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História Starry Sky - Kanako Daily


Escrita por: kingtae

Notas do Autor


Boa tarde ^.^

Quero pedir desculpas pelos erros de português presentes no trailer, mas sabe aquela ansiedade de postar seu trabalho árduo e não revisar como deveria.
As vezes é difícil corrigir tantos erros, por isso eles passam despercebidos. Então, mais uma vez peço desculpas.

Eu vou sempre tentar postar com certa frequência, faculdade e dificuldades da vida querem atrapalhar porém não vou deixar.
O capitulo está grande kkkkk

PS: As ofensas do capitulo foram difíceis de fazer, eu amo as meninas e não aprovo esse tipo de chacota.

Obrigado pelos favoritos e comentários <3 :)

Capítulo 6 - Kanako Daily


Fanfic / Fanfiction Starry Sky - Kanako Daily

Tiffany P.O.V

 

Eu não acredito que esse tempo todo estive dividindo o quarto com Taeyeon, ela com certeza deve está odiando dividi-lo com uma almofadinha. E estou ainda com bastante raiva por ela ser a que alimenta essa ideia tão ridícula, infantil e ultrapassada. 

Ainda não tinha visto, mas ela está enrolada em uma toalha e instantaneamente minhas bochechas queimam de vergonha, além de ser uma idiota é byun também.

—É-é-é seja bem-vinda Tippany-sshi, s-se sinta a vontade – Ela sai apressada em direção ao nosso armário e eu fico com cara de tacho. Como o destino é engraçado, primeiro tira meus pais, depois me coloca aqui nessa bosta de internato militar e ainda me faz ficar no mesmo quarto de uma pessoa que parecia ser boa, mas agora me despreza por ser inferior.

Eu meio que não quero acreditar que Taeyeon seja esse tipo de pessoa, pego seu porta retrato e passo a observar como ela está feliz com sua família. Deve ser ótima a sensação de ter seus pais vivos, em casa e sem riscos de vida, ela parece tranquila na foto e deve nem carregar a dor de uma perda.

Eu insisto em não acreditar que ela seja dessa forma, mas qual é o motivo disso. Eu pouco me importo se ela seja ou não um ser repugnante e que perpetua uma infantilidade pelo internato, porém a quem eu quero enganar. Lá no fundo eu tenho um receio que ela seja mesmo dessa forma, de que aquela Taeyeon do primeiro dia não volte mais. 

 Eu não sei quanto tempo fiquei refletindo sobre Taeyeon, até sentir que ela já tinha voltado do quartinho. Ela estava me observando esse tempo todo, sinto minhas bochechas queimarem, por que essa idiota não me despertou dos meus devaneios. Agora ela está com um sorrisinho na cara, com certeza é de deboche e minha vontade é de sumir daqui.

—B-Bem q-que achei a menina da foto familiar – Como eu me odeio nesse momento, por que justo agora tive que gaguejar. Tiffany você é mais idiota que ela.

—Sem problemas – Ela diz já se deitando na cama, deve está cansada. Hoje ela acordou extremamente cedo para ir no treinamento militar.

Decido ficar calada, só vou falar se ela puxar assunto, não quero ser um incômodo para ninguém. Pelo visto ela vai ter que me suportar em todos os lugares, queria tanto que as coisas fossem diferentes, mal comecei nesse lugar e já o odeio. Preciso manter meu foco, se desejo mesmo me vingar dos que destruíram minha vida e as minhas esperanças. Olho para o lado e vejo Taeyeon adormecendo, as aulas vão começar daqui a duas horas, ainda tenho que conversar com Jessica e saber o motivo daquela confusão com a oficial Kwon, em meio a tantos pensamentos acabo adormecendo.

 

-oooooooOOOOooooooo-

 

 

Escuto o barulho do despertador e vejo que dormir demais, só faltam meia-hora para o início das aulas do período da tarde. Espera, eu não me recordo de ter ajustado o relógio, será que Taeyeon fez isso por mim. Se fez ou não agradeço, não quero receber castigo logo no primeiro dia, decido tomar um banho rápido.

Ao terminar o banho, pego meu uniforme e o visto rapidamente, só faltam quinze minutos para está na sala e preciso me apressar. Termino de me vestir, coloco a fita no meu cabelo, estou morrendo de raiva da minha imprudência e se não fosse Taeyeon estaria mais ferrada ainda. Saio correndo até os armários, chegando no meu o abro e pego meus materiais da aula de hoje que será matemática, fecho o cadeado e saio correndo até a sala de aula.

