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História Sr. Destino - Primeiro capítulo.


Escrita por: exoskyrain

Notas do Autor


Olá amigos! Sim, vocês estão vendo certo, depois de anos desaparecida resolvi voltar para poder reescrever essa obra ao qual havia iniciado em meados de 2017/2018 se não me falha a memória. Eu estou ansiosa para poder reescrever essa obra, mas ocorreram algumas alterações drásticas sobre o plot e até mesmo sobre o conteúdo, e envolvidos na estória. Entretanto, foram alterações necessárias e acredito que pra melhor. Sinto que a escrita está fluindo melhor com tais alterações, então, espero que vocês gostem dessa escrita fajuta minha e espero que algumas pessoas possam relembrar dessa estória que foi perdida/esquecida no tempo. Se for preciso esqueçam mesmo, pois posso afirmar que essa nova versão e reescrita está melhor.

E sem mais delongas, espero que gostem desse "pequeno" capítulo. Irei explicar melhor sobre o funcionamento das postagens nas notas finais. ~ ♡

Capítulo 1 - Primeiro capítulo.


O soar do sino ecoou pelos corredores daquela enorme universidade, os passos desesperados dos estudantes que seguiam até a porta de suas próprias salas eram escutados pelos professores que os encaravam com um enorme ponto de interrogação. Óbvio, os professores sempre iriam ter uma reação um tanto quanto interrogatório em relação aos próprios alunos, até porque para os mais velhos era apenas uma aula qualquer, mas para os alunos era quase como uma morte dolorosa e muito lenta. Byun por outro lado ao invés de seguir os passos dos restantes dos alunos que sobraram em sua sala, seguiu firmemente até a mesa de seu orientador ou simplificando, professor. 


— Professor, eu realmente queria discutir sobre o meu tema no trabalho que o senhor nos deu semana passada. — as palavras saíram rápidas, fazendo com que o orientador acabasse por se inclinar levemente para encarar o aluno, agora, em frente a sua mesa de costume onde apoiava seus pertences. 


— Eu já lhe disse que não irei escolher uma nova palavra chave para que possa trabalhar em cima. — a resposta veio curta e ríspida, fazendo com que o aluno a frente da mesa acabasse por praguejar baixinho, sem ser notado pelo orientador. 


— Olha professor, eu realmente estou procurando por uma resposta para que possa trabalhar em cima do conteúdo do trabalho, mas é muito complicado quando existem diversos significados em apenas uma só palavra. É impossível juntar todos os significados em apenas um conteúdo, são muitos e diversos são tão clichês, e sem sentido que me deixam enojado. — o olhar do orientador parou em seus pertences acima da mesa, começando a guardar com uma lentidão proposital, sem que desse uma resposta imediata para o aluno a sua frente, só após segundos de espera. 


— Você deveria ser mais grato com a palavra que tem pego para usar como base em seu trabalho, diversos universitários de verdade pegaram palavras tão difíceis e com tantas definições...você sequer percebe que está discutindo por algo tão inútil? Olha Baekhyun, eu realmente estou exausto de ouvir suas reclamações sobre a palavra que tem pego, seja breve com o seu trabalho, pois teremos de apresentar no final desse mês, falta menos de quatro semanas, é tempo suficiente para que você possa de fato colocar uma definição para o significado da palavra.... — o orientador se levantou da cadeira ao qual estava sentado, encarando o universitário que permanecia com o olhar baixo recebendo o sermão de bom grado, mas com os dentes trincados se segurando para não acabar falando qualquer besteira. — Olhando desse ângulo até parece que nunca amou alguém na vida. — o orientador murmurou baixo o suficiente para que o universitário não escutasse, mas Byun tinha uma ótima audição, acabando por escutar as palavras alheias, mas não o respondendo. 


Byun permaneceu no local por mais alguns segundos pensando nas últimas palavras de seu orientador. O mais decepcionante era saber que aquela frase não era uma mentira, nunca havia se relacionado romanticamente com alguém em toda sua vida e surpreendentemente não se incomodava com aquilo. Entretanto, pesquisou tanto sobre o significado da palavra amor nos últimos dias que se sentia enojado em realmente amar em algum momento, era algo tão...inalcançável. O amor era dado como algo que deveria ser positivo, mas quanto mais Byun pesquisava sobre, mais ele sentia que o amor era apenas um vocábulo que escondia sua real essência. O amor lhe dava arrepios, era a única definição que Byun havia encontrado.


