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História Stand by You - Let me love you


Escrita por: chadaescrita

Notas do Autor


ATENÇÃO! Gente, nas minhas "betagens" eu acabei surtando e reformando muita coisa para ficar melhor (aí depende do ponto de vista de cada um né, mas, pra mim, tá melhor), portanto isso explica os capítulos terem aumentado de tamanho.
------------------------- B --------------------------

Olá amores ~
Esse capítulo é um pouco mais alegre, eu prometo.
Espero que vocês consigam captar o amor dos dois, de verdade. Tentei passar isso no que escrevi e não sei se ficou bom. E não só deles, mas dos amigos também.
Obs: não transem sem camisinha!

Enfim, obrigada pelos comentários e favoritos até aqui. Vocês são mais do que amores, vocês são incríveis!

Capítulo 12 - Let me love you


Fanfic / Fanfiction Stand by You - Let me love you

Jeongguk tentava convencer Taehyung a sair do quarto. Sabia que o mais velho estava perto da porta, pois era possível ouvir sua respiração pesada e algumas mínimas fungadas. No entanto não fazia ideia do que o outro estava esperando, agoniando-se com aquele tratamento silencioso que recebia no momento.

Os demais aguardavam alguma boa notícia, porém tudo o que viam era Jeongguk com uma expressão de desespero quando viu que não obteria alguma resposta. Se desse o sinal, sabia que todos ali não pensariam duas vezes em arrombar a porta caso Taehyung não a abrisse. Namjoon não se importaria com uma mísera porta quebrada.

De repente, arrancando Jeongguk de seus devaneios mais profundos, a porta se destrancou atrás de si. Levantou-se rapidamente, topando com a face avermelhada pelo choro do mais velho. Os fios loiros estavam uma bagunça, sua roupa completamente amassada e uma aparência péssima, mas que ainda assim o Jeon achava lindo.

Taehyung era a pessoa mais perfeita que já tinha visto na vida e sabia bem como seus pensamentos soavam: como um imbecil apaixonado.

Bom, Jeongguk era exatamente isso. Muito apaixonado. Até demais. E doía ver Taehyung daquela forma.

— É incrível que você continua lindo mesmo quando está uma bagunça —  murmurou com o olhar fixo na fisionomia um tanto abatida de Taehyung. Enxugou as próprias lágrimas com as costas de suas mãos. Odiava chorar, mas pelo visto estar perto do mais velho sempre o deixava completamente vulnerável e ele sequer se esforçava para segurar.

— Me desculpa… — Taehyung fitou o chão completamente sem coragem de olhar para Jeongguk.

Jeongguk desacreditava que o mais velho cogitava pedir desculpas quando, no fundo, a única coisa que ele precisava era compreensão. Puxou-o pelo braço, trazendo-o para um abraço desajeitado.

— Shhh... — sussurrou, apertando-o mais contra o próprio corpo. — Você não precisa pedir desculpas de nada, ok? Só… só nos deixe cuidar de você.

Taehyung diria que a voz de Jeongguk um tom mais baixo tranquilizava qualquer um, inclusive si próprio. O abraço era quente, confortável e... seguro; era tudo o que precisava e queria no momento se fosse ser sincero. Não desejava soltá-lo; não podia soltar.

Todavia, por mais que seus pensamentos relutassem com a ideia de deixar o corpo do mais novo abandonar o seu, Jeongguk forçou a separação, também demonstrando uma relutância óbvia.

Os amigos se aproximaram nesse meio tempo, tímidos inicialmente, porém enfezados com o fato de que também desejavam seu espaço com o garoto teimoso que quase os matou do coração.

Jimin e Hoseok também tinham os olhos inchados de tanto chorar devido às lembranças, mas sorriram quando viram Taehyung fora daquele maldito quarto. Achavam que perderiam o amigo novamente e só o mero pensamento os destruía por dentro.

— TaeTae — Jimin o abraçou com força —, nunca mais faz isso, seu imbecil!

— Ai! — resmungou ao ser apertado mais forte pelo amigo.

— Eu achei que… que nós te perderíamos de novo — sussurrou, fungando pelas lágrimas que voltavam a cair.

— Jiminnie, você está me esmagando! — falou quase sem ar, soltando um riso abafado quando o amigo não o soltou. — Desculpa, eu prometo que eu vou ser forte outra vez e isso não vai me dominar.

Hoseok, que apenas assistia aos dois, acabou por se meter no meio e abraçar os dois igualmente apertado. Não sabia dizer o que seria de sua vida sem eles consigo.

— Você merecia ficar sem comer sua comida favorita por um mês por assustar a gente assim! — reclamou com a voz embargada.

— Mas isso é muito tempo, hyung! — protestou com um bico fofo nos lábios.

Sentia-se melhor com todo aquele amor direcionado a si e sentiu-se, também, um tolo por achar que ficaria melhor sem os amigos algum dia. Olhavam-o com tanta ternura mesmo depois de todo o ocorrido...

Taehyung deu um sorriso pequeno e mudou sua postura, desejando se explicar e tranquilizar todos os presentes que, embora parecessem aliviados, ainda estavam visivelmente apreensivos.

— Desculpa deixar vocês preocupados ok? Eu acabei de travar a batalha interna dentro da minha mente mais… complicada que eu podia imaginar. Era um misto de Bogum falando as coisas de sempre na minha cabeça e… e o Jeongguk tentando expulsar tudo de algum modo — explicou, soltando um suspiro cansado. Levantou o olhar, encarando os amigos com vergonha por ter se deixado levar mais uma vez. — Eu o deixei dominar minha mente de novo e dói lembrar isso tudo; dessas palavras. Só que eu consegui uma vez, então eu consigo de novo. Eu acho que posso substituir as memórias ruins por memórias boas, certo? Afinal, e-eu... eu já fiz memórias maravilhosas ao longo dos meses.

Sabia que soava um pouco maluco, fazendo sua mente lhe questionar se eles conseguiam entender algo das palavras que saiam de sua boca. Queria que todos compreendessem que ele estava disposto a se curar de vez das feridas que Bogum lhe causou, não apenas empurrá-la para o fundo de sua mente e torcer para que o ex nunca mais aparecesse.

Queria que eles compreendessem que tudo isso era possível porque possuía seus amigos ali, ao seu lado e, principalmente, Jeongguk. Com a ajuda necessária e eles consigo, ele seria capaz de conseguir.

— Continue — Jimin incentivou baixinho.