Espero não está atrasada, por favor Deus que o professor não esteja em sala. Ao chegar na porta, olho diretamente para a mesa do professor e não vejo ninguém, coloco as mãos nos joelhos e passo a respirar ofegante. Essa foi por pouco! Sinto o alívio percorrer pelo meu corpo, as punições para quem chega atrasada eram horríveis, tipo como lavar banheiros, fica no sol, capinar o internato e etc., eu não queria nada disso para mim.

—Hwang você está impedindo a passagem – Escuto Jessica dar uma leve gargalhada, provavelmente é do meu desespero que está muito nítido.

Eu nem respondo, pois ainda estou ofegante e apenas assentir, saio da porta em direção a minha carteira que divido com Taeyeon. Ela ainda não chegou, dou um suspiro aliviada, me sentiria mais péssima se ela presenciasse essa cena.

Vejo que Jessica está em seu lugar conversando com uma menina que eu não conhecia, elas parecem um pouco íntimas demais. Jessica parece está flertando com ela de forma discreta, quando direciono o olhar para as coxas de Jessica levo um susto. Não acredito! A moça está apertando as coxas de Jessica, deslizando a mão até a parte interna, ela dava um sorrisinho descarado para minha nova colega.

Meu Deus! Viro o rosto rapidamente, isso é errado além de ser um pecado, espero que ninguém tenha visto ou isso pode gerar problemas. Estou surpresa que na Coréia exista esse tipo de coisa, nos Estados Unidos isso é considerado uma doença chamada homossexualismo. Jessica vai ter que me explicar tamanha falta de bom senso, onde fui me meter meu Deus! Que tipo de lugar é esse! Cada vez mais me surpreendo e acabo não tendo escolha a não ser consegui me adaptar.

Passo a fitar meu caderno, tentando esquecer a cena que acabei de ver, faz um bom tempo que não escrevo meus poemas, na verdade meu caderno de poemas ficou em São Francisco. Acho que devo voltar a escrevê-los, preciso extravasar o que se passa dentro do meu coração.

 

*

 

Não queremos perder e nem deveríamos perder

Só o que me vem a mente é querer esconder

A dor de querer, mas não poder ter

Não espero que ninguém venha entender

Porém respeite esse meu jeito de ser

Pois estou vivendo para tentar esquecer

A dor de sofrer...

 

*

 

Levo um leve susto quando sinto que Taeyeon já estava ao meu lado na carteira, fecho o caderno bem rápido, não desejo dividir meus medos e dores com ninguém. Ela me olha de canto e dar um leve sorriso, passo a olhá-la e ela corresponde. Um... Dois... Três... Essa troca de olhares dura exatamente três segundos, mas parecia um bom tempo, ao olhá-la sinto que ela sabia o que está se passando dentro de mim, como se entendesse a dor da perda e da solidão.

Acho que estou ficando louca, preciso parar de ficar achando coisas onde não tem, como Taeyeon poderia entender o que era perder alguém ou ser sensível, suas atitudes com a oficial Yuri provam que elas não tem tantos problemas assim ou tem? Vou ficar louca desse jeito, elas estão me deixando assim, meus planos de ficar reclusa e ser uma desconhecida foram por água abaixo, agora todos já sabiam quem eu era e o inferno só está começando.

Decido prestar atenção na aula de matemática, que já estava na metade, mas decido olhar de novo para Taeyeon e percebo que ela está muito concentrada. Taeyeon está séria e acho que vai continuar sendo indiferente comigo, eu não fiz nada com ela ou suas amigas para agir dessa forma. Por fim, decido prestar atenção novamente e esquecer o tópico Taeyeon, Jessica e almofadinhas.

 

 

[...]

 

A aula de matemática acaba e Taeyeon se levanta rapidamente e se junta as suas amigas, Jessica se aproxima de mim e a cena que vi mais cedo não sai da minha mente.

—Vamos Tiffany-sshi? – Ela diz me olhando como se não tivesse aprontado nada.

—Sim, vamos – Digo já pegando minhas coisas, estou um pouco aflita, mas a curiosidade parece ser maior.

—Vamos logo! – Ela diz ansiosa - Quero te apresentar a sede do clube de jornalismo, Sunny e Seohyun já estão lá –  Ela diz bem animada, estou impressionada em como minha amizade com Jéssica estava fluindo, nem parecia que nos conhecemos hoje pela manhã.

—Calma Jessica! Estou terminando – Digo dando um leve sorriso, mas ainda me sentindo um pouco desconfortável pela cena que vi mais cedo — Vamos!

Ela me levou em direção aos corredores opostos ao dormitório e refeitório, eu via as plaquinhas dos clubes, entre eles observei o de música, a sala estava escura e com certeza ainda não tinha ninguém nele. Jessica para em uma sala ao lado do clube de música e então vi que era o tão precioso clube de jornalismo que ela tanto venera.

