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História Stay Forever - Please Be Mine


Escrita por: netfeellix

Notas do Autor


Oi genteeeeeeeeeeee, já passou um mês desde a última fic do Starter e aqui estamos nós de novo. Dessa vez eu resolvi que ia inovar porque eu vivo escrevendo 2jae e tudo mais então eu resolvi me desafiar a escrever com outro couple e um que eu acho muito amor e que quase não tem fic aqui no site é Yugbam então espero que vocês gostem desculpa pelos quase 7k de palavras, acontece que eu me empolguei um pouco.
Queria agradecer de novo por me convidarem para essa tag ela me incentivou a escrever muito mais, obrigada a todos os envolvidos, amo vocês.

Boa leitura ahgases <3333333

Capítulo 1 - Please Be Mine


Fanfic / Fanfiction Stay Forever - Please Be Mine

Focar nos estudos era tudo que eu tinha que fazer, mas infelizmente a chegada ou melhor, a volta de um aluno inexperado me fez repensar meus conceitos. Eu era o garoto mais estudioso de toda a Colossos Seoul High School, logo, eu era o representante de todos os terceiros anos e claro que todos os B.O’s quem resolvia era eu e dessa vez não seria diferente. Era uma sexta-feira e eu já podia sentir o cheirinho de feriado prolongado chegando quando o Diretor me chamou em sua sala, no mesmo momento eu pude sentir meu fim de semana escorrendo pelas minhas mãos. Me sentei de frente para ele sem deixar transparecer que eu estava todo desistabilizado.

- Kunpimook – como eu odeio esse nome – eu tenho um favor para te pedir.

- Pode pedir Sr. Chae. – por fora calmo, por dentro desesperado.

- Então, eu não preciso dizer que você é o nosso melhor aluno – concordei – pois bem. Semana que vem vamos receber um novo aluno, ele passou por algumas coisas ruins em sua vida mas estamos aqui para dar segundas chances.

- E o senhor vai querer que eu o ajude?

- Isso mesmo, posso contar com você?

- Pode.

- Bom então o seu trabalho extra-curricular começa quarta.

Acenti e saí da sala. Como se eu não fosse ocupado cuidando de todo o terceiro ano. Massageei a testa e saí da escola encontrando meu melhor amigo.

- Bambam, o que fazia tão tarde na escola?

- Adivinha quem vai ter que cuidar do aluno problema?

Youngjae riu e me deu um tapinha no ombro.

- Eu não sei o que é tão engraçado. E você, o que estava fazendo na escola?

- Estava com o Jaebum.

- Na escola? Sério mesmo?

- Para de pensar besteira, Jaebum precisava de ajuda em matemática para ficar no time de basquete com seus amiguinhos, eu estava ajudando ele.

- Ah, então está bem.

Fomos para casa conversando sobre como seria esse meu trabalho. Youngjae e eu éramos amigos desde sempre, nossas famílias são muito amigas desde que nos conhecemos por gente, estudamos na mesma escola desde pequenos também o que acabou fortalecendo a amizade.

Chegando em casa subi direto para meu quarto, tomei um banho e comecei a pensar nas coisas que eu tinha que fazer, tinha que preparar todo o material e o diretor que não disse em que ano o aluno parou para eu saber de onde começar, sem contar os trabalhos que eu tinha que adiantar. Eu já estava exausto.

Me sentei na cama com a cópia do histórico do menino sobre minhas pernas e com os fones, comecei a ler concentrado em ajudá-lo.

Abri o histórico e vi que ele tem 18 anos e que acabou de sair de um reformatório para menores. Só de ler aquilo eu já senti um arrepio na minha espinha, por que eu não conseguia dizer “não” para as coisas? Agora eu estava preso com um cara que acabou de sair de uma prisão para adolescentes. Comecei a preparar meu material e logo já estava tudo arrumado para quarta, logo depois de terminar comecei e já finalizei alguns trabalhos que teria para as semanas seguintes e assim eu pude dormir o sono dos justos.

Acordei cedo para quem não tinha aula, desci as escadas vendo mamãe e Lisa conversando sobre um jantar. Droga eu odiava tanto aquilo, eles eram cheias de organizar jantares e a mãe de Jae ia juntinho e que nos obrigava a participar mesmo não querendo.

- Ainda bem que acordou Bambam.

- Deixa eu adivinhar jantar hoje?

- Sim.

- Mas eu tenho mesmo que comparecer?

- Se quiser continuar sendo um Bhuwakul sim.

Revirei os olhos e concordei, peguei qualquer coisa na geladeira e voltei para meu quarto, me joguei na cama com o celular em mãos.