— Eu… eu percebi que sou capaz com vocês ao meu lado, me ajudando a superar e não desistindo de mim. Bogum me tirou tudo naquela época e não posso permitir que ele arranque tudo de mim outra vez. E eu digo isso porque agora é diferente; eu entendi que vocês não vão me deixar e ele não vai me fazer acreditar nisso de novo. Ele não vai destruir tudo o que eu construí outra vez com muito custo. Sabe — Taehyung se interrompeu, olhando para Jeongguk antes de tocar em sua mão direita e apertá-la de leve —, eu percebi que é a voz do Jeon me acalma, o abraço dele me traz uma segurança boa e o beijo… ah, o beijo dele foi o que me fez perceber que eu não preciso temer o Bogum, porque eu definitivamente não sinto mais nada e ele tampouco deve ter mais influência na minha vida. E tudo isso porque você dominou tudo, Jeongguk; porque eu amo você mais do que eu imaginava, mais do que eu queria, mais do que eu achei que poderia.

Sua voz não falhava mais e as lágrimas haviam parado. Seus olhos brilhavam e Taehyung se xingou mentalmente porque começar a perder as palavras naquele momento. Tinha tanto para falar aos amigos e a Jeongguk, mas nada parecia ser suficiente naquele momento.

— Você acha que está pronto mesmo? — Jimin perguntou apreensivo, mas sorrindo afetuosamente para o amigo. O brilho nas íris amendoadas indicava uma convicção que muito tempo eles não viam.

— Sendo sincero... Bom, vocês sabem que não é algo que vai se dissipar assim, da noite para o dia e que se resolve fácil. Porém eu sei que indo atrás de ajuda de novo eu consigo e que, aos poucos, eu posso afastar esse passado de mim de uma vez com vocês ao meu lado. — Taehyung sorriu pequeno, olhando para os demais. — Não vou negar que o fato de o Jeongguk acabar meio que… dominando o espaço a minha volta não tenha me ajudado, pois isso ajudou a lutar contra os meus próprios pensamentos e sentimentos conflitantes, a desejar algo com afinco... A desejá-lo. Eu acho que está na hora de virar essa página de uma vez, como se deve.

Seu sorriso, mais largo e sincero, agora era para Jimin e Hoseok. Os dois sofreram tanto com ele e por ele, não era justo que se preocupassem novamente por causa de um babaca que não devia ter voltado.

Taehyung tinha que ser forte. Por eles e por si mesmo.

— Você não faz ideia do quanto é bom ouvir isso — Hoseok falou com lágrimas nos olhos, bagunçando ainda mais os fios descoloridos do amigo. — TaeTae, você está mudando tanto...

Jimin não conseguia proferir palavras, apenas desabou em lágrimas de felicidade de finalmente ouvir algo positivo saindo dos lábios belos de Taehyung; não queria nunca mais vê-lo sofrendo. Ele, mais do que ninguém, merecia muito ser feliz.

Apesar de tudo, Taehyung conseguia entender que Jimin e Hoseok sempre fizeram por ele o que ele fazia pelos dois. Estavam ali para ajudá-lo, não importava qual fosse a dificuldade; tinham uma amizade fortalecida pelo tempo e pelas lombadas da vida. Todos eles, agora, podiam se dizer mais unidos do que antes inclusive.

— Acredite em mim, Taehyung-ah não foi o único que mudou — Yoongi comentou com um sorriso fofo, olhando para o mais novo, parado como se sequer respirasse direito. — Jeongguk é uma pessoa completamente diferente hoje.

No entanto, ao invés de Jeongguk responder alguma coisa como seria de costume, ele se manteve calado e imerso em algum mundo que os demais desconheciam. Seus olhos apenas permaneciam fixos no rosto de Taehyung.

— Terra para Jeongguk? — Seokjin chamou e estalou os dedos na frente do Jeon esperando algum tipo de reação, mas nada veio. — Acho que o Tae quebrou o menino. Foi rápido demais na declaração.

— Mas foi ele quem falou que me amava primeiro! — Taehyung rebateu com um sorriso pequeno e envergonhado. Então, soltou a mão de Jeongguk devagar e apenas este gesto fez com que o moreno finalmente saísse do transe.

— Se vocês não se importam — disse, abaixando-se um pouco apenas para erguer Taehyung pelas pernas —, nós precisamos conversar.

— Como é? — Jimin franziu o cenho, mas não deu tempo de questionar mais a fundo o que Jeongguk lhes disse, pois no segundo seguinte ele apenas entrou no quarto novamente, fechando a porta na cara dos amigos sem qualquer explicação.

— Ele acabou de sair daquela porcaria! — Namjoon bufou e fez menção de ir para o seu quarto, mas parou logo em seguida. — Acho que podemos enrolar na piscina até eles resolverem sair daí.

— Namjoon, como você pode ser tão denso? — Seokjin perguntou com um revirar de olhos.

— Como assim? — indagou sem entender o que seu namorado queria dizer com aquilo. O que havia de errado em esperar na piscina?

— Eu acho que eles não vão sair desse quarto tão cedo, hyung. — Jimin deu um tapinha em seu ombro e andou em direção às cadeiras do lado de fora. — Mas podemos nos divertir sem os dois.

 

- B -

 

Jeongguk derrubou Taehyung contra o colchão macio e se sentou na beirada com as mãos entre o rosto, fitando o chão. Havia coisa demais na sua mente naquele momento apenas pelas palavras do mais velho.

Como reagiria a tudo isso? Era um baque para si porque, bom, estar perto de Taehyung era esse mar de emoções que o assolavam de uma maneira absurda e, se fosse ser mais sincero ainda, Jeongguk já havia notado o quanto mudou por causa de uma única pessoa em uma quantidade tão pequena de tempo. No entanto, tinha medo de magoá-lo de alguma forma ou de não atender as expectativas que o mais velho colocasse em si. Amava-o tanto, mas não sabia como explicar em palavras.

“Ah. É frustrante demais!”, pensou ao soltar um suspiro. “Eu só quero que ele entenda o quanto eu o amo”.

Taehyung ouviu o suspiro baixo do mais novo e, já achando esquisito demais todo aquele clima entre eles desde que entraram no quarto, resolveu se manifestar primeiro ou achava que eles ficariam naquele silêncio o restante do dia.

— Jeongguk — chamou baixo —, o que foi? — perguntou no mesmo tom e encostou o queixo em seu ombro.

No entanto Jeongguk sequer se mexeu, apenas suspirou novamente. Parecia imerso em pensamentos e aquilo deixou o mais velho um pouco receoso demais. O que estava acontecendo?

Não havia mais sol, mas a noite estava quente demais. Então, de repente, Jeongguk se levantou e andou de um lado para o outro, mordendo o lábio inferior.

— Ok, não ‘tô entendendo o que ‘tá acontecendo — Taehyung falou, erguendo uma sobrancelha no mesmo instante que Jeongguk parou na sua frente. Então, ele puxou o mais velho pelo pulso, tirando sua camiseta rapidamente. — Wow, wow calma! O que foi?  