O universitário seguiu porta a fora de sua sala, os pés seguiam para o refeitório da universidade, o olhar corria pelas mesas lotadas de alunos. Infelizmente ou felizmente, assim que o sinal do encerramento das aulas tocava, o refeitório abria suas portas para permitir que alunos que tivessem tarefas ou empregos de meio período à tarde pudessem comer no recipiente. Byun não trabalhava, estava fora de cogitação estudar e ao mesmo tempo trabalhar, pelo contrário, só ia até o local para que pudesse se encontrar com seu melhor amigo, D.O Kyungsoo. O olhar correu mais uma vez para as mesas lotadas e não demorou em encontrar a mesa que o menor estava sentado. 


Byun se aproximou cautelosamente ao lado do menor, se aconchegou de modo a deixar sua mochila entre suas pernas e logo o olhar seguiu ao do melhor amigo. O que dizer de Kyungsoo? Bom, não haviam muitos sinônimos para descrever o universitário, era apenas mais um estudante da arte e com o óculos de grau forte escorregando sobre o nariz, o fazendo ajustar repetidamente. Era a única definição que poderia ser feita do menor, não em um sentido ruim, Kyungsoo tinha diversos pontos positivos que não eram descritos, mas o ponto chave era que não haviam falhas em si e se tinha ele sabia esconder muito bem. Byun por outro lado continha de muitas falhas, umas das maiores falhas que faziam com que Kyungsoo sempre acabasse se envergonhando na presença do amigo, sendo está a malcriação e não era no sentido familiar, pelo contrário. Byun sempre viveu envolto de escritores e pedagogos, visto que sua família toda havia recorrido às profissões no ramo da escritura e no ramo do ensino. Entretanto, o rapaz de apenas vinte seis anos tinha uma mente fértil e uma boca larga, repleto de criatividade e de idéias, o que acabava sujando um pouco da reputação conservadora da família e dos próprios progenitores. 


— Boa tarde, Kyungsoo. Será que hoje terei a honra de ter sua ilustre presença para que possamos jogar vídeo game em meu humilde aposento? — o olhar de Kyungsoo seguiu ao do rapaz moreno ao seu lado, os lábios levemente sujos por conta do caldo do macarrão, seguido do suspiro baixo que escapou dos lábios do universitário de artes. 


— Você sabe a resposta, não sei porque ainda insiste que eu vá faltar o meu serviço para poder me divertir contigo. — Byun deixou um sorriso mínimo escapar dos próprios lábios, apesar da fala soar um tanto quanto rude, era essa a forma como Kyungsoo conseguia lidar com o modo inconveniente de Byun em determinados assuntos e como havia dito, não era a primeira vez que o universitário de letras convidava Kyungsoo para poder jogar em sua casa no horário do expediente. — O professor deixou você alterar a palavra? — e além de ser ríspido deveria trocar de assunto quase que automaticamente para que Byun não viesse a insistir sobre o assunto anterior. 


— Ele não deixou, falou que estou sendo mal agradecido por querer alterar a palavra sendo que tem outras derivadas mais difíceis que a minha para uma definição...como se eu me importasse com o restante da turma, só queria poder fazer um tema que pelo menos tenha um significado concreto e não algo escasso. — o murmúrio seguiu da ação de colocar um dos braços apoiado na mesa e a mão apoiando o próprio queixo, Kyungsoo permaneceu centrado em sua alimentação, mas definitivamente ouvia as palavras do melhor amigo. 


