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História Stella: A Revolução (Ilustrada) - O Café de Yaoc


Escrita por: G4ru

Notas do Autor


Nesse capítulo nossos protagonistas vão finalmente para Yaoc, e especialmente em seu ponto mais atrativo: O Nekawaii, o melhor Neko Café do país (que fora instalado ali acidentalmente)

Espero que gostem do que está por vir <3

Capítulo 5 - O Café de Yaoc


Fanfic / Fanfiction Stella: A Revolução (Ilustrada) - O Café de Yaoc

Jonas estava dormindo no banco do passageiro, seus cabelos enrolados balançavam, seu pescoço estava retorcido e a boca estupidamente aberta. Apolo estava dirigindo há mais de duas horas, o que fez ele achar que estava perdido algumas vezes, mas a verdade é que a cidade era bem isolada em relação à distância comum entre as outras, o que justificava ser uma cidade deserta e caótica.

Depois de ser guiado por algumas placas, a van havia chegado em Yaoc, tudo parecia estar desligado, em plenas 13h da tarde, os prédios em sua maioria possuíam cores neutras, exceto o estabelecimento azul florescente do Neko Café de Yaoc, chamado de Nekawaii. Era tão chamativo com luzes neon e letreiros piscantes que você podia ter certeza que não ia se perder ali.

Jonas, acorda cara — Apolo cutucava o amigo que parecia mais um corpo morto do que uma pessoa normal com sono.

É aqui? Hum... ok.

Apolo estacionou na fachada de um dos prédios e foi para a parte de trás sem sair da van. Eles haviam montado um excelente setup, eram dois computadores, 6 monitores, sendo que haviam câmeras nas laterais, na traseira e na frente que transmitiam a imagem nos televisores. Jonas também tinha colocado seu laptop com adaptador de celular, o sistema de seu computador era ainda mais bizarro que do dispositivo móvel, mas tão genial quanto.

Você viu ali? É o Neko Café, acho que seria uma boa a gente passar lá — Sugeriu Apolo para Jonas que agora não parecia tanto um zumbi.

Ele inclinou a cabeça para uma das janelas, afastou a cortina preta e olhou:

Nossa, dá pra hackear aqueles letreiros — Disse Jonas sorrindo.

Nem pense nisso, não podemos levantar suspeitas, só vamos fazer o que for necessário.

Os dois saíram da van pela porta maior, Jonas foi andando pela calçada enquanto Apolo trancava tudo. A medida que se aproximavam iam ouvido um som de k-pop vindo da cafeteria, achavam que ao entrar iriam ver uma loja vazia, mas ela estava até bem cheia para um lugar isolado.

— Pepper! Clientes de fora! — Gritou uma atendente antes dos garotos entrarem

Uma linda garota de cabelos vermelho vibrante, da mesma idade dos jovens chegou correndo para a porta, aparentemente todos que estavam no Café costumavam ir lá diariamente, então já não eram tão bem recepcionados.

Bem-Vindos aos Nekawaii, posso oferecê-los uma mesa? — Disse a menina enquanto puxava a meia-calça mais para cima e arrumava o cabelo.

Claro, contanto que a comida daqui não seja cara pra caral... — Apolo deu uma pisada em Jonas antes que ele falasse mais besteira, os olhos verdes daquela garota eram capazes de fazer qualquer um (menos Jonas) aceitar seu pedido de cara.

Por favor, gostaríamos sim — Completou Apolo.

Eles entraram na cafeteria, o interior era completamente diferente do exterior: era feito de madeira e dava um ar confortável ao ambiente. Vários gatos de diversas raças estavam brincando, andando e sendo alimentados por clientes. Apolo e Jonas se sentaram em uma mesa próxima a uma janela encortinada, acima havia uma televisão que exibia o noticiário:

“Stella parece estar recuando para planejar uma nova rebelião, seu porta-voz divulgou em redes sociais que eles haviam descoberto mais informações sigilosas, e que revelariam publicamente se não houvesse o cancelamento do investimento exagerado em reforço bélico”

Apolo cerrou os punhos, ficar um dia sem falar com Stella não significaria que o movimento havia sido pausado. Estava estressado então tentou se distrair: olhou o cardápio, acariciou um gato que passava ao seu lado, e depois olhou ao seu redor. Seus olhos encontraram Pepper que estava atendendo algumas senhoras, aquela garota para Apolo chamava mais atenção que as inúmeras espécies felinas do local.

Deve ser uma universitária — Disse Jonas, Apolo virou a cabeça rapidamente para o amigo, como se ele tivesse lido sua mente, mas percebeu que ele estava apenas chutando quem poderia ser Stella — Esse hacker não pode ser uma criança, e se fosse um adulto chamaria muita atenção, até por que você precisa de pelo menos metade do dia livre, e trabalho talvez tomasse muito tempo, e muito menos um idoso, até por que velhos não devem ter conhecimento ou facilidade com essas coisas

— É…, pode ser — Concordou Apolo enquanto voltava o olhar para Pepper.