Adentramos a sala, vejo Seohyun dentro de uma cabine, ela está com um violão no colo de frente para um microfone, parece pronta para cantar. Sunny estava do lado de fora sentada em uma cadeira de frente para uma mesa de som, com fones de ouvido enormes para a cabeça dela, ela estava checando o som e falava com Seohyun por um microfone. Fiquei surpresa com a estrutura de som do internato, era algo bem profissional, eu pensando que era só um jornaleco de papel agora vejo o quanto estava enganada.

— Tiffany-sshi senta no sofá e espera um pouco, pois preciso fazer a abertura do nosso jornal. – Ela diz já indo para o lado de Sunny colocando fones também, fico impressionada em como o internato tinha aquela tecnologia, desisto de pensar e vou direto pro sofá.

 

 

~ Anyong recrutas, está se iniciando mais um Kanako Daily – Diz Jessica bastante contente, nem parecia aquela Jessica carrancuda de sempre.

~ Estamos contando os dias para a nossa primavera, assim como eu, muitos querem ver as cerejeiras florescendo, Dae!

Jessica está bastante feliz apresentando seu jornal, a voz dela bem fina e aveludada era boa de ouvir.

~ Dae Sica-ah! A primavera se aproxima e com ela o nosso baile, nesse ano a comissão promete algumas surpresas – Diz Sunny bem empolgada, parece que o baile de primavera era algo importante no internato.

~ Sim Sunny-ah! Mas o baile de primavera ainda está distante. – Diz Jessica fazendo um “aahhhhh” junto com Sunny.

~ Sica-ah temos uma notícia lembra!? – Diz Sunny de forma espontânea.

~ OMO! Sunny-ah lembrei, amanhã a noite teremos a festa de colação de grau dos seis recrutas que subiram de patente – Eu fico surpresa ao ouvir isso de Jessica, ninguém me avisou nada sobre essa colação.

~ Isso mesmo Sica-ah! – Diz Sunny bem alegre — Então queridos recrutas preparem seus uniformes militares pois teremos a presença do Coronel Kim.

~ Além da presença da nossa Senhoria, teremos apresentações de artes, então já vão preparando seus números para as inscrições. Terão apenas 4 apresentações, a ficha de inscrição será feita depois da aula de música. – Diz Jessica bem empolgada.

~ Já que os recados de hoje já foram passados temos uma apresentação hoje ao vivo na rádio – Diz Sunny sorrindo para Seohyun que já estava a um bom tempo dentro da cabine dedilhando seu violão.

~ Sim pessoal, hoje nossa adorável Seohyun irá nos agraciar com sua linda voz, não é mesmo?! – Diz Jéssica perguntando para Seohyun que dava um leve sorriso.

~ Sica-ah nem é pra tanto! Sim, irei cantar uma música de minha autoria. – Diz Seohyun um pouco corada.

~ Seobaby me responda essa pergunta. – Diz Sunny com um sorriso malicioso. — Essa canção vai ser dedicada a alguém?!

~ Meu Deus unnie que pergunta! – Diz Seohyun morrendo de vergonha — Sim, é dedicada a uma pessoa – A coitada diz com as bochechas extremamente rosadas.

~ Só mais uma pergunta Seobaby – Diz Jessica e eu já sinto que vem bomba – Essa pessoa é um menino ou uma menina? – Ela diz e dar uma leve risada.

~ OMO! Sica-ah que absurdo! – Seohyun parece que vai explodir de vergonha, para que ter inimigas se você tem amigas como essas duas, mas essa situação não deixa de ser engraçada. — É-é u-uma menina.

~OOhhhhhhhhhhhh – Elas dizem em uníssono.

~ Desculpa Seobaby, mas precisamos alimentar as esperanças dos seus admiradores. – Diz Sunny em meio a uma risada — Espero que sua pessoa seja bem ciente dessa canção.

~ Sem mais delongas Sunny-ah – Jessica faz careta para Sunny — Agora SeoBaby relaxa, pois essa pessoa é muito sortuda por receber uma canção sua. – Jessica se ajeita na cadeira e Sunny coloca um som de tambores soando.

~ Com vocês Moonlight – Seohyun.


