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História Stay With Me - Falling down


Escrita por: CaminahGirl

Notas do Autor


Hey, então, eu voltei.
Demorei um pouco pra bolar esse capitulo, porque ele é uma introdução pra como a Lauren pensa e como ela é confusa sobre tudo. Espero que prestem atenção aos detalhes da relação dela com o Brad e com a Clara.
Espero que gostem

Capítulo 3 - Falling down


Fanfic / Fanfiction Stay With Me - Falling down

Somebody shine a light
I'm frozen by the fear in me
Somebody make me feel alive
And shatter me! 


POV Lauren
De todos os inúmeros olhares de tristeza naquela segunda feira fatídica após o aniversário da Vero, o que mais doeu foi o de Camila, nem mesmo Verônica me olhou com tanta decepção quanto Camila. Verônica, é claro, não sabe o porque da minha ausência, mas Camila sabe. Ela sempre soube. Desde o primeiro dia, quando nos conhecemos, Camila me mostrou de diversas maneiras que me conhecia mais do que eu jamais poderia imaginar, e a cada mentira, a cada desculpa, isso se mostrava mais claro. Assim que eu pronunciei as palavras "eu não me sentia bem, por isso Brad e eu decidimos ficar em casa" para todas aquelas mulheres afoitas por uma explicação ao meu redor, os olhos castanhos penetraram os meus, e como de costume, eu fui pega na mentira por ela. Ao contrário de seu olhar decepcionado e frustrado, ela não me entregou, o que me fez sentir aliviada e horrível ao mesmo tempo, mas como sempre, eu enterrei isso no fundo de mim, assim como em todas as vezes que fui obrigada a mentir, ocultar ou despistar aquele grupo tão peculiar a quem chamo de amigas. Dei graças quando o sinal da primeira aula tocou, me possibilitando fugir daquele olhar tão acusador. Olhei com pesar para Lucy, que entrava no prédio de Arte, a caminho de uma de suas aulas de fotografia, e suspirei. "fotografia é uma piada, Lauren. Você já está inscrita em Direito!" A voz de minha mãe me atravessou como um raio, suas palavras soando tão afiadas quanto na noite em que lhe disse o que eu queria fazer, quatro anos atrás. Balancei a cabeça, fazendo uma careta e segui para a aula de Código Penal, tentando convencer a mim mesma de que aquilo era o melhor pra mim. 
...
Entrei em casa e fui direto para a cozinha tomar água, encontrando um bilhete da minha mãe sobre o balcão, dizendo que ela, Alejandro e Sofi iriam no cinema e depois jantariam fora, o que me fez sorrir largamente até ler o resto, que dizia que ela já havia ligado para Brad ficar comigo porque não me queria sozinha. Mordi o lábio, sentindo lágrimas de raiva se formando, e pela primeira vez em muito tempo, as deixei cair. Fiquei saboreando o gosto da raiva por alguns minutos, até que a campainha tocou e eu respirei fundo, secando meu rosto e colocando um sorriso falso no rosto. Abri a porta e encarei Brad, que estendeu uma única rosa vermelha. Segurei o suspiro e peguei a rosa, pensando em todas as vezes em que eu disse a ele que não gostava de rosas vermelhas.

-Oi, babe. Sua mãe me disse que você estava sozinha. -Fala já entrando e indo pro sofá. Revirei os olhos e o segui, deixando a rosa em cima da mesa de centro.

-É, pois é. -Falei sentando ao seu lado e encarando a TV desligada.

-Poderíamos aproveitar. -Passa um braço pelos meus ombros, me puxando pra si.

-Eu não me sinto muito bem. -Me desvencilhei do seu toque e levantei, indo até a cozinha. Tomei um copo de água e me virei para ele, que estava escorado na porta da cozinha, me encarando.

-Vou tomar banho, já volto. -Beijei sua bochecha rapidamente e subi as escadas, indo direto para banheiro e me trancando lá. Respirei fundo e lembrei que Brad não tinha nada a ver com a minha falta de coragem de enfrentar minha mãe. Liguei o chuveiro, tirei a roupa calmamente e entrei embaixo da água quente, repetindo comigo mesma -pela milésima vez- que eu era mais do que capaz de enfrentar minha mãe. Permaneci ali por bons minutos, saindo somente quando me convenci de que daria um basta na super-proteção que minha mãe insiste em ter comigo. Segui para o meu quarto, colocando a lingerie e uma camiseta dos Dodgers e um short preto, saindo do quarto enquanto secava o cabelo com a toalha. Antes de descer, estendi a toalha no banheiro e penteei o cabelo, só então me dirigindo ao andar de baixo.

-Você quer alguma coisa? -Perguntei sentando ao lado de Brad.

