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História Star Boys - Planos, crushes e ganchos de direita


Escrita por: SeishinHakujaku

Notas do Autor


não fiquem chateados comigo por não ter cherryberry nesse iniciozinho da fic, please <3 vai demorar um pouquinho pro Blue e pro Fell/Red se enturmarem e começarem a flertar de vez (eles se conhecem daqui a pouco, então né :s), então sejam pacientes!

boa leitura! :^)

Capítulo 2 - Planos, crushes e ganchos de direita


Ink abriu o caderno em cima da mesa com um estrondo.

— Ok, rapazes, esse é o plano — ele falou, tendo certeza que tinha a atenção de Dream e Blue. Certeza falha. Na página aberta, rascunhos de uma possível história. O brasileiro apontou para o primeiro dos rascunhos. — Primeiro, eu andei prestando atenção na rotina do Error, e ele passa com a Becky pelo corredor da ala B de mãozinhas dadas durante o intervalo. É aqui que nós atacamos.

— Ink, do que você tá falando? — Dream ergueu uma sobrancelha, obviamente desatento e sem entender o que estava acontecendo.

— Se você não estivesse perdendo tempo no Instagram, talvez você soubesse — Ink bufou, e o ruivo revirou os olhos, voltando a prestar atenção na tela do celular. — Mas, já que você perguntou, é o PPCOE!

— ‘PPCOE’? — perguntou, com a voz indiferente. Nem se surpreendia mais com as excentricidades de Ink.

Plano Para Conquistar O Error, é claro — falou, convencido, pondo as mãos na cintura.  — O plano mais genial que você vai ver hoje!

— Se eu bem te conheço, ele não deve ter nada de ‘genial’ — murmurou, curvando-se sobre a mesa e olhando os desenhos no caderno. Mesmo sendo rascunhos rápidos, eram mil vezes melhores do que qualquer coisa que pudesse desenhar.

— Conta aí o plano, Ink — Blueberry deu de ombros, tentando amenizar o clima. — Não é como se a gente tivesse algo melhor para fazer.

Ink deu um meio-sorriso.

— Como eu estava dizendo antes de ser interrompido — olhou de lado, com cara de quem gostaria de matar alguém, para Dream, antes de voltar a prestar atenção no plano. — Quando o Error e a Becky passarem por esse corredor, nós vamos jogar uma bombinha de fumaça nos pés deles. Eu preparei uma em casa, não se preocupem — ele mostrou uma pequena cápsula enquanto apontava para um rabisco, que possivelmente representava fumaça, e Blue arregalou os olhos. Como Ink tinha conseguido criar aquilo, considerando que era uma negação em Química, era um mistério.

— Ink, você sabe que essa é a maior ideia de jerico que eu já ouvi na minha vida, certo? Isso que eu nem ouvi todo o plano — Dream falou, preocupado. Conhecia bem os planos de Ink, e eles nunca eram boa coisa.

— Exatamente: você nem ouviu todo o plano. Espera eu terminar antes de opinar — Ink riu suavemente, apontando para o próximo desenho: a fumaça se dispersava, e havia somente uma figura no meio, que parecia desesperada. — Um de vocês, não sei quem, vai dar um mata-leão na vadia, vulgo Becky, e vai levar ela pra bem longe dali. Não sei onde.

— Ink, eu vou ter que concordar com o Dream dessa vez — Blue murmurou, coçando a nuca. — Seus planos são bons, mas isso é…

— Genial, eu sei — ele já aparentava estar irritado, mas não era como se Ink não fosse naturalmente irritado. Não dava para dizer se era culpa dos amigos ou se era apenas um de seus ataques de raiva chegando. — Então, quando a fumaça se dissipar, eu me revelo em toda a minha divina glória e me ofereço para ajudar a procurar a vaca!

Dream pigarreia, interrompendo Ink e pegando o caderno rabiscado. Então, o fecha rapidamente. O artista, indignado, levantou-se e bateu as palmas das mãos contra a mesa.

— Mas você tá abusadinho, hein? — exclamou, fazendo a cara mais irritada que conseguia. É, era um dos seus ataques de raiva. — Qual é seu problema? Tá querendo furar meu olho, é? Quer me talaricar? Se for pra me foder, me leva pra jantar antes!

— Jesus Cristo, Ink, se acalma — Dream revira os olhos. — Você sabe que eu não gosto do Error. Só que, assim, eu não vou sequestrar a namorada do seu crush só pra você dar uma de herói inocente, porque é exatamente o contrário.

— Todos gamam no anti-herói — retruca Ink. — O que eu sou.

