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História Star Wars - Relatório de um soldado da 501st - Relatório Final


Escrita por: Detomini

Capítulo 8 - Relatório Final


Fanfic / Fanfiction Star Wars - Relatório de um soldado da 501st - Relatório Final

Não sei que dia é hoje. Não sei onde estou. Não tenho acesso a tecnologia útil, exceto pelo suporte vital do caça Jedi e pelos suprimentos alimentícios. O sistema de comunicação está inoperante e o droide astromecânico está desativado. Como um... "Soldado" da 501st Legião, estarei cumprindo meu dever de fazer esse "relatório".

Tudo começou com mais uma missão. Não me lembro de datas específicas, e não acho que sejam relevantes. Foi uma batalha em território neutro, nas fronteiras da Orla Interior. O objetivo? Conquista de território. Ao menos isso foi o que nos foi dito. Era pra ser uma simples batalha espacial. Entrei no meu caça ARC - 170 e decolei junto aos meus companheiros de esquadrão. Saímos do destróier estelar em formação de V, sendo eu o último caça na ponta esquerda. Logo os droides caça da Confederação dos Sistemas Independentes choveu sobre nós. Os outros esquadrões estavam bem afastados de nós, e todos quebraram a formação para tomar manobras evasivas. Um disparo laser de um dos droides refletiu sobre o escudo do meu caça.

Retomando formação, contra-atacamos. Uma chuva de raios verdes e vermelhos cruzavam o espaço, fazendo um show de luzer na escuridão peofunda. A visão já limitada era ainda mais atrapalhada pela ausência de uma fonte de luz próxima, sendo a batalha iluminada apenas pelas luzes dos destróieres e dos caças. 

Durante cerca de vinte ou trinta minutos, o show de luzes continuou, não acontecendo quase nada. De repente, sinto que um vulto preto atravessa meu campo de visão. Alertei ao resto do esquadrão, mas o comandante ignorou, tratando como um reflexo de um piloto assustado. Momentos depois, um dos caças do nosso esquadrão explode, a fonte dos disparos sendo desconhecida. Cinco segundos depois, outro caça explode, e mais outro... Depois de dois minutos, o líder do esquadrão estava morto. O agressor não aparecia nos radares, o que significava que ele estava com os radares desabilitados. Mas seria quase impossível um caça atuar em batalha sem seus sensores.

Foi preciso a destruição de mais um esquadrão inteiro para eu entender: ele estava nos localizando através das nossas luzes. Tentei alertar os outros pelo rádio, mas me trataram como o novato que sou e ignoraram. Indo contra todas as ordens, desativei minhas luzes e cortei os motores até a velocidade zero. Por um momento, fiquei pairando no espaço. Quando vi uma rajada de lasers vindo do escuro do espaço, seguida da explosão de outro caça ARC, consegui travar os sensores no vetor de aproximação do agressor. Girando meus canhões na direção calculada pelo computador de bordo, disparei tudo o que tinha. A rajada de disparos verdes sumiram na profundeza do espaço, e elas contunuaram, até que se chocaram contra algo. Uma sombra que cruzava o meio do nada, sem escudos, sem sensores para ser localizada, explodiu num gás azul, ejetado uma capsula em direção ao nada.

Com sua arma secreta fora de batalha, o destróier da CSI saltou para o hiperespaço, deixando seus droides caça sem controle e, eventualmente, desabilitados no espaço. Conseguimos recuperar a cápsula com o raio trator, e dentro havia um piloto. O piloto parecia humano, mas com deformidades. O tipo de deformidades que existia nos primeiros clones, quando os kaminoanos ainda estavam desenvolvendo a técnica de clonagem. E, claro, o piloto estava morto. Ao ver que estava sendo capturado, engoliu uma pílula corrosiva para manter os segredos que ele guardava para si. Exames de DNA mostram que ele não era um clone de Jango Fett, tampouco havia sofrido o processo de aceleração de envelhecimento. 

Todos nós estávamos curiosos - e preocupados - para saber o que era ele e de onde veio. No entanto, meus colegas estavam dispostos a seguir ordens, e eu nem tanto. Quando capitão Rex alertou que não deveríamos tocar no assunto por ordem do chanceler Palpatine, eu decidi ir atrás de respostas por mim mesmo. 

Eu me encontrava na sala de pesquisas do destróier, quando capitão Rex se aproximou.

- Sente saudades de casa... "Echo"? - perguntou, num tom reconfortante.

- Sim, senhor! - respondi de imediato, como qualquer soldado faria.

- À vontade garoto. - Respirou, e então voltou a falar. - Sinto falta de casa também. Mas nosso dever como soldados da República deve ser cumprido.

- Com todo respeito, senhor, acho que isso está além de nosso dever. - Capitão Rex franziu o cenho.

- O que quer dizer com isso?

- Não acha estranho? Um clone misterioso aparece do nada e o chanceler em pessoa proíbe qualquer investigação a respeito?

- Eu te entendo. Isso também não me cheira bem. Mas como capitão da mais importante Legião de soldados da República, não posso abandonar meu posto. Você por outro lado...

- O que quer dizer com isso?

- Acho que você está sofrendo muito com o campo de batalha. Por que não tira umas férias?

- Férias? Achei que...

- Claro, um soldado incapacitado deve se recuperar antes de ser enviado para outra missão.

- Entendo...

- Passe um tempo em Kamino. - se aproximando de mim, ele suspira - Há arquivos lá sobre a fabricação de cada um de nós. Procure por datas anteriores à contratação de Jango Fett.

- Sim, senhor. - Andando em direção à porta, ele diz:

- Boa sorte, garoto.