“JAE ALERTA VERMELHO X.X.X.X.X.X”

“Já sei, jantarzinho. CHAAAAAAAAAAAATO”

“Pelo amor de Deus, elas não cansam?”

“Acho que não. Já disse para sua mãe do aluno novo?”

“Eu não vou contar, o cara foi para um reformatório, se eu contar para minha mãe, ela me tira da escola isso sim”

“E quanto tempo acha que consegue esconder?”

“Não faço a menor ideia, mas quanto mais eu puder fingir eu vou. Estou preocupado mesmo com a Lalisa que vai ficar seca no meu pé.”

“Porra eu tinha esquecido dela”

“Não se esqueça do pequeno satã”

Jae mandou uma risada e eu voltei a fazer as minhas coisas . Antes que eu me desse conta minha mente viajou a uns anos atrás, quando eu ainda estava no sétimo ano,  e me apaixonei pela primeira vez, quando eu tive minha primeira e única desilusão amorosa, quando ele foi embora, eu sentia tanto sua falta, todos sempre acharam que isso era idiotice coisa de cirança, mas eu sinto sua falta até hoje, eu nunca mais me apaixonei por ninguém e as vezes de noite eu pensava em como ele estaria depois de todos esses anos e como foi sua vida depois de tudo que aconteceu, e todas as vezes que eu pensava nisso eu me sentia culpado por ter deixando minha mãe proibir de nos ver e ainda por cima colocar Lalisa no nosso pé para ter certeza que não nos veríamos mais. Ela chegou a ameaçar de me matricular em colégio interno se eu conversasse com ele outra vez. Eu até tentava escapulir com Jae as vezes mas o satanás Lalisa sempre aparecia. Eu nunca esqueceria Yugyeom.

Fui tirado dos meus pensamentos quando Lisa bateu na minha porta dizendo que a mãe queria que nos arrumássemos pois os convidados já estavam chegando. Eu ainda achava aquela uma merda bem grande mas pelo menos eu teria a companhia de Jae e tudo ficaria melhor. Já estava pronto na base das escadas fazendo sala para uns convidados chatos quando Jae chegou e eu larguei tudo que estava fazendo para ir com ele.

- Sério quando eu me formar e for para uma universidade da liga Ivy*, eu nunca vou a jantares formais, estou traumatizado. Chega.

- Jae é incrível essa sua capacidade de ser extremamente exagerado.

- Eu só trabalho com fatos. Mas e ai o que está pensando em fazer no fim de semana?

- Eu queria sumir sabe? Eu queria fingir que não tenho 17 anos e um mundo de problemas nas minhas costas.

- Então eu já sei o que vamos fazer.

- Se isso envolve você e o seu namorado, eu não quero.

- Você não tem escolha pequeno gafanhoto. Amanhã vamos para Busan.

- Nós três? Você quer que eu segure vela ou melhor que eu vire um candelabro?

- Depois eu que sou o exagerado. Não vamos só nos três, os meninos do basquete também vão.

- Sim, agora melhorou muito minha vida. Vou ter que passar o fim de semana inteiro lidando com o grude do Jackson e o ódio do Mark.

- Ele gosta de você.

- E eu gosto de outro.

- Que outro? Um garoto de quando tínhamos 12 ou 13 anos? Por favor supera isso, ele nem deve existir mais.

Maldita hora que eu tinha que dar razão para Jae, eu sabia que não deveria ficar choramingando por ai por causa de uma pessoa que eu não vejo a anos, mas entendam ele foi o primeiro e o único que mexeu com meu coração de melão por isso eu tenho todo esse amorzinho nele.

- Ta bom, eu vou. – Jae me abraçou saltitando comigo – Mas que fique bem claro que eu não vou beijar o Jackson.

- Isso é outra história.

O jantar foi chato, como todos os outros eram, a única coisa legal era que Jae sempre estava comigo nessas. Após todo o tralala de jantar conversei com minha mãe e disse que iria para Busan com Jae. Ela deixou assim que eu disse J. Minha mãe confiava a minha vida à Youngjae e eu o conhecendo bem, sabia que era furada me confiar à ele, mas, como ela achava que ele era um santinho, não discutíamos.

Subi as escadas já pensando em que tipo de roupas levaria. De repente, de novo, minha mente viajou para quando eu e Yugy éramos amigos e passávamos o intervalo juntos.

“É sério que não gosta de geleia?”

“Não, odeio o cheiro.”

“Mas já provou?”

“Não preciso provar para dizer que não gosto.”

“Precisa sim.”

