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História Spin-offs - A liberdade e a escuridão - Ruby e Dorothy - Parte II


Escrita por: Elis_Giuliacci

Capítulo 9 - Ruby e Dorothy - Parte II


Aquelas lembranças deixavam-me saudosa e ao mesmo tempo apreensiva e aquele dia não poderia me perder em pensamentos, pois havia muito o que fazer com a presença do cardeal Stefan no convento. Ele estava certo ao apontar minha pouca idade assumindo a frente daquele lugar, mas padre Leopoldo depositara muita confiança em mim e sempre fui solícita aos seus apelos, era um homem de bom coração e fazia com que tudo aquilo valesse a pena - às vezes pensava em Granny e o coração apertava - um dia teria chance de voltar a Veneza para, pelo menos, saber que fim levara minha avó.

Depois do almoço certifiquei-me que o cardeal ficaria bem na companhia do padre que abusara do vinho e continuava com seus contos fantásticos - e eram várias histórias de bruxas, feitiçaria e até dragões! A mente fértil daquele homem carismático tinha a atenção de todos que se dispuseram a descansar no jardim antes da Noa, às quinze horas. Fui até a cozinha para verificar os trabalhos e depois organizei os estudos para a semana com algumas noviciadas. Aquele dia saía da rotina de nossas atividades, mas eu não poderia me furtar em continuar atenta ao que deveríamos fazer, portanto, antes de voltar à presença do cardeal deixei instruções para os trabalhos artesanais.

Irmã Verônica passara por mim lançando um olhar firme e arrebatador - era impossível desvencilhar-me da fixação por Dorothy - uma mulher misteriosa, ainda hoje, depois que alimentávamos, em segredo, o amor que sentíamos uma pela outra. Esse mistério foi que deixou-me mais apaixonada com um vontade incontrolável de protegê-la e amá-la como deveria ser. Quando caminhava de volta ao jardim, padre Leopoldo conversava com ela, o cardeal havia se retirado para descansar nos aposentos que ficavam ao lado da capela.

— Irmã Verônica estava confidenciando-me o desejo de ensinar crianças aqui no convento, madre, a senhora sabia disso? - eu sorri com a pergunta, pois há muito era meu desejo também e Dorothy queria, enfim, concretizá-lo - Parece que terá um braço direito forte aqui dentro!

— Sim, padre! - olhei ternamente para irmã Verônica, às vezes esquecia e quase a chamava pelo seu nome, teria que vigiar-me por isso - O senhor sabe que eu tinha esse desejo há algum tempo, mas agora com a ajuda da irmã, talvez possamos trazer os pequenos para o convento!

— Eu acho ótimo! - exclamou o padre - O convívio com crianças nos faz muito bem, não é?

Percebi que uma das noviças nos observava de longe. Ela olhava para Dorothy sem pudores e aquilo começou a incomodar-me, tentava desviar, mas ela estava ali, rondando e observando; seu nome era Mulan e o que eu sabia sobre ela era que vivera desde pequena na vila, deixada lá por um viajante que transportava mercadorias vindas do oriente e numa de suas viagens às terras do Império Otomano diziam que a menina fora-lhe entregue em troca de comida. Agora ela estava entre as rosas, olhando para Dorothy com ar de admiração e isso deixava-me com ciúmes.

— Algum problema, Mulan? - virei-me depressa e um pouco ríspida o que deixou a moça estática por ser descoberta. Ela não disse nada e saiu a passos largos - o padre não percebera o incômodo, mas Dorothy olhou-me assustada, notou minha irritação e não compreendeu. Logo o padre deixou-nos à sós e foi preparar-se para as orações da tarde, ainda continuamos ali no jardim sentindo o perfume das rosas e sentindo um pouco de nossos corações tão perto.

— Não deveria ter falado com Mulan daquela maneira! - sussurrou.

— Ela não tirava os olhos de você! - falei ainda mais baixo. Dorothy sorriu com o ar malicioso que conhecia muito bem.

— Está com ciúmes de sua freira, madre Madalena?!

