1. Spirit Fanfics >
  2. Spoons >
  3. IX

História Spoons - IX


Escrita por: prismo

Notas do Autor


olha só quem ainda tem a cara de pau de aparecer por aqui? eu mesma.

Capítulo 9 - IX


Seungcheol estava novamente nos subúrbios de Gangnam, continuava pegando na mão de Jeonghan e fez questão de não a soltar durante todo o percurso. O que mais o deixara intrigado foi o fato de que o mais velho sequer reclamou, demonstrou constrangimento, tampouco tentou a soltar. Não estava reclamando internamente. Longe disso. Sentia-se estranhamente feliz com a presença dele, nem mesmo o próprio sabia o porquê disso.

Quando finalmente chegaram na frente da casa de Jeonghan, o mais velho se despediu com um sorriso pequeno ― o preferido de Seungcheol.

― Então... até mais.

― Até.

Antes de entrar, Jeonghan deixou um beijinho na bochecha de Seungcheol, depois disso fechou a porta. O mais novo sentiu seu rosto queimar e sorriu. Era estranho pra si, sabe? Agir “como um virgem”. Virou as costas e foi embora, no meio do caminho ligou para seu mordomo mandar alguém, é claro, não ia andar isso tudo até sua casa.

Foi um longo dia, queria chegar e desabar em sua cama. Acordar só de manhã, quem sabe no outro dia. Suas pernas doíam tanto que pareciam que iriam cair a qualquer momento.

Ao chegar perto da estrada, seu motorista não demorou. E, é claro, mordomo Lee estava lá ― com uma expressão nada boa, por sinal.

― Sua mãe está bravíssima por você ter saído sem avisar e vai ficar mais ainda por estar em uma favela.

O garoto revirou os olhos.

― Qual é, Sungmin? ― ao chama-lo pelo seu nome, o mordomo olhou-o de canto. ― Larga de ser tão chato. Você não é nem tão mais velho do que eu. Tens o quê? 25? Nessa faixa, né?

O Lee permaneceu quieto, esperando que seu “patrãozinho” prosseguisse:

― Colabora comigo, mantenha a boca fechada. Se você contar vai estragar tudo ― Sungmin o olhou diretamente, com uma daquelas expressões de curiosidade que os adultos fazem.

Tudo o quê?

Seungcheol engoliu seco. Acabou de dar uma brecha, tal essa que um certo mordomo estava prestes a enfiar um braço inteiro.

― Tudo... ãn... ― estava sob pressão do olhar do Lee, o que o deixava nervoso demais para responder sem rodeios. ― Tudo... toda... minha diversão. É. Vai estragar toda a minha diversão!

E antes que Sungmin pudesse encurrala-lo, chegaram à casa dos Choi e Seungcheol saiu em disparada do carro. Estava claro: ele estava a esconder algo. Que, obviamente, o mordomo descobriria facilmente.

 

Jeonghan olhou para o lado da cama em que Jihoon deveria estar e suspirou. Há umas duas semanas não ia visitar o irmão, pois sabia (pensava) que, de alguma forma, era ele quem estava atraindo tudo isso. Era algo estúpido de se pensar, estava ciente disso, e mesmo que nunca tivesse sido alguém supersticioso preferia manter distância. Ao menos enquanto ele se recuperava.

Já no hospital, os pensamentos do miúdo também rodeavam Jeonghan. Soonyoung estava lá, fizera questão de passar a noite consigo. Ultimamente parecia ser o único amigo que tinha.

Era estranho para Soonyoung como o humor de Jihoon mudava rápido. Ora estava feliz, ora triste. Isso em um espaço de tempo curto. Talvez fosse pelo fato de estar enfrentando o câncer. É, com certeza era por isso.

― Soonie ― assim foi como se acostumou a chamar o amigo.

― O que foi? ― perguntou saindo do banheiro já com seu pijama.

― Por que você acha que o Jeonghan não vem mais me visitar?

Doía o coração do mais velho ver o rostinho murcho de Jihoon. Passou alguns segundos calado, escolhendo a dedo cada palavra. Mas, infelizmente, não conseguiu formular uma frase que (talvez) o fizesse sentir melhor. Então, por fim, falou:

― Talvez ele só esteja cansado.

― Por duas semanas?

― Talvez ele esteja estudando para provas, ou procurando um trabalho de meio período.

― Talvez ― o olhar do miúdo continuou baixo.

Soonyoung estalou a língua, mas então lembrou do que tinha em sua mochila. Sorriu, logo foi em busca desta mesma.

― Hey ― Jihoon o encarou ― Adivinha o que eu trouxe?

O olhar do mais novo brilhou quando viu Soonyoung tirar da mochila a tal surpresa.

― Livros!

E então bateu palmas alegremente, como uma criança.

― Tenho certeza que você vai adorar. ― Chegou perto da cama, e sentou-se na cadeira ao lado ― Percy Jackson, já ouviu falar? ― ele apenas negou com a cabeça ― Bem, eu trouxe “O ladrão de raios”.

― Parece legal ― sorriu.

― Quer que eu leia o primeiro capítulo pra você?

― Sim!

― Ok ― respondeu risonho ― Sem querer, transformo em pó minha professora de iniciação à Álgebra. Olhe, eu não queria ser um meio-sangue. Se você está lendo isto porque acha que pode ser um, meu conselho é o seguinte: feche este livro agora mesmo. Acredite em qualquer mentira que sua mãe ou seu pai lhe contou sobre seu nascimento, e tente levar uma vida normal...

 

Seungcheol andava lentamente, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Pois ouvira a vozes no corredor do segundo andar, onde fica o quarto dos seus pais, e, para o azar dele, seu quarto ficava no terceiro e para chegar lá tinha que se subir a escada que ficava justo ao lado desse determinado quarto. Havia uma brecha na porta ―pois não estava totalmente fechada―, e por ela era possível se ver, mesmo minimamente, quem passava por lá.

E foi o que aconteceu:

― Seungcheol.

Parou de andar mordendo o lábio inferior, já pensando em que desculpa iria dar a sua mãe. Talvez que tinha saído para qualquer lugar com o Soonyoung, mas céus, já eram quase 23:00 horas (E além disso, nem sabia onde diabos o amigo se meteu). Mas foi então que se tocou: não foi a voz de sua mãe que lhe chamou, era de um homem, era do-

― Pai? ― abriu a porta lentamente, e viu o rosto que parecia estar há eras ausente.

Mingyu estava exatamente igual. Parecia não ter envelhecido nem um dia.

―Olá ― sorriu gentilmente para o filho, este que não retribuiu o gesto.

― Oi.

― Eu não te vi quando cheguei. Onde estava?

― Por aí.

Por aí?

― Eu estava com a minha namorada. Acabou com o interrogatório?

O sorriso de Mingyu se desfez, estava desapontado, mas não com o filho, e sim com si próprio. Sabia que o motivo de Seungcheol estar zangado era porque ele simplesmente apareceu do nada, depois de tudo. Numa tentativa de descontrair o clima tenso, perguntou:

 ― Quem é a sua namorada?

― Ela se chama Yoona.

― Yoona... ― repetiu para si mesmo ― Eu quero conhecê-la.

Foi então que Seungcheol gelou e o sangue fugiu de seu rosto.


Notas Finais


só queria dizer que percy jackson é muito bom e q eu quero ler o proximo, mas minha mae n confia na internet e na livraria tá caro pra porra ;-;
ps: desculpa se tiver algum erro
ps2: desculpa nao conseguir cumprir com a minha palavra


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...