mais do que claro as intenções de Taehyung ali, o de cabelos de cor roxa encarava o teto absorvido em seus pensamentos. Tudo vinha a sua mente, as lembranças boas e as dolorosas. Ele pensava que nunca veria ou lembraria delas novamente, mas foi somente olhar para Jeon Jungkook que tudo voltou. As risadas, as brincadeiras, tudo vinha à tona como um castigo para si. Fechou os olhos suspirando alto e abriu eles, o teto era o mesmo, branco, liso e sólido. Ele não estava mais no seu passado.
— Não, não, não... — Resmungou soltando um gemido alto. O garoto estava deitado na cama de Hoseok, o mesmo vestia apenas uma camisa do seu amado, já que odiava tudo relacionado a roupas.
— O que tanto reclama, Taehyung? — Hoseok perguntou saindo do banheiro e caminhando até a mesinha de centro, onde tinha uma garrafa de Hot Red* e um copo pequeno.
— Estou me reclamando do fato de você e Jimin serem tão insolentes e... Filhos da puta! — Taehyung gritou se sentando bruscamente na cama, pegou o travesseiro e começou a bater nele deixando a sua raiva ser descontada naquela almofada cheia de espuma.
— Eu exijo respeito, Taehyung, eu ainda sou o seu dono. — Hoseok ditou e Taehyung jogou o travesseiro no chão correndo até o mais velho e batendo em suas costas nua.
— E o meu primeiro amor! — Taehyung gritou fechando os olhos e sentindo o seu coração bater fortemente contra a sua caixa torácica.
O mais novo começou a subir as suas mãos por toda a extensão das costas do mais velho. Abriu os olhos e encarou aquilo que ele tinha mais repulsa no corpo do mais velho.
A tatuagem. Aquela tatuagem causava tanto medo e nojo a Taehyung que se ele pudesse, pegaria uma faca e cortaria toda aquela pele das costas do mais velho, mas ele não podia fazer aquilo... Ele não queria destruir a perfeição que era a pele branca e suave do seu amado.
— Eu odeio tanto isso. — Rosnou passando o dedo pela a estrela azulada que tinha um enorme trovão no meio. Sim! Aquilo era ridículo mais era tão assustador para Taehyung.
— Eu sei que odeia, me lembra disso todos os dias. — Hoseok falou se referindo ao fato de que Taehyung sempre que podia arranhava as costas do mais velho até sangrar.
— Hmn... Você é esperto. — Taehyung falou gemendo baixinho, o mais novo passou a morder as costas de Hoseok que ainda bebia aquele líquido avermelhado e quente. — Sabe o que seria mais esperteza de sua parte?
— Te jogar naquela cama e te foder de quatro?
— Melhor. — Taehyung ficou na ponta dos pés e mordeu o lóbulo do mais velho. Sentiu a pele de Hoseok se arrepiar e nossa... Taehyung nunca vai esquecer essa sensação.
— O que?
— Não quero me foda... — Taehyung falou virando o corpo de Hoseok e levou a sua mão até o pênis de Hoseok coberto pela a calça cinza. — ...quero que me chupe, que me deixe louco de tesão, e só depois quando eu implorar para me foder, você me foda, seja bruto e um sádico por completo... Como sempre, meu amor.
— O único sádico aqui é você, Taehyung. — Hoseok deu uma risada enquanto puxava os fios do cabelo de Taehyung para trás. E ele suspirou.
Ah! Se Taehyung tivesse a noção do quanto a sua beleza abalava Hoseok, o garoto já teria o mais velho de quatro para si. Taehyung era o que podia se chamar de perfeição, os lábios avermelhados e inchados que o mesmo passava horas mordendo, a pele branca repleta de cicatrizes e marcas feitas por um louco e obcecado Hoseok. Tudo nele o encantava... E ele se lembra perfeitamente do dia que viu Taehyung pela a primeira vez.
Chovia muito nesse dia, ele estava assustado. Pela a primeira vez nos vinte e três anos de sua vida Hoseok estava com medo. Era a primeira vez que visitava o mundo superior, ele não estava sozinho, acompanhava um grupo de cinco pessoas, e uma dessas pessoas era o seu irmão. A Dama De Branco ia caminhando na frente, Hoseok a achava bonita. Sempre tão séria e poderosa que deixava todo o poder clandestino da base um beijando os seus pés. Hoseok desejava ser como A Dama de Azul.