— Eu certamente não gamaria no cara que sequestrou minha namorada só pra ter uma chance de se exibir — responde o de vestes douradas, soltando um leve suspiro. — Por que você não vai falar com ele, como uma pessoa normal, se quer uma chance de parecer legal?

— Porque… porque… porque não vai dar certo, oras! Meu plano é infalível! Não há como uma simples conversinha superar minha ideia genial! — é, Ink sabia que era egocêntrico, e não tinha planos de mudar de personalidade. E nem de opinião.

— Se o plano der errado, você vai sair como idiota, e Error provavelmente vai te odiar — Dream revira os olhos novamente. — E, de qualquer forma, ele é hétero. Você vai ficar na héterozone de novo se tentar ficar com ele.

— Bissexuais existem, tá?! Ele pode se descobrir um quando olhar pra minha carinha linda e se apaixonar — Ink fala, fazendo um muxoxo. — E… de qualquer forma, eu não sou bom em puxar assuntos. Não com crushes como ele.

— Qual a diferença entre ele e os outros crushes? Você só viu o pepino dele antes de terem uma conversa legal. Vai que vocês viram bons amigos, já que “descobrir-se bissexual após transar com mil garotinhas e ter se apaixonado por um rapaz” é coisa de fanfic clichê.

— Mas a gente tá numa fanfic clichê… — Ink murmurou, cruzando os braços. Parecia emburrado, mas não tão irritado.

— Tá, então qual é o plano? — Blue perguntou, confuso.

— Ink vai falar com o boy dele e a gente vai andar por aí sem rumo — Dream revira os olhos. — Afinal, eu não vou sequestrar ninguém pro Ink ficar se passando de bonzinho inocente pro crush.

— Você não é um sonho, é um destruidor de sonhos — o brasileiro resmungou. — Quase um pesadelo.

— Você acabou de me chamar de Nightmare? — pergunta Dream, parecendo incrédulo. E irritado. A tensão já estava aumentando.

—  OK, OK, JÁ DEU! — Blue exclama, se pondo no meio de Dream e Ink antes que eles partissem pra porradaria. — Ninguém precisa ficar ouvindo as tretas de vocês em pleno refeitório, especialmente quando estamos falando sobre o boy do Ink, okay? Agora, sejamos claros: o plano é deixar a conversa fluir naturalmente entre vocês dois, Ink?

— Eu tenho outro plano — Ink resmunga, parecendo emburrado.

— Se vira fazendo seu plano sozinho — Dream revira os olhos. — Eu é que não vou ser trouxa o suficiente pra ajudar nele.

— E tu lá sabe qual é meu plano, por acaso?

— Só sei que ele vai ser comunista: não vai funcionar.

— O que disse, fascista?

Blue teve que conter uma risada.

— Não começa, Ink — o ruivo respirou fundo, já sabendo o que lhe aguardava: Ink sendo irritantemente irritante.

— Fascista opressor. É isso que você é, um grandessíssimo homofóbico eleitor do Bolsonaro — exclamou, parecendo enojado.

— Quem é Bohsonauro…? — Blue se perguntou, sem querer se meter na briga. Resolveu procurar tal nome no Google.

— Ink, cala a boca. Você sabe que eu sou--

— Cala a boca? MACHISTA! Eu quero meus direitos!

Aparentemente, Bohsonauro era um político brasileiro extremamente homofóbico. É, Blue não estava surpreso.

— Jesus fodendo Cristo, Ink, para de drama — o loiro suspirou, apoiando o rosto na mão direita. — O Dream só quer te ajudar, cara. Se acalma.

— E você não se meta no meio disso, Blueberry! — exclamou Ink, apontando o dedo indicador para Blue. — Você só pode se meter se estiver ao meu favor!

— Pelo amor de Deus, Ink, calma! Eu só não quero te ver se ferrando por causa de crush!

— Como se você tivesse bom-gosto pra escolher crush decente, né?

Dava para sentir o veneno nas palavras de Ink, e Blue simplesmente teve que aguentar a vontade de protestar quando entendeu a indireta.

— Olha, se formos entrar no mérito dos meus crushes, você não pode falar absolutamente nada — Dream retrucou, sentindo a irritação subir-lhe a cabeça.

— Pelo menos, os meus crushes não me trocaram pelo meu irmão na primeira briguinha — Ink deu um sorriso vitorioso. — Você pode dizer o mesmo dos seus?

E, bem… digamos que Dream é uma pessoa calma. Ele é tranquilo, simpático, fofo e adorável. Um verdadeiro “rolinho precioso de canela”, como algumas pessoas do Tumblr costumam dizer. Ele é um rapaz explêndido, que se esforça na escola e estuda muito para poder ir bem, além de ser sociável e muito divertido quando quer.