Taehyung procurava algo nos olhos intensos e escuros do mais novo que explicassem aquela atitude repentina, mas nada achava. Fitava-o com atenção e nada mais.

— Eu… — sussurrou, mas logo se interrompeu.

Jeongguk não sabia ao certo como pôr em palavras, portanto permaneceu apenas analisando o corpo de Taehyung cuidadosamente. Virou o mais velho de costas e localizou a cicatriz, passando os dedos com cautela, com medo de machucar. Então, plantou um beijo suave em cima do relevo, desejando que aquilo pudesse curar um pouco da dor que um dia ele sentiu.

No fundo, era isso que Jeongguk desejava: curar as feridas existentes dentro de Taehyung. Queria, de algum modo, permitir que o mais velho sorrisse para sempre ao seu lado e nunca mais lembrasse daquelas feridas como algo ruim, mas apenas como algo que ficou no passado.

Taehyung suspirou baixo, sentindo um arrepio percorrer seu corpo com os lábios úmidos do mais novo em suas costas. Jeongguk, por sua vez, continuou com os beijos leves, arranhando-o com suas unhas curtas conforme ele se contorcia sob os seus dedos.

Logo ele virou Taehyung de frente outra vez, encarando-o com atenção e dedilhando a tez acobreada com muita sutileza. Não importa os defeitos que o Kim dissesse possuir, para Jeongguk ele sempre seria perfeito; tudo nele era perfeito.

Jeongguk realmente era um bobo apaixonado e nunca imaginou que um dia fosse se ver daquela forma.

— Jeongguk… Fala comigo... — Taehyung tinha um tom manhoso, tentando fazer o mais novo dizer algo diante daquele silêncio estranho.

Hyung — sussurrou, puxando Taehyung para mais perto e envolvendo-o em um abraço apertado.

A voz em um tom mais manhoso e levemente rouco de Jeongguk fez Taehyung estremecer. Não esperava aquilo em um momento como esse.

— Você falou que só me chamaria assim nos meus sonhos — murmurou tentando conter o sorriso em seu rosto. Era gostoso demais ouvir Jeongguk o chamando de hyung daquela forma. — E eu tenho certeza de que não estou sonhando.

— Eu mudei de ideia, hyung — disse baixo, apertando-o mais entre seus braços. Deixou que seus lábios deslizassem pela epiderme do pescoço de Taehyung, plantando um beijo casto no local. — E eu prometo que você nunca mais vai passar por nada parecido e nunca mais vai se lembrar de coisas ruins, porque eu vou encher suas memórias apenas com coisas boas.

Jeongguk respirou fundo, inalando o cheiro agradável de mar misturado com o odor natural de Taehyung. Era uma sensação confortável e familiar que lhe tirava os sentidos facilmente.

— Jeongguk...

— Eu falei sério quando disse que gostava de você — disse, afastando o corpo de Taehyung apenas para poder olhá-lo nos olhos. — Só que é mais do que isso, Tae. Eu realmente amo você… amo tanto que chega a doer te ver dessa forma.

Taehyung abriu um largo sorriso, emocionando-se com as palavras de Jeongguk; saíam tão sinceras da boca do mais novo que não havia possibilidade de não acreditar nelas. Então, soltou-se em definitivo do abraço, empurrando o Jeon contra a cama apenas para subir em seu colo e espalmar suas mãos contra o peito alheio.

— Eu também falei sério, Jeongguk. Eu amo você e tudo o que você é, desde o seu jeito irritante e convencido, até o seu sorriso mais tímido — sussurrou, dedilhando os contornos do pescoço de Jeongguk com a ponta dos dedos.

Jeongguk sorriu e o puxou pelo pulso, trazendo-o para mais perto.

— E-eu… — Jeongguk umedeceu os lábios, puxando Taehyung ainda para mais perto. Deixou que seus dedos se enganchassem nos fios desbotados do Kim, sorrindo pequeno para ele. — Eu só quero você.

Taehyung se perguntava se havia um modo de Jeongguk fazê-lo se sentir menos clichê diante do jeito como as palavras saíam de seus lábios.

— Eu não sei você — disse ao se aproximar da orelha do mais novo —, mas se o beijo era bom antes acho que agora vai ser ainda melhor.

O tom ficou mais baixo ao final da frase e Taehyung mordeu o lóbulo de Jeongguk suavemente, remexendo-se no colo alheio a fim de retirar a blusa do Jeon.

— Tae...

— Eu gosto do seu corpo — murmurou ao traçar uma linha invisível lentamente pelo abdômen de Jeongguk e um sorriso travesso se apossar de seus lábios antes de lambê-los indecentemente.

E, convenhamos, se existia algo que tirava Jeongguk do sério era aquela cena nada pura aos seus olhos. Toda vez que a língua travessa de Taehyung passava pelos lábios avermelhados, o Jeon sentia sua alma saindo de seu corpo com rapidez.

— Ah não, você não vai me provocar assim, Kim Taehyung! — resmungou, puxando Taehyung pela nuca e beijando-o devagar.

Era algo gentil, mas mais intenso do que os outros. Deixou que sua língua deslizasse para dentro da boca de Taehyung sem sequer precisar pedir. Aos poucos, deliciou-se dos movimentos que elas faziam juntas e do quanto se encaixavam bem daquela forma. Jeongguk, neste momento, tinha apenas uma coisa em mente: ele era seu, todo seu.

O gosto que tanto gostava... Ah!, o gosto refrescante de Taehyung com um pouquinho de álcool misturado não poderia ser mais incrível. Sinceramente, mais nada importava para ele naquele momento, desde que o Kim fosse, de fato, apenas seu.

Sem mentiras, sem invenções, sem tristeza, sem passado, presente, futuro, apenas os dois.

Assim, o beijo se tornou mais desesperado e necessitado devido ao desejo reprimido e totalmente óbvio dos dois. Era impossível para Taehyung não sentir a diferença dos sentimentos diante do ósculo trocado e das línguas se enroscando com tanta fome.

Não demorou muito e Jeongguk rolou com Taehyung para o lado, ficando em cima de si e encaixando-se entre suas pernas. Foi descendo os lábios pelo pescoço, passando a língua cuidadosamente pela epiderme macia e quente. Desceu mais um pouquinho até tocar a curvatura do Kim, mordendo-a e arrancando um suspiro sôfrego do mais velho.

A marca era desleixada, ficando apenas uma mancha avermelhada.

— Você pretende marcar o meu corpo inteiro? — Taehyung riu baixo, contorcendo-se com os beijos e mordidas que sentia por seu torso. Sua pele queimava com o toque gentil e agradável de Jeongguk. Tão cauteloso.

— Se depender de mim não sobra um espaço sem marca — disse, mordendo o outro lado do pescoço de Taehyung, mas dessa vez com mais força até deixar uma marca maior e mais vermelha. — Se depender de mim você vai ter marcas para sempre.