Ya I know
Sim, eu sei
eodum sok neowa na
Você eu, na escuridão
danduriya
Somos apenas nós dois
nae nuneul bogo Stop
Olhe em meus olhos, pare
deo gakkai
Ainda mais perto
sum swil su eopsge
Mal conseguimos respirar
Just me and you
Só eu e você
siganeun meomchwo
O tempo para


nal boneun nungil
Seu olhar que me encara
ttaseuhan ongi
um calor quente
gadeuk chaeun
No coração preenchido
ireon seollem soge
Brilhando
huimihan bulbit sairo bichwo
entre a luz fraca
Now you and me
Agora eu e você
du nuneul gama yeah
Feche seus olhos, yeah


nal bichuneun Moonlight
Brilhando em mim, o luar
budeureoun Moonlight
Um luar suave
soksagyeojwo
Sussurre para mim
I love you in Moonlight
Eu amo você na luz da lua
nogabeorineun
Me derreta
Love you in Moonlight
Eu amo você na luz da lua
nal anajwo
Me segure


baby 
neoui nunbicce
No seu olhar
ppajyeodeureo
Eu caio
wae wae ireonji moreugesseo
Por que? Por que? Eu não sei porque estou assim
ttaseuhan ne pum ane
Em seu abraço quente
gadeukhi nal anajwo
Me segure completamente
shh shh woo

...

 

Seohyun começa a cantar, sua voz é linda e carregada de emoção. Essa pessoa parece ser muito importante para ela, a letra era profunda e revela seus sentimentos. Jessica deixa a cadeira da mesa de som e vem em minha direção até se sentar no sofá ao meu lado.

—Gostou do nosso programa? – Ela pergunta ansiosa e com os olhos brilhando.

—Sim, parece ser bem legal – Digo com um leve sorriso — Na verdade pensei que era só um jornal de papel e não uma estrutura de rádio.

— Usamos jornal escrito também Tiffany-sshi – Ela diz me fitando — Essa rádio só foi uma forma de manter esses pobres recrutas um pouco mais distraídos dessa rotina árdua de treinos e aulas.

— OMO! Que interessante, acho que já tenho minha resposta sobre seu convite de poder participar do jornal – Olho para ela dando um grande sorriso, fazia um tempinho desde que me sentia bem dessa forma.

—Ahhhh! Tiffany-sshi conta logo – Jessica diz fazendo aegyo, ela nem percebia que o estava fazendo se não ficaria irritada com isso.

—Eu vou participar do jornal – Digo dando uma leve gargalhada, Jessica me abraça e fico estática no meu lugar. Lembrei do que vi hoje pela manhã e tento disfarçar o meu desconforto. Não tenho nada contra ao homossexualismo, mas preciso me acostumar com essa ideia.

—Fico feliz Tiffany-sshi por ter aceitado – Ela diz já se afastando e acabo me lembrando da conversa que eu queria ter com ela sobre a oficial Yuri.

—Jessica lembra que ficamos de conversar sobre a subtenente Yuri – Digo a fitando, a curiosidade está meio que me corroendo por dentro.

—Eu lembro sim e é uma longa história,  quer mesmo ouvir? – Ela diz com um semblante sério e acabo me sentindo um pouco receosa em saber a verdade, mas acabo cedendo para a curiosidade.

—Sim, eu quero ouvir – Digo de forma neutra.

—Certo – Ela diz passando a me olhar.

— Quando eu, Sunny e Seohyun entramos no internato, nos sentimos muito deslocadas e todos nos olhava como se fossemos a escória da Coréia. Anteriormente o internato já teve outros almofadinhas, mas eles saíram por não suportarem a pressão que os recrutas davam neles. Tivermos que nos adaptar a tanta indiferença, tentamos sair desse lugar, mas Aiko dizia que tínhamos que superar o preconceito e permanecer firme, até ela dar a ideia sobre o jornal. – Ela continua

—No início não formos bem aceitas, justamente depois dos boatos de que a elite dos recrutas não gostavam da gente. Acho que você já sabe quem é essa elite, Taeyeon, Yuri, Sooyoung, Yoona e Hyoyeon. Elas são filhas de militares muito importantes no exército, no início fiquei bastante triste até que um dia aconteceu algo que marcou nossas vidas nesse inferno – Ela abaixa a cabeça rapidamente, mas volta a me olhar.

—Estávamos indo para o treinamento militar, até virem em nossa direção seis pessoas encapuzadas. Ficamos com medo, mas decidimos continuar o caminho, eles pararam na nossa frente nos impedindo de prosseguir em direção ao campo. Perguntei o que eles queriam, então de repente um deles mostrou uma faca e puxou Seohyun a fazendo de refém. Comecei a me tremer desesperada e Sunny não parava de chorar, eles começaram a dizer que não era para gritarmos ou eles matavam Seohyun. Minha duas amigas não paravam de chorar, eu tinha que ser forte por elas, então um deles me puxou pelo cabelo e me deu uma surra. Eu sabia que eram homens, pois a vozes eram masculinas. Eles bateram em nós até ficamos desmaiadas, eles nos puxaram até uma parte do internato que não conhecíamos e nos deixou ali com uma carta de advertência — Ela diz ainda com a cabeça baixa e eu sentia que aquilo era muito duro de contar.

