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História Sparking, Tekken Tournament! - Press Start


Escrita por: KaneoyaSachiko

Notas do Autor


Eu já tinha o final da história pronto, mas eu revisei e cara, Lili merece uma vingança pelo que aconteceu. Asuka que se vingaria, mas vendo por outro ângulo... Eu não tinha noção do que Lili podia fazer. Alguns dos capítulos seguintes serão pelo ponto de vista da Lili, algumas mudanças letais no comportamento da mesma e um pouco mais de sangue. Espero que gostem!

Capítulo 23 - Press Start


Fanfic / Fanfiction Sparking, Tekken Tournament! - Press Start

Eu já não me importava mais com o que aconteceria se a imprensa soubesse do que me ocorreu. Meu irmão tentava a todo custo comprar uma suposta câmera que havia registrado tudo enquanto eu estava desacordada. Eu podia sentir o quanto aquilo o machucava e o quanto meu desejo por vingança crescia, me fazendo mudar drasticamente por dentro e por fora.

Minha aparência era desprezível, meus cabelos estavam secos, viviam presos num coque mal feito, minhas unhas quebradas e sem cor alguma, algumas marcas roxas que apareciam constantemente e meus lábios ressecados. Já estava acostumada com tudo aquilo e algumas coisas que também viraram hábito depois de um tempo... Ficar trancada no quarto telefonando, subornando, manipulando e arquitetando meus planos eram belos exemplos. 

Enquanto eu não tinha nada a fazer, só me restava a dor de tudo aquilo, uns cigarros e pesadelos. Pesadelos esses que me pertubavam o dia inteiro e me faziam dormir menos de três horas, tudo nesse maldito looping angustiante. 

Asuka não me ligava ou mandava sinal de vida desde que se envolveu na vida do primo Jin Kazama, por mais que eu tentasse ligar eu não tinha resposta. Aquilo também me machucava, como quando uma onda forte te acerta e enquanto você tenta levantar, é surpreendida por outras e outras... Era difícil pra mim.

Eu queria ferrar com a vida de Steve, a cadeia não era o bastante pra mim, não preenchia o vazio que eu sentia. É difícil pra uma vítima de estupro se recuperar, ainda mais quando a maioria das pessoas que tem o dever de proteger você, te culpabilizam mais. No interrogatório me perguntaram até a roupa que eu vestia! Eu tentava não me importar mais, deixar minhas ações no piloto automático e me vingar de todos aqueles que me fizeram mal.

Eu não ia esperar justiça, eles já pensavam em soltar meus agressores, me enchiam de culpa até o pescoço.

Ascendi um cigarro e olhei pela janela, o tempo estava frio e escuro, trazendo consigo lembranças e melancolia. Enquanto a fumaça se dissipava com o vento, eu podia sentir meu coração martelar dentro de mim, como se à qualquer momento fosse sair pela boca ou explodir. Ouvi batidas delicadas na porta, eu conhecia aquelas batidas desde que era um bebê.

- Entre, Sebastian.

Não demorou muito para que o mesmo girasse a maçaneta e caminhasse em direção à minha cama.

- Eu não trago boas notícias.

Pela janela a chuva caía levemente, molhando o vidro, me hipnotizando, uma lágrima solitária escorria pelo meu rosto como se eu já soubesse de qual notícia se tratava. 

- Eles foram soltos. Eu já sabia.

Senti o olhar surpreso do homem, tentando entender como eu já sabia daquilo. Devo admitir que nem eu sabia...

- Mas... A senhora... Bem...

- Isso é óbvio, Sebastian. Por favor, a culpa daquilo tudo foi minha, foi o que fizeram parecer.

O velho se aproximou de mim, olhando também pela janela e suspirando profundamente. 

- A senhora sempre gostou de olhar por essa janela.

Era verdade. Não sei o motivo, mas aquela vista me acalmava. Eu não me esquecia de quantas vezes eu olhava pra lá e me sentia em paz comigo mesma. Mas agora era diferente. Eu estava exatamente como o tempo lá fora... 

- Eu sou culpada por tudo o que me aconteceu, Sebastian. - Falei mais pra mim do que pra ele, sentindo mais lágrimas correrem pelo meu rosto, como as gotas de chuva que agora batiam fortes no vidro da janela. - É o que parece.

- A senhora me lembra a minha filha. Ela era exatamente igual a você. Quando ficou doente, se culpava por me ver triste e isso só fazia o estado de saúde dela piorar. Eu tinha que esconder a tristeza toda vez que visitava ela no hospital... Ela ficou doente pouco tempo depois de completar 16 anos. Acho que ela nunca entendeu que aquilo não era culpa dela. E eu achava que nunca mais me sentiria de mãos atadas, até tudo o que aconteceu.

- Você nunca falou dela, eu nem sequer sabia que você tinha filhos.

Sebastian suspirou levemente, tirando um lenço do bolso e limpando meu rosto. 

- Isso já faz muito tempo. A culpa não foi sua, por mais que eles tentem dizer. Você só deve reconhecer isso... E buscar sua justiça. 

Ele se encaminhou até a porta, pedindo licença e se retirando do lugar. 

"- Buscar sua justiça."

Minha mente repetia isso e logo ouvi o celular tocar, me fazendo despertar dos meus devaneios. Procurei o objeto no meio dos papéis e anotações espalhados pela mesa, atendendo de imediato.

- Senhorita Emilie Rochefort?

- Sim?

- Capturamos três dos alvos.

Meu coração martelava, senti a adrenalina correr por minhas veias, mas não demonstrei emoção alguma. 

- Leve-os para onde combinamos. Obrigada.

Não demoraria até pegarmos todos. Provavelmente estariam nos bares comemorando a vitória contra mim, mas na verdade eles comemoravam as próprias mortes. 

Relâmpagos e trovões enfeitavam o céu escuro pelas nuvens, meu olhar ainda perdido no tempo lá fora e apenas um pensamento em minha cabeça: Eu estou fazendo o certo.

Ascendi mais um cigarro e fui em direção à cama, precisava descansar pois o dia seguinte seria maravilhoso.

- Vou buscar minha justiça.

 

 

 

 



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