Então ele chegou perto de mim com a colher pequena da sua geleia favorita, de amora, e sorriu para mim daquele jeito que só ele sabe, colocou a colher perto de mim me incentivando a comer. Não foi nem pelo gosto ou pelo fato de Yugy estar me dando algo na boca e sim porque era ele e eu gostava dele, do seu jeito, do seu sorriso, de sua pintinha embaixo do olho, seus olhos e até mesmo suas crises de nervoso eu achava fofas. Até que um dia minha mãe foi me buscar na escola e eu estava com Yugy, então ela deu todo aquele showzinho dela de que seu filinho de classe A não tinha que andar com “moleques nojentos” como ele e então ela me proibiu de vê-lo novamente, mas, com minha mente trabalhando eu já pensava em meios de vê-lo sem que minha mãe soubesse já tinha até conversado com Jae para ele me cobrir, mas minha mãe apelou pro demônio Lalisa e ela ficou no meu pé a semana seguinte inteira.

Eu já não via mais Yugyeom nas aulas e nem mesmo nos intervalos e já não via seu pai também. Até que um dia depois das aulas eu fui procurá-lo sem que Lisa desconfiasse que eu estava lá, então eu descobri que Yugy e seu pai foram embora. Eu fiquei desolado, chorei por noites, eu iria me declarar para ele no dia seguinte e agora ele foi embora. Jae naquela época foi um amigo bom, ficou ao meu lado agora ele ri de mim.

Acordei dos meus pensamentos quando meu celular vibrou em cima da mesa.

“Terminou de arrumar a mala?”

“Terminei.”

“Não esquece que estaremos ai bem cedinho... Boa noite Bam.”

“Boa noite, até amanhã <3”

“<3”

Coloquei a mala já fechada no chão e deitei, mas por incrível que pudesse parecer eu não conseguia dormir pensando que se eu houvesse dito o que eu sentia para Yugy tudo poderia ser diferente.

Acordei com o celular gritando na mesinha e me assustei com a hora, se Jaebum fosse muito pontual, espero que não, ele chegaria em cinco minutos. Corri para tomar o banho e me arrumar, desci e tomei um café da manhã mentiroso antes que o interfone tocasse. Desci e Jae estava acenando para mim de um dos carros parados, claro que vindo dele eu não esperava menos, todo um time de basquete e ele queria me colocar junto com Jackson, as vezes eu queria estourar Youngjae. Entrei e me sentei ao lado de Jackson ele sorriu abertamente para mim e eu retribui com um sorriso amarelado. Eu odiava tratar Jackson assim, mas desde que ele disse que gosta de mim e eu sempre acho que se um dia eu tocar nele de outro modo ele vai achar que temos algo e olha não é por nada mas, nunca teremos, não por ele ser feio, meu Deus na verdade Jackson é lindo, de todas as formas, o que acontece é que eu só tenho olhos para Yugyeom e também só não nota idiotas que Mark hyung é apaixonado por ele. E assim Jaebum deu partida no carro. Fomos o caminho inteiro ouvindo sobre as histórias do campeonato interestadual, mas eu gostava de ouvir sobre essas histórias, era incrível como eles se metiam em confusão quando estavam sozinhos.

Passaram-se duas horas desde que estávamos no carro Jaebum e Youngjae conversavam sobre coisas banais e eu lia no banco de trás enquanto Jackson dormia, estava descansando meus olhos quando comecei a reparar nos detalhes de Jackson, ele realmente é bonito, seus cabelos escuros e lisos, sua pele bronzeada pelo sol, seus músculos a vista, Jackson era uma pessoa linda, por dentro e por fora seus trejeitos eram lindos, seu sorriso, o modo como ele fala, até quando ele pede um favor. Mark hyung realmente era um cara de sorte.

- O que foi? – Jackson abriu os olhos e me pegou no flagra o olhando.

- Nada, a verdade eu estava observando vocês, sabe, o jeito que dorme é fofo.

- Me acha fofo?

- Sim, na maioria das vezes, menos quando está querendo me obrigar a sair com você. Aí você é um saco.

- Mas eu gosto de você Bambam. Eu só queria uma chance.

- Você só gosta de mim porque eu meio que sou algo inalcançável, sem me achar nem nada, mas se eu fosse só o amigo nerd do Jae, sem compromisso e sem ser apaixonado pelo mesmo cara desde o sétimo ano, talvez você não sentisse nada por mim.

- Cara, esse foi o fora com mais classe que eu já recebi.

- Isso não é, sem sombras de dúvidas, um fora, é só que não tem porque começar uma coisa que não vai dar certo.

- Entendo. – Jackson ficou com aquela cara, aquela cara que fazem quando tomam um fora, porra não era um fora.

- Sabe Jack, – apelei para a fofura? – tem alguém que gosta de você, somente bobos não percebem.

- Acho que sou bobo então.