O sentimento era tão bom que Taehyung sentia seu corpo correspondendo facilmente a cada toque de Jeongguk; eles se encaixavam bem, não importa como. Assim, puxou a boca do Jeon de volta para si, deixando que sua língua deslizasse pelos lábios alheios antes de tocar o músculo quente do mais novo com a sua. Era um sentimento tão distinto dos beijos anteriores e ele se perguntava como conseguiram esconder tanto assim mesmo quando deixaram seus sentimentos óbvios um com o outro.

Tanta coisa havia mudado desde o primeiro beijo…

— Tae… E-eu... — gemeu baixinho, mas sem conseguir completar sua frase. Não achava as palavras corretas para expressar com coerência o que queria e como queria. No entanto, sabia ser óbvio o seu desejo através de suas íris escuras e transbordando sentimento.

Porém Jeongguk precisava da confirmação. Precisava ter certeza de que Taehyung desejava aquilo tudo tanto quanto ele.

Jeongguk reprimira o desejo da última vez, mas agora era quase impossível para o seu corpo aguentar; chegava a ser dolorido demais precisar se conter e não poder se expressar. E, além disso, ele tinha, agora, uma ereção desconfortável no meio de suas pernas na qual precisava se livrar logo.

Precisava que Taehyung fosse seu naquele exato momento ou do contrário piraria. E não era apenas pelo desejo sexual absurdo, mas também porque o amava demais e, por mais clichê que soasse, acreditava que aquilo por si só fosse capaz de demonstrar um pouquinho do que sentia.

E talvez fosse o calor absurdo entre eles, ou o fato de que Taehyung conseguia ler muito bem a intensidade daquelas íris escuras lhe fitando com tanto desejo e paixão. Não importava, pois ele sabia o que Jeongguk queria, o quanto queria e o quanto ele próprio também desejava isso. Assim, ele apenas deixou que um sorriso pretensioso despertasse em seus lábios, aproximando-se da orelha do Jeon.

— Que tal me foder logo, hm? — disse ao passar a língua contra os brincos existentes da orelha de Jeongguk, eriçando todos os pelos que possuía em seu corpo necessitado.

Jeongguk sentiu seu corpo se perdendo naquelas palavras. Queria aquilo mais que qualquer coisa no momento e não esperava que o mais velho fosse ser tão direto daquela forma. Bom, era só mais uma coisa para se aprender; as diferenças entre quatro paredes era algo a se prezar.

— Cadê o romantismo, hyung? — perguntou divertido e tratando de dar ênfase em como o chamava, pois já havia percebido o quanto Taehyung gostava daquilo. Se era um fetiche apenas para a cama ou não, no momento não saberia dizer.

Taehyung soltou uma risada gostosa e empurrou Jeongguk para o lado apenas para subir em seu colo, colocando uma perna de cada lado. Deixou que seus dedos deslizassem automaticamente para a calça do Jeon, desabotoando-a rapidamente e arrancando-a com facilidade. Logo o mais novo estava apenas com a boxer preta, que nada disfarçava o pênis duro contra o tecido e o pré-gozo já se fazendo presente.

Por alguns segundos Taehyung teve dificuldade de escolha. Não sabia se contemplava a vista maravilhosa que era o corpo de Jeongguk disposto para si daquela forma ou se deveria simplesmente atacá-lo logo.

Todavia era óbvio como Jeongguk já estremecia com o simples toque e o quanto seus olhos diziam que ele queria logo a boca alheia o saciando. É, era difícil para Taehyung resistir a urge de tê-lo. Assim, ele pressionou os lábios contra o tecido da cueca, sugando devagar onde a glande estava e já manchava de pré-gozo. O ato simples fez o mais novo suspirar e pressionar os próprios dedos contra o lençol da cama.

— E é assim que a gente prova o romantismo — Taehyung riu baixo, descendo os lábios pela coxa de Jeongguk com beijos gentis e, vez ou outra, raspando os dentes contra a pele imaculada.

Aos poucos, porém, ele passou a distribuir pequenos chupões e mordidas, deixando um misto de tons avermelhados e rosados. Era como uma bela pintura esparsa na qual Taehyung nunca se cansaria de contemplar.

Hyung — chamou baixo em um misto de alerta e gemido, mas Taehyung não conseguia se importar com os pedidos desesperados do outro para que ele fosse logo.

— Como você consegue ter coxas tão gostosas? — balbuciou. Os olhos de Taehyung brilhavam com o desejo, deixando que seus dedos sentissem a fartura das coxas de Jeongguk antes de, novamente, subir pelo abdômen bem delineado. Indo e voltando.

Deslizou a boxer preta com lentidão exagerada, observando o pênis ereto despontar e sentir-se livre do aperto desconfortável. Devagar, Taehyung passou os dedos na glande, retirando um pouco do líquido pré-seminal e levando-os até a boca. A língua envolveu os dígitos, chupando-os sem qualquer pudor ao passo que um sorriso sacana tomava posse de sua face sempre tão serena.

Jeongguk se sentia na beira do precipício, e Taehyung fazia questão de empurrá-lo. Não aguentava a cena em si, o sorriso, ele e, muito menos, seu pênis latejando e implorando por alívio.

— T-tae! — resmungou um tanto desesperado. Jeongguk sequer conseguia falar direito, mas fez o seu máximo. — Se você pretende me chupar, pode ser tipo, logo?

— Por que tão impaciente assim, Gukkie? — disse divertido, aproximando-se do pênis ereto de Jeongguk, segurando-o pela base e passando a língua de forma experimental e extremamente lenta. O simples toque fez Jeongguk estremecer e, claro, Taehyung sorrir feito o demônio que, mais uma vez, provava ser.

Jeongguk sentia dificuldade, mas tentava controlar sua respiração, seus gemidos, seu corpo. Todavia, Taehyung fazia disso uma tarefa impossível com tão pouco.

Taehyung passou a língua da base até a glande, envolvendo toda a extensão com um sorriso provocador em seu rosto antes de enfiar o pênis quase por inteiro em sua boca. Os movimentos começaram lentos, mas um tanto ritmados; devagar demais para alguém que precisava de um alívio logo.

É... Jeongguk ia ficar maluco em dois segundos.

— Tae, por favor… — pediu, enlouquecendo com o quanto uma boa podia ser tão boa daquela forma. Controlava-se para não enroscar seus dedos contra os fios descoloridos e ditar seus movimentos.

— Hm...

Taehyung sabia ser uma sacanagem tremenda provocá-lo daquela forma, mas não se importava tanto assim. Queria Jeongguk daquele jeito só para si por quanto tempo fosse possível e, convenhamos, provocá-lo sempre seria seu esporte favorito.

