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História Stalker - Sentimento adormecido (2)


Escrita por: stalker2512

Capítulo 7 - Sentimento adormecido (2)


Fanfic / Fanfiction Stalker - Sentimento adormecido (2)

Camila e Lauren acordaram cedo para trabalhar, fizeram o mesmo de sempre de suas rotinas e partiram. Ambas passaram o dia pensando no tal papo que teriam mais tarde. Camila saia 19h e Lauren 18h, então estaria em casa primeiro que a médica. Como Kate estava de repouso, passou na casa da mesma para vê-la. Ao chegar foi recepcionada pela mãe da secretária, que a levou até o quarto onde Kate estava.

– Lauren? Que surpresa! – se levantou com uma certa dificuldade e abraçou a delegada, que retribuiu com um tanto de cautela – relaxa, não dói muito – riu

– E tem tomado os remédios nos horários certos? – se sentou ao lado de Kate

– Sim

– E os curativos?

– Para ser sincera, está na hora de trocá-los – deu de ombros

– Quer ajuda?

– Pode ser – sorriu – pega aquela caixinha ali – apontou para uma cômoda que havia em seu quarto e Lauren pegou a mesma

– Ta, por onde começo? – olhou para os curativos e para o corpo de Kate, sem entender

– Pelos menores, acho mais fácil – e assim a delegada o fez, tirava os curativos que estavam, limpava o machucado e colocava o novo – Lauren?

– Hum? – respondeu sem parar de olhar o que estava fazendo

– Você não achou aquela médica estranha? – a delegada parou e olhou para sua secretária

– Estranha como?

– O jeito de agir – suspirou – parecia brava

– Não que eu tenha reparado – deu de ombros e voltou a fazer os curativos

– Você a conhece?

– É, um pouco – foi retirar um dos maiores e sentiu a perna de Kate tremer – doeu?

– É, um pouco – a delegada a olhou confusa pela resposta, mas resolveu nem perguntar o motivo de ter mudado – obrigada, minha mãe está ocupada hoje então teria que fazer sozinha

– Ah, sem problemas – sorriu – acho que já vou

– Fique para o jantar – se levantou com a ajuda de Lauren

– Agradeço o convite, mas não posso. Irei na casa de uma amiga – sorriu indo para porta acompanhada de Kate

– Ah, a Julia?

– Hum, não – coçou a nuca – a Camila – a secretária parou e Lauren percebeu, olhando para trás – algum problema?

– Não, não – sorriu de lado – só uma tontura

– Quer ajuda? – voltou ao lado de Kate

– Não, tudo bem – balançou a cabeça – se importa se eu voltar para o quarto? É um pouco ruim andar

– Claro que não, tudo bem

– Obrigada pela visita – abraçou Lauren – bom jantar

– Pode me ligar qualquer coisa, ta?

– Obrigada – sorriu

Lauren saiu da casa de sua secretária e pensou se deveria comprar algo para levar à casa de Camila, então comprou seu vinho predileto. Foi para sua casa, tomou banho e ao sair do banheiro reparou algo estranho em seu quarto. Olhou em volta e bem baixinho escutou uma música vindo de seu notebook. Se aproximou e viu que era “A noite – Tiê”, a música que Camila mandou para ela quando terminaram pela primeira vez. Suspirou, só a delegada, Camila e seu diário antigo sabiam disso. Fechou seu notebook e foi se trocar. Colocou uma calça jeans clara, blusa branca com pequeninos detalhes em preto, de alça com parte da barriga de fora e uma jaqueta preta de couro. Deixou seu cabelo solto, calçou algo preto, passou perfume e estava pronta. Se olhou no espelho e suspirou, sem saber o que esperar dessa noite. Pegou o vinho, trancou sua casa e foi em direção ao endereço que Camila havia lhe passado mais cedo. Estacionou em frente à grande casa da médica e levou alguns minutos para tomar coragem e sair do carro. Quando o fez, tocou o interfone e esperou que alguém a atendesse.

– Diga – ouviu a voz de Camila atender

– É a Lauren – ouviu uma risadinha do outro lado – o quê?

– Eu sei, estou te vendo

A delegada olhou para cima e viu uma câmera, riu junto com Camila, que logo abriu o portão e foi buscar Lauren, que deu uma relaxada após esse momento descontraído. Camila havia preparado a janta e a delegada reparou que o cheiro estava bom. Ajudou a arrumar a mesa e servir o vinho enquanto Camila colocava a comida e falava sobre seu dia, pois Lauren havia lhe perguntado.

– E sabe o porquê da dor de barriga dessa criança? – Camila perguntou em um tom de indignação

– Não sei – riu da animação da médica

– Ele tinha engolido uma tampa de caneta – caíram na risada – Quem engole tampa de caneta e esquece? – riram mais um pouco e se sentaram à mesa – E Kate? Como está? – perguntou começando a comer

– Até que bem, fui em sua casa hoje – Camila a olhou

– Ah, que bom

– Desde quando mora aqui no Rio? – bebericou seu vinho

– Há mais ou menos 3 anos – fez expressão de quem tenta lembrar algo – é, acho que isso mesmo

Terminaram de comer enquanto falavam de coisas aleatórias como os candidatos para prefeito, receitas para bolo de cenoura, como Camila ria fazendo barulho de porco ao puxar o ar, entre outros assuntos.

– E você conseguiu – sorriu

– O quê? – a olhou tentando recuperar o fôlego, bebendo mais vinho

– Se formar em medicina, lembro o tanto que estudou para isso

– Ah, nem me lembre daqueles anos – suspirou lembrando o quão cansativo foram, mas logo se repreendeu lembrando-se de que foi o mesmo ano que se relacionaram, reparou em Lauren uma expressão diferente – ah não, quer dizer...

– Tudo bem – sorriu

– Foi para isso que te chamei aqui, na verdade – a delegada a olhou, analisando-a

– Para falar sobre o passado?

– Sim – Lauren suspirou – quero saber se é realmente passado

– Como assim?

– Olha, eu sei como foi péssimo para você, mas também foi para mim, ta legal? – disse calma, olhando nos olhos de Lauren – Nós éramos novas, era tudo muito intenso.

– Você realmente lembra  o porquê foi péssimo para mim? – a encarou

– Lauren...

– Você lembra, Camila? – a mesma suspirou – lembra que terminamos para o seu bem e, mesmo dizendo que eu fui a pessoa que você mais amou, que não conseguia viver sem mim, mesmo tendo dito várias coisas, um mês depois começou a namorar uma outra menina e dizendo que a amava? – Camila engoliu em seco, ela se lembrava – espero que lembre também que fui fiel a você até antes de namorarmos, mas você beijava outras pessoas e eu ainda te perdoava – a voz de Lauren foi ficando em um tom mais irritado

– Eu lembro – seu olhos já estavam marejados – lembro o quão infantil fui – Lauren se encostou na cadeira, passou suas mãos em seu rosto – não sei se devo te pedir desculpas mais uma vez.

– Não creio que adiante – disse seca

– Achei que tivesse me perdoado

– É diferente de esquecer – Camila assentiu – queria falar algo específico sobre o passado?

– Uma pergunta, na verdade, mas acho que já me respondeu – deu de ombros

– Faça-a

– Não... – parou – é que foi estranho te reencontrar, sabe? Parece que voltou em mim a Camila de 17 anos, dançarina e toda boba da vida. Eu me senti... viva? Você me faz sentir isso, entende? Eu não estou sabendo interpretar isso tudo, é como se você fosse uma luz que me ajuda a enxergar as coisas boas e eu acho que ainda gos...

Foi interrompida por um barulho vindo do lado de sua casa, ambas olharam para a janela, mas a cortina não deixou que vissem se tinha algo ou alguém ali. Ficaram quietas esperando outro barulho ou até vozes, mas nada.

– Droga! – disse Lauren, fazendo Camila olhá-la – esqueci minha arma no carro

– Arma? Não precisa de arma – a delegada reparou que Camila estava um tanto assustada

– É, acho que não foi nada – se ajeitou na cadeira e suspirou – vou te ajudar com a louça

– Ah, não preci... – Lauren jogou um pano de prato em seu rosto, rindo em seguida

– Só aceita

Arrumaram a mesa e enquanto a delegada lavava, Camila secava e guardava tudo. Terminaram rápido e logo estavam terminando de tomar o vinho. Estava tarde e Lauren precisava ir.

– Foi ótimo o jantar, obrigada pelo convite – Camila sorriu – mas já vou, está tarde.

– Não acha melhor chamar algum táxi? Você bebeu

– Não, eu estou bem – disse indo até a porta com Camila – Boa noite – deu um abraço na médica

– Boa noite – se separou de Lauren e a observou ir até seu carro – Lauren? – a delegada olhou para trás, vendo Camila encostada em seu portão – me desculpa.

Lauren assentiu e sussurrou um “durma bem” para a médica. Entrando em seu carro e indo a caminho de sua casa. Já Camila, subiu para seu quarto, ficou apenas de calcinha e sutiã e se deitou para descansar. Quando terminou de se cobrir, reparou que a janela de seu quarto estava aberta, mas tinha certeza que havia fechado antes de fazer o jantar. Bufou e foi até a mesma para fechá-la, mas congelou quando viu a sombra de uma pessoa andando até a porta da frente de sua casa. Fechou a janela rapidamente, trancou a porta de seu quarto e correu para debaixo da coberta, sentindo seu coração acelerado e sua respiração descompassada. Em um pensamento rápido, pegou seu telefone e discou rapidamente o número do celular de Lauren, deduzindo que a mesma ainda não havia chegado em sua casa.

– Camila? – atendeu no segundo toque

– Tem alguém aqui – sussurrou trêmula

– O que? – a delegada parou o carro para ter um silêncio absoluto e entender o que Camila dizia

– Tem alguém aqui – sussurrou novamente, sentindo uma enorme vontade de chorar


Notas Finais


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