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História Spirit - Memories


Escrita por: Earth_Gravity

Notas do Autor


Surpresinha no final do cap, heuhue

Peço que coloquem aquela playlist depressiva, sabe, tá combinando com o de hoje.

Capítulo 3 - Memories


 Fazia mais de uma semana que não via Hana. Ela evaporou da minha vida assim como o orvalho seca quando esquenta. Me sentia deslocado, como se algo não fizesse sentido. Sempre o mesmo caminho, o mesmo lugar no ônibus. A mesma rotina.

 Tudo parecia perfeitamente normal para as outras pessoas, ela andavam para o seu trabalho ou escola. Casais andavam de mãos dadas, aparentemente felizes. Isso doía de alguma forma, talvez ciúmes ou então saudade, apesar de Hana e eu nunca andarmos de mãos dadas.

 Hoje é domingo, está agradável e fresco. Eu realmente acho que algo está faltando.

 Ando sem rumo pelas ruas, até que meus pés me levam a um lugar que particularmente me faz querer chorar. O parque de Sakuras, qualquer flor que eu vejo me faz lembrar dela. Qualquer coisa do meu dia a dia que eu olhe me faz lembrar dela. Dividimos o mesmo apartamento, a mesma cama. Meu apartamento parecia vazio, sem vida.

 Eu me acostumei com nossas conversas, eu me acostumei com suas brincadeiras, eu me acostumei com a Hana, a minha Hana.

 Sentei no banco, olhando a paisagem. Tinha pessoas passeando ali, diferente de naquele dia.

 No sábado de manhã, acordamos cedo e fomos para o local. É um ponto turístico da cidade. Várias árvores de Sakura distribuídas pelo espaço. Ainda não estava na época delas darem flores, só que isso não implica na simplicidade e beleza dele.

 Hana olhava tudo com um olhar nostálgico. Senti que ela queria chorar, provavelmente, tinha se lembrado de algo. Discretamente aperto sua mão, para dar-lhe forças e mostrar que ela não está sozinha. Retribuiu o aperto e caminhamos para um lugar menos movimentado, quase deserto.

  Eu me lembrei. Eu nasci em Tóquio, tenho esse nome por causa das flores de cerejeira. Seus olhos vermelhos entregavam seu sentimentalismo.

 Ainda estávamos de mãos dadas. Somente fiz um leve carinho na mão dela com o polegar.

 Talvez essa cena seria estranha a outros olhos, mas para a minha sorte, não havia ninguém passando por ali àquela hora.

 Me lembrar dela me faz mal e bem ao mesmo tempo. É bom saber que tem algo para me apegar, mas são somente lembranças. E lembranças não vão traze-la de volta.

 Me levanto do banco e sigo meu caminho até o ponto de ônibus. Preciso voltar para casa, terminar meus trabalhos e descansar.

 Ao olhar a paisagem, acabo me aprofundando ainda mais nas lembranças que envolvem nós dois, principalmente quando uma menina atrás de mim fala 'oppa'.

 — Oppa... Hana havia pegado a mania de me chamar assim, mesmo sem saber a sua idade verdadeira. Acenei com a cabeça, indicando para ela continuar. Por que você não namora? Olhou curiosa para mim.

 

 A pergunta veio como um choque de realidade para mim. Essa é uma pergunta que nunca passou pela minha cabeça até agora. Na verdade, nunca pensei em namorar, somente algumas meninas por quais eu tive uma 'leve' paixonite, nada a mais.

 

  Na verdade, nunca me interessei realmente por alguma menina. Só teve uma, e nem namoramos, eu gostava dela, mas ela não me notava. Éramos amigos, só que quando Lisa começou a namorar nos distanciamos. Depois disso desisti de achar uma namorada. Rio da minha história. Pode parecer um tanto idiota, só que eu me sinto assim.

  Ah... Desviou o olhar.

  Por que essa pergunta agora? Questionei.

  É que você está sempre do meu lado. Me ajuda, e passa praticamente vinte e quatro horas por dia comigo. Sei lá, sinto que eu estou te sufocando de alguma forma. Ok, você sai com seus amigos, mas parece que você fica na ansiedade pra voltar logo e ficar comigo. Suspira e coloca as mãos sobre o vestido ainda rasgado.

  Faço isso porquê tenho uma responsabilidade e uma promessa a cumprir. Não vou te deixar na mão. Soquei seu ombro de leve, brincando.

 Vi que Hana estava quase chorando.

  Odeio quando você diz essas coisas fofas e me dá vontade de chorar. Joga uma almofada em mim e eu começo a rir.