Logo sua boca se acostumou com o membro alheio, relaxando a garganta e enfiando-o inteiro até a glande tocá-la, fazendo-o babar e seu nariz roçar no estômago de Jeongguk. Controlava-se para não engasgar, mesmo que algumas vezes fosse inevitável.

O gosto em seu paladar deveria ser considerado ruim, no entanto, por algum motivo, ele gostava daquele sabor. Era ainda melhor do que se lembrava da vez em que resolveu que precisava provar de Jeongguk mesmo que no meio da sala.

Jeongguk soltou um gemido arrastado e desesperado, tornando-se o maior prazer de Taehyung ouvi-los daquela forma. Era maravilhoso ouvi-lo se desfazendo apenas com os movimentos que a boca e a língua do Kim faziam, principalmente porque da última vez o Jeon quis se conter, impedindo-o de aproveitar algo que, para si, soava como música para os ouvidos.

Toda aquela excitação apenas serviu para que seu membro pulsasse contra sua cueca, apertando-se contra o tecido e desejando ficar livre logo para que também pudesse se deleitar. A cada gemido mais descontrolado que Jeongguk dava — desistindo completamente de seu autocontrole —, o pênis de Taehyung implorava por alívio.

— M-merda, Tae! — gaguejou quando viu a glande de seu pênis contra a bochecha do mais velho. Tentava se focar no trabalho pecaminoso que era Taehyung e sua boca, mas a sanidade havia deixado seu corpo fazia muito tempo e, se existia algum resquício dela ali, logo fugiria também.

Era melhor do que da primeira vez, com certeza.

E, de repente, Taehyung acelerou os movimentos, sugando-o com tanta maestria e vontade que, por alguns segundos, Jeongguk tinha certeza que iria gozar na boca do mais velho sem qualquer restrição, segurando o nome alheio na língua. Todavia, tão rápido o pensamento veio e ele se foi, pois o Kim cessou os movimentos repentinamente.

Jeongguk choramingou e xingou com a falta dos lábios ao redor do seu falo abrigando-o tão bem daquela forma; era viciante demais.

Então, Taehyung passou a língua na fenda sensível, abrindo um sorriso de canto antes de erguer o corpo e olhar para Jeongguk.

— Eu podia fazer isso o dia inteiro — falou divertido enquanto subia seus lábios pelo abdômen de Jeongguk, passando a língua pela pele até chegar à boca do mais novo, deixando um beijo no canto dela —, mas eu tenho outros planos.

A boca de sorriso malicioso deslizou para o lado, capturando os lábios de Jeongguk e beijando-o com volúpia. Não se importava de engoli-lo daquela forma, demonstrando toda a vontade que sentia quando o tinha para si daquele jeito.

O olhar de Taehyung não transmitia apenas desejo, mas também um sentimento caloroso que aquecia o peito de Jeongguk. Dava para perceber o amor que ele dizia possuir, porém, ao mesmo tempo, com uma malícia que não soava em nada com o Kim que havia conhecido.

Não com aquela boca fazendo milagres em seu corpo e, muito menos, com essa vontade clara para algo a mais.

— Eu juro que você me paga — disse antes de jogar Taehyung no espaço vazio da cama e livrar-se rapidamente do restante daquelas roupas sufocantes contra o seu corpo e o do Kim.

— Me mostra — sussurrou com o mesmo sorriso divertido.

Jeongguk respirou fundo, soltando o ar devagar enquanto observava atentamente o rosto de Taehyung. Não imaginava que alguém conseguisse ter tanto efeito sob o seu corpo como o Kim tinha, mas também não imaginava que um dia fosse se apaixonar daquela forma e, bem, ali estava ele.

Por alguns segundos ele ficou apenas ali, parado, porém logo depois ele se esticou e abriu rapidamente as gavetas do criado mudo ao lado da cama. Implorava que ao menos lubrificante existisse ali. Achou um pequeno tubo pela metade e um pacote de camisinha quase no fim na última gaveta. Era melhor do que nada.

— TaeTae — murmurou ao retornar a posição anterior, dedilhando cada pedacinho de pele exposta de Taehyung. A exposição de cada curva de sua clavícula o ensandecia com facilidade. — Me explica uma coisa, hm?

Convenhamos, Jeongguk babava por Taehyung.

— O q-quê? — perguntou ao fechar os olhos, sentindo o contato dos dedos frios e firmes de Jeongguk contra a epiderme de seu corpo estupidamente mais quente. Era um choque gostoso de se sentir; uma combinação maravilhosa.

— Como você consegue ficar ainda mais lindo durante o sexo? — sussurrou ao passo que seus lábios resvalavam na clavícula bonita antes de beijá-la com delicadeza.

Taehyung era delicioso de todos os jeitos.

— Gukkie — gemeu baixo, abrindo os olhos novamente.

— Hm? — Jeongguk levantou o rosto, aproximando-se mais e deixando um beijo no canto da boca de Taehyung e, depois, no outro canto também. Desejava beijá-lo inteiro até se cansar, algo que, claramente, nunca aconteceria.

— É óbvio que nós não imaginávamos que isso ia acontecer e… — Taehyung se interrompeu, mordendo o lábio inferior com certa força. Temia o que viria a dizer, mas precisava ser do consentimento dos dois mesmo que soasse maluco e inconsequente demais. — Nós estamos sem lubrificante e camisinha, mas-

— Sim — interrompeu rapidamente —, eu te garanto que estou limpo e prometo ser cuidadoso. Mas olha só — inclinou-se novamente, pegando o tubo pela metade e a camisinha —, ao menos tem um pouco.

Jeongguk acariciou gentilmente a bochecha de Taehyung, tentando passar uma espécie de conforto pelo dito, embora soubesse que o gesto carinhoso não mudaria a dor.

— Q-que bom — respondeu tentando não gemer, porém sendo frustrado por seu próprio corpo que, claramente, denunciava o quanto gostava de toques tão simples.

A pele bronzeada de Taeyung possuía tantas marcas feitas por si que Jeongguk não conseguia parar de admirar. Realmente o achava uma verdadeira obra de arte e desejava retratá-lo em sua memória pela eternidade.

Jeongguk sorriu e passou o polegar de leve nos lábios de Taehyung, deixando-os entreabertos para, logo depois, o sorriso do Kim se alargar, soando malicioso novamente. Então, trouxe também o indicador e o dedo médio até os lábios bonitos do mais velho.

Acompanhou atentamente a cena em que Taehyung abrigava seus dígitos em sua boca, lambuzando-os de saliva como há pouco tempo havia feito com seu pênis. Seu corpo se arrepiava diante da cena e Jeongguk apenas se perguntava como o Kim conseguia ficar tão, mas tão sexy chupando; além de, claro, fazer isso bem demais.