-Apenas um beijo, babe. -Sorriu de canto. O beijei devagar, acariciando sua nuca. Suspirei quando nos afastamos, abrindo os olhos e sorrindo timidamente. Me acomodei ao seu lado, deitando a cabeça no seu ombro e encarando a TV, onde passava algum filme de comédia. Antes que eu pudesse descobrir que filme era, a porta da frente foi aberta e minha mãe e Alejandro entraram, o ultimo carregando Sofia que dormia no seu colo. Minha mãe foi até a cozinha enquanto Ale subiu, provavelmente para levar Sofi para o quarto.

-Brad, querido, que bom que você veio. Não gosto de deixar Lauren sozinha. -Minha mãe voltou a sala e abraçou meu namorado, que havia levantado para abraça-la de volta.

-Mãe, eu tenho 23 anos. Não 12. -Murmurei desconfortável. Seu olhar me fulminou, me fazendo encolher os ombros, sentindo a pouca coragem que eu havia reunido, sumir.

-Não foi realmente um problema, Clara. -Brad sorriu e se virou pra mim, me puxando pra cima fazendo com que eu levantasse. -Agora que sua mãe chegou, eu vou ir pra casa. Te vejo amanhã? -Perguntou me puxando até a porta da frente. O encarei aborrecida, ele agia como se eu fosse uma criança que precisa de supervisão quando a mãe está longe.

-Claro. -Respondi educadamente.

-Até mais, babe. -Me deu um selinho e saiu, correndo até o seu carro devido a leve chuva que caia.

-Espero que você não tenha ignorado-o como vinha fazendo ultimamente, Lauren. -A voz de minha mãe não passava de um murmurio, mas continha toda a frieza que eu me esforçava todo dia para ignorar.

-Mãe, eu não sei se nós ainda funcionamos realmente como um casal. -Falei encarando o chão.

-Então faça funcionar de novo, Lauren Michelle. Você tem a obrigação de manter seu homem interessado. -Fala como se fosse óbvio.

-Nós dois deveríamos fazer isso. Não apenas eu. -Murmuro cruzando os braços.

-Ele é homem, Lauren. Não tem tato para essas coisas sentimentais. Você, como mulher, deve prezar por isso. -Responde com as mãos na cintura.

-E se eu namorasse uma garota, quem teria que cuidar disso, já que ambas seríamos mulheres? -Perguntei finalmente a encarando e me arrependendo no mesmo segundo. Seus olhos se cravaram nos meus com fúria, como se eu tivesse acabado de confessar o assassinato de alguém. Eu nem mesmo vi acontecer, somente senti a ardência dolorida se espalhando na minha bochecha, a consciência de que minha mãe havia me batido me atingindo lentamente. Não que isso fosse novidade, mas cada vez era como a primeira, já que todas doíam da mesma maldita maneira.

-Você nem ouse, Lauren Michelle. Você NÃO é Camila. Não se atreva a aparecer aqui com uma garota se sabe o que é bom pra você. Eu NÃO criei minha filha pra ser uma.. uma.. lésbica. -Fala entredentes, a palavra lésbica saindo como se fosse o pior dos xingamentos. Engoli as lágrimas e me afastei dela, subindo as escadas com o sangue martelando alto nos meus ouvidos, mas não alto o suficiente para ouvi-la dizer com uma voz cheia de raiva.

-Espero que estejamos entendidas. -Fechei a porta do quarto e me encostei nela, deslizando até o chão, finalmente liberando as lagrimas que tanto queriam sair. Irrompi em um choro silencioso, abafando os soluços contra meus joelhos. Talvez tenha passado cinco minutos, ou cinco horas, mas quando me acalmei o suficiente para levantar, corri até a cama, agarrando meu celular e mandando uma mensagem para a única pessoa no mundo que me confortaria sem fazer nenhuma pergunta. 
 

Eu: preciso de você, posso passar ai?

Não precisei esperar nem mesmo um minuto inteiro, e logo meu coração acelerava ao ler aquele simples "sim" que, assim como em todas as outras vezes, era uma boia no meio do naufrágio de sentimentos que eu sentia. Peguei um casaco e sai do quarto, correndo silenciosamente até o meu carro e arranquei de lá, parando alguns quarteirões de distancia da minha casa, diante daquele prédio tão familiar e tão mais aconchegante do que minha casa. Assim que desci do carro e o tranquei, entrei no conforto daquele abraço que eu tanto precisava e não pela primeira vez, eu me deixei desabar. 
 


Notas Finais


Então, espero que tenham gostado.
Quem vocês acham que é essa pessoa que a Lauren foi ver?!
Quem adivinhar ganha um brigadeiro duhsudh
Beijos de luz :*


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