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História Stalker - Nevermore - nunca mais


Escrita por: stalker2512

Notas do Autor


agradeçam a minha bb por ter postado mais hoje, é nois e sim esses da capa são os personagens novos

Capítulo 26 - Nevermore - nunca mais


Fanfic / Fanfiction Stalker - Nevermore - nunca mais

Lauren sai com seu carro e observa o delegado pelo retrovisor. Ao chegar no Hospital mostra seu distintivo ao perguntar por Talita e logo é guiada para onde a menina se encontrava.

– Aguarde um momento aqui fora, por favor. Ela está bem, mas ainda está sendo examinada pela doutora. – a delegada assentiu e sentou-se

Suspirou e encostou-se na cadeira, lembrando-se do que Jorge havia lhe dito. Claramente aquele senhor estava zombando com sua cara, mas aquilo fez com que Lauren ficasse preocupada pensando se realmente é verdade. Ouviu a porta a sua frente abrir e levantou seu olhar, encontrando Camila.

– Graças a Deus! – suspirou ao ver a delegada – o que houve com seu rosto? – a médica colocou a mão na testa de Lauren, onde estava sangrando

– Ah, não é nada, estou bem – limpou o sangue com sua jaqueta – já posso vê-la?

– Já sim, mas depois vamos cuidar disso!  – a delegada assentiu e observou a médica sair

Entrou no quarto e avistou Talita na cama apenas com alguns curativos e soro ao seu lado. Aproximou-se e sentou ao seu lado.

– Ainda não tive a chance de te agradecer – a menina sorriu ao olhar para Lauren

– E nem precisa – respondeu a delegada – estou feliz que você está bem.

– Meus pais já estão a caminho?

– Provavelmente, creio que já devem ter dado a notícia de que você foi encontrada.

– E ele? – perguntou então sobre Jorge, seu sequestrador

– Está sob custódia, logo irei interrogá-lo – assegurou a garota – posso lhe fazer algumas perguntas?

– Sim – Talita ajeitou-se na cama

– Como ele agiu com você?

– Não sei explicar, foi tudo muito rápido – suspirou tentando lembrar-se – mas parecia que não queria me machucar, não até aquele momento, não até você chegar.

– Até eu chegar? Como assim?

– Ele estava em uma ligação, reclamando sobre querer me matar logo, ai vocês chegaram e ele ficou quieto – a delegada ouvia atentamente o que a menina lhe dizia – e então, anunciaram que era a polícia e ele disse: “Ela está aqui”, e deu para ouvir que ele começou a subir as escadas para ir atrás de mim – seus olhos marejaram.

– Ei, tudo bem, tudo bem – Lauren pegou em sua mão – está tudo bem, chega de perguntas.

A porta do quarto se abriu e entraram os pais de Talita. Lauren despediu-se e estava saindo do Hospital quando escuta a voz de Camila chamando-a.

– Lauren, temos que cuidar desse seu machucado.

– Está tudo bem – suspirou olhando-a – tenho que interrogar o cara.

– Como ela está?

– Você é a médica aqui – riu

– Você entendeu – respondeu a delegada rindo e dando um tapa na mesma

– Está em choque, mas vai ficar bem.

– Ótimo – sorriu

– Tenho que ir, se cuida – deu um beijo na testa de Camila e saiu do Hospital.

Foi até onde Jorge havia sido levado para aguardar o interrogatório e esperou até ser chamada para começar. Passou pelo corredor sentindo algo ruim, uma sensação de que algo ruim estava prestes a acontecer. Suspirou , passou a mão pela sua arma que estava em sua cintura e parou de frente para a porta da sala onde o homem se encontrava. Ao entrar, o mesmo a olhou e sorriu sarcástico, a delegada continuou com sua expressão neutra e sentou-se de frente para ele.

– Olá, delegada – seu sorriso ficou maior

– Se não quiser passar o resto da sua vida na cadeia, melhor começar a falar

– O que quer saber?

– Por que sequestrou Talita? – essa pergunta fez com que Jorge soltasse uma risada alta

– Lauren! – recuperou seu fôlego – que pergunta boba, me disseram que você era tão inteligente, achei que entenderia de primeira o porquê de ser ela.

– Disseram? Quem disse?

– Ah, uns amigos – deu de ombros

– Quero nomes, agora.

– Para que a pressa? – sorriu novamente – logo você terá notícias sobre eles.

A delegada se levanta para sair da sala, estressada com o blá blá blá daquele homem, que parecia estar delirando.