— E se você estiver sendo mal agradecido? — o olhar de reprovação do universitário de letras surgiu quase que imediatamente, mas logo se desfez ao notar que de fato poderia estar sendo mal agradecido, acabando por se ajustar melhor na cadeira esperando pelas próximas palavras do melhor amigo. — Existem diversas palavras, já que obtém de cinquenta alunos em cada classe, o seu conteúdo chega a ser bem mais fácil...soube que uma menina pegou "caridade" como palavra, imagine o quão hipócrita seria escrever algo que por vezes nenhum ser humano obtém ou até mesmo prática. Eu me sentiria mil vezes enojado por pegar algo que o mundo está perdendo com o tempo...não sei, pode ser apenas uma opinião própria, até porque você havia dito que seu único problema era pela questão de nunca ter namorado e muito menos encontrado um adjetivo que pudesse se referir de forma básica, e prática a palavra. Se essa é a questão...posso tentar te ajudar em alguma coisa ou até mesmo na reflexão da palavra, já me apaixonei e já amei muitas vezes, você diz que nunca se apaixonou e nunca nem ao menos amou, então, sei o quão difícil pode estar sendo para você. 


O olhar de Byun permaneceu sobre o melhor amigo por mais alguns segundos, seguido do acenar positivo lançado em sua direção. Kyungsoo apenas prosseguiu com sua alimentação enquanto o horário permanecia distante. 


E logo a tarde se iniciou, Byun seguiu em passos lentos até a casa de seus progenitores, até porque de certo modo não poderia nomear sua casa, visto que poucas vezes ficava no local e por sorte não havia um motivo concreto para tal feito, apenas preferia permanecer horas em uma biblioteca qualquer da cidade ou até mesmo nas locadoras onde vendiam fitas cassete, apesar de não ter uma máquina para o uso das fitas. Byun era o famoso nerd de filmes americanos, mas certamente não era os nerds que ficavam calados mediante a uma discussão, pelo contrário, era somente o nerd chato e insuportável que unicamente o melhor amigo suportava por já ter se acomodado à relação. Entretanto, obtinha de um coração enorme e sempre era muito agradável em momentos que era necessário o silêncio ou assuntos curtos. 


Byun reconhecia que as vezes passava dos limites quando conversava com seu orientador ou quando reclamava sobre feitos tão fúteis em sua vida com seu melhor amigo, mas apenas não tinha com quem conversar sobre. Seus pais eram ocupados ao extremo, seu pai sendo professor de português e história em uma escola particular bem renomeada na Coréia, e sua mãe uma escritora não tão famosa, mas que obtinha de projetos e uma carreira bem desenvolvida no ramo da escritura. E Byun, era apenas o filho um tanto quanto charlatão que vivia reclamando sobre a vida e em como nada era do jeito como desejava ser. 


— Boa tarde, pai. — cumprimentou assim que botou os pés na cozinha do cômodo. Senhor Byun apenas assentiu de leve enquanto engolia o último gole de chá e se apressava em organizar suas coisas para que pudesse seguir para o seu serviço. — Tenha um ótimo dia no serviço. — o Byun mais novo desejou assim que viu seu progenitor se dirigindo para a porta onde o levava até a garagem da casa. 


Baekhyun apenas pegou um copo de água e bebeu de forma apressada enquanto ouvia os passos de sua progenitora chegando no local, se virou por completo para saudar a mais velha, mas se interrompeu ao notar as boas vestes no corpo esguio na progenitora e a pasta onde guardava suas anotações, e rascunhos de uma nova obra. O sorriso do universitário de letras nasceu assim que notou o bom humor no olhar da mais velha, provavelmente alguma editora havia aceito os trabalhos que a senhora Byun havia iniciado no início do ano. 


— Qual o nome da editora? É famosa? Eu conheço? — as perguntas vieram seguidas umas da outra fazendo com que a mulher colocasse a palma da mão sobre o rosto do filho, em um pedido mudo que fizesse silêncio para que pudesse responder as perguntas de modo a não se perder no assunto e no raciocínio. 


— Eu ainda não sei se vai ocorrer tudo da forma como desejo. — os passos da mulher seguiu pela cozinha toda, fazendo com Byun acabasse por imitar o gesto involuntariamente, visto que ambos haviam da mesma mania, serem insuportáveis em modo absurdos. O olhar da mulher seguiu o do filho e logo prosseguiu com a frase. — C&Y é o nome da empresa, não é muito famosa e não é reconhecida na Coréia do sul igual as outras empresas, o único problema...eles só aceitaram escritores que fizeram ou fazem histórias em quadrinhos, como mangás, você sabe, esse não é meu estilo de escrita, mas se eles conseguirem me convencer que estarei fazendo um bom negócio, possivelmente poderei entrar nessa editora e irei publicar minhas obras mais recentes. 