—Acordamos sentindo nossos corpos doendo, a carta estava em cima de mim e dizia que eles foram mandados por aqueles que nos odiava e que iriam expelir toda escória do internato – Ela diz ainda me olhando.

—Vocês contaram isso para Aiko? – Digo receosa e chocada com o relato.

—Não, eu decidi que iriamos nos vingar da melhor forma – Ela me olha de forma séria e bem sugestiva —  Usamos o jornal para tornar a vida delas um inferno.

—Como vocês tem tanta certeza que foram Taeyeon e as outras que mandaram aqueles garotos as agredir? – Pergunto meio que não acreditando que Taeyeon fez isso realmente.

—Tiffany-sshi, elas nos odeia desde do primeiro dia que entramos, com certeza foram elas e eu não tenho dúvida! – Jessica diz bem destemida e essa história está muito estranha. Não acredito que Taeyeon foi capaz de agredir covardemente três garotas por um preconceito tão chulo.

—Eu sinto muito Jessica. — Digo a olhando atentamente, percebo que é a única coisa que posso dizer.

—Não sinta, elas estão pagando o que fizeram. – Ela me diz com prepotência — Elas mexeram com as pessoas erradas.

—Satisfeita senhorita Hwang? – Ela diz de forma mais relaxada, para quebrar a tensão que se alojou entre nós.

—Obrigada por compartilhar algo tão íntimo. – Eu digo relaxando um pouco.

—Já que você agora é uma de nós, tem que saber os segredos que nos rodeia. – Ela diz já se levantando, nem percebi que Seohyun já tinha terminado de cantar e o programa da rádio também.

—Meninas, apresento a vocês a nova integrante do nosso jornal Tiffany Hwang. – Jessica diz bem animada.

—Seja bem-vinda Tiffany-sshi. — Diz Seohyun e Sunny ao mesmo tempo.

—Obrigada – Digo corando levemente.

—Tiffany-sshi você já tem o uniforme para usar na colação? – Pergunta  Sunny, nós quatro já estávamos saindo da sala e Jessica fecha o local pois saiu por último.

—Não, eu nem sabia que iria ter uma colação. – Elas nem me avisaram nada e eu odeio saber as coisas por último.

 —Como não? Eu deixei um panfleto no seu quarto. – Diz Seohyun, então me lembrei que provavelmente Taeyeon pegou o panfleto. Não quero revelar no momento quem é minha colega de quarto, não depois de uma história daquela.

—Acho que eu não vi, me desculpe. – Digo dando um sorriso envergonhada pela minha suposta falta de atenção, não desejo revelar que minha colega de quarto foi a que pegou o papel.

—Tudo bem Tiffany-sshi, vamos logo atrás do seu uniforme pois a festa é amanhã a noite  – Diz Jessica já me puxando pelo corredor em direção ao setor acadêmico militar.

Seohyun e Sunny nos acompanha e parece que meu segundo dia nesse internato está bem cheio. Entrei em um jornal, estou andando com as almofadinhas e automaticamente inimiga de Taeyeon e suas amigas, isso nem de longe estava em meus planos.

 

 

Yuri P.O.V

 

 

Não é fácil ser filha de uma militar que só sabe cobrar de você disciplina e mais disciplina, como se esse maldito exército fosse tudo que nós deveríamos nos importar. Na hora que ela me nomeou subtenente e olhou bem no fundo dos meus olhos, descobrir que não tinha mais escapatória, minha vida a partir dali seria para aquele inferno de exército e o mundo militar.

Desde de criança cresci nesse regime, eu não me recordo em nenhum momento dos cuidados da minha mãe comigo, do seu carinho e afeto. Depois que meu pai morreu, ela se isolou do mundo e dizia que viveria para matar aqueles que cometeram aquele assassinato. Ela esqueceu de que tinha uma filha, esqueceu que eu também sentia pela perda  e esqueceu que aquele ódio a impedia de enxergar  o que sobrou da sua antiga família, EU.

Cresci sem minha mãe e sem uma família, eu nem sabia o que realmente significava família. Eu só sabia que tinha que aprender a segurar uma arma, que teria que saber lutar corpo a corpo, pois como a Tenente BoA diz “essa é a única garantia de que posso sobreviver, é aprendendo a proteger a mim mesma”.

Tenente Boa, foi assim que ela me pediu para chamá-la quando tinha 6 anos, ninguém sabe como chorei naquele dia. A única pessoa que eu sabia que me amava era Aiko, ela cuidou de mim com muito amor e carinho. Tudo que minha mãe não pode me fornecer sentimentalmente, Aiko veio e me supriu. Foi no internato que conheci Taeyeon, minha irmã que Deus permitiu que escolhesse.

