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História Stereotypes - O Começo


Escrita por: yahnicowrn

Notas do Autor


Bem, esse é o meu maior projeto postado até hoje... Eu juro que me apertou o coração preencher o campo de título.
Não vou pedir pra pegarem leve nas críticas e comentários, quero escrever cada vez melhor e críticas são a melhor maneira de aprender. Só não xinguem meus personagens (ok, alguns serão xingados no futuro), eu criei eles com muito carinho e amor...
Os links das roupas estão nas notas finais (~cochicho maroto~ podem me seguir no Polyvore tá? Eu deixo <3)

Beijos da sua querida maravilhosa e incrível DamTARDIS

Capítulo 1 - O Começo


P.O.V. Max

     Tan-Tan-Taaaaan...

     Essa história começa de uma maneira totalmente original, sim, isso mesmo, no primeiro dia de aula. Dia 1º de setembro. Quando o inferno recomeça.

     Ouvi Kath pular ao som de Young Volcanoes do Fall Out Boy no quarto dela, detalhe: o quarto dela é no meu teto

     "O que?" Você deve estar pensando. É isso mesmo que você leu. Ela chuta o chão, fazendo a escada cair, e desce ainda cantando; tampei os olhos.

     -KATH, VISTA ALGUMA COISA!!!- gritei

     -ME OBRIGA!!- ela grita de volta

     -Você tem que parar de sair por aí só de calcinha!- disse

     Tirei minha camiseta e joguei nela, que vestiu e deitou comigo, encarando o teto, os cabelos azuis se espalharam pelo travesseiro, olho nos olhos cor de caramelo dela, me perguntando como ela ainda é solteira.

     -Você acha que esse ano teremos alguma chance com as garotas?- pergunta ela distraída

     -Não tenho intenção de namorar ninguém esse ano- respondo

     -Mentiroso desgraçado!

     Sorrio de lado, ela realmente me conhece.

     -Tem sim uma garota...

     -E eu conheço ela?-  ela ri e levanta uma sobrancelha

     -Talvez...

     Talvez o caralho.

     Desde os dez anos de idade eu gostava dela, os mesmos cabelos loiros presos de um jeito desleixado, os mesmos olhos azuis como o céu atrás dos óculos de leitura, a mesma risada que me fazia querer abraçar ela apertado e nunca mais soltar, o mesmo arrepio na espinha quando eu ouvia ela sussurrar meu nome durante nossas invasões noturnas à biblioteca...

     -Max, o que é isso na sua calça?- Kath me pergunta, rindo alto

     Sentei rápido ao mesmo tempo que tentava tampar o volume com as mãos, senti meu rosto ficar vermelho

     -VAI TOMAR BANHO KATHRYN!!!!

     Ela começa a rir como uma retardada, se inclinando pra trás até cair da cama, depois de um tempo levanta, segue para o banheiro e fecha a porta.

     Me deitei novamente, talvez esse ano eu tivesse alguma chance. Alguns minutos se passam e Kat sai do banheiro enrolada em uma toalha e sobe as escadas do quarto.

     Levantei-me da cama e fui pro banheiro. Analisando a mim mesmo no espelho, cabelo castanho bagunçado ("Claro né Max, você acabou de acordar", meu cabelo está sempre bagunçado), olhos verde vivo, queixo sem barba; e como infelizmente não sou daquele tipo de pessoa que come como um cavalo e não engorda, vou na academia regularmente. Tirei a cueca e entrei no banho, deixando a água fria escorrer pelo corpo.

     Entrei no quarto com a toalha enrolada na cintura e vi Kath mexendo na minha gaveta de meias.

     -Pode me dar licença?

     -Nah- ela responde sem olhar pra mim

     -Então pode me alcançar uma cueca?- perguntei, revirando os olhos

     Ela pega uma boxe preta e joga em mim, ainda sem olhar pra trás. Dou de ombros e fico de frente para o armário; escolhendo uma calça jeans, uma camiseta branca e a jaqueta da escola que é um tom de azul meio escuro (os alunos podem escolher entre as cores azul, vermelho ou azul e vermelho) com mangas brancas e tem as iniciais de Aron Gleaden High School nas costas e um Vans azul. Visto-me e volto a olhar Kat, que sentou na minha cama e pegou meu computador, provavelmente baixando os novos álbuns das suas bandas favoritas.