Era difícil não se perder nesses pequenos pormenores e perder o controle de si mesmo.

— Se incomodar ou doer nós paramos, ok? — Jeongguk sorriu pequeno e Taehyung apenas assentiu, porém castigando o próprio lábio inferior novamente.

Sabiam que doer seria inevitável mesmo que houve uma preparação com lubrificante. Esperava, no entanto, que pudesse confortá-lo de algum modo e que pudesse ao menos ser prazeroso aos dois.

Jeongguk afastou as pernas do mais velho, abrindo-as minimamente apenas para introduzir o primeiro dedo delicadamente após lambuzá-los com o lubrificante. O rosto belo de Taehyung não parecia transparecer dor, mas no instante em que seu dígito circundou a entrada alheia, a careta desgostosa se fez presente.

Queria encher a vida de Taehyung com coisas boas e muito amor. Sentia-se péssimo machucando-o, principalmente durante um ato que deveria trazer apenas sensações boas.

Taehyung apertou os olhos com força, sentindo-os marejados e, sem conseguir evitar, enfiou as unhas curtas no braço de Jeongguk.

O moreno sequer conseguia se importar com a dor latente em seus braços. Honestamente, mesmo dolorido e ardido, era prazeroso de algum modo; gostava daquela sensação. Ainda, ter Taehyung vulnerável e ao mesmo tempo enlouquecendo-o com tão pouco era só o que conseguia se focar.

Queria prepará-lo bem para evitar maiores desconfortos. Movimentava-o como dava, ouvindo resmungos e xingos de Taehyung ainda com os olhos fechados. Ao inserir o segundo dedo, porém, um xingamento mais alto e revoltado desprendeu-se dos lábios do mais velho.

Jeongguk se inclinou, beijando os lábios que outrora eram pressionados pelos dentes levemente tortinhos de Taehyung. Queria distraí-lo um pouco que fosse da dor, fazendo-o focar no quão gostoso era quando se beijavam daquele jeito.

Desejava cuidar de Taehyung naquele momento tão íntimo mesmo que ele fosse o mais velho entre os dois.

Em algum momento entre o segundo e um muito sofrido terceiro dedo, Jeongguk acabou por localizar a próstata de Taehyung.

— J-jeongguk! — murmurou sôfrego, sentindo a falta de ar lhe dominar ante a dor, a falta de palavras e a vontade de chorar. Era uma súplica para que ele continuasse mesmo que seus dedos tentassem se agarrar a algo para descontar aquele desconforto maldito.

— Shh — sussurrou contra os lábios entreabertos. — Tente relaxar um pouco, hm?

— Vai logo! — pediu dificultoso.

Jeongguk, porém, não conseguia se importar com os pedidos desesperados de Taehyung para que o penetrasse logo. Desejava que ele se sentisse bem, claro, mas não poderia negar que também adorava provocá-lo e, do mesmo modo que o Kim fizera consigo anteriormente, o Jeon desejava fazer agora.

Talvez provocá-lo na cama fosse ainda mais divertido do que provocá-lo fora dela como costumavam fazer desde que se conheceram.

— Você sabe que eu me divirto quando você implora, não sabe? — disse esboçando seu sorriso pretensioso, pois sabia muito bem que Taehyung não iria aguentar e logo viraria uma bagunça de súplicas mais manhosas.

Taehyung, no entanto, não desejava ceder. Na verdade, queria esganar Jeongguk por se aproveitar daquele momento. A dor ainda estava ali, mas o Kim começava a se alimentar da raiva que estava sentindo do moreno naquele momento.

Jeongguk, então, aproveitou-se da situação e desceu o corpo até ter sua boca tocando o pênis negligenciado de Taehyung. Com a mão livre ele espalhou o pré-gozo rapidamente antes de colocar metade em sua boca, movimentando sua cabeça com lentidão ao passo que seus dedos se movimentavam dentro do Kim em um ritmo similar.

E, até então, Jeongguk não conhecia o gosto de Taehyung contra a sua língua. No entanto o que experimentou foi o suficiente para desejar tê-lo mais vezes em sua boca. Era bom, exatamente como o Kim.

— Jeongguk! — reclamou ao sentir sua próstata ser atingida de novo e a língua travessa contornar as veias mais saltadas. — Para de enrolar!

A voz de Taehyung saiu um tanto esganiçada, mas ainda estava longe de ser a súplica que Jeongguk desejava.

Ah, talvez ele não fosse assim tão bonzinho.

— Quem é o impaciente agora, hm? — Jeongguk sorriu minimamente satisfeito e inclinou-se para beijar Taehyung mais uma vez, sugando o lábio inferior e prendendo-o entre seus dentes. Seus olhos logo focaram nos do mais velho, admirando a beleza e o brilho que transmitiam para si.

Por favor — pediu baixo demais, quase inaudível, mas o suficiente para fazer o corpo de Jeongguk tremer em excitação.

Jeongguk retirou seus dedos vagarosamente e manteve seu olhar fixo em Taehyung. Ajeitou-se melhor, abrindo as pernas alheias um pouco mais até ter o encaixe perfeito entre elas.

Com a destra melecada com lubrificante, masturbou-se para espalhar por toda a extensão depois de já ter colocado a camisinha. Então, posicionou seu pênis na entrada de Taehyung com cuidado. Fez o mínimo de força, colocando apenas glande e vendo o Kim chiar pela tentativa.

— Nós podemos parar e-

— Não — interrompeu, levando suas mãos no corpo de Jeongguk e assentindo para que ele continuasse. — Pode ir.

Jeongguk respirou fundo e, aos poucos, foi empurrando o quadril para que seu pênis continuasse a invadi-lo. Ouvia os chiados e xingos de Taehyung, mas o mais velho o segurava com força e o olhava em um misto de desafio e ordem, indicando que ele não deveria ousar não continuar.

A penetração seguiu vagarosa, porém, no fim, quando Jeongguk sentiu que finalmente estava inteiro dentro de Taehyung — ou pelo menos praticamente isso —, ele soltou um suspiro alto.

Jeon Jeongguk não estava nada preparado para a sensação indescritível que era estar dentro de Taehyung.

Então, Jeongguk acomodou a perna de Taehyung em seu ombro, sentindo ainda mais o encaixe dos dois corpos. Céus, isso era sequer possível?

— Merda — xingou, tentando retomar o fôlego. — Sério, como você consegue ser tão bom?

Queria que suas palavras fosse outras, porém. Almejava dizer a Taehyung o quanto o amava e o quanto não o faria sofrer. Questionou-se, ainda, quando foi que passou a amar tanto alguém assim.

— D-droga — Taehyung gemeu arrastado em um misto de tudo que podia imaginar. Fechou os olhos novamente e respirou fundo, tentando se acostumar ao desconforto absurdo. Todavia, ao mesmo tempo em que sentia dor, sentia-se bem.