— Espalhem-se! Não me decepcionem e fiquem atentos. Essa será a primeira e última vez que irão pisar no mundo superior. — Ela ordenou enquanto conversava com um dos seus seguranças. — Estão por conta própria agora e lembrem-se... — Ela se virou para o grupo e tirou os seus óculos. — Não são pessoas. São seres imundos, sujos e sem alma. Apenas cobaias, não tenham pena se for preciso usar a força bruta, usem, mas peguem eles. — A mesma falou colocando novamente os óculos no seu rosto. — Vão... Menos você Jimin. Eu quero ter uma conversa com você.
— Cuidado maninho, vai ficar sozinho com a Dama de Branco. Fique de olhos abertos. — Hoseok falou malicioso e Jimin bufou lhe batendo com a prancheta e arrumando o seu jaleco.
— Você é ridículo Hoseok, não acredito que dividimos o mesmo útero.
— Park Jimin! — A mulher o chamou e o de cabelos pretos se afastou.
Hoseok viu o seu grupo se espalhar e suspirou caminhando lentamente até um beco. Seu corpo tremia de frio e medo, imagina quantas doenças contagiosas teriam naquele beco. Argh! Humanos superiores! Seres nojentos e repulsivos! Hoseok se poderia mataria todos eles, um por um. Mas estava no território deles, com apenas uma caneta e a sua prancheta. A ordem era clara.
"Ache alguém compatível e testaremos a droga. Quem conseguir completar a sua droga, ganhará a glória."
E Hoseok tinha feito a sua droga. Ele e Jimin, aquela droga seria a salvação para todos, ele só tinha que achar a pessoa certa.
— Seu moleque insolente! Irei te matar! — Escutou alguém gritar e correu pelo o beco tentando encontrar essa pessoa.
— Não! Não encosta em mim, seu porco! — Uma voz infantil gritou e Hoseok correu ainda mais tentando encontrar essa pessoa. E ele encontrou, encontrou um garoto magro de cabelos roxos deitado de bruços no chão. Um homem bem mais velho estava por cima e ele segurava o garoto pela a nuca.
— Você tem que aprender que é um garoto da rua. E sempre será! Um puto tão sujo quanto o seu pai! Vadia gostosa! — O homem empurrou o rosto do garoto contra o chão molhado. Hoseok já sentia a sua roupa ensopada, mas não se importou.
O homem mais velho tentava abaixar o short que o garoto usava. O mesmo gritava e chorava tentando se livrar daquele ser nojento de cima de si.
— Pare por favor... — O garoto pedia chorando, o mais velho riu, puxando o garoto pelo os cabelos e batendo a sua cabeça contra o chão sujo.
— Fica quietinho enquanto eu te como gostoso.
Hoseok sorriu. Ele estava esperando o momento certo, aquele ser desprezível. Ele correu, e em um pulo chutou a cara daquele homem, deu uma risada ao ver o corpo dele se curvar violentamente para trás. O nariz do mesmo escorria sangue que se misturava com a terra e a chuva. Hoseok em um só movimento socou o nariz dele ouvindo quebrar.
Aquilo foi prazeroso. Prazeroso ouvir o nariz dele se quebrar e o sangue jorrar. Era prazeroso machucar aquele infeliz.
— Ah... Para que essa cara de perdido? Não estava se divertindo chamando ele de puta, vadia?
— Alguém da base um aqui? O que deram nos riquinhos mimados para pisarem no meu mundo? — O homem cuspiu o sangue no chão e Hoseok jogou o seu cabelo para trás.
— Seu mundo? Por favor, seu filho da puta... Isso aqui não chega a ser um mundo. Isso aqui é um esgoto. E você... — Hoseok segurou o braço daquele homem e sorriu largo. — ...é o rato mais imundo dele. E sabe o que fazemos com os ratos? — Hoseok puxou o braço dele para trás ouvido o urro do homem de dor e o estalo. — A gente extermina. — Hoseok tirou o seu jaleco e enrolou ao redor do pescoço do homem. E puxou, vendo o rosto dele ficar roxo e o mesmo implorar por ar.
Quando menos Hoseok esperava o garoto apareceu. Ele tinha um sorriso no rosto e começou a chutar o corpo do homem, gritou e chutou ele. Hoseok viu que o mesmo parou de se mover e a respiração estava baixa. Sorriu largo soltando o jaleco e se abaixando, segurou o pescoço do mesmo e o girou, quebrando e jogando o corpo dele no chão. Hoseok se levantou jogando os cabelos molhados para trás, sentiu o olhar do garoto queimar a sua pele e virou o rosto encarando o corpo magro e pequeno do mesmo.
— O que você quer? — O garoto perguntou e Hoseok franziu a testa.
— Como?
— Ninguém faz nada por pura vontade. O que você quer? Por que me ajudou? — Ele perguntou novamente e Hoseok sorriu entendendo a lógica do desconhecido.