- Pode ser que eu esteja falando besteiras, mas, comece a reparar mais em Mark hyung, ele tem muito para te mostrar.

A cara de Jackson era surpresa mas não indignada, ou seja, ele sabia que Mark poderia nutrir algo por ele. Agora ele iria investir nele e me deixaria em paz. Awee.

Jackson e eu conversamos por mais algum tempo até a hora dele assumir o volante, eu até passei para o banco da frente para fazer companhia para ele mas não deu muito certo já que eu dormi.

Não vi o resto da viagem, não vi as plantações que eu queria ver e estava nervoso comigo mesmo. Acordei somente quando Jae me cutucou o braço dizendo algo que até hoje eu não sei o que era.

- Vamos?

Saí do carro com minha mochila nas costas e parei só ao lado do Jae que procurava a chave no meio das suas coisas. Notinhas mentais: Choi Youngjae. É. Muito. Desorganizado. Obrigado.

Mark hyung me olhava com cara de ódio e eu não sabia se era por ter vindo no mesmo carro que Jackson ou pela cara de dor que o mesmo mostrava ao seu lado, desviei o olhar e ajudei Jae a procurar a chave.

Se eu disser que eu odiei o fim de semana seria mentira, mas sabe quando você troca seis por meia dúzia? Foi exatamente isso que aconteceu, eu troquei o conforto da minha casa para vir para cá no conforto de uma outra casa já bem conhecida por mim do outro lado do estado, numa cidade, numa cidade com praia para fazer a mesma coisa que eu faria em casa.

Passando os dias de retiro adolescente voltamos todos para cidade, dessa vez Jackson foi com Mark e Jinyoung veio comigo e o casal nojinho. Jinyoung era aqueles que aparentava ser o aluno que cuidava da biblioteca e não que jogava no time de basquete, mas ele era uma pessoa bem legal de conversar, fomos todo o caminho conversando sobre baalidades e coisas que outras pessoas não entenderiam.

Era tarde quando eu cheguei em casa, estava tudo tão quieto que por um minuto eu pensei ter entrado na casa errada. Fui até a cozinha e haviam dois bilhetes, um dos meus pais que foram viajar e um de Lalisa que foi para casa de umas amigas.

Subi as escadas larguei a mala no canto do quarto, me joguei na cama e dormi como se houvesse amanhã, infelizmente haveria. Meu celular na mesinha berrava num despertador desnecessário, levantei e fui tomar meu banho o dia seria atarefado demais.

Lembra no começo quando eu disse que poderia dar adeus ao meu fim de semana prolongado? Então eu iria para a escola conhecer o aluno problema enquanto todo mundo está dormindo em casa.

Saí de casa com um jeans e um moletom, ainda bem que a escola era perto porque os livros não são leves e minhas costas doem. Passei meu cartão na secretária  e fui para a diretoria, claro que o diretor ainda não tinha chegado e eu fiquei ali sentadinho lendo. Alguns minutos se passaram quando o diretor chegou me pedindo diversas desculpas e acompanhado de um garoto alto, de capuz e óculos escuros.

- Bom dia Kunpimook.

- Bom dia diretor Chae.

- Esse aqui é o aluno novo. O nome dele é Kim Yugyeom – não poderia ser, por favor que não fosse – É ele quem você vai ajudar a partir de hoje.

Naquele momento eu só queria me enfiar embaixo da mesa e ficar ali mesmo, eu não o via a anos e do nada ele resolve aparecer, ao mesmo tempo que eu me sentia culpado eu me sentia aliviado.

- KUNPIMOOK?

- O-o-oi.

- Eu tenho que ir, vocês estão liberados.

O diretor praticamente nos expulsou da sala dele e quando estávamos só nós dois no meio do corredor que eu consegui olhar em sua direção.

- Então, você voltou? – Ele fez menção em me olhar e logo o chão se tornou um lugar ótimo de observar.

- Voltei.  Eu passei por muitas coisas na minha vida desde o sétimo ano, mas, essa cidade, esse lugar, as pessoas, aqui é meu lar.

- O que aconteceu com você? – Nesse momento já estávamos sentados em um banco perto da saída da escola.

