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História Starving - Capítulo 6 - Vale o risco


Escrita por: Mayfairy

Notas do Autor


Oye, cheguei com uns 13 minutos atrasada mas cheguei!! Isso que importa, não?
Vocês tinham que ver o estado deplorável que eu estava quando eu escrevia, tacada ma cadeira, com os dedos cheios de esparadrapos e bandaids, com um sanduíche do subway tacado na mesa e o refri. DEPLORÁVEL AHSUHASU
Bom, cheguei com mais um capitulo bonitinho e maravilhoso.
Não vou demorar aqui, então me desculpem por qualquer erro!! Vou corrigir a fanfic toda amanhã.
Boa leitura >.<

Capítulo 6 - Capítulo 6 - Vale o risco


Starving

 

Capítulo 6 - Vale o risco

 

- Eu tenho medo de outra coisa, Chanyeol. De voltar a ser o centro das fofocas de outras pessoas. E daquele falatório prejudicando o meu trabalho. Eu me sentiria, como me senti antes. Tudo de novo, Chan. Aqui é aonde eu nasci, onde moro e está repleta de gente que eu me importo. Por favor, não faça isso comigo. Não aqui. E não agora.

Chanyeol ergueu a cabeça, com os olhos nos meus.

- O que você quer dizer com isso?

- Exatamente o que eu disse. Nem menos e nem mais.

Por fim, empurrei delicadamente o peitoral de Chanyeol e ele se afastou levantando as mão em modo de redenção. Repentinamente, qualquer palavra em tom de brincadeira que se fez presente antes, agora sumira completamente.

- Me explica. – Ele se distanciou ainda mais para trás e depois se apoiou em uma das estantes, cruzando os braços. Se ele soubesse o quanto fiquei agradecido pelo espaço, ficaria, com certeza, estupefato. – Eu verdadeiramente não estou entendendo nada. Mas eu quero entender.

Olhei para seus olhos, soltei um suspiro e me perguntei mentalmente “porque agora?”. Mas o pensamento se transformou em um murmuro que, infelizmente ou felizmente, Chanyeol conseguiu escutar, tanto que me respondeu com um:

- Porque eu só fui saber disso agora.

- Você só precisava ter prestado atenção.

- Prestado atenção em que exatamente?

- Em mim! Em seus funcionários! E em tudo o que estava sendo dito sobre o nosso suposto relacionamento. – Ri soprado. – Engraçado que escutar o que eu murmurei, você escuta, mas os comentários de seus funcionários, não.

Ele arregalou os olhos e abriu um pouco sua boca. Parecia surpreso.

- É por isso que você está sente agressivo e antipático comigo?

Olha, se é que é possível, meus olhos se arregalaram ainda mais. Meus olhos estavam a ponto de sair dos buraquinhos dele e perambular a cozinha de tão abertos que eles estavam.

Eu estava desacreditado! Não dá com isso não!

- Você está dizendo que você sabia de tudo aquilo?

- É claro que sim! Você tá achando o que? Que eu não sei o que acontece e quais são os assuntos da minha cozinha? Minha cozinha, meu mundo. Era bobagem na época e continua sendo bobagem agora. Qualquer um com o mínimo de bom senso sabia com o você era incrível. Pelo amor de Deus, seu talento é gritante!

- Teria me ajudado se você tivesse me defendido uma vez. Poderia ser uma só. Não precisava repetir não. Pelo menos uma vez, Chanyeol.

- E dar crédito para todo aquele falatório estúpido?

- F-Falatório? – Eu estava boquiaberto, mas fechei minha boca de imediato. – Estúpido? Talvez para você Chanyeol. Mas esse falatório estúpido transformou a minha vida no trabalho, que na época, era tudo na minha vida, em uma cópia, se não o verdadeiro inferno! – Tentei sorrir mas fracassei lindamente. Apenas consegui fazer uma careta desgostosa. – Era para você ter deito isso e não aquele povinho idiota, Chef. – Entrelacei minhas mãos e fiquei apertando meus dedos inquietos. Eu queria apenas esquece de todas aquelas lembranças. – Meu trabalho era ser alvo de xingamentos vindos de você, fazer o que você exigisse, aguentar tudo e qualquer coisa que eu nem ao menos poderia imaginar. Ser o seu alvo! Mas eu me tornei o alvo deles, para sofrer sabotagens, uma atrás da outra apenas para eu perder a minha reputação, que, meu Deus Chanyeol, eu batalhei bastante para adquirir! Para ser digno!