Bem, eu gosto de servir ao meu país e não tenho nada contra os civis, homens e mulheres que não fazem parte das forças armadas, fiquei só no meu canto quando entraram no internato as almofadinhas. Eu sabia que os demais recrutas não as aceitavam, eu simplesmente permaneci no meu lugar, não me importa se são almofadinhas ou não, só não gosto de rejeitar ninguém.

Taeyeon não queria alimentar aquela ideia idiota de almofadinhas, estava planejando até ter uma reunião com todos recrutas para acabar com isso. Um certo dia quando nós entramos no refeitório, todos olharam em nossa direção, alguns com cara de nojo e outros com sorrisos reprimidos. Olhei para o chão e vi o motivo de toda aquela atenção repentina, um maldito panfleto com os nossos nomes e algumas coisas escritas sobre nós.

 

*

 

Livro das Revelações

 

Inferno Kanako [muitos chamam de internato militar].

Bem vou falar sobre 8 garotas [que se acham as melhores desse inferno], elas são conhecidas pelos seus talentos [e desgraças], suas conquistas e acima de tudo pelas suas famílias [bando de ordinários egoístas].

Desde de que as vi pela primeira vez formei uma opinião decente sobre elas [hoje me arrependo por isso], acho que os ideais militares vão ser descartados dessa vez. Essa é a minha resposta sobre o ocorrido [vocês vão pagar caro pelo que fizeram infelizes].

 

X

 

Taeyeon

[Caminhoneira] Líder da elite, também chamada de [Teião] Oficial Kim Taeyeon. Ela é aclamada por ser filha do poderoso Coronel Kim [esse povo falta lamber a bunda dela], no início pensei que fosse uma pessoa boa [me enganei], ela mantém uma postura de líder, [mas é a filhinha do papai e sapatona chefe, gosta mesmo é de mulher]. Tenta dar o exemplo de recruta perfeita, até que canta bem [porém é uma desgraçada covarde].

 

Yuri

[Você quis dizer o macho da elite] Uma das melhores recrutas do internato,  aclamada por nunca perder um desafio e filha de Kwon BoA [infelizmente sua querida mãezinha a despreza coitadinha].

Tem uma beleza exuberante [mas a o cérebro é do tamanho de uma ervilha], muito forte [gostosa também não vou negar], essa eu tenho é o prazer de dizer que ótima no que faz [em ambos os sentidos] e sua fama é grande pelo internato [uma player maldita e sapatona junto com sua líder].

 

Jéssica

Uma coreana [americana desgraçada], podre de rica e ninguém sabe o motivo dela está nesse lugar [ridículo por sinal]. É conhecida no internato por sua beleza, inteligência, por ser boa com comunicação e investigação [pelo menos para isso essa almofadinha serve].

Conhecida por Ice Princess, é bem séria e não gosta de perder seu tempo com besteira [uma boa forma de dizer que ela é arrogante, prepotente e mesquinha]. Tenta evitar confusão  o quanto pode, muitos dizem que tem uma bela voz  e nasceu para cantar [todos sabem que parece um esquilo gripado cantado].

 

Sunny

Uma garota dotada de um grande QI [porém é uma anã], sua família domina grandes conhecimentos sobre tecnologia [de novo me pergunto  o motivo delas estarem nesse inferno insuportável]. Além de sua grande herança, consegue bolar ótimas estratégias e tem uma ótima comissão de frente [digo peitões]. Ela vive pregada com Jessica e sua curiosidade em descobrir coisas é marcante [uma vadia de primeira].

 

Sooyoung

Uma das recrutas mais ágeis do internato Kanako [e morta de fome também], é conhecida pela sua rapidez e por suas longas pernas [parece um avestruz]. Filha de um dos heróis da Guerra, todos respeitam o legado do seu pai [ela se esconde de trás dessa fama], as suas outras amigas são melhores do que ela [nem para vencê-las  serve], acho que seu pai está decepcionado. Tenta consegui uma patente mais elevada e ser uma boa recruta, para dar orgulho ao seu pai [e nem isso ela consegue fracassada].

 

Yoona

Conhecida pela sua beleza e simpatia [confesso que ela é bonitinha], muitos acham que ela é delicada e recatada [porém segue fielmente os passos de sua líder Teião]. Sua mãe é a médica mais requisitada do exército, é a chefe desse setor e prestigiada por ter salvado muitos militares feridos [já sua filha é a ovelha negra, uma vergonha como alguns dizem]. Yoona não deseja ser médica ou militar [coitada pensa que a mamãe vai deixar escapar].