     -São 7:30 Max- diz ela casualmente

     -PUTAQUEOPARIUKATHRYNCORRE!

     Ela riu e levantou da cama, correndo para a porta já de mochila nas costas. Desci as escadas correndo e encontrei meus pais tomando café com calma. Eles nos veem e sorriem, depois olham no relógio e meu pai cospe o café, deixando minha mãe irritada.

     -Magnus, é você quem vai lavar essa toalha.

     "-Claro querida. Max, pegue sua escova de dentes no quarto que eu te preparo um sanduíche"... Seria maravilhoso se ele dissesse isso, mas ele diz algo assim:

     -Claro querida. Christine, as aulas deles começam as oito né?- minha mãe balança a cabeça dizendo que sim; ele olha pra mim e ri -Se fodeu, garoto!

     Observo Kathryn pegar uma fatia da pizza de ontem e imito ela, assim que termino de comer subo as escadas de dois em dois degraus. Derrapando no piso molhado do banheiro, escovo os dentes de novo e desço escorregando pelo corrimão.

     -Vamos?- pergunto a Kathryn, que cuspia a espuma da pasta na pia da cozinha, essa menina é um gênio.

     -Claro

     Peguei as chaves do carro e corri para a garagem, onde a minha Betsy esperava para ser dirigida. Entro nela e beijo o volante enquanto faço carinho no painel - juro que sou normal -, percebi que Kath me encarava e balançava a cabeça em desaprovação.

     -Esse aí não tem mais cura... Enfim, Max, pare de autofilar o carro e vai.

     -Olha quem fala Kit Kat, pensa que eu não vejo suas pesquisas no meu PC, mocinha?

     Ela me olhou torto, revirei os olhos e liguei a caminhonete, suspirando com o ronco do motor e dirigindo à escola. "Max, você ainda tem meia hora de folga, por que não volta a dormir e toma café com calma?", simples:

     1º A escola é meio longe

     2º Onde eu estudo é importante chegar causando (de preferência cedo) no primeiro dia de aula, pois é o dia que você define sua personalidade, faz os amigos e inimigos do ano e escolhe seu lugar permanente pelo resto da vida naquela sala.

     Pensei no quanto queria ficar ao lado da Hill esse ano, gosto do jeito que ela se inclina pra conversar baixinho durante as aulas, ou quando ela morde o lábio quando fica nervosa e fica com um lápis na boca durante os testes.

     -PORRA MAX!!!

     Kathryn grita no meu ouvido tão alto que quase bato a carro num poste. Percebo que passei um pouco da escola e faço meia volta, parando na frente.

     Desci ao lado de Kathryn, que chama bastante atenção pelo fato de ter cabelos azuis e ser bonita pra caralho. É realmente engraçado andar pelos lugares com ela; os novatos assobiam quando ela passa e ela assovia quando as líderes de torcida passam; os caras olham pra bunda dela, ela olha pra bunda das garotas; os iludidos suspiram quando veem ela com camiseta justa, ela morde o lábio vendo o decote das peitudas. Muito engraçado. Estou divagando de novo né? Imaginei.

     Algumas pessoas me dão "oi" ao passarem por mim, mas a maioria me conhecia como "O esquisitão com apenas duas amigas".

     Vejo no corredor o horário de aulas, primeira é física......yeeeey..!

     Ando para a sala A do corredor 2, e encontro Hill sentada numa mesa, ela abriu os braços pra mim e me abraçou com força, controlo minha respiração e retribuo, sinto o cheiro de café, canela e livro novo dela e enterro meu rosto em seu pescoço. Ela está vestindo um moletom branco escrito "Vai pro inferno" em letras fofas abaixo do desenho de um unicórnio, uma calça jeans e um AllStar laranja; observo o cabelo preso de um jeito desleixado, o colar de chave no pescoço, as unhas pintadas parecendo Donuts e os óculos escorregando o tempo todo fazerem dela Hillary Bride.