O carinho que Jeongguk demonstrava fazia seu coração se acelerar e querer sair de seu peito. Via o mais novo contendo-se para não se mexer e, apenas o ato de estar dentro de si já começava a enlouquecê-lo. Não conseguia imaginar o prazer que sentiria quando conseguisse se focar nas investidas contra o seu corpo ao invés dessa dor estúpida.

Sabia apenas que sua sanidade — se ainda existisse — sumiria em questão de segundos.

— R-relaxe — Jeongguk sussurrou, beijando o pescoço de Taehyung com gentileza. E, em resposta, o Kim apenas mordeu o lábio inferior com força, rebolando minimamente e fazendo o Jeon suspirar com o pequeno movimento. O prazer era grande demais. — Que merda, Tae!

— Anda — ordenou baixinho. — Pode se mexer.

Hyung… — Jeongguk riu baixo com o jeito autoritário e sentiu as mãos de Taehyung deslizando por suas costas. Assim, o Jeon obedeceu ao dito, mexendo o quadril de modo delicado e abaixando a perna do Kim sem fazer qualquer movimento brusco. Não ousava sair por inteiro para não machucá-lo; precisava que ele se acostumasse com os movimentos primeiro.

Taehyung, então, pressionou o corpo de Jeongguk contra o seu com mais força e puxou o rosto do mais novo na sua direção, beijando-o com ainda mais vontade do que antes. Seus dedos deslizaram pelos fios escuros do Jeon, puxando-os sem um pingo de delicadeza sequer.

Aquilo, porém, deixava Jeongguk descontrolado e apenas querendo mais.

Aos poucos os movimentos foram ganhando forma e Jeongguk podia aumentar um pouco mais a velocidade. Era difícil atingir a próstata de Taehyung, porém, quando arranjou o jeito certo e a atingiu, o gemido que o Kim soltou foi o suficiente para fazer os dedos de seus pés se contorcerem em prazer.

— Mais! — Taehyung disse em meio a um soluço, implorando por mais das estocadas não tão ritmadas que faziam seu corpo sucumbir em prazer.

Os gemidos estavam altos e atrapalhados, as palavras que saíam por seus lábios eram desconexas e as frases em sua mente sequer possuíam coerência. Suas unhas já conheciam muito bem as costas de Jeongguk a essa altura e, com o passar dos dedos, podia sentir os desenhos abstratos que eram feitos conforme as estocadas lhe davam mais prazer e, claro, dor.

Jeongguk até mesmo sentia o sangue escorrendo em algumas partes devido à força que Taehyung fazia. Entretanto, aquilo não era nada perto do prazer que sentia, portanto permitia que o Kim descontasse em seu corpo tudo o que estava sentindo.

Em um momento de descontrole, Jeongguk deslizou para fora mais do que devia, voltando para dentro de Taehyung com mais força do que as outras estocadas e atingindo a próstata alheia outra vez. Aquele ponto em específico fazia o Kim duvidar que aquilo estivesse sendo real e, aos poucos, ir perdendo as forças das pernas. Era tão bom que por um momento ele realmente pensou que pudesse se tratar de uma ilusão sua.

Taehyung já estava quase no seu auge e sabia muito bem disso. Seus gemidos mais altos, suas mãos descontroladas e o jeito como o corpo de Jeongguk investia contra o seu era uma combinação perfeita para que ele enlouquecesse de vez.

Sinceramente, raras foram as vezes em que ele cogitou a possibilidade de gozar sem sequer se tocar e, naquele momento, essa era uma dessas vezes.

Inclusive, Taehyung achava que não tinha como as estocadas ficarem melhores, mas ficaram. Em um dado momento, Jeongguk adquiriu um ritmo mais rápido e certo, fazendo os dois gemerem sem qualquer pudor.

Quanto mais rápido Jeongguk ia, mais Taehyung queria e, consequentemente, melhor ficava e mais seu corpo implorava.

— Consegue vir sem se tocar? — perguntou com os corpos colados, um ritmo constante e delirante, enquanto sua destra retirava a franja grudada pelo suor da testa de Taehyung.

Céus, Taehyung era lindo.

— S-sim — Taehyung assentiu, mas mais nada saiu de sua boca além de gemidos arrastados em meio às palavras desconexas.

Mas, por algum motivo, aquilo apenas serviu para que Jeongguk sorrisse maliciosamente e mudasse um pouco o ritmo enlouquecedor para algo que faria Taehyung, tão impaciente, pirar.

— Implora para mim, hyung — murmurou, roçando seus lábios nos de Taehyung e, então, pegar as mãos do mais velho, entrelaçando os dedos e erguendo-as acima da cabeça.

— Jeongguk — a voz saindo desesperada —, por favor!

Jeongguk ficava tão extasiado com Taehyung implorando que, às vezes, ele cogitava fazer isso apenas para ouvir aquele tom desesperado. Concentrou-se, então, em focar no ritmo certo do Kim quando se arremetia cada vez com mais força e rapidez.

A respiração dos dois era descompassada e eles não conseguiam se concentrar o suficiente para sequer continuar se beijando, mas isso não impediu Jeongguk de observar Taehyung. Não tirava os olhos dos traços perfeitos de seu rosto e corpo, aproveitando-se para se embriagar na beleza do mais velho em uma completa bagunça por causa dele e só para ele.

O aperto contra as mãos de Jeongguk ficava cada vez mais forte, denunciando o quão próximo Taehyung estava.

A velocidade das estocadas oscilava, fazendo Taehyung xingar Jeongguk de todos os nomes existentes ao passo que o mais novo entrava e saía até conseguir atingir a próstata do Kim de surpresa. E, apesar de tudo e de todas as gerações amaldiçoadas do Jeon, o mais velho apenas tinha certeza de que não tinha como ser melhor.

— Jeongguk! Por favor, eu preciso- — Taehyung não possuía sequer mais forças para implorar. — M-merda.

Em uma última estocada, Taehyung não disse nada, apenas fechou os olhos e se deleitou do orgasmo que o acometeu; veio pintando o estômago dos dois e contorcendo os dedos do pé em puro prazer. Jeongguk não acelerou o ritmo, pois não queria machucar o mais velho, sabendo o quão sensível ele ficaria. Não demorou muito, porém, para que se desmanchasse dentro da camisinha, revirando os olhos em puro prazer.

A sensação era tão boa e tão maravilhosa que nenhum dos dois conseguia respirar com precisão.

Céus — Jeongguk balbuciou entre arfadas e tentativas frustradas de se recompor, sentindo seu corpo inteiro queimando em prazer. — Merda, isso é muito bom.

— Sim — respondeu dificultoso. — Isso… isso realmente foi muito bom.