Seohyun

A maknae das almofadinhas [uma completa idiota], participa do jornal da Jessica Jung [Naja], essa eu posso dizer que é recatada e bem prendada [puritana  ou não, és a questão]. Sua família é proprietária de umas das maiores fábricas de remédios da Coréia [se não fosse rica não estaria nesse inferno]. Ela odeia esse lugar com todas as suas forças, seu maior sonho é sair daqui [que pena, pois uma vez no inferno sempre no inferno].

Hyoyeon

[Você quis dizer a desprezada da elite], Uma das recrutas bem requisitadas do internato porém não deseja seguir carreira militar seu sonho é ser uma ótima dançarina e viver da arte. É uma pessoa que muitos desejam ter como amiga, é popular e bonita [eu não acho]. Seu pai não tem uma patente muito importante nas forças armadas, porém é ótimo com recados [fofoqueiro oficial do exército]. Como todos nós ela está presa nesse lugar [repetindo um inferno].

 

X

 

Apresentei para vocês a primeira edição do livro das revelações, eu posso dizer que a vingança é um prato que se come frio e espero que vocês sejam bem informados sobre a verdadeira face da elite e almofadinhas. Desejo mesmo é que vocês morram e que o apocalipse comece no inferno Kanako.

 

Livro escrito por Anônimos.

 

 

Quando eu li esse panfleto, fiquei estática no meu lugar e meio perdida, comecei a pensar na pessoa que seria capaz de fazer algo tão sujo. Logo deduzir que única pessoa responsável pelo jornal era a Jessica Jung, mesmo o panfleto sendo anônimo e ela própria ter sido caluniada, eu sentia que era ela por detrás desse maldito panfleto. Todos naquele dia olhavam para nós, sorrindo e sentindo nojo da nossa própria desgraça.

Foram longos dias para podermos recuperar a nossa dignidade e respeito pelo internato, o panfleto foi parar na mesa de Aiko e acusei Jessica como responsável pela publicação dele. A maldita foi chamada na sala da Tenente e conseguiu se defender usando várias provas, disse que invadiram o jornal para publicar aquilo e que ela também foi vítima de calúnias. No final ela conseguiu se safar por eu não ter provas, o tal Livro das Revelações continuou sendo publicado com o nome de outros recrutas e Aiko desistiu de investigar. Taeyeon tentou de toda forma provar que foram elas, tentou dizer que esse jornal era maléfico para o internato, mas não conseguiu. Aiko dizia que o jornal era benéfico, pois entretinha os recrutas das suas jornadas árduas de treinamento e que não ia pará-lo por uma “brincadeira”.

Antes de esses panfletos malditos surgirem, não tínhamos nada contra as almofadinhas, no entanto, agora somos inimigas e ódio prevalece entre nós. Hoje eu não podia deixar que Jessica influenciasse a novata para seu lado, sempre que ela se aproxima de alguém é por segundas intenções. A Jung não dava ponto sem nó, não é de qualquer um que ela se aproxima e sempre tem algo que ela quer em troca. Taeyeon tinha pedido para não fazer nada, porém não podia deixar aquela almofadinha pintar e bordar no internato, acabei indo atrás dela para tirar satisfação e acabamos discutindo feio. Eu não sei o que é isso que sinto toda vez que vejo a Jung, só sei que fico louca e acabo fazendo besteira. Eu não devia ter colocado o pé para ela cair no horário de almoço, e se arrependimento matasse acho que estaria morta, agora a Tae está decepcionada comigo e é mais um ponto para as minhas tolices.

Depois de refleti sobre tudo, decido me deitar um pouco, pelo visto Min não vai chegar para poder falar sobre a colação de grau, ela é minha colega de quarto e uma das poucas pessoas desse internato que me dou bem. Ao sentar na cama, escuto alguém bater na porta como se fosse derrubá-la, me pergunto quem é o corajoso para fazer algo tão inconveniente e principalmente comigo. Vou em direção a porta e ao abri-la me deparo com a única pessoa no mundo que nunca iria imaginar que estaria batendo na porta do meu quarto, Jessica Jung.

—O que você quer? – Pergunto fitando seus olhos tão profundos e interessantes. Espera, não estou acreditando que eu acho os olhos dessa cobra interessante.

—Me deixa entrar Kwon, preciso ter uma conversa com você – Ela diz ainda me fitando profundamente.

— Certo, entre – Digo já liberando a passagem para que ela entrasse. Acabo me sentando na minha cama e ela fica em pé na minha frente mantendo certa distância.

— Vim aqui apenas te dar um recado da sua mãe – Eu não acredito que a bruxa da minha mãe mandou uma almofadinha de pombo correio.

