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História Star Wars - Mais uma história Skywalker - O Plano de Rey


Escrita por: rivys

Notas do Autor


Aproveitem.
;)

Capítulo 8 - O Plano de Rey


Fanfic / Fanfiction Star Wars - Mais uma história Skywalker - O Plano de Rey

                                                                                                   ***

 

Chegando em seu quarto, um turbilhão de sentimentos invade o cavaleiro, sentimentos de dor, raiva, frustração, sentimentos até conhecidos por ele, mas desta vez, estavam em proporções exponenciais.

Era ela que o afetava ou Luke? Ou os dois juntos? Não sabia precisar. Sentia que iria explodir a qualquer momento, seu fardo estava ficando pesado demais, sentia que ia enlouquecer.  Olhava para o elmo de seu avô, mas mais uma vez não obteve resposta. Nada. Não vinha nada de lá. Ele suspira frustrado.

Resolve entrar no banheiro, talvez isso o alivie um pouco. Ao entrar, dá de cara com seu reflexo, estava cansado, não lembrava da última vez que havia feito uma refeição, e lá estava ela, a marca da cicatriz, ele retira as luvas das mãos devagar, encarando a se próprio, sorrindo em desgosto, se conteve ao máximo para não quebrar o espelho em mil pedaços. Queria ver, precisava ver, afinal a raiva e o ódio eram seu combustível, e agora mais de que nunca precisava sentir raiva. Afinal a luz que agora o perturbava, estava no quarto ao lado. Se repreendeu por tal conclusão, pensar tanto nela estava ficando insuportável, além de ridículo.

Após um longo tempo, ele se dá conta que ainda está na banheira, mas não tinha vontade de se levantar, estava tão perdido em si próprio... Era devastador. Mas ele ainda tinha coisas a fazer, tinha de concluir seu treinamento com Snoke, e é claro, domar a sucateira, ele sorrir involuntariamente com esse pensamento. Suspira frustrado mais uma vez, e finalmente sai do banheiro. A mesa já havia sido posta para ele, então decide comer. Pensa em mandar chamar a sucateira, mas acha melhor não, não tinha mais humor para discutir com ela agora.

- Guarda!

- Senhor?

- Traga Katrina. – Katrina era como Phasma, era leal.

- Sim, Senhor.

Alguns minutos depois, Kylo escuta alguém batendo a porta, e ordena que entre.

- Mandou me chamar, Senhor?

- Ela comeu? – Pergunta hesitante.

- Bom, quando acordou sim. Mas como o senhor não deu mais ordens, não levei mais nada.

- É claro... – Ele responde pensativo. Passou o dia tão ocupado...

- Quero que fique responsável por isso, seja rápida ao entrar e ao sair, evite conversar com ela.- Ele diz firme.

-Sim, senhor.

-Sirva o jantar dela. – Katrina assente, e se vira em direção a porta.

- Mais uma coisa, ela trocou de roupa?

-Bom, até aquela hora não. – Era teimosa demais para isso, ele conclui.

- Entendo, verifique isso. E qualquer problema me informe. E lembre-se, nada de trocar palavras com ela, é minha prisioneira e é perigosa!

- Sim, Senhor, com sua licença.

Depois de uma noite mal dormida, o que não era novidade para o cavaleiro, ele é chamado por Snoke. No fundo ele sentia receio de que seu líder houvesse mudado de ideia com relação a treinar a garota. Mas não podia deixar isso transparecer ainda mais, era muito arriscado ser mal interpretado. Afinal seria um grande feito seu. Converter a padawan de seu tio, seria no mínimo inusitado. Chegando a sala de Snoke.

-Kylo Ren.

-Líder Supremo.

-Quero que inicie o mais breve possível o treinamento com a catadora.

Kylo não pode deixar de olhar um pouco surpreso para seu mestre, através da máscara.

- Eu sinto seu poder...- prossegue Snoke - Este meu jovem aprendiz, será o fim de seu treinamento. A maior prova de sua lealdade com o lado negro da força...

Após sair da sala, Kylo definitivamente foi pego de surpresa, as palavras de seu líder ainda ecoavam em sua cabeça, dando voltas e mais voltas. O mestre definitivamente o estava testando. E não podia decepcioná-lo. Quem sabe depois de treiná-la, conseguiria enfim o contato com seu avô. Teria que se esforçar muito, definitivamente não seria fácil. Mas ele não desistiria fácil. Não mesmo.

Mais tarde, já em seus aposentos, Kylo Ren chama por Katrina.

- Verifique se ela já se alimentou e mande que ela vista o traje, irei em meia hora.

Katrina, atende ao pedido de seu mestre. Mas não deixa de pensar, será ela assim tão perigosa? Será se tem algo a ver com aquela cicatriz no rosto de seu mestre.

- Não pode ser! – Resmunga ela baixinho.

Katrina bate à porta do quarto de Rey, e enfim entra.

- Senhora, trouxe essa refeição peço que se alimente, e troque-se por favor, meu mestre virá logo para busca-la.

Rey com um sorriso irônico no rosto, faz um sim com a cabeça.