— Pare com isso! - franzi o cenho fingindo estar muito irritada - Tenho ciúmes de você, sim!

— Sabe que não deveria... - zombou - Irmãs não podem ter esse tipo de sentimento egoísta! - olhei para ela com tom de reprovação e agora era sério, ela percebeu e correu a desculpar-se - Sinto muito, querida, sei que não deveria brincar assim.

Tenho que admitir que não gostava de certas brincadeiras por conta de nossa condição dentro do convento por mais que isso soasse como hipocrisia, mas ver Dorothy solta como estava deixava-me tranquila, pois nem sempre fora daquela maneira - essa moça tinha aquele ar pesado na expressão não por simplesmente ter - talvez fosse por isso que eu sempre estava alerta quanto a presença de estranhos entre nós, não sabia quem poderia chegar até ali e, quem sabe, reconhecer Dorothy - isso seria, com toda a certeza do mundo - o inferno na terra. As palavras que padre Leopoldo disse-me na manhã em que Dorothy foi até a vila para se confessar, ainda estão bem latentes na minha cabeça - não que ele tenha exposto um segredo de confissão, pois eu saberia de tudo mais tarde, mas sua preocupação deixou-me com medo.

***

Naquela manhã deixei as tarefas todas certas e em andamento, assim poderia levar Dorothy até a vila para nos encontrarmos com padre Leopoldo. Aproveitei a oportunidade e levei conosco mais duas freiras para que fizessem compras na feira da praça.

A moça permanecia calada e isso realmente deixava-me muito angustiada, por mais que tentasse algum contato ela não mostrava reação. Assim, quando chegamos à porta da igreja, Dorothy lançou-me um olhar duvidoso.

— Se quiser podemos voltar outro dia, minha querida... - tentei remediar sentindo seu medo, mas ela continuou firme.

— Não. Se não fizer isso agora, não terei outra oportunidade. - aquela frase causou-me um arrepio de medo, parecia que algo ruim estava para acontecer e não tinha a menor ideia do que seria.

Entramos e para nossa sorte encontramos o padre no altar trocando uns tocos de vela por outras maiores nos castiçais dos lados do sacrário. Caminhamos devagar até lá e percebi o encanto que o lugar causara em Dorothy - ela olhava para as pinturas nas paredes e esboçava um sorriso de agrado. Adiantei-me e fui ter com padre Leopoldo.

— A sua bênção, padre! - fiz uma reverência e beijei-lhe as costas da mão direita, ele colocou a outra mão sobre a minha cabeça e sorriu.

— Bom dia, madre Madalena! Bom vê-la e... - olhou para Dorothy logo atrás ainda observando os santos de madeira - ... vejo que tem uma companhia que não conheço.

— Ela chegou até nós ontem à noite no meio daquela tempestade, padre! - ele arregalou os olhos, tornei-me a Dorothy e fiz sinal para que se aproximasse - Ela deseja confessar-se. - o homem olhou para a moça com um sorriso paternal e postou a mão em seu ombro.

— Bem vinda a Albiano, filha. - estendeu o braço em direção ao confessionário num canto da nave - A madre Madalena pode continuar seus afazeres na vila e depois voltará para buscá-la. - com essa ordem despedi-me dos dois e saí enquanto colocavam-se nos seus lugares para a confissão.

O clima da vila estava fresco assim como as frutas nos cestos dos vendedores - um cheiro bom que vinha das nêsperas, peras, amêndoas e laranjas - fiquei completamente absorta vendo algumas crianças brincando com um cãozinho raquítico ali perto, eu sempre tive muito apreço pelos pequenos e desde menina sonhava em casar-me e ter filhos, muitos filhos! Granny tinha vários irmãos e enchia-me de histórias sobre sua infância entre tantas crianças dentro de casa. Permaneci ali mesmo nas escadas da igreja sem contar o tempo ou preocupar-me com ele, só me dei conta que estava fora da realidade quando Dorothy apareceu ao meu lado e vi também padre Leopoldo que pediu que entrasse para conversar com ele - sua expressão era bem séria não condizendo com a serenidade que sempre demonstrava.

Padre Leopoldo e eu caminhamos até os bancos e sentamos mais afastados da porta. Ele virou-se de frente para mim e postou as mãos no colo, ainda não mudara o semblante sério com o qual foi buscar-me lá fora. Eu apenas esperei em silêncio que ele começasse a falar.

— Madre, eu preciso aconselhá-la quanto à essa moça antes que voltem para o convento, porém, compreende que tudo o que foi dito ali... - apontou o confessionário - ... não poderei lhe dizer nem uma só palavra... - eu não precisava ser alertada sobre aquilo, pois sabia muito bem disso, enfim, ele estava preocupado demais e precisava certificar-se, mesmo sendo eu a ser aconselhada - Dorothy está passando por um momento muito complicado e precisa de abrigo por mais tempo, assim eu peço que considere aceitá-la como interna no convento, mas... - ele frisou essa última palavra como um alerta - ... Tenha muito cuidado daqui pra frente com quem entra no convento, não deixe de verificar quem são as pessoas e quais são suas intenções, tanto para a segurança de Dorothy quanto para a segurança de todas vocês...

— Padre, por favor, eu não posso questionar sobre uma confissão, mas o senhor está me assustando com tantas recomendações! - ele suspirou e notei que sua testa começava a transpirar.

— Minha filha, tenha misericórdia dessa pobre moça e se ela quiser continuar conosco na ordem será muito bem vinda, mas precisa tomar muito cuidado!

***

A conversa sobre trazer crianças para dentro do convento chamou a atenção do cardeal Stefan e antes do jantar tivemos uma longa discussão sobre como deveríamos fazer quanto à isso. Eu estava muito feliz vendo um sonho ser preparado com tanta facilidade e prazer, pois o cardeal ficara muito satisfeito com a ideia.

— Acredito que vocês terão êxito nessa tarefa, irmãs! - dizia ele encerrando nossa conversa - Terei prazer em estar presente na primeira eucaristia desses meninos!

— Será um acontecimento, pois estamos tão isolados nessa região que poucos recursos temos para concluir sacramentos tão simples.

— Creio que a minha visita será um tanto proveitosa, padre, pois daqui partirei para Bolzano para encontrar-me com o abade e uma de nossas questões é compreender porque a Santa Sé quase não recebe notícias dessa região. - notei que padre Leopoldo ficara incomodado com o apontamento do cardeal, mas logo ele concordou e todos saímos dali. Irmã Verônica ia na frente e não pude deixar de perceber quando aquela noviça do jardim fez sinal para que fosse até ela - mesmo ouvindo o padre dizer que precisava organizar nossa biblioteca subterrânea, continuei observando Dorothy e Mulan não muito distantes - a noviça sorria gesticulando com os braços, mas Dorothy não movia um músculo da face o que mostrava sua insatisfação pela conversa e não demorou muito para que saísse dali apressada em direção ao refeitório deixando a moça parada sozinha com uma expressão nada agradável - quando ela olhou em volta e percebeu que eu vi toda aquela situação, cerrou os punhos e correu pelo corredor das celas. Não demoraria muito para saber o que estava acontecendo.

O final do dia foi desgastante, pois eu fiquei muito curiosa para saber o que Mulan tanto queria com Dorothy, mas não poderia perguntar até que encerrássemos as orações da noite. Padre Leopoldo voltou para a vila logo depois do jantar prometendo-nos uma visita ainda naquela semana. O cardeal ainda deu-nos instruções sobre alguns outros assuntos internos, ele partiria logo cedo e prontifiquei-me em ajudar sua comitiva a se preparar para a viagem. Assim, quando todo o convento silenciou fui para a minha cela, retirei a parte de cima do hábito e deitei-me na esteira. O cansaço quase levou-me para o mundo dos sonhos, mas logo as batidas na porta despertaram-me - era a hora de ir para outro mundo de sonhos - Dorothy entrou ligeira, trancou a porta e deitou-se ao meu lado enquanto aquecia-me com um longo beijo. Suas mãos seguravam-me forte e ela colocou-se sobre mim deixando-me excitada por sentir seu peso.

— Dia longo, meu amor... - disse ela suave ao final do beijo - Senti saudades... - quando ia começar outro beijo, fechei os olhos e virei o rosto e sua boca frustrada acertou minha bochecha. Ela levantou o corpo e olhou-me confusa - O que foi, Ruby?

— O que aquela moça queria? - minha voz saiu arrastada, estava muito nervosa com aquela cena. Dorothy sentou-se ao meu lado e relatou o que havia acontecido.

— Ela veio me parabenizar pelos votos... - senti que ficava cada vez mais hesitante, mas não interrompi - Ela disse que gostava muito de mim e começou a contar-me seus planos para quando se tornasse freira, que gostaria de ser como eu e se pudesse queria ser orientada por mim... - de repente Dorothy fez uma pequena pausa e abaixou o tom de voz - ... Mulan olhou-me bem direto nos olhos dizendo que está encantada por mim...

— E o que você fez? - nessa hora quis olhá-la diretamente, então endireitei-me na esteira e aproximei-me de seu rosto.

— Eu fiquei espantada, meu amor! Disse que era loucura da cabeça dela e afastei-me... - ela inclinou a cabeça e sorriu - Você viu tudo, não é?!

— Claro!... - minha voz estava fria tentando encobrir os ciúmes - Eu não posso perder o controle de nada que acontece aqui dentro... - vi que ela continuava sorrindo e não pude me conter - Eu tive vontade de esganar aquela menina! - Dorothy novamente calou-me os lábios com um beijo ardente que arrancou-me as forças. Gemidos baixos e respiração ofegante.

Ela tornou a colocar-se sobre mim durante aquele beijo e depois foi descendo pelo meu pescoço com pequenas mordidas enquanto suas mãos ágeis apertavam-me os seios por sobre a camisola. Senti sua excitação quando notou meus mamilos rijos e então continuou seu caminho descendo pelo meu corpo até que levantou minhas roupas até a cintura - a sensação da boca de Dorothy encontrando meu sexo era de uma vertigem luminosa que tirava-me a consciência - estava completamente entregue à ela como sempre acontecia desde que nos amamos pela primeira vez.

***

Algumas semanas se passaram da chegada de Dorothy e ela mostrava-se mais à vontade entre nós - comigo bem mais, acreditava que seria apego por ver em mim uma imagem de acolhimento. Via aquela moça como uma pequena criança que havia feito algo de errado e queria esconder à todo custo sem perder seu carisma - às vezes, quando ela se mostrava muito angustiada, eu tinha vontade de abraçá-la e deixar que sentisse que eu poderia protegê-la.

Certa tarde estávamos na sala de banhos - algumas banheiras e bancos enfileirados com pouca luz e muito úmido - passar por ali tinha que ser bem rápido ou poderíamos adoecer de modo sem precedentes, ajudávamos umas as outras para que pudéssemos todas ter água aquecida, assim, vez ou outra uma freira entrava carregando um balde de madeira cheio e fumegante. Estava terminando de me lavar e haviam outras freiras trocando suas vestes quando Dorothy entrou. Senti que a água da minha banheira ainda estava morna e decidi ficar mais um pouco e conversar com ela. Sempre desconfiada e com aquele semblante rígido, Dorothy despiu-se. Mesmo nas sombras, percebi um corpo bem feito e fiquei perturbada com aquela visão. Parecia que iria entrar na banheira mais distante, porém desviei o olhar rápido quando ela preparou a que estava bem ao meu lado - colocou água quente e entrou rapidamente.

— Dorothy, posso fazer uma pergunta? - fechei os olhos e recostei a cabeça na banheira, mas já esperando uma esquiva da moça.

— Claro, madre. - estremeci com a voz rouca tão próxima, mas não abri os olhos por mais que quisesse.

— De onde você veio? - meus olhos fechados não permitiriam que eu visse a recusa nela, porém, tive uma surpresa.

