História Stay With Me (Fiolee) - Novas notícias

Não pude acreditar que ele estava ali, tão diferente.

- Fionna, sua cara está muito pálida! O que aconteceu? 

- Marshall?

- Eu?

- Me siga, Fionna. - Ouvi a voz novamente.

- Onde eu estou?

- Como assim, Fionna? Você já está internada aqui faz dois anos.

- Não brinca comigo...

- Ande Fionna, me siga! - Repetiu a voz.

- E-Eu tenho que ir...

Corri em direção da voz. Ouvi Marshall berrando meu nome, mas ignorei. Por onde eu passava, alguém me cumprimentava. Eu tive a pior sensação de todos os tempos. Eu tive medo. A voz me guiava por onde eu passava, até que ela sumiu, me deixando no refeitório do lugar.

- Oi Senhorita Fionna. Está se sentindo melhor? - Um jovem de jaleco branco me parou.

- O-Oi... Estou?

- Acho que isso é bom, certo? - Riu o menino. - Venha, vamos comer algo. Vou querer um café e um bolo. - Pediu ao atendente. - E você?

- Hã... O mesmo.

- Ouviu a Senhorita. - Me olhou sorrindo. Nunca o vira antes. Cabelos curtos castanhos e olhos também, só que mais claros, quase dourados; sua aparência é muito... Agradável. Seus modos, como falar e agir não me são estranhos.

- Bom, o que fazes fora de seu quarto, Fionna? - E-Eu não sei ao bem certo... - Daqui a pouco Simone estará lá para lhe ajudar na terapia.

- Que terapia? - Perguntei um pouco alto. Tá, muito alto. Ele ficou super sem graça.

- Oras, Senhorita! Não brinque com algo tão sério! Sua terapia com a Dra. Simone! Sua psicóloga!

Como assim? Isso é um sonho, não? Uma ilusão? Não pode ser... Levantei assustada. Os olhos dele demonstravam preocupação. Peguei meu café e o meu bolinho, disse "obrigada" e saí de lá o mais rápido que pude. Que vergonha! Cadê a voz quando eu preciso? Cadê a Cake? Isso é um filme de horror! Não tem como!

- Mana?

- Cake?! - Me virei tão rápido. Lá estava ela, mas tão... Humana?

- Hahaha! A quanto tempo você não me chama assim... Está tudo bem? Você está tão pálida.

Eu a olhei de cima para baixo. Parei bem na barriga. Estava enorme. Ela está grávida aqui também.

- Qual o sexo? - Perguntei a olhando fixamente em seus olhos.

- Dos bebês? Não sei quantos meninos e meninas tem aqui, mas são os dois. Eu queria dar à você essa nova notícia, mas já vi que fui lerda.

- Tem mais de um bebê aí? - Perguntei surpresa. Não pode ser...

- Tem cinco, se não me engano...

- Cinco? -Berrei.

- Sim, querida. Você vai ser tia de cinco crianças. Não é uma maravilha? 

Minha cabeça começou a bombear, eu estava tonta demais, não estava acreditando no que ouvira, nem onde eu estava. Como pude me preocupar tanto com coisas que eu mal conhecia? Talvez seja porque eu estou perdida em um lugar onde eu nunca estive antes e mais problemas, como cinco crianças, iam me aparecendo.

- Sabe, mana? - Falei meio trêmula. - Preciso encontrar um dos meus doutores. 

- Não! - Gritou a voz. - Me siga rápido, assim sairá dessa ilusão em poucos estantes! 

- Sinto muito. - Disse. - Posso te seguir mais tarde. - A voz não respondeu.

- Com quem você está falando, Fionna? - Perguntou Cake, e seu rosto não parecia muito feliz.

- Comigo mesma... Eu estou meio perdida, e quando fico assim falo comigo mesma. Mas eu preciso ir andando.

- Espere. Mana, você vai no meu chá de bebê, né? 

- Hã... - Chá de bebê? - Acho que sim... Vão ser quantos? 

- Um só, né? - Falou rindo. Abri um sorriso amarelo e corri. 

Avistei o doutor que estava comendo com uma enfermeira um pouco mais baixa, com cheiro de menta.

- Com licença! - Gritei. - Doutor, posso falar com você? 

- Oras, Senhorita Fionna, já lhe pedi que me chame somente de Brian. 

- Sim, sim. Me desculpe... Brian. - Falei meio sem jeito.

- Então, no que posso lhe ajudar? 

- Quando eu recebo alta? 

- Isso não é comigo, Senhorita. Somente Simone pode lhe dizer. Se ela achar que você pode sair, você sai. 

- É que minha irmã vai fazer um chá de bebê e...

- Se é assim de seu interesse, eu posso ver de levá-la e trazê-la, mas primeiro teremos que ver se a doutora permite.

- Ah, claro. - Ficamos em silêncio nos encarando. - Espera... Mentira, não espera. Venha comigo, Brian! Vamos pedir agora! - Eu peguei em sua mão e o puxei até meu quarto. 

- Até mais, doutor. - Falou a Enfermeira com cheiro de menta.

- Por onde que vamos mesmo? - Perguntei meio sem graça. 

O doutor Brian é quem me levou para o meu quarto, porque eu estava pouco perdida, sim? 
Entramos e lá estava a Doutora Simone, que me olhou com ódio, mas assim que viu Brian ao meu lado já ficou toda cintilante.

- Boa tarde, doutora. Se me permite, preciso de um favor.

- Claro meu doce. - Respondeu a velha.

- Tem como liberar a paciente Fionna para o chá de bebê da irmã?

Depois de longos segundos cheios de pensamentos, a doutora solta um sim, fazendo com que eu ficasse tão feliz que me fizera abraçar o doutor Brian.

- Muito obrigada! Pra vocês dois!

- Eu não recebo abraços... - Resmungou a doutora Simone.

Corri em direção de Cake, toda saltitante, mas para meu bom grado, a criatura não estava mais lá.