- Estarei esperando aqui fora.

Novamente Rey apenas acena com a cabeça. Rey não tenta nada, sabia que seria estupidez. Especialmente por que a vida de Luke está em perigo. Ela teria que ser forte, nem que para isso, tivesse que fazer com que Kylo pensasse que havia vencido. Ela já tinha passado por muita coisa. Sobreviver era algo que ela fazia. E fazia muito bem.

Rey mal dormiu na noite anterior. Sua cabeça girava, precisava de um plano e rápido. Até que uma ideia perigosamente ariscada, por assim dizer, brilhou em sua cabeça.

- Me infiltrar? – Pensou alto.

Por que não? Afinal ainda faço parte da Resistência e sou padawan de Luke Skywalker. Concluiu ela em pensamento. Então era isso, precisava de todo o seu instinto de sobrevivência para lograr seu plano com êxito. Ela já havia feito coisas malucas antes, lembrou-se do dia em que conheceu Finn e fugiram juntos na Falcon, mas aquilo era ousadia demais até para ela. Mas não tinha muita escolha. Teria que sobreviver, pelo menos até a Resistência saber de seu paradeiro.

Depois de alimentar-se, começa a analisar a roupa. Uma blusa preta, claro, de manda comprida, com dois cortes nos ombros e uma calça também preta de elástico. Ela suspira derrotada, gostava das roupas que havia ganho da resistência. Mais uma vez ela suspirou derrotada. Não tinha muitas opções. Decide tomar um banho, depois ainda frustrada, e com evidente desdenho e seus habituais três coques na cabeça, veste a tal roupa. A calça nem ficou folgada nem justa demais. Isso era um alívio. Eram até confortáveis. Provavelmente ele já estava considerando treiná-la.

            Pouco tempo depois ela escuta duas batidas firmes em sua porta. Era ele. Ela nada responde, não faria diferença, ele entraria de qualquer forma. Ela permanece sentada em um sofá próximo a lareira. Ele entra, e a vê, fica até um pouco surpreso ao notar que ela vestiu a roupa. Mas a surpresa maior foi a de Rey, tinha combinado consigo mesma não levantar o olhar para ele, pelo menos por enquanto. Mas um cheiro de perfume, ou algo parecido atraiu não só seu olfato, como também sua visão para o cavaleiro.

            Lá estava ele, sem a máscara, com cabelos levemente molhados, já secando, na verdade, roupas também pretas, trajando uma camisa que deixava seus braços de fora. Mas dessa vez tinha aquele maldito ar de superioridade, que logo a fez desviar seus olhos dos dele ao notar que estava olhando demais.

            - Me siga. – Disse ele ríspido.

            Ela se levantou e o seguiu, tratou de olhar cada detalhe do longo corredor negro. Passado alguns minutos, eles chegaram a um grande salão. O chão era claro, mas a paredes eram pretas, e o local era muito bem iluminado. Ela ainda estava observando o lugar quando então ele joga um bastão para ela, que por reflexo o segura próximo a seu corpo.

            - Hoje é primeiro dia do seu treinamento para o lado negro. Vamos ver como se sai, vamos ver se é tão boa quanto pensa.

            Ela gira o bastão dando alguns passos de lado, ele apenas observa. Não evita deixar de pensar que ela não tinha feito nenhum insulto, não levantou o tom de voz, aliás não abriu a boca. Ele corta o silêncio e diz.

            -Não pense que vai me enganar catadora, ficar tão quieta assim não é do seu feitio.

            - Não ache que por que entrou na minha cabeça uma vez você já me conhece, Ben Solo. Você não queria me treinar? Vamos ver se é tão bom quanto diz! – Ela fala com a voz um pouco alterada.

            -Vai se arrepender, Sucateira!

            Ele parte para o ataque sem pensar duas vezes, ela consegue desviar, então ele ataca novamente. Parecia até uma dança, bem sincronizada, mas feroz e perigosa. Depois de algum tempo, ambos estavam ofegantes, ela de um lado da grande sala, e ele de outro.

            - Melhorou um pouco desde a última vez. – Ele provoca.

            - Igualmente. – Ela ironiza.

            Eles voltam a se atacar novamente, um tentando golpear o outro a qualquer custo. Mas por um deslize, Rey escorrega, trazendo o cavaleiro junto com ela. Rapidamente Kylo, enquanto caiam, coloca a uma de suas mãos atrás da cabeça de Rey, antes dela atingir o chão. Enfim eles pousam. Suas respirações estavam audivelmente fortes, seus corpos estavam suados, estavam no chão. E mão dele ainda estava lá, protegendo a cabeça dela. Nervosos ambos trocavam olhares confusos, alternando entre os olhos e a boca um do outro, permanecendo assim por infinitos segundos

            Num sobressalto, Kylo levanta-se rapidamente sem estender a mão ou olhar para ela e dispara sem jeito.

            - Continuamos amanhã. – Ele se vira e sai tão rápido, que parecia estar correndo. Rey ainda estava lá imóvel tentando entender o que tinha acontecido ali.

 

 

 


Notas Finais


*0*


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