— Você vai publicar "O cantar"? — a pergunta veio automática, o olhar da mulher seguiu o do filho novamente e a negação com a cabeça foi o suficiente para fazer com que Byun suspirasse aliviado. O cantar era uma história de infância que a progenitora do estudante de letras havia feito para si, não era uma história tão ultrajante ao ponto de ser exposta para o mundo das editoriais, mas ainda sim carregava uma importância enorme no coração do coreano, este que sempre deixava claro que não queria que a obra fosse exposta, pois seria uma história que iria passar de família em família, e não seria publicada por ninguém e muito menos reconhecida por qualquer empresa. Seria como uma herança herdada da família, visto que seus primos também obtinha de uma história que seus pais lhe contavam e não as publicaram. 


Logo a senhora Byun seguiu até a geladeira do ambiente retirando de lá uma maçã que levaria no caminho para o prédio da editora. E antes que saísse do cômodo, se aproximou do próprio filho deixando um selar demorado em sua testa e o desejando uma ótima tarde. Byun permaneceu por mais alguns segundos olhando para a porta principal da casa, deixando um suspiro baixo escapar de seus lábios. Se sentia um pouco deslocado da própria família, visto que não conseguia nem ao menos escrever um projeto relacionado ao amor por falta de conhecimento e até mesmo por falta de interesse. Se sentia medroso em saber que poderia obter de algumas características que o amor definia em sua essência. Sempre se encontrou sendo o filho amargurado ou até mesmo o único da família que era "frio", insensível e sem um pingo de piedade pelos seres humanos. E lendo o conteúdo sobre o amor e se sentindo similar algumas características que eram expostas, o fez repensar sobre si mesmo. O que acabou lhe causando um certo rancor e até mesmo enjôo sobre o assunto. Byun não queria se sentir similar ao amor, porque sabia de ponta a ponta que o amor não quebrava barreiras e não era disposto a aguentar o fardo de carregar o sentimento de já ter sido apaixonado pelo melhor amigo, e só estava descobrindo isso naquele momento. 


Byun sabia que Kyungsoo nem ao menos desconfiava sobre aquilo, pois dizia com clareza para o estudante de artes o como era amargurado e que nunca havia se apaixonado por alguém. E ao certo não poderia tirar a razão do menor, visto que atualmente Byun não sentia nada pelo mesmo, mas as palavras "nunca" lhe incomodavam. 


O anoitecer chegou junto da sonolência de Byun, passou maior parte de seu tempo no próprio quarto pesquisando mais alguns adjetivos para a definição da palavra amor, caçou por alguns sinônimos também, encontrando diversos que se encaixavam em suas características passadas com Kyungsoo. O sono veio como um baque em si. O jantar já estava pronto, então não se preocupou com o que seus progenitores iriam comer, pelo contrário, Baekhyun nunca se preocupava com esse fator e de fato nunca iria se preocupar. 


Os olhos cansados do estudante ainda continuavam centrados na tela de seu notebook, enquanto ao lado do aparelho obtinha de uma caneca de café totalmente vazia. O sono o consumia, não sabia se seria capaz de prosseguir com as pesquisas daquela maneira e muito menos desejava; Baekhyun apenas sentia o estômago revirando em pensar sobre aquelas questões tão distantes de sua própria realidade. O estudante de letras bocejou assim que sentiu a mesa tremendo, denunciando que havia recebido uma mensagem, visto que seu aparelho celular estava em cima da mesa e próximo ao mouse do notebook. 



KyungSoo [23:57]: Eu não irei para a universidade amanhã, sinto que estou prestes a ficar doente após sair do meu serviço, já me mediquei, mas ainda sim irei ficar amanhã em casa para voltar 100% para universidade.



Baekhyun olhou a mensagem, mas nada respondeu, KyungSoo compreendia quando o melhor amigo não estava em boas condições para responder suas mensagens, então não esperou por uma resposta, e Baekhyun definitivamente não estava preparado para poder dar uma resposta naquele momento, não pela questão da descoberta recente ao qual havia sentido algo no passado pelo melhor amigo, era mais pela questão de não conseguir pensar em uma frase coerente ou que fizesse sentido em sua mente. Se fosse responder ao melhor amigo naquele momento, certamente, soltaria um "Oh boa sorte com sua gripe". 