Jeongguk deslizou logo para fora de Taehyung, mas manteve as mãos dos dois entrelaçadas. Aproveitou-se para tocar sua testa contra a do Kim, apoiando-se ali e sorrindo gentil para o mais velho completamente ofegante e extasiado.

Deixou um selar leve nos lábios bonitos e maltratados de Taehyung, pois era o máximo que seu corpo obedecia no momento. Ficaram juntos daquela forma até Jeongguk ter forças para rolar para o lado e dar espaço para o Kim respirar normalmente outra vez. Aproveitou para retirar o preservativo e descarta-lo ao lado da cama.

Taehyung cobriu os olhos com o braço, tentando pensar com coerência, mas desistindo quando notou que sua mente estava um verdadeiro branco e tudo o que ele pensava era: Jeongguk, Jeongguk, Jeongguk.

Então, Jeongguk puxou o corpo do mais velho para si, encaixando-o contra o seu peito sem qualquer dificuldade. Tinha horas que o Jeon achava que eles eram um quebra-cabeça, onde todas as pecinhas de Taehyung o completavam perfeitamente bem.

— Eu realmente amo você — murmurou, plantando um beijo contra os fios suados de Taehyung grudados em sua testa.

— Também te amo — respondeu baixo, enterrando seu rosto no peito do mais novo após aninhar-se contra ele e deixando que a única coisa que eles ouvissem fosse a respiração um do outro e os corações desacelerando aos poucos.

O silêncio confortável que se instaurou entre eles foi cortado pela risada suave de Taehyung.

— Existe alguma coisa que você não saiba fazer? — indagou depois de algum tempo, pensando no quanto Jeongguk sempre parecia saber fazer tudo, mesmo que não soasse perfeito.

Seus dedos longos traçavam uma linha de vai e vem no abdômen do mais novo, pouco se importando com o suor de seus corpos e o sêmen secando entre eles. Sabia que era nojento, mas naquele momento tudo o que queria era desfrutar do pós-sexo que tiveram.

— Hm — fez uma pequena pausa —, acho que cozinhar? — respondeu, mas acabou soando como uma pergunta ao invés de uma resposta.

— Então nós vamos morrer de fome porque eu sou péssimo na cozinha — falou com um riso baixo, mexendo-se novamente apenas para se sentar na cama e, então, finalmente se levantar.

— Onde você pensa que vai? — Jeongguk perguntou ao segurar o braço do mais velho.

— Tomar um banho? — respondeu com ar de indagação o questionamento do mais novo. — Eu ‘tô nojento.

— Não senhor! — disse, deitando Taehyung na cama novamente e abrindo um sorriso um tanto mais malicioso. — Quem disse que eu não vou repetir o que acabamos de fazer, hm?

— Jeongguk — tentou protestar, apontando para si mesmo —, olha o meu estado!

O mais novo se afastou e analisou cada centímetro de Taehyung. Realmente, seu estado era deplorável, mas continuava lindo. Levantou-se rapidamente e correu até o banheiro, pegou todas as toalhas possíveis e trouxe até a cama. Limpou o Kim com cuidado e aproveitou para se limpar também — seu estado era igualmente péssimo —, jogando a toalha em um canto qualquer e depositando as demais no chão ao seu lado.

— Pronto! — Jeongguk sorriu triunfante.

— Você é impossível! — Taehyung riu ao ver o esforço que o mais novo fazia para não deixá-lo sequer sair da cama.

— Você não sai de perto de mim nunca mais, Taehyung — disse baixo, segurando os braços do loiro. — E isso inclui não sair dessa cama também.

— Quem diria que Jeon Jeongguk seria assim, hm? — Taehyung mostrou a língua e Jeongguk se aproveitou para beijá-lo soltando um gemido prazeroso demais para os dois.

— A culpa é toda sua Kim Taehyung. Você me deixa louco sabia? — murmurou, deixando beijos molhados entre o pescoço e seu ombro.

Taehyung não tinha como negar, afinal tudo o que ele queria era ficar com Jeongguk e aproveitar absolutamente cada segundo e tudo o que eles não aproveitaram nos últimos meses devido ao “namoro falso”.

— Então eu posso te provocar mais um pouco e… — Taehyung trocou as posições, subindo no colo de Jeongguk e pressionando sua bunda contra a pélvis alheia. O sorriso pretensioso cresceu em suas feições quando o mais novo apenas suspirou com a fricção. — O que acha de eu ficar em cima dessa vez, hm?

— Aish! Tanto tempo juntos e ainda não perdeu a noção do perigo! — resmungou, puxando-o para si e beijando-o afobadamente. Desejava ficar daquela forma o tempo todo, porém lembrou-se do sugerido e cortou o ósculo com um bico. — E por que você em cima dessa vez?

— Porque eu quero te enlouquecer de todas as formas possíveis — disse malicioso, soprando sua orelha de leve enquanto um sorriso convencido adornava seus lábios inchados.

Jeongguk engoliu em seco e tentou ignorar todos os impulsos que passaram por seu corpo. Não esperava esse outro lado de Taehyung, sempre mais ousado e devastador. No entanto logo sua mente vagou para o fato de que, se a boca do mais velho era perfeita daquele jeito, apenas chupando-o, e se o sexo tinha sido a melhor coisa da sua curta vida até então... Bom, mal podia esperar pelo que o outro tinha a oferecer de novo.

Definitivamente Taehyung tinha o seu jeito peculiar de convencer o Jeon das coisas.

— Convenci, não convenci? — Sorriu, encaixando-se melhor no colo do mais novo. Ali já podia sentir o membro alheio desperto outra vez. — Eu sempre te convenço.

— Você é ridículo! — falou, mas não hesitou em puxar Taehyung para mais um beijo apaixonado e desesperado, simplesmente porque eles se amavam tanto e aquele momento era deles. Permitia que o Kim fizesse o que queria, desde que os dois pudessem aproveitar.

Só deles.

Por ora eles não pensariam em mais nada.

Por ora eles só viveriam aquele momento e no dia seguinte eles voltariam a colar o resto dos pedacinhos de Taehyung.

Um a um.


Notas Finais


Desculpem o lemon bleh e um pouco açucarado, mas era pra demonstrar mesmo o amor dos dois ;-;
Eu não sou fã de escrever lemon porque eu acho que nunca fica como eu gostaria, por isso eu os evito. Mas aqui, por algum motivo desconhecido, eu achei que eles mereciam hahaha então saiu isso aí
O próximo capítulo vai demorar um pouquinho mais porque eu ainda preciso terminá-lo já que ele não estava nos meus planos.
Enfim, espero que tenham aproveitado =)

Obs: tive que editar e colocar lubrificante e camisinha, porque só eu mesmo pra esquecer essas coisas OIASJSAOIJS


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