O que vão querer meninos?

AAAH— Gritou Apolo, chamando a atenção de pessoas e gatos. Ele nem havia percebido que a atendente asiática, amiga da ruiva escarlate, estava do seu lado.

Não precisa ter medo de garotas Apolo! Eu vou querer esse cappuccino com marshmallow.

Ok... e você? — Perguntou a atendente como se esperasse outro susto.

Ah... desculpe, pode me trazer um café puro sem açúcar. — Respondeu envergonhado. Apolo nunca tinha muito contato com garotas, até por que não possuía muitas “colegas de trabalho”, o que acabou fazendo com que ele se comportasse diferente com as que ocasionalmente conversava.

A atendente anotou e saiu de perto dos garotos. Foi quando Jonas fez uma pergunta:

— Qual era mesmo o nome do porta-voz?

— Nizak.

— Hum... você percebeu que esse nome é em árabe? — Observou Jonas.

— Não cara, é em bósnio, significa “baixo”, e até que faz sentido, pois de acordo com o símbolo de Stella, o porta-voz é a ponta inferior. — Contestou Apolo.

Não cara, é em árabe, mas a escrita é diferente, Nizak é apenas a pronúncia, olhe.

Jonas pegou um guardanapo e sacou uma caneta no bolso de sua camisa. Fez uma palavra em árabe a mostrou para Apolo.

“نيزك”

— Nizak Significa “Meteoro”, é um ótimo nome para um parceiro de Stella.

Fazia sentido, até por que “Stella” seria um nome italiano para “Estrela”.

— Eu tenho uma teoria — Continuou Jonas — Stella pode ser alguém da Itália, e Nizak alguém da Arábia, assim fica mais fácil identificar os parceiros.

Não, isso é óbvio demais, chega a ser ridíc... — Mas Apolo parou para pensar num instante, Stella adorava o óbvio, era bem provável que essa teoria fosse verdadeira.

Cara, eu só fiz essa observação por que tem um cara naquela mesa que tem muita cara de muçulmano. — Ressaltou Jonas apontando com os olhos para uma mesa distante atrás de Apolo.

Não vou olhar, se for Nizak, vai saber que estamos falando sobre ele.

Jonas pegou seu celular de hacker e em menos de 20 segundos acessou uma das câmeras do estabelecimento, apontou a lente para o árabe e mostrou a tela do celular para seu amigo. Havia um gato atormentando o jovem rapaz. Aquele homem tinha o tamanho daquele que Apolo perseguiu no dia da rebelião, além de tudo era jovem, magro e forte, um perfil exato de quem pratica parkour.

Tive uma ideia – Sussurrou Apolo — Se conseguirmos ouvir a voz dele eu vou saber reconhece-lo, no dia da rebelião ele gritou para o povo.

Caraca, ele realmente gritou para o povo? E alguém escutou ele de lá?

A voz dele estava meio ecoada, com certeza obteve acesso às caixas de som de lojas perto da praça central, é algo bem simples até. — Explicou Apolo.

Foi aí que Pepper chegou na mesa dos garotos. Ela estava cansada, mas não deixava de lado seu bom humor.

— Oi garotos, espero que estejam gostando daqui! Eu estava atendendo e dando comida para uns gatos, posso fazer mais algo por vocês?

Jonas olhou para Apolo e em seguida olhou para o celular, na tela havia um ícone de áudio que dava acesso ao áudio das câmeras. Apolo percebeu o que Jonas queria.

— Na verdade pode sim — Disse Jonas ignorando as pisadas de Apolo em baixo da mesa — Tá vendo aquele sujeito um tanto quanto parecido com um terrorista? Você pode perguntar para ele se ele deseja mais alguma coisa? — O pé de Jonas com certeza ia ficar roxo naquela noite.

— Hum... por acaso vocês são investigadores? — Pepper parecia desconfiada.

Somos sim, da polícia central. — Jonas sacou um distintivo e mostrou para Pepper, Apolo não sabia se aquilo era verdadeiro ou falso, mas vindo de seu parceiro imprevisível não podia chutar nada. — Meu amigo aqui deve ter esquecido o distintivo dele, cara esquecido...

— É…, acontece — Apolo não acreditava que estava participando daquele teatrinho.

— Ok... esperem um instante. — Ela balançou os cabelos e foi em direção ao jovem.

Jonas riu com a língua de fora para Apolo, o que confirmou que aquilo era falso, logo plugou um fone de ouvido que estava em seu bolso e ambos colocaram atentos para ouvir o som da câmera com a voz do sujeito.

— Com licença moço, posso te ajudar em mais alguma coisa?


Notas Finais


Espero que tenham gostado, não percam o próximo capítulo


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