- Depois que eu saí da escola, eu e meu pai voltamos a morar com a minha mãe. Sabe agora eu sei porque eles nunca deram certo, eles só brigavam e eu e meu irmão meio que éramos obrigados a presenciar tudo isso. Mas, algum tempo depois minha mãe ficou ruim e acabou falecendo e meu pai, sempre fraco, acabou se afundando em drogas e bebidas, meu irmão foi morar com o pai dele assim que minha mãe morreu e eu fiquei sozinho. Então, quando meu pai estava muito bêbado ou drogado eu ia atrás dele pelas ruas e as vezes até apanhei por ele. Um ano depois ele morreu e eu fiquei realmente sozinho e me virando para trabalhar e pagar a conta que ele me deixou. Quando eu não consegui mais pagar pelas contas em aberto eu me fodi, fui cercado de caras na saída do trabalho e eu apanhei e muito quando eu pensei em revidar a polícia passou, todos conseguiram correr menos eu. Foi assim que eu fui parar na detenção. Eu nunca fiz nada, eu sempre tentei ajudar todo mundo. Nunca fui realmente capaz. Quando eu saí, eu procurei meu irmão queria saber se ele me deixaria ficar com ele e o mesmo apenas me disse que minha mãe tinha deixado um pouco de dinheiro para mim foi tudo que eu precisei para vir pra cá, eu não sabia o que esperar voltando depois de quatro anos para cá, mas eu sabia que eu tinha alguém aqui.

- Alguém?

- Eu tinha você. Mesmo que não se lembrasse de mim, mesmo que estivesse com outro, você sempre foi a pessoa em quem eu mais confiei na minha infância, levando em conta tudo que aconteceu, então eu sempre soube que se eu voltasse para cá eu teria você.

Naquela altura do campeonato eu já estava todo encolhido chorando igual uma criancinha depois de 1) ele contar assim abertamente tudo que aconteceu deixando claro que realmente confia em mim 2) a pequena declaração por mim, qual é se a pessoa não gosta de você ela não volta toda fodida depois de quatro anos por causa de você.

- Yugy – solucei – eu sinto muito, eu queria ter impedido tudo isso sabe, eu queria te ajudar, agora eu me sinto mais culpado do que antes por ter deixado minha mãe nos separar.

- Hey – ele limpou minhas lágrimas e me abraçou – nada disso foi culpa sua, na verdade você foi a melhor coisa da minha vida.

- E minha mãe? Se ela desconfiar ela manda te prender, ela é louca Yugy.

- Eu não ligo para sua mãe, mas se te preocupa tando, eu prometo tomar cuidado. – ele deixou um beijo em minha testa e eu sorri, era ele, ele estava ali, meu Yugy depois de todos esses anos.

Passado o choro todo e a melação da saudades estávamos indo tomar um café.

- Como vai ser, você vai meio que ser meu professor particular?

- Sim e não. Na verdade eu vou te preparar para as aulas, para não ficar perdido e coisa assim.

- Entendi, professor.

- Aish, não me chama assim porra.

- Nossa, grosso. Onde vamos estudar?

- Sei lá. Lugar de sua preferência.

- Ok então vamos para minha casa.

Arregalei os olhos mas assenti, voltamos para perto da escola e ele pegou sua moto bem legal que estava estacionada ali.

- Qual é, não vem?

- Eu nunca andei de moto antes.

- Para tudo se tem uma primeira vez.

Subi na moto já me agarrando em Yugyeom e me agarrei mais ainda quando ele deu partida. No começo foi medo mas depois de um tempo foi só para sentir seu corpo mesmo, e como ele ficou forte. Sem contar que ele ficou também uns bons palmos mais alto que eu.

Sua casa não era grande, mas se tornava um lugar aconchegante por isso. Em sua sala havia um sofá de dois lugares e uma TV com um vídeo-game instalado, na direção contraria da porta tinha uma estante com alguns jogos e ela estava quase completa. Continuei seguindo ele e enquanto passamos pela cozinha eu percebi que ele tinha apenas um fogão e uma geladeira, um microondas bem simples mas nada de armários. Continuamos nosso tour até chegar em seu quarto, confesso que era mais arrumado do que eu achava que seria, perto da TV haviam algumas fotos com seus amigos e com seu irmão mais velho, algumas com sua mãe mas nenhuma com seu pai, aquilo me deixou um pouco triste já que na época da escola eles eram tão próximos.

- Bambam. – Me assustei com o som repentino. – Eu estou indo tomar banho, já volto.

- Sim.

Assim que ele saiu eu como bom curioso comecei a ver suas coisas, mais de perto dessa vez, observar mais. Yugy tinha muitas coisas em seu quarto no seu quarto mesmo, além das fotos e coisas essenciais de quartos ele também tinha uma mesa onde deixava seu notebook alguns livros e ao lado dessa mesa estava um violão e uma guitarra, muitas coisas. Nem me dei conta quando ele entrou no quarto somente notei sua presença quando ele se jogou na cama e então eu me virei e as vi. Seu corpo era repleto de tatuagens algumas escritas, outras eram desenhos e eu possivelmente estava babando pois ele começou a rir de mim.

- O que foi Bambam?