Minha chegada a Kamino havia sido explicada. Fui recebido pelos kaminoanos e encaminhado para a ala médica. Os testes físicos e psicológicos não apontaram nenhum problema e fui liberado enquanto eles analisavam os dados. Fui à biblioteca pública, onde achei registros dos clones que já conheço; outros não, mas todos clones de Jango Fett. O mais próximo que cheguei a uma descrição parecida com o que vi naquela cápsula foi Bobba Fett, o "filho" de Jango - um clone inalterado, sem aceleração de crescimento e sem... Necessidade de obedecer ordens. Isso me deixou intrigado. Por que nós clones temos "necessidade" de obedecer ordens? Não havia arquivos relacionados. 

Andando pela cidade estabelecida sobre as águas de Kamino, encontrei uma área que não aparecia nos mapas das instalações - guardada por soldados ARC. Resolvi me aproximar. O soldado em frente à porta gritou para mim:

- Essa é uma área restrita clone, dê meia volta!

- O que há aí?

- O escritório do primeiro ministro Lama Su. Agora, volte antes que eu seja obrigado a força-lo. 

Fui para o refeitório e fiquei lá durante horas, até que um dos soldados com marcas vermelhas em sua armadura apareceu para comer. Efim, a troca de turnos. Me retirei e esperei do lado de fora. Quando o soldado ia saindo, o agarrei pelo pescoço e tirei sua consciência. Me apoderando de seu uniforme, lancei o que seria meu "irmão" nos infindáveis oceanos de Kamino. Mas, até onde minhas suspeitas diziam, nós não éramos irmãos. 

Entrei no escritório de Lama Su e, com o blaster em modo de atordoamento, disparei contra o peimeiro ministro, o deixando inconsciente. Comecei vasculhar os arquivos em sua sala, e comecei a encontrar documentos... Interessantes. O primeiro contrato para a clonagem de Jango Fett, assinado pelo mestre Jedi Zyfo Vias, clones personalizados destinados à guarda do chanceler - os soldados ARC... A inserção de chips de controle em cada clone para força-los a obedecer ordens. Ao analisar bem o documento, pude descobrir onde o chip se localizava e como removê-lo - e o fiz nesse mesmo instante, deixando marcas de sangue sobre a mesa do primeiro ministro. Continuei olhando os arquivos, e encontrei um pedido de clonagem do próprio Palpatine com fins não explicados. Seria aquele piloto um clone do Palpatine? Improvável, ele é um senhor sem nenhuma aparente habilidade de pilotagem.

O primeiro ministro começou a dar sinais de estar se recuperando, então lhe dei outro disparo atordoante e copiei o máximo de arvos que pude para meu caça.

Saí da sala como se nada tivesse acontecido. No entanto, vários soldados ARC haviam voltado à suas posições de guarda. Um deles me abordou:

- O que estava fazendo lá dentro, soldado.

- O primeiro ministro havia requisitado auxílio.

- Para quê?

- O primeiro ministro exige que permaneça em sigilo.

- Qual seu número de identificação, soldado?

O atingi no rosto com a coronha do blaster, o lançando inconsciente ao chão. Os outros soldados ARC entraram em posição de combate, mas eu já estava correndo para dentro do refeitório. Cortando caminho, cheguei ao hangar e decolei com meu caça. Saltei ao hiperespaço sem rumo, sem tempo para fazer cálculos e não podendo correr o risco de ser localizado. Quando estava a cerca de dois anos luz do sistema Kamino, desativei os motores sub-luz e calculei uma rota para Coruscant, onde poderia colocar todos os arquivos ma biblioteca central.

Enquanto ainda estava em minha viagem, fui bruscamente puxado para fora do hiperespaço. Dois destróieres estelares esperavam por mim, sendo um deles um modelo que eu nunca havia visto, ambos com o formato triangular dos destróieres da República. De imediato tomei meditas evasivas, mas seus disparos foram precisos. Devido à surpresa, não tive tempo de ativar os escudos defletores e meus motores foram desabilitados com um único disparo. Logo depois, um disparo de íons fritou meus sistemas elétricos. O caça desceu até o planeta e meus inimigos provavelmente acreditam que estou morto. E provavelmente estarei em alguns dias. 

E assim vim parar aqui. Já estou nesse planeta, que eu sequer sei qual é ou onde está, há dois dias. Provavelmente está localizado na Orla Média, próxima à Orla Interior. Tenho suprimentos para cerca de uma semana. Não sei se o ar é respirável. E, mesmo que meus sistemas de comunicação funcionassem, não tenho em quem confiar. Claro, esse relatório é mera formalidade. O que eu acho disso tudo? Vamos aos fatos: o mestre Jedi queria um exército que fosse controlado, recebendo ordens sem questionamento. Isso deve implicar em fazer algo errado ou antiético, no mínimo. Jedi não apóiam a guerra, então por que encomendar um exército? O próprio chanceler Palpatine encomendou clones seu; por quê? Depois de dias aqui, pensando, aquele piloto poderiam ser um clone de Palpatine. Eu não sei, mas senti algo ruim naquela cápsula, como se ela estivesse rechada de escuridão... 

Caso alguém encontre essa mensagem, não confie em ninguém ligado à política e, principalmente, ao chanceler Palpatine. Não confie nos clones; eles não têm culpa, mas são controlados. Nossa única chance é derrubar o chanceler e criar uma nova República. Talvez... Talvez nos tornemos os rebeldes que estamos combatendo. Grande parte da CSI e da Federação do Comércio foram destruídas, mas seus líderes se mantêm intactos. Eu...

Eu... Já não consigo mais continuar. Preciso economizar energia e ar. 

CT... Alguma coisa... Finalizando relatório... Final.



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