- Baekhyun, isso faz parte de qualquer cozinha, em qualquer lugar. – ele disse. – Isso não é uma desculpa esfarrapada. Não. É apenas a verdade. Acho que o humor funciona mais do que os gritos. O charme tem os seus benefícios, contudo, ainda assim,  isso só torna o clima menos pesado, porque não existe uma forma de esconder  de que a cozinha se trata de toda uma carreira em jogo. Que aquilo é uma competição, uma corrida, que alguns se destacam e outros não. E também tem aqueles que trapaceiam apenas para vencer, mas esse nunca será digno de respeito. E as suas costas, por acaso, eram o maior alvo que todos tinham. Você era Chef e decidiram te ferrar para conseguir o seu posto. O truque da mágica é não levar tudo para o pessoal.

- Você diz como se fosse fácil.

- Baek, você não sabe pelo o que passei para agora ser o Chef que sou agora. Não menospreze a história alheia se você não a conhece.

Eu tive que engolir em seco todo aquele veneno que Chanyeol tacou em mim. E não tinha gosto bom. Nenhum pouquinho. Era ácido. Esse era o gosto da verdade, então.

- Se você parar pra pensar, isso é como um elogio. Pensa comigo, eles queriam te derrubar porque você estava no patamar mais alto, no que todos querem. Quanto pior os rumores, melhor é a prova de seu talento.

- Que esquisito, eu não encarei as coisas com esses olhos. Como você mesmo disse, aquele era o seu mundo, você era o rei, o deus. Uma palavra vinda de você e...

- Eu teria transformado o seu inferno em uma coisa pior. – Chanyeol desencostou da estante e se endireitou. – Sei que não faz diferença ara você agora mas você lidou com as coisas de uma forma madura e brilhante. Foi incrível e por isso deixava todos eles loucos. Você nunca deixou que transparecesse todo aquele seu estresse e raiva, e eu fiquei bastante orgulhoso de você. E você deveria estar também. – Ele deu um passo em minha direção. – E você esfregou na cara daquela gentinha ignorante quando se tornou o herdeiro do Bagunçoso. Tanto que se eu morresse em qualquer dia, aquilo tudo, ficaria em suas mão.

- Tenho que admitir que aquilo foi muito bom. Foi ótimo, na verdade. Mas, em toda a história da humanidade, é bem raro que alguém suba ao trono por ser legítimo, digno dele. E sim, por ser perspicaz. E, mais frequente do que queríamos, aqueles que acompanham o rei, são considerados, digamos, cidadãos legais. É bem o oposto.

- Como você disse, aquele era meu mundo. Então, nele, eu não o governo na base da mentira e falsificação. Eu sei disso. Você sabe disso. E eles sabem disso. E deixando o Bagunçoso na sua mão, foi, querendo ou não, a melhor escolha. Qualquer imbecil que achasse diferente logo viu  que estava errado.

Chanyeol foi andando, passou pelo balcão e se virou quando chegou na porta.

- Eu lidei com aquilo da melhor maneira que consegui achar... – que foi mantendo minhas mãos bem longe de você, deixando que se defendesse sozinho, como eu sabia que faria. Se não, você não teria chegado ali, na verdade, não teria chegado nem na metade do caminho. Se você tivesse conversado comigo, me explicado como se sentia em relação aquilo, eu teria te dito e esclarecido para que entendesse o porquê de minha decisão de não me meter naquilo. Isso não iria fazer com que aqueles burburinhos parassem na cozinha, claro que não iriam parar. Mas você, pelo menos ia saber que você sempre teve e sempre terá o meu total apoio. O que mais me deixou chateado é que eu achei que você soubesse disso. Mas parece que aquilo não foi o bastante. – Botou a mão na maçaneta e depois olhou para mim. – E é por causa disso tudo que você não soube de nada até agora.

Eu saí de onde estava e me apoiei no balcão.

- Que parte?