- Eu. Eu não sabia que tinha tatuagens.

- Pois é, eu tenho algumas. Gostou?

- Sim. Eu sempre fui apaixonado por essa arte mas, claro que minha mãe nunca me deixaria fazer uma dessas, não de um jeito permanente claro.

Ele sorriu e se sentou ao meu lado.

- Ah qualquer dia eu te levo para ver um sessão.

- Você trabalha com isso?

- Sim. Eu consegui assim que cheguei aqui e eu gosto disso, sem contar que o dono do estúdio é meu amigo por isso eu tenho muitas.

- Sim, eu quero ir sim.

- Então quando eu foi tatuar eu chamo você. Bom vamos estudar antes que eu desista.

- Nem que eu tenha que te bater, você vai aprender essas coisas sim.

- Como sempre mandão.

- E você como sempre preguiçoso.

Ele sorriu e pela vigésima vez no dia meu mundo se aqueceu, era tão bom estar ali, era tão bom saber que ele estava bem. O dia passou rápido, calmo e tranquilo, Yugyeom como sempre era ótimo em aprender as coisas levamos bem menos tempo do que pensei. Já estava de noite quando terminamos.

- Yugi eu tenho que ir.

- Mas já?

- São quase oito.

- Posso te levar então?

- Pode.

Então lá fomos nós outra vez na moto muito da legal dele de volta para o ponto inicial. Passamos por alguns lugares conhecidos e eu até vi Jae de longe, quando eu menos esperei já estávamos em frente meu prédio.

- Bem é aqui que eu fico.

- Quando vamos nos ver de novo?

- Se tudo der certo amanhã na aula.

- Então até amanhã.

Yugy se aproximou de mim deixando um estalo em meus lábios, sorri como uma garotinha apaixonada, e eu era, menos a parte da garotinha.

Entrei dando um tchau e subindo até o décimo terceiro andar.

- Mãe, estou em casa.

- Bambam vem aqui na cozinha por favor.

Sabe quando você pensa “puta que o pariu”? Então, puta que o pariu, entrei na cozinha e minha mãe e Lisa estavam sentadas na mesa de jantar.

- Pode falar.

- Quem era aquela cara lá embaixo?

- É um amigo mãe.

- Um amigo recente?

- Sim, por que?

- Só para saber. Fiquei sabendo dos pais da Dahyun – amiga da Lalisa – que aquele aluno de favor voltaria.

- Aluno de favor? – Boa atuação.

- É aquele menino que quase te desvirtuou na sétima série – só por causa de uma UMA nota vermelha em química QUE EU NÃO SOU BOM, ATÉ HOJE – como era o nome mesmo? Junmyeom? Hyungyeom? Não importa. Fiquei sabendo que esse moleque ia voltar.

- Sou representando dos terceiros, se ele fosse voltar eu saberia.

- Tudo bem meu filho. Mas por via das dúvidas eu pedi para que Lisa ficasse de olho em você por mim.

PUTA QUE O PARIU. Meu Deus, eu tive que me segurar muito para não explodir ali mesmo. Por que minha mãe não poderia só me deixar viver? Não, ela tinha que além de não confiar em mim, colocar minha irmã MAIS NOVA para cuidar de mim como se eu fosse uma criancinha. Subi as escadas bufando de raiva, me joguei a cama e mandei mensagem para o Jae.

“Adivinha quem eu vi a rua de amorzinho com Jaebum?”

“KUNPIMOOK NÃO BRINCA COMIGO, QUEM?”

“Você, bobão”

“Quer me matar do coração? Eu já estava me preparando para esmurrar ele aqui. Quando nos viu?”

“Hoje, eu passei por vocês.”

“ O que estava fazendo tão longe?”

“Estava voltando para casa, depois de uma tarde muito boa com um amigo.”

“hmmmmmmmmmmmmmmmmmmm... QUE AMIGO????????”

“Yugyeom.”

“Para de palhaçada, com quem você estava?”

“Com ele, ele voltou, ele é o aluno problema.”

“Eu não acredito :o quer dizer que ele voltou mesmo? Sério a maré está boa para você então.”

“Por que?”

“Mark se declarou para o Jackson e agora eles estão saindo.”

“graças a Deus, eu não aguentava mais ser um idiota com ele.”

“Rsrsrs, agora vão ser amiguinhos. E sua mãe sabe?”

“Não e eu nem sei como,  Ela ficou sabendo pelos pais da Dahyun que ele voltaria, mas não passou de boatos e a diretoria resolver ficar calado sobre a volta dele.”

“E se alguém lembrar?”

“Dúvido muito, faz quatro anos não acho que alguém realmente lembra dele, a não ser eu e você ninguém passava muito tempo com o filho do zelador. Mesmo assim ela colocou Lalisa no meu pé.”