SÓ QUE INK COSTUMAVA O IRRITAR MUITO FACILMENTE.

E, quando Dream fica irritado, não tem quem segure a fera.

Especialmente quando a tal fera voa em alguém, sedenta por sangue e tripas. O que foi o caso quando Dream deu um gancho de direita no queixo de Ink, com o máximo de forças que tinha, e o derrubou no chão sem dó nem piedade, atraindo olhares daqueles ao redor dos rapazes.

— Já acabou, Jéssica? — Ink ri sarcasticamente, sentando-se no chão e segurando a mandíbula machucada. Soltou um gemido fraco de dor (e um rosnado baixo; provavelmente um xingamento em português, que, como não é entendível para ninguém além de Ink na historia, você também não poderá saber o que é além da vaga ideia).

— Cala a porra da sua boca — Dream fala, irritado, e se agacha na frente de Ink, dando um tapa leve na testa dele. — жопа.

— Desculpa por jogar as verdades na sua cara, sr. ‘Russo Viado’.

— Пососи мою конфетку — disse, com o sotaque russo carregado de raiva. Então, levantou-se e estendeu a mão para ajudar Ink a se levantar. — Agora, se você parar de ser um filho da puta, eu agradeceria.

Dream estava xingando alguém? Ele deveria estar realmente irritado.

Hesitante, Ink se levanta com a ajuda de Dream. Encarou o amigo, revirou os olhos e desviou o olhar, tudo em menos de trinta segundos.

— Isso doeu, tá?

— Era pra doer mesmo. Assim você deixa de ser trouxa — ele ri levemente. — E você me deve desculpas.

— Tá, tá… desculpa por ferir seus sentimentos de bicha enrustida — brincou, bagunçando os cabelos alaranjados de Dream e abraçando seu ombro com um braço. Ambos soltaram risadas.

— Bicha enrustida? Sou tão parecido assim com o Nightmare?

— Eu xingo, mas não ofendo — Ink soltou mais uma risada. — Mas sério, desculpa. Eu sou um idiota.

— Você tem borderline, só pode — Dream murmurou. — Mas eu te perdoo por isso.

E Blueberry encarava a cena com um misto de confusão, surpresa e algo como “o que que tá acontecendo” no olhar, juntamente com algumas pessoas que ainda estavam no refeitório. Ele coça a nuca e ergue uma sobrancelha, assustado com a rapidez dos atos dos amigos.

(Afinal, o que os garotos fizeram ali foi, basicamente, mudar de humor de uma maneira muito rápida. É sério, tudo que você leu até agora ocorreu em menos de cinco minutos. Ou seja: de “amiguinhos amáveis discutindo sobre crushes” para “eu te odeio, caralho”, e logo depois para “você é um nenê desgraçado, mas eu te amo” em menos de cinco minutos.)

(E, se tem algo que define o relacionamento amigável, platônico e nada colorido de Dream e Ink, seria “eu te adoro, mas tu é um filho da puta do caralho e eu quero esmagar sua cabeça. Mas ainda te adoro”.)

(Agora, chega de notas cômicas e desnecessárias para o andamento do capítulo. De volta à história!)

— Então, voltando ao plano B — Ink respira fundo, massageando a mandíbula machucada. Ele olha os arredores, procurando pelo manchado rosto do seu príncipe encantado. — Eu tenho uma puta ideia pra conquistar aquele negão maravilhoso, mas vai demorar pra ser feita… e eu preciso pelo menos do número dele.

— Pede o número dele pra algum amigo dele, e diz que é para um trabalho, ué — Blue dá de ombros. — Aí vocês ficam conversando a noite toda, e depois você conta tudo pra gente. É uma ideia.

— É o que eu quero fazer.

— Então temos que fazer isso logo — Dream suspira, pondo uma mão sobre o ombro do rapaz de cabelo multicolorido. — O intervalo tá acabando; vai logo pedir pra um dos amigos dele o número do cara para acabarmos com isso de uma vez.

— Tá, tá, tá! Vou tentar ser rápido… — ele revira os olhos, arranhando levemente o braço coberto pela blusa marrom, de mangas compridas. — Me desejem sorte — com uma risadinha abafada, ele se afasta dos dois amigos com passos rápidos e leves.

Blue e Dream se encaram, e dão de ombros ao mesmo tempo. Sabiam que Ink tinha aquele tipo de comportamento estranho de vez em quando, então não chegavam a se surpreender.

— Você não tinha o número do Error? — Blueberry murmura. — Ele te mandou nudes e tal… sem querer, mas mandou.

— Claro que tenho, mas Ink não precisa lembrar disso — Dream sorriu. — Deixa ele passar vergonha.