O horário já estava avançado e os pais do mais novo da família Byun não haviam chegado, fazendo com que o jovem apenas se deitasse em sua cama e acabasse por simplesmente se jogar ao mundo do sono. 


//•//


Os raios solares ultrapassavam as persianas do quarto do estudante de letras e o relógio marcava as exatas sete horas da manhã. Byun demorou cerca de cinco minutos para compreender que já era um novo dia e não demorou para que acabasse se levantando de imediato de sua cama, e rumasse até seu banheiro privado; realizou suas necessidades e até mesmo optou por um banho rápido para que pudesse despertar de seu sono contínuo. O relógio logo estava marcando sete e meia da manhã; Byun pegou seus pertences em cima de sua mesa de estudos e imediatamente seguiu em direção a entrada da casa, seu pai certamente já havia ido trabalhar. Enquanto sua mãe prosseguia em um sono profundo em seu quarto, nem ao menos conseguiu ter uma conversa civilizada com sua progenitora para que pudesse retirar toda a ansiedade que continha em apreciar a própria mãe trabalhando em uma editora. 


Byun calçou seu tênis e seguiu até a faculdade sem qualquer dificuldades, naquela manhã decidiu que usaria seu óculos de descanso, para que pudesse, justamente, descansar suas vistas cansadas por conta da noite anterior. O caminho seguiu daquela maneira, no silêncio habitual, mas na mente do estudante apenas estavam as dúvidas sobre o como seria capaz de apresentar aquele trabalho. O moreno queria ser capaz de chutar que aquele trabalho era o mais dificultoso para sua carreira, mas não queria ter que julgar tão rápido daquela maneira, visto que no último ano da faculdade seria obrigado a fazer um TCC, e certamente não seria um tema agradável. Byun pensava que talvez seu orientador apenas estava o treinando para o pior. 


Os prédios da universidade já eram vistos pelo estudante, que prontamente começou a apressar os passos para que não acabasse se atrasando para sua tão esperada aula – sinta o leve sarcasmo na frase –. Byun subiu alguns degraus das escadas para que rumasse até sua sala, mas acabou esbarrando em um estudante qualquer e antes que pudesse seguir adiante para sua classe, pegou os livros que haviam caído sobre o chão, livros estes que não eram de sua pessoa, eram os livros do estudante que acabou esbarrando. Entretanto, não demorou muito naquilo, pediu desculpas rapidamente e correu para o seu departamento. 


O local já estava praticamente cheio, o moreno não compreendia a questão de acordar cedo e até mesmo negligenciar o próprio café da manhã, e mesmo assim nunca chegava no horário correto das aulas. Byun se sentou em uma das cadeiras vagas ao lado de alguns veteranos e colegas em comum, apesar de não conversar muito durante as aulas que eram dadas. E assim que organizou suas coisas em cima da mesa extensa, levantou o olhar para que pudesse mirar o professor que havia chegado segundos depois de sua entrada. Entretanto, sua atenção foi completamente roubada pelo rapaz que entrava logo atrás do orientador com alguns livros e folhas bagunçados em seus braços, inicialmente não compreendeu a presença de um ser tão desorganizado em uma sala repleta de estudantes questionando sua aparição no local. 


— Bom dia. — a voz do orientador soou pelo local, fazendo com que todos acabassem por responder por pura educação, até porque não era um bom dia e nunca seria até a formatura de todos os presentes. — Eu sei que raramente recebemos calouros em nosso departamento, visto que nossas aulas são repletas de dinâmicas e dificilmente são compreendidas em menos de dois ou três anos. Entretanto, nosso superior, ou melhor dizendo, o diretor de nossa universidade autorizou a presença desse novo calouro… — apontou em direção ao rapaz de orelhas salientes e sorriso um tanto quanto exagerado nos próprios lábios. — Para que pudesse fazer parte da nossa turma neste ano; compreendo que seja uma situação confusa, mas ele afirmou que o senhor…desculpe, como se chama mesmo? — o timbre de voz do orientador era completamente tedioso, como se toda aquela apresentação não fosse necessária, ao mesmo tempo que era ordenado a fazer aquilo todas as vezes que tinha um novo calouro na turma. 