“Puta que pariu. Sua mãe não da uma suavizada mesmo em.”

“Nunca, parece que ela gosta de me ver sofrer. E o pior é que a Lisa concorda com isso”

“Pode crer.”

Ouvi batidas na porta.

“Jae estão batendo na porta, eu vou ver o que foi mais tarde conversamos.”

“Não sei se vamos conversar mais tarde é que o Jaebum está aqui e tudo”

“QUE NOJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO”

“HAHAHAHAHAHAHAHAHA”

“Só mais uma coisa, não conta para ninguém”

“Minha boca é um túmulo fechado.”

Levantei abrindo a porta era quem? Quem adivinhar ganha um doce. Isso mesmo Lalisa.

- Pode falar.

- Posso entrar?

- Pode. – Dei passagem e ela se sentou na minha cama.

- Bambam eu tenho que te pedir desculpa. – arregalei os olhos – É maninho eu tenho que me desculpar por tudo, o que aconteceu antes e por agora também. Mas sabe todo mundo sabe que você é o preferido da mãe e eu só queria que ela me desse atenção do mesmo jeito que ela te dá, que ela falasse de mim para as amigas dela como ela fala sempre de você, por isso eu sempre estou ao lado dela em tudo, dos jantares chatos até ficar me metendo em sua vida. Antes eu achava divertido mas agora eu entendo que isso foi errado. Eu fiquei chateada com a forma como ficou quando Yugyeom foi embora naquela época eu não entendi porque ficou tão triste, mas agora eu sei o que senti por ele e eu também sei que ele voltou. Os pais da Dahyun não escondem nada dela mas a compram para que ela não fale nada. Bom dessa vez eu não vou me meter. Só vou fazer faixada para a mãe.

- Lisa, eu não sabia que se sentia assim, faz tanto tempo que não conversamos, nem parecemos os mesmos pestes de antes. Bom já que já sabe que ele voltou mesmo, eu estou ajudando ele a se interar da matéria, mas por favor não conta nada para a mãe, se ela souber vai me impedir de vê-lo e eu não posso ficar sem ele outra vez.

- Eu não conto.

Conversamos por mais algum tempo e logo fomos dormir.

Na manhã seguinte acordei antes mesmo do despertador me sentei e fiquei observando meu quarto como se tivesse algo importante nele, mas ele estava normal como sempre. Me levantei e tomei meu banho, coloquei minha roupa da escola e desci. Como sempre meus pais já tinham saído, Lisa ainda estava dormindo e eu só passei pela cozinha para comer algo antes de ir para escola.

 

*

- Bom dia flor do dia.

- Você está de muito bom humor, o que aconteceu?

- Jaebum estava em casa ontem ai já sabe.

- Ai credo, meu deus eu realmente não precisava saber disso.

- Mas eu tenho que te contar da minha vida, você é meu amigo.

- É, você gosta mesmo de jogar na minha cara que você tem alguém e eu não.

- Não seja por isso, seu amorzão acabou de chegar.

Olhei para trás e vi Yugi chegando parando ao nosso lado.

- Bom dia meninos.

- Bom dia. Cara você não está com calor? Não tem a camisa de manga curta não?

 - Eu tenho, mas eu não posso usar aqui.

- Por que?

- Porque eu tenho os braços fechados de tatuagens e eu não quero chamar a atenção.

- WOW. Entendi, licença Bambam mas algum dia desses eu vou ter que ver.

- A vontade.

Ficamos conversando até o sinal da primeira aula tocar, antão fomos os três para a mesma sala.

Confesso que depois de todos esses anos, ficar na mesma sala que Yugy e Jae me trazia certa nostalgia, era como se o tempo tivesse parado desde de o momento em que ele se foi até agora e aqui nesse momento começamos do zero e somos de novo melhores amigos.

O dia se passou rápido logo o sinal para ir embora estava tocando, se eu realmente pudesse ir embora ficaria bem mais feliz.

- Não vai embora Bam?

- Não, eu tenho que resolver umas coisas na escola e adiantar o trabalho de inglês e de química, e eu odeio química. O dia hoje vai ser muito longo.

- Bom, se cuida e me manda mensagem quando chegar em casa.

- Pode deixar.

Subi novamente as escalas da Colossos e entrei na biblioteca, estava parcialmente vazia então me sentei no local de sempre e comecei a fazer as pesquisas para o trabalho.

 

*

 

Nem parecia que um mês inteiro já havia se passado, tanta coisa mudou.