— Estou ouvindo – Digo já me deitando na cama e dando meu sorriso de deboche que deixa a Jung irritada, ela dar um leve suspiro e me olha com certa irritação.

— Ela me informou que era para você está cedo na colação e se manter longe de problemas – Ela diz já se dirigindo até a porta.

Eu não sei o que deu em mim, mas simplesmente me levantei da cama rapidamente e segurei no pulso da Jung a virando de frente para mim. Passei a olhá-la profundamente e ela fez o mesmo. Lembrei que antes dessa confusão toda, eu admirava Jessica secretamente, pelo simples fato dela ser linda e forte, poucos conseguiriam seguir de cabeça erguida ao serem desprezados, e ela o fez de forma bem destemida.

— ME SOLTA KWON! ­­­– Ela tenta se soltar e falha miseravelmente, eu sou mais forte que ela.

—Jung você vai ter que me ouvir ­­­– Digo tentando manter a calma, mas só Deus sabe o quanto meu coração está acelerado.

— EU NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ IDIOTA! – Ela grita demonstrando todo seu ódio e rancor.

— O QUE EU FIZ PARA VOCÊ, PARA FICAR ME TRATANDO COM TANTO ÓDIO?! – Acabo gritando perdendo totalmente o bom senso, era só Jessica entrar na minha frente que perdia a razão.

— COMO VOCÊ É RIDÍCULA! COMO TEM TANTA CARA DE PAU DE PERGUNTAR O MOTIVO! – Ela diz com um olhar cheio de raiva, porém lá no fundo eu via que ela estava muito magoada. Eu sinceramente não fiz nada contra essa garota para ela se sentir assim.

Acabo fazendo uma besteira ao puxar o corpo de Jessica e deixá-la praticamente colada em mim, sinto sua respiração no meu rosto e busco os seus olhos que estão surpresos com o meu ato. Instantaneamente meu olhar se dirige aos seus lábios que estão bem chamativos, nossas respirações estão descompensadas e ela fecha os olhos esperando pelo contato dos meus lábios nos dela. Quando já estou me aproximando da sua boca, ela me empurra de uma vez na cama e passa a me olhar assustada.

— J-J-Je-Jessica me desculpa por isso, eu meio que não sei o-o q-que eu fiz para você e... – De repente seu olhar assustado passa a ser um de muito ódio.

— NUNCA MAIS ENCOSTE EM MIM KWON! – Ela diz saindo furiosamente do quarto.

O que eu acabei de fazer!? Não acredito que quase beijei Jessica Jung, a menina que mais odeio nesse inferno de internato. Kwon Yuri que merda foi essa, agora com que cara vou olhar para ela novamente, e não posso negar que eu queria aquele beijo e ela também, pois vi claramente ela fechando os olhos.

Pego a fitinha do uniforme e a coloco no pescoço, odeio está vestida nesse uniforme escolar ridículo. Saio do meu quarto indo em direção a sala de aula, fecho meus punhos por conta da situação tensa de agora a pouco. Olho para o lado e vejo Taeyeon, agora era só o que me faltava, e o pior, não posso revelar a ela o que aconteceu a poucos instantes. Decido continuar o caminho e ignorar Taeyeon, se ela perguntar coisas demais talvez não consiga omitir e acabe revelando algo que para mim e vergonhoso. Sinto que ela está se aproximando, essa baixinha não desiste que merda.

—De novo Yuri você e a Jung discutindo. – Ela passa a me encarar, tento não olhá-la de volta ou posso estragar tudo.

—O que eu posso fazer se ela me provoca. – Passo a fita-la e revelo de uma vez por todas minha frustração. Merda! Minha vontade é de socar algo, encontro uma coluna e decido que ela serve ou alguém poderia sair machucado.

—Provoca né! – Ela diz provavelmente para me irritar mais.

—Ah! Taeyeon não me enche o saco, vamos entrar logo na sala para não chegarmos atrasadas. – Digo já dando passos apressados, não quero ter que ficar dando satisfação para uma danshin curiosa.

Já estávamos em frente a sala de aula e ao adentrar vejo que a Jung já estava lá conversando com Victória. Passo a trincar os dentes de raiva ao ver que ela estava flertando com aquela vadia só para me irritar. Começo a olhar em sua direção, ela percebe que estou a observando e dar um beijo no canto da boca de Victoria, quando olho para suas pernas naquela saia minúscula, vejo a vadia as apertando.

Jessica Jung, se acha uma ótima jogadora, mas esquece que ela não está jogando com qualquer uma. E que os jogos comecem, só espero que o resultado seja ao meu favor.


Notas Finais




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