— Não quero nada. Apenas te ajudei porquê fiquei com pena.
— Alguém da base um com pena de um mundano? — O garoto começou a rir, rir alto e claro. — O que vai me dizer agora? O sol vai voltar a aparecer? Vamos parar de sentir fome? Alguém da base um notou finalmente que somos humanos também?
— Ridículo, eu te ajudei e é assim que me agradece? Sabe... Nem todo mundo da base um é mal. — Hoseok falou e o garoto riu.
— Me diz um nome de alguém da base um que notou que ainda estamos aqui. Vivos.
— Prazer. — Hoseok estendeu a sua mão e o garoto afastou assustado. Ele não entendia que aquilo era um cumprimento? — Meu nome é Jung Park Hoseok.
— Por que estendeu a sua mão? — Ele perguntou e Hoseok riu do jeito assustado do menor. Era inocente... E puro.
— É uma forma de cumprimento, um prazer conhecer você...
— Kim Taehyung. — Ele falou ainda assustado. — O que faz aqui Jung Park Hoseok?
— Trabalho... Estou fazendo um trabalho.
— Oh... E você trabalha com o que? — Taehyung se aproximou um pouco e Hoseok viu que o short estava colado nas coxas grossas e pálidas. Hoseok engoliu em seco e sorriu.
— Isso não posso te explicar agora Kim Taehyung.
— E quando vai me explicar? — O garoto perguntou curioso se aproximando receoso do mais velho. Hoseok sorriu e se aproximou do mais novo.
— Hmn... Sabe, agora eu quero uma coisa de você. — Hoseok sorriu vendo o garoto franziu o nariz irritado. — Quero que venha me encontrar aqui amanhã nesse mesmo lugar. Às meia-noite.
— Para que? E por que? Não ensinaram na base um que um mundano é um ser nojento? Repulsivo? Cheio de doenças? — O garoto riu irônico e Hoseok mordeu os lábios. Ele estava gostando daquele garoto.
— Ensinaram, mas... Eu nunca fui muito fã da escola. E sabe Taehyung... Eu realmente gostei de você. Espero ver você amanhã aqui.
Hoseok se asfatou e viu que a chuva tinha acabado. Ele sorriu uma última vez para Taehyung e se afastou gritando em seguida: às meia-noite.
— Hoseok? Está me escutando? Você não vai me chupar? Estou ficando excitado só de olhar para você. Céus! Você é tão gostoso! — A voz manhosa de Taehyung lhe tirou dos seus devaneios e sorriu ao ver que o seu garoto se esfregava ansioso em sua coxa. O pênis duro de Taehyung estava deixando Hoseok excitado.
— Venha, Tae. — Hoseok pegou o mais novo em seu colo e o jogou na cama, subindo em cima do corpo dele e apertando a cintura do mesmo. — Peça com carinho hmn... Como antigamente.
— Sim, sim, sim... Oh! Hoseok hyung, me chupa, me foda. Faça o que quiser comigo! Hmm... — Taehyung gemeu fechando os olhos e esfregando as suas coxas uma na outra em busca de prazer e alívio.
— Com o maior prazer, meu príncipe. — Hoseok falou abrindo bruscamente as pernas do mais novo que gemeu com a forma bruta dele.
Hoseok sorriu puxando a perna do mais novo para o seu ombro e ele passou a beijar o calcanhar, descendo os beijos para a coxa branca que implorava pelos os beijos e mordidas do mais velho. Taehyung sorriu vendo os olhos do mais velho perdido em suas coxas, como o pervertido que Taehyung era ele levou as suas mãos até o cabelo do mais velho e rebolou gemendo alto.
— Me morde, hyung... Morda e chupa, elas estão implorando pelos os seus lábios.
Hoseok sorriu e se inclinou para beijar a coxa do mais novo. Mas algo o impediu, uma batida feroz na porta e a voz de Namjoon gritando em seguida.
— UMA BATIDA HOSEOK! UMA BATIDA! — O coração de Taehyung parou. Hoseok arregalou os olhos e correu até a porta, abriu ela e puxou Namjoon.
— Onde appa? Onde está havendo a batida?
— Es-esta... N-no...
— ONDE INFERNO? — Foi a vez de Taehyung gritar, ele empurrou Namjoon e encarou Hoseok. O mais velho puxou Taehyung para os seus braços já temendo pelo o que o mais velho falaria.
— No corredor dos dormitórios.
O mundo de Taehyung parou, sentiu o seu coração bater mais forte do que nunca e lágrimas que a um ano não apareciam, apareceram e caíram pelo o seu rosto como uma cascata. Hoseok puxou o seu cabelo e gritou raivoso.
— Yoongi!
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