Era sábado e eu poderia acordar tarde, mas não meu relógio biológico tinha que me colocar para acordar cedo mesmo assim então fiz minha higiene e desci já com a mochila nas costas. Eu havia contado uma pequena mentirinha para minha mãe e estava rezando para todos os santos para que desse certo somente dessa vez. Novamente eu tinha dito que iria viajar com Youngjae, mas dessa vez era meio que mentira, eu iria passar o fim de semana com Yugy e já que Jae não estaria na cidade já que iria viajar com Jaebum eu resolvi usar isso mesmo como desculpas, estava eu implorando para minha mãe não descobrir, eu não queria morrer tão jovem.

Foram tantas escapolidas para casa dele depois da escola que eu já sabia o caminho de cor. Subi as escadas velhinhas e bati em sua porta, não demorou nem meio segundo para ele abrir e olha eu nunca me acostumaria com esse homem abrindo sempre a porta para mim sem camisa. Qualquer dia desses eu desmaio.

- Oi amor. – Um beijo na testa e uma permissão para entrar.

- Yugyeom eu não sei mentir.

- Como assim?

- Eu menti para minha mãe disse que ia viajar com Jae e agora estou achando que ela vai descobrir e arrancar minha alma.

- Para de drama, quantas vezes já não veio aqui?

- Mas nunca menti.

- Mas nunca disse a verdade também. Vem senta aqui, assisti o filme comigo.

- Ta bom.

Passamos a tarde toda assistindo filmes e rindo, conversando sobre coisas da vida até a hora de dormir.

- Yugyeom você não vai dormir assim né?

- Assim como? Por que?

- Eu não consigo me conter se deitar assim do meu lado.

- Então não se contenha.

Yugy se deitou do meu lado me agarrando contra si. Yugyeom seria uma obra prima da natureza que eu nunca ficaria cansado de olhar e mesmo que naturalmente ele não tenha nascido cheio de desenhos eu os amava tanto, ai como eu adorava dedilhar os escritos de seu corpo até nos lugares mais sensíveis e senti-lo arrepiar abaixo de mim, e eu adorava como seu corpo se conectava com o meu, como nós dois nos encaixávamos como se tivéssemos nascido um para o outro e ninguém seria capaz de nos completar assim.

- Yugy... – Sussurrei de olhos fechados enquanto sentia se arrepiar pelo selar que eu deixava em seu pescoço.

- Hmm.

- Me beija.

Yugy levantou meu rosto e sorriu olhando nos meus olhos antes de me beijar e meu Deus como eu esperei por esse beijo e no fundo eu já sabia que seria o melhor beijo, seu corpo veio para cima de mim e assim que o ar se fez necessário ele começou a distribuir beijos em meu pescoço me fazendo arrepiar e gemer seu nome com devoção. Minhas mãos ainda tremulas passeavam pelo seu corpo, arranhavam suas costas e se emaranhavam em seu cabelo. Ele é lindo de todos os jeitos.

Senti a camisa. Que a propósito era dele. Deixar meu corpo caindo em qualquer lugar do quarto, seus beijos desceram para minhas clavículas e eu nunca as senti tão sensíveis, talvez por ser ele, ou pela espera, pelos dois talvez. Mas foi quando senti sua boca mordendo e chupando meu mamilo que tive certeza de estar todo sensível à ele.

- Ahh Yugy... – Ouvi sua risada nasalada e logo os beijos desceram mais ainda. Ele faria o que eu estava pensando que faria? Meu Deus.

Então ele tirou a última peça de mim me deixando a sua mercê e lá eu fiquei, sentindo todo o prazer que ele podia me proporcionar, sentindo seu corpo de movendo junto ao meu e nossos gemidos ecoarem no quarto todo. Eu me senti completo ali.

- Bambam, eu te amo. – As palavras saíam de sua boca naturalmente e eu o agarrei, deitei sua cabeça em meu peito e beijei sua testa, confesso até que deixei algumas lágrimas caírem na hora.

- Eu te amo Yugy, eu sempre te amei, e dessa vez eu não vou deixar nada nos separar. Mesmo que tenhamos que ficar escondido até eu me formar.

- Não vai levar tanto tempo assim.

Sorri e então eu pude dormir sabendo que quando eu acordasse ele ainda estaria ali, sempre aqui.


Notas Finais


Bom foi isso gente espero que tenham gostado, foi minha primeira então relevem se está ruim <3 Boa noite


League Ivy: Antes de se converter na denominação oficial da conferência desportiva, em 1954, já se denominava assim de forma oficiosa a este grupo de universidades, que têm em comum umas conotações académicas de excelência, assim como de elitismo pela sua antiguidade e admissão seletiva. Também se conhece as universidades desta conferência como "as oito antigas" ou "as Heras".


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