 Oppa... Eu achei engraçado quando ela me chamou assim pela primeira vez. Quando eu descobri que eu gostava dela, era tão bom ela me chamar assim, eu senti uma estranha alegria encher meu peito. Percebi que uma lágrima escorreu pela minha bochecha, limpei ela rapidamente e voltei a olhar pela janela.

 Cheguei em casa, tudo silencioso. Há dois meses atrás esse silêncio parecia normal, só que... Só que... Agora é tudo estranho.

 Suspiro e passo as mãos nos meus cabelos nervoso. Pego minha mochila no quarto e procuro fazer meus deveres e trabalhos.

 Terminei todos rapidamente.

 Tomei um banho relaxante e me deitei na cama. Prometi a mim mesmo não sofrer tanto. Mas a culpa me corrói, se eu não tivesse me culpando tanto, eu estaria feliz pela Hana. Ela finalmente descansou em paz.

 Uma coisa que nunca passou pela minha cabeça me vem a tona... Será mesmo que a Hana está morta? E se ela foi forte e sobreviveu?

 E se... Esse está sendo o lema da minha semana, todos os dias os 'e ses' rondam os meus pensamentos. Nunca gostei de ser negativo, pra falar a verdade nunca fui. Então por que eu continuo nesse pessimismo?

 Eu fiz uma promessa e vou cumpri-la.

  Por favor, se algo acontecer comigo e eu não me lembrar de você... Por favor, prometa que vai fazer de tudo para eu lembrar. Murmurou escondendo a cabeça no meu peito.

  Prometo. Coloquei meu queixo apoiado em sua cabeça, quase me rendendo ao sono.

 Eu não vou desistir de você, Hana, não vou!

°•°•°

 Hoje é meu dia de folga na cafeteria. Resolvi ir novamente ao parque. Não sei, parecia que uma força me puxava até lá. É difícil de explicar.

 No ônibus, uma pessoa senta do meu lado, mas nem me importo em olhar quem é.

 — Joshua? — Uma voz já conhecida por mim me chama.

 — Lisa? — A olho surpreso.

 — Que surpresa te ver. — Sorri doce. Lembro-me de ter me apaixonado por esse sorriso, só que agora, eu amo outro sorriso.

 — Também. — Endireito minha coluna para conversar com ela.

 — Está indo ver a sua namorada? — Continuou sorrindo.

 — Namorada? — Pergunto confuso.

 — É. — Gesticulou com as mãos. — Aquela que você foi atrás naquele dia.

 — Ah sim. — Sorrio triste.

 — O que foi?

 — Ela foi embora. — Penso no que disse e tento concertar. — Bom, ela sofreu um acidente e ficou em coma. No hospital, ela teve uma parada cardíaca, não sei se ela está viva ou morta.

 — Sinto muito, Josh. — Coloca a mão no meu ombro.

 — Você não sabia. — Confortei-a. — E você e o Mingyu?

 — Terminamos realmente. Ultimamente só estávamos brigando, então resolvemos terminar. — Olhou para um ponto qualquer.

 — Ah... — Abaixei a cabeça.

 — Desculpe por aquilo naquele dia. Se eu soubesse que você não gostava mais de mim, não teria feito aquilo. — Juntou suas mãos em seu colo e olhou para elas, envergonhada.

 — Tudo bem. — Ri de leve. — Todos cometemos erros.

 — Ainda bem. — Suspirou e o ônibus parou. — Aqui é a minha parada, até. — Levantou-se e acenou.

 Acenei de volta e voltei minha atenção a janela. Permaneci assim até a minha parada.

 Segui o mesmo caminho de ontem, até o banco. Mas já tinha alguém sentado lá. Fiquei minha visão e percebi ser uma mulher.

 Era a... Hana?

 Corri até lá. Ela estava viva!

 Minha Hana, viva!

 — Hana! — Gritei quando cheguei perto. Realmente era a Hana, seus olhos castanhos estavam mais vivos, assim como sua pele.

 É tão bom vê-la assim.

 Mas o jeito que ela me olha está estranho, passou uns 10 segundos e finalmente me respondeu.

 — Quem é você? 


Notas Finais


Tá curto, mas tá fofinho :v

ENTÃO PEOPLES, ELA TÁ VIVA
Mas perdeu a memória, o que é um clichê, né? Mas tipo, ela era um espirito, a alma dela tava separada do corpo, creio eu que não iria lembrar de muita coisa.
~Podem me apedrejar, eu deixo
Eu sei que é clichê, mas eu pensei em mata-la e depois a reeincarnação do espirito dela encontrar o Josh, heuheu, achei melhor e decidi ficar com o clichê.


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