     -Senti saudades Max...- diz ela ainda com a cara enterrada no meu pescoço, fazendo com que um arrepio subisse minha coluna

     -Eu também baixinha....- continuamos daquele jeito até ouvirmos um pigarreio atrás de nós

     -Já posso parar de segurar vela agora?- perguntou Kathryn com uma sobrancelha erguida, queria esganar ela até aprender a parar de ser tão corta-clima.

     -Kathryn!!!- Hillary estava corada e rindo, mas mesmo assim pulou no pescoço de Katy -Não tem nada de clima, Max é meu melhor amigo!- Ai.

     Após colocarem as férias em dia e conversarmos um pouco com os novatos, todos se calaram, a logo notei o porquê. Eles haviam chegado.

     Tiffany Gale é o tipo de garota que atrai olhares até de homens casados. Cabelos loiros avermelhados arrumados perfeitamente em grandes cachos, olhos verde azulados, corpo escultural, líder de torcida, roupas impecáveis e um olhar que fazia todos se sentirem inferiores a ela; uma chance de acertar o que ela é, dica, usa rosa o tempo todo e namora o capitão do time de futebol americano Jackson Creed (loiro, topetinho perfeito, olhos azuis, musculoso e canalha...perfeito hein, nossa) que faz parzinho com ela no mais famoso estereótipo de colegial adolescente. Se disse "fodões populares"; parabéns, você acertou.

     Como toda menina de rosa, ela tinha suas fiéis companheiras, Carly e Megan, bonitas, más, levemente estúpidas e rodadas pra caramba; se você quiser algum dia saber fofocas e historias comprometedoras sobre cada aluno sinta-se a vontade para procurar elas. Namoravam Brad e Brett, confesso que ate hoje não entendi direito quem é quem, só que são bonitos, musculosos e burros como portas.

     -Olá meus queridos, gostaria de pedir para todos irem para o ginásio, por favor. Obrigada.- eu mencionei que ela era a presidente do grêmio estudantil? Não? Certo. Ela também é a presidente do grêmio estudantil. Feliz? Se sim, legal. Se não, foda-se.

     Todos se levantaram e a seguiram, chegando lá, o diretor Gale (...sem comentários...) nos deu um belo discurso sobre como se portar na escola, sobre os horários e etcetera. Então falou sobre brigas na escola e que nenhum tipo de preconceito é permitido, nessa hora, Kathryn soltou um risinho irônico.

     Lembrei de dois anos atrás, de ela chegar chorando na minha casa, a chuva fazendo a maquiagem escorrer ainda mais, eu perguntando o que houve e ela me abraçando, lembro de passar meus braços por ela, sentindo os soluços, beijei o topo de sua cabeça, reparei que haviam alguns arranhões e cortes no seu corpo, além de alguns hematomas pelo resto do rosto e pescoço, e a apertei ainda mais.

     Fui despertado dos meus pensamentos quando o Sr. Gale recebeu aplausos. Observo Kat revirar os olhos e aplaudir de modo irônico. Olho pra Kathy com cara de "ponto de interrogação", como chama ela.

     -Ele prometeu acabar com os preconceitos..... Acredita?...- ela riu ironicamente, não pude deixar de sorrir com ela

     Ele falou mais algumas coisas sobre alunos novos e as aulas extracurriculares, depois disse que adorava muito todos os alunos dessa escola e dispensou a todos nós.

     Ofereci meu braço a Kath, que o rejeitou e pulou nas minhas costas, e eu ia correndo até nossa sala, enquanto ela gritava "Yha! VAI CAVALINHO! POCOTÓ POCOTÓ" como uma criança.

     Chegando no nosso respectivo inferno, tomamos nossos lugares, eu na carteira atrás de Hillary e Kathryn a direita dela, no meio da sala.

     Kath se deita na cadeira e faz cara de tédio, enquanto Hill folheava um pequeno livro de bolso. Malditos professores que demoram tanto. Maldita escola. Odeio a escola.

     O professor chega na sala, acompanhando uma garota de tutu arco íris, calças jeans rasgadas, um cropped bege e cabelos rosa cobertos por uma touca da mesma cor do seu Allstar preto; pelo canto do olho pