P.O.V Fionna
Acordei com uma tremenda dor de cabeça. Está tudo muito frio. Me levantei muito rápido, senti a tontura me dominar. Vi que Marshall estava deitado doutro lado da grade. Espera. Por que eu estou dentro de uma grade?
- Marshall! - Sussurrei. A criatura nem se moveu. - Marshall, caramba! - Nada.
Me sentei no chão. Que horas são? Onde eu estou? O que diabos aconteceu? Por que eu não me lembro de nada? Ai que ódio!
- Marshall! - Gritei. Ele deu um pulo.
- Fionna! Você acordou! - Ele começou a destrancar a grade. Suas mãos tremiam. - Você está bem? Como está se sentindo?
- Eu não sei. - Balbuciei. - Estou com uma dor de cabeça enorme. Por que eu estava presa aqui, Marshall?
Vi seu rosto ficar mais pálido do que o normal. Notei o seu engolir seco.
- Fih... O Chiclete te envenenou. Ele lhe deu uma poção para que você o amasse.
Como assim? Por que alguém como ele faria isso? Por que ele quer o meu amor? Justo agora!
- Marshall... - Falei logo após um longo suspiro. - Vamos comer alguma coisa. Eu estou faminta! - Sorri.
...
Não consegui ficar parada. Depois que Marshall me deixou na casa da árvore eu corri. Corri o mais rápido que pude. Eu caí várias vezes, mas não parei de correr. Fui em direção do Reino Doce. Precisava olhar para aqueles olhos... Dizer o que eu penso... Eu preciso contar...
Entrei no castelo ansiosa. Estava com receio de algo ruim acontecer, mas eu preciso. Lá estava ele, em seu laboratório. Parei na porta. O aperto do meu coração doía. Ele me viu, e logo veio um sorriso em seus lábios.
- Fionna. Que surpresa... Achei que nunca a veria mais... - Ele disse se aproximando. - Me desculpe. Eu... Eu não queria te machucar, e...
- Mas machucou. - Interrompi. - Machucou muito, Chiclete... Como você pôde me fazer isso? - O olhei com lágrimas nos olhos. Que vergonha... Eu não deveria chorar.
- Eu te amo demais, Fionna! - Dei-lhe logo um tapa em seu rosto. Ele me olhou pasmo.
- Isso não é amor! - Gritei.- Amor é quando você coloca as necessidades de alguém a frente da sua! Quem me ensinou isso foi o Marshall, porque ele realmente me ama! Você já não, Chiclete. Você só pensa em si. És egocêntrico demais.
- Mas, Fionna! Por favor, me escute! - Balbuciava a cada palavra.
- Não, Chiclete. Não desperdiçarei meu tempo com você. Não mais. - Ficamos em silêncio durante um tempo, apenas nos olhando. - Eu te amei tanto. Sempre estive aqui por você, sempre quis estar ao seu lado, mas uma hora a gente cansa. Eu ainda te amo, Chiclete.
- Eu também te amo, Fionna! - Exclamou, junto de seu sorriso amarelado.
- Não! Eu não te amo desse jeito. Não mais! Eu ainda te amo, mas só como amigo... Espero que ainda possamos ter uma amizade.
Não dei tempo dele responder. Saí daquela sala o mais rápido que pude. Minhas lágrimas escorriam cada vez mais e mais. A dor era imensa. Como ele pôde fazer isso comigo?
- Espera, Fionna! - Senti meu braço ser segurado. Olhei para a cara daquele rosado. - Desculpa... - Ele selou nossos lábios.
Senti minhas lágrimas escorrem mais fortes. Eu gostei do beijo, mas não gostei de quem me deu o beijo. O que Marshall pensará de mim?
O empurrei com toda a minha força, fazendo com que ele caísse.
- Seu nojento! - Voltei a correr. Mais rápido que antes. Não quero mais olhar para aquela cara. O que fui fazer?
Cheguei na casa da árvore e fui direto para minha cama, me joguei de cara no travesseiro, e nele, gritei e chorei tudo o que eu precisava jogar fora de mim.
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