— Park Chanyeol. — o som rouco da voz do moreno soou pela sala, fazendo com que todos continuassem o encarando, mas agora com um enorme ponto de interrogação nos olhares. Como se perguntassem em mudo "Como um cara tão desleixado daquele tinha uma voz de um homem de quase quarenta anos ou até mesmo trinta?". 


— Isso, Park Chanyeol. O nosso diretor afirmou que o senhor Park não seria um problema, pois ele já tem base em todas as nossas matérias e reconhece todas as formas de aprendizado no curso de letras. Em suma, espero que todos sejam receptivos com nosso calouro e qualquer dúvida que ele tiver, sejam francos e agradáveis, não queremos passar uma vibe "esnobe" para, principalmente, os nossos colegas de classe. — todos concordaram com acenar, exceto Byun que continuava com a expressão de mal humor no rosto e com os pensamentos preso na questão do próprio trabalho. — Senhor Park, pode se sentar ao lado do nosso aluno mais habilidoso. — o olhar do orientador fora diretamente para o local vago ao lado de Byun, junto ao próprio indicador para que pudesse sinalizar para o calouro. 


Chanyeol se aproximou com passos sutis, como se os próprios movimentos pudessem incomodar todos os alunos presentes naquele local, até porque todos os olhares continuavam presos em sua pessoa, fazendo com que sentisse os dedos suando novamente. Byun encarou o calouro à medida que o via se organizando ao seu lado e se sentando completamente encolhido, como se pudesse ser capaz de ultrapassar o espaço pessoal do veterano ao lado, mesmo que as cadeiras estivessem minimamente distantes. 


— Olá...eu me cha… — Chanyeol começou a frase, mas foi interrompido com o olhar do veterano, neste caso Byun, o encarando como se tivesse feito a penalidade mais perigosa naquele curso. 


— Eu sei o seu nome calouro, o professor expôs para todos os alunos presentes… — Byun murmurou brevemente enquanto abria o próprio livro na página ao qual certamente iriam revisar novamente naquela manhã. Os olhos seguiram até os do calouro ao lado, que parecia completamente perdido com as ações do veterano. — Página 76, vamos revisar essa matéria porque ninguém a compreendeu na aula passada e acredito que você possa ter dificuldades para compreender também. 


Chanyeol prontamente abriu o próprio livro com um meio sorriso nos lábios, como se aquela mera ação de gentileza de Byun tivesse sido uma das primeiras a receber em toda sua vida; Byun continuou encarando o calouro com desdém, como se toda sua paciência tivesse sido absorvida pelo rapaz ao seu lado, mas sabia que só estava sendo chato e perfeccionista demais com as decisões sem sentido do diretor da universidade. O veterano apenas se preocupava com a questão do calouro não conseguir seguir o ritmo da classe e aquilo certamente poderia ser um trabalho, e uma dor de cabeça futura. Enquanto isso, Park notou o olhar contínuo do veterano ao seu lado sobre si, acabando por o olhar de canto de olho, tal ação fez com que Byun acabasse se assustando brevemente e começasse a encarar o quadro negro da sala, prestando atenção em cada detalhe e explicação do conteúdo, e anotando em seu bloco de notas tudo o que achava necessário para o melhor desempenho no curso. 



Notas Finais


Obrigado por ler até aqui! Irei explicar melhor sobre a questão das postagens...Esse primeiro capítulo eu postei para que pudesse me dar melhor ânimo para poder prosseguir com a escrita dos outros capítulos, não irei postar o restante dos capítulos antes que a fanfic já esteja concluída no meus documentos. "Okay, mas você pode mudar de idéia?" possivelmente sim, mas até o momento eu desejo encerrar a fanfic nos documentos primeiro para que possa dar continuidade com a postagem dos próximos capítulos. Então, peço que sejam um pouco pacientes sobre essa questão e espero que de verdade vocês tenham gostado desse primeiro capítulo.

Então, até o próximo capítulo! ~ ♡


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