– Fiquei sabendo que a Sophia tem um filho – Lauren parou e virou-se lentamente para encará-lo novamente – Tyler, certo? Uma criança muito bonita.

– Não mencione o nome deles – aproximou-se dizendo com os dentes cerrados

– Faz tempo que você não os faz uma visita, não é? Devem estar com saudades. – a delegada estava bufando olhando-o nos olhos – Sabe quem mais faz tempo que você não visita e também está com saudades? – o homem aproximou seu rosto e sussurrou – Paulo.

Lauren deu um soco no rosto do homem e saiu da sala batendo a porta e escutando a risada irônica ecoando pelo corredor. Ele tinha razão há muito tempo ela não visitava Sophia e seu afilhado, assim como não via Paulo depois que havia sido preso. Dois anos se passaram e nada deixa Lauren esquecer daqueles dias de perseguição e sangue. Cicatrizes por todo seu corpo a faz lembrar todos os dias de que quase morreu nas mãos de seu ex professor.

– Não acredito que você deu um soco nele – disse Sr. Tórmena, seu chefe, ao aproximar-se

– Aquele desgraçado... – bufou ao lembrar-se do que ele havia dito

– Eu estava ouvindo, quem é Sophia e Tyler?

– Sophia é uma amiga do ensino médio, Tyler é seu filho e meu afilhado – suspirou pegando um copo d’água

– Vá checá-los, ter notícias – Lauren assentiu

Entrou em seu carro e passou as mãos em seu cabelo e suspirou, pensando em alguma forma de contatar Sophia depois de tanto tempo. Elas eram amigas desde antes do colegial, mas se afastaram depois do aniversário de três anos de Tyler, onde Lauren chegou bêbada.

“– Eu não acredito que você veio bêbada para o aniversário do meu filho! – Sophia esbravejou na cozinha com Lauren enquanto as crianças estavam na varanda

– Não estou bêbada – falou mole

– Eu to sentindo seu cheiro, Jauregui – bateu a mão na mesa

– Madrinha! – Tyler apareceu contente correndo em direção a Lauren

– Grande homem! – Lauren sorriu e pegou o menino no colo – tá ficando velho já, ein?

– Logo serei um policial como você – exclamou feliz

– Sua mãe ficaria doida – riu e olhou para Sophia que estava a encarando séria

– Você trouxe presente?

– Tyler! Modos. – Sophia repreendeu-o

– Tudo bem, tudo bem – colocou o menino no chão – claro que eu trouxe, mas volte a brincar que eu lhe entrego depois dos parabéns, certo?

O menino assentiu e saiu correndo de volta para onde estavam as outras crianças.

– Não fica assim – Lauren suspirou olhando para sua amiga

– Você precisa se cuidar, eu fico assim pelo seu próprio bem – encostou-se no balcão

– Eu estou bem.

– Então, por que 70% dos seus dias você está bêbada? Vai acabar perdendo seu emprego!

– Eu estou tentando parar! – gritou

– Me faça um favor, então, só volte aqui se tiver parado! – gritou de volta e deixou Lauren sozinha na cozinha.”

Era um caso de urgência e, mesmo a delegada não tendo parado de beber, ela sentia falta de seu afilhado e sua amiga, além de ser muito necessário aparecer por lá. Pegou seu celular e pensou em telefonar antes, mas com receio de que seria  ignorada, mudou de ideia. Parou seu carro em frente à casa e respirou fundo mais uma vez antes de descer. “Pelo menos estou sóbria” pensou ao chegar na porta. Esperou alguns instantes até um menino de 6 anos atender a porta e com uma expressão muito surpresa abraçar a delegada.

– Madrinha! Eu nem acredito – apertou Lauren em seus braços, que estavam em volta da cintura da delegada

– Quem é, filho? – Sophia apareceu e olhou para a delegada, sem acreditar também.

– Mamãe, você tinha razão, ela apareceu – sorriu para sua mãe e pegou na mão da delegada, puxando-a para dentro – vem, eu quero te mostrar meu quarto novo.

– Oi, Lauren – sorriu de lado quando a delegada passou ao seu lado, guiada por uma criança eufórica

Sophia é mãe solteira, que agora tem ajuda de uma babá para olhar seu filho enquanto trabalha. Teve muitos problemas com seu ex namorado Tales, pai de Tyler, então separou-se e ficou com o filho, nunca mais tendo notícias do homem. Subiu as escadas, indo para o quarto de Tyler para poder falar com Lauren, sentia a necessidade de desculpar-se.