- Como eu me sinto e de como eu me sentia sobre você. Em questões pessoais. Desde o primeiro momento em que pus os olhos em você, no primeiro segundo que você pisou na minha cozinha, fez por onde merecer meu respeito e admiração profissional... E também toda e qualquer atenção na relação pessoal. Mas como você era meu funcionário e tudo mais, eu não podia me dar ao luxo de invadir o seu espaço. Eu não podia fazer nada, essa é verdade. Nunca teria comprometido você e nem ao Bagunçoso. Mas isso não muda nenhum pouquinho o fato do que eu queria. E Baekhyun, você não tem noção do quanto eu queria. O tempo todo. Toda hora. A cada segundo. Era uma tortura, O programa de TV apareceu, e eu aceitei prontamente. A ideia era ótima, mas sabe qual foi o motivo que eu bati o martelo na decisão de participar de um programa? Era que finalmente eu teria um pouco de alívio.

Então nossa situação era parecida. Ele se sentiu aliviado se afastando de mim. E eu me senti aliviado me afastando dele. Tudo pelo mesmo motivo. O não poder fazer o quer queríamos. 

- Você ama apresentar o seu programa. Você sabe que não consegue esconder o quanto gosta. E de quando gosta de alguma coisa. Isso fica estampado na sua cara . Isso faz parte de seu charme. E é por isso que estou achando difícil de acreditar.

Chanyeol cruzou a minha cafeteria em poucos passos, e pulou o balcão, sim, isso mesmo. Park Chanyeol pulou o meu balcão com uma facilidade que, pelo amor de Deus, eu tenho que escalar aquilo ali!

Sua mão foi de encontro a minha nuca e sua boca estava na minha. Antes mesmo de eu raciocinar para o impedir de fazer aquilo. E dessa vez, Chanyeol me beijou como se estivesse à beira da morte.

E eu não estava muito atrás.

Por alguma razão, aquelas palavras fizeram sentido. E por um momento pensei que ele estaria falando a verdade. Isso era uma possibilidade. Agora, a mais viável de todas.

Quando Chanyeol afastou nossos rostos, nós dois estávamos ofegantes. Parecia que havíamos corrido uma maratona.

- Não me chame de mentiroso, Baekhyun, Isso é ofensivo.

Então, ele recuou um passo e eu tive que me apoiar no balcão quando ele se afastou de mim. Ele teria que ir antes que eu mesmo botasse as mãos nele. E não seria penas beijinhos ou beijos mais quentes. Os enxeridos da cidade triam muito mais coisa para discutir e fofocar por ai.

- A ideia de gravar o programa aqui foi sim uma desculpa. Vamos deixar isso bem claro aqui. E usar sua cozinha como set não passa de um pretexto de ficar próximo de você. Para me dar tempo. Para dar tempo para nós dois e uma boa oportunidade de trabalharmos juntos como parceiros, e não empregador e funcionário. Ambos somos Chefs. Poderemos fazer o que quisermos. Realmente, eu pensei que esse plano era inocente e inofensivo. Que seria uma coisa boa para o seu negócio. Sem querer te ofender. – Eu falei sério sobre tudo o que disse hoje e antes, Baekhyun. Eu não estou bem sem você. Então, fiz a única coisa que estava ao meu alcance. Não vim aqui para gravar alguns episódios com você. Isso veio de bônus. Eu vim até aqui para descobrir como poderia ser a vida com você.

E ele saiu, fechando a porta atrás de si e me deixando com uma cara confusa para trás.

Na verdade eu não estava confuso, eu estava mais com medo de como seria a vida com ele. E de como eu me sairia fazendo parte da vida dele. Não como funcionário. Não como um pâtissière. Mas sim como Byun Baekhyun.

Na vida, um dos momentos mais difíceis é quando as pessoas nos encaram como realmente somos. Sem jóias ou vestidos. Sem desculpas ou falácias. Elas nos veem de verdade. E é ai que descobrimos, se somos bons para aquela tão esperada pessoa e sofremos o risco de sermos rejeitados.

Mas por Chanyeol, valeria o risco. 

Valeria, não é?

 

 


Notas Finais


E ai, gostaram?
Prometo que o próximo capítulo vai estar maior e mais bonitinhuuu
Será que o Baek vai se arriscar em ficar com o Chanyeol?
Vamos ver o que acontecerá ahshashuash
Galera, agora eu tenho que ir porque a irritante da minha irmã tá toda cheia dos "você só pensa em você" "desliga logo que eu quero dormir."
Até o próximo, pimpolhos <3
Beijinhos da Tia Júpiter~~


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