— Marselha, madre, sou francesa. - ouvia o movimento dela na água, mas não me atrevia a abrir meus olhos.

— Veio de longe... Posso perguntar o porquê? - senti um perfume vindo dela e minha pulsação acelerou.

— Eu precisei sair de Marselha, vim para a Itália pelo mar até Gênova... - o eco que o salão proporcionava deixava a voz mais grave e com a tessitura de um veludo.

— Ainda assim estamos bem longe de Gênova... - a tranquilidade da minha voz era bem diferente do redemoinho que se instaurava dentro de mim, afinal, depois de muito silêncio, a moça resolvera abrir-se e minhas reações estavam confusas, ela conseguia deixar-me extremamente perturbada.

— Eu sei disso, madre. - a água da banheira se agitou mais forte - Eu precisei fugir de Gênova e Albiano não foi o primeiro lugar que encontrei abrigo, tive que fugir várias vezes até chegar aqui. - eu mantive o silêncio esperando que ela dissesse mais alguma coisa, mas ouvi vozes aproximando-se e resolvi abrir os olhos, ademais aquela água já estava congelando meu corpo. Para meu espanto a banheira estava vazia, Dorothy saíra dali sem dizer mais nenhuma palavra deixando-me mais do que curiosa, eu estava excitada.

Vesti-me depressa, tremia de frio e de perturbação - aquela moça causara uma avalanche de emoções confusas dentro de mim e eu não entendia porque estava tão afoita em saber mais daquela história e, o mais estranho, estava excitada com a proximidade de Dorothy naquele momento no salão de banhos. Voltei para minha cela a fim de terminar de me trocar, pois era quase hora do jantar. Entrei rápido e não percebi que eu não estava sozinha - quase gritei quando fui agarrada por trás, mas uma mão fria calou-me o grito. Debati-me afastando aqueles braços e minha surpresa foi tamanha quando Dorothy avançou sobre mim invadindo-me a boca com um beijo. Ainda tentei soltar-me, mas em segundos a minha vontade mudou de direção e agarrei-me à ela com todas as forças.

Dorothy lançou-me na esteira e deitou-se por cima de mim, mordendo e beijando meu pescoço e a cada toque dela meu corpo estremecia - eu queria gemer, mas tinha medo de ser ouvida, então apertei os lábios e fechei meus olhos enquanto ela passeava pelo meu corpo, pois já havia arrancado minhas vestes - eu estava ali, nua, com uma mulher tomando-me posse da maneira mais provocante e furiosa.

Senti seus lábios desenhando as curvas do meu corpo e suas mãos fortes apertando-me os seios. Mordiscava minha pele de maneira que apertei sua cabeça entre minhas mãos e puxei seus cabelos - era impossível sentir tanto prazer e não poder gritar - puxei Dorothy para calar minha agonia em um beijo profundo ao mesmo tempo que, por instinto, arranquei as vestes dela, ajoelhadas de frente uma para outra. Aquele corpo que tirou-me a consciência momentos antes estava bem na minha frente para que eu pudesse tocá-lo e assim o fiz - deslizei meus dedos pelos seios, fazia círculos imaginários pela barriga até que encontrei seu sexo pulsando pedindo para ser explorado. Dorothy deitou-me e cobriu-me com seu corpo, senti seus dedos dentro de mim, uma sensação alucinante que provocou-me fazer o mesmo - deslizei minha mão e também senti meus dedos dentro dela. Sem pudores começamos um movimento compassado e direcionamos nossos olhares de modo que, quando chegamos a um orgasmo explosivo, víamos o olhar entorpecido uma da outra - deitei-me ao seu lado em contato com sua pele queimando assim como a minha - nossa respiração foi se acalmando e sentia seu coração à galope como o meu, permaneci ali com a cabeça escondida nos seus longos cabelos ondulados que misturavam-se com os meus.

Ficamos mais alguns instantes em silêncio, eu não conseguia proferir qualquer palavra, queria senti-la, apenas isso.



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