– Ele sentiu sua falta. – comentou ao olhar pela porta Tyler mostrando que ainda havia o presente que Lauren havia dado para ele em seu aniversário de três anos

– Faz três anos, eu também senti a falta dele – disse passando a mão pelos cabelos claros do menino

– Vem, vamos conversar – Lauren levantou-se e seguiu Sophia até a sala – quer beber alguma coisa?

– Não, estou bem – sentou-se de frente para sua amiga

– O que te traz aqui depois de tanto tempo? Pela sua cara, não foi a saudade.

– É, tem razão – suspirou – ficou sabendo do que houve há dois anos?

– A perseguição do nosso ex professor de filosofia? – Lauren assentiu – sim, lembro o quanto fiquei assustada e rezando por você.

– Estou com medo de que algo aconteça com você, dessa vez – Sophia franziu o cenho, sem entender

– Por que aconteceria?

– Prendi um homem hoje, ele mencionou você e Tyler, por isso vim aqui para certificar-me de que vocês estão seguros.

– Devo me preocupar? – olhou com receio para a delegada

– Ele fica muito sozinho?

– Não. Quando não está na escola, ele fica comigo ou com sua babá, Sara. – Lauren assentiu calada, então alguém entrou – essa é Sara

– Olá, desculpe o atraso – sorriu

– Tudo bem, essa é Lauren Jauregui, uma velha amiga

– Claro, quem não conhece Lauren Jauregui, a responsável pela prisão do maior assassino em série do Rio de Janeiro – sorrriu apertando a mão da delegada – é um prazer!

– Igualmente. – sorriu de volta

– Tyler está em seu quarto, pode subir. – Sara assentiu e assim o fez, despedindo-se da delegada. Sophia a olhou  – por que não voltou durante todo esse tempo?

– Ainda não parei de beber – encarou a mulher, que suspirou

– Olha, me desculpa – sentou-se ao lado de Lauren – eu não deveria ter lhe dito aquilo, estava de cabeça quente.

– É, mas em partes você tinha razão – Lauren abaixou a cabeça concordando – eu não era confiável.

– Ele ama você – a delegada a olhou – e eu também, então por favor, não se afaste mais – pediu com os olhos marejados, Lauren a abraçou

– Tenho que ir – disse afastando-se – mandarei algumas viaturas para cá, certo? – Sophia assentiu e acompanhou Lauren até a porta – fala que mandei um abraço para ele e logo estarei de volta.

Ainda com o que Jorge havia dito em sua cabeça, ligou para Sr.Tórmena e deu a notícia de que Sophia e Tyler estavam bem, e também pediu para que duas viaturas ficassem em frente sua casa por segurança. Foi até onde Paulo estava preso e solicitou uma visita imediata, que foi aceita.

– Pode vir, delegada Jauregui – um oficial a chamou para acompanhá-lo

E novamente estava Lauren em um corredor, tendo uma sensação ruim dentro de si. Parou em frente a porta que a separava do homem responsável por seus pesadelos noturnos, respirou fundo mais uma vez no dia e entrou. Paulo estava algemado, mãos e pés.

– Oh, Lauren! – sorriu ao vê-la – mais que surpresa agradável!

– Olá – sentou-se de frente         

– A quem devo a honra de você estar aqui?

– Só vim checar se está tudo certo – conversar com aquele homem trazia lembranças horríveis para Lauren, queria sair logo dali

– Ah, estou bem – se recostou na cadeira – só poderiam melhorar meu colchão, sabe, mas errado falar logo para você pedir um colchão novo para eu poder dormir melhor, já que você ainda está dormindo com minha namorada.

– Camila não é nada sua! – sua respiração ficou ofegante, a raiva estava aparecendo

– Ah, Lauren... – riu – você deveria ver como fica frágil ao tocar no nome dela.

– Pode tocar no nome dela quantas vezes quiser, pois nela mesmo nunca mais tocará! – sussurrou chegando perto do detento

– Nunca mais é muito tempo, não acha? – sorriu

– É o suficiente!

– Sabe, eu senti saudade disso, dessa energia que você me passa – sorriu fazendo barulho com as algemas ao mexer-se – tava pensando até em te escrever.

– Aproveite o resto do seus dias aqui, pretendo nunca mais te ver.

Lauren estava prestes a sair quando escutou mais uma vez aquela risada de dar arrepios.

– Já te disse, delegada, nunca mais é muito tempo.



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