— Você é cruel de vez em quando, priminho.

— Eu sei.

 

X

 

— Eyy, Killer! — Ink exclama, apoiando-se na parede e encarando o garoto. Killer era um emo, um daqueles trouxas de pele pálida que andava com uma franja na frente do olho e só ouvia rock, metal e punk pesado… além de pregarem o ódio à funkeiros. Embora Ink não fosse o famoso “ostentador chave pegador de 9inha”, ele gostava de funk. E era um absurdo aquele emo idiota odiar aquilo. Mas, bem, ele tinha o número de Error. Já era útil.

— O que o arco-íris ambulante quer agora? Recomendação de tinta pra cabelo? — Killer fala com desprezo, sem parar de digitar e encarar a tela do celular. Dava pra ver que estava num aplicativo de mensagens, só pelo plano de fundo com um pentagrama feito de sangue e pelas pequenas mensagens, que surgiam a toda hora.

— Seria bom, porque as minhas cores desbotam rápido demais… mas não, não é por isso! Acho que você pode me fazer um favor, edgy boy — o artista sorri levemente, ficando na frente do emo metaleiro. — Eu preciso do número de uma pessoa, tipo, urgentemente. O cara esqueceu de me passar, sendo que a gente tem que fazer um trabalho juntos e só temos aula juntos na sexta, que é justamente o dia de entrega! Acredita?

— Vou fingir que acredito — ele revira os olhos. — Quem é a futura fonte de material de masturbação? — falou com nojo, como se fosse algo anormal. Bem, para Ink era bem normal se masturbar; provavelmente aquele carinha via vídeos de sacrifícios de cabras para satisfazer seus fetiches macabros, então não podia falar nada sobre aquilo.

— Você não tem nada a ver com os meus planos, edgy boy — Ink ri um pouco. — Mas é o Error.

— Ele é hétero, já aviso — disse sem desviar o olhar do celular.

— Nem ligo. Passa o número aí de uma vez e ninguém se machuca — falou num tom brincalhão, arrancando uma risadinha de Killer. — Ah, você consegue sorrir? Que surpresa! Achei que seu rosto estivesse permanentemente deformado pelo mau humor.

— Cala a boca, Ink. Eu não ri por sua culpa — outro revirar de olhos. — Eu vou te passar o número porque tô de bom humor, mas é melhor você não me envolver na sua busca por material de punheta.

— Tudo bem — o rapaz deu de ombros. — Não preciso te meter nisso. Você prefere os pornôs com sacrifício de cabras mesmo.

— Eu não-- ah, foda-se. Não dá pra falar com você sem ouvir merda — o emo finalmente encarou Ink. — Eu não vejo vídeo pornô com sacrifício de cabras. E nem com cabras envolvidas. Agora, anota aí que eu vou ditar essa porra de uma vez.

— Ai, grosso — Ink fez beicinho. — Não pode anotar pra mim não?

— Não devo nada pra você, ô viadinho — retrucou, claramente indo na agenda telefônica do celular e procurando o número de Error. — Já tô te fazendo um favor gigantesco só de passar o número do cara.

— Você tem uma grande coragem para me chamar de viadinho, considerando que você também é um.

O olhar de Killer combinava com seu nome.

— Não, não sou. Não sou uma dessas “aberrações”, que nem você.

— Seu melhor amigo é gay, você sabe. E roubou o namorado do meu melhor amigo. Que é o irmão dele.

— Todo mundo sabe que o Nightmare é um filho da puta, até eu — Killer revirou os olhos novamente. — E ele é uma exceção.

— Por isso ele tem um coraçãozinho no nome de contato?

O dedo do de cabelos brancos estava parado bem em cima do contato de Nightmare enquanto olhava para Ink. E definitivamente o ‘sz’ era um coração.

Killer suspirou, sentindo o rosto ficar vermelho. Não tinha como esconder aquele tipo de coisa naquela situação.

Talvez eu seja gay por ele, mas você não tem nada a ver com isso.

— Sempre soube que você era enrustido — o de mechas coloridas riu alto, pegando o celular de Killer por um segundo assim que ele achou o contato de Error. É claro que o rapaz tentou protestar, mas sabia que não daria jeito. E não tinha nada a esconder mesmo. — Sabe, se assumir é a melhor coisa de todas. Deveria tentar.

— Eu não vou me assumir porque eu não sou gay.

— Tá, tá, tá, tanto faz — Ink terminou de anotar o número de Error. — Um dia, você vai aceitar que prefere banana à mexerica.

— Vá se foder.

— Com prazer, meu anjo.


Notas Finais


(eu sou tão cringe que até me surpreendo, às vezes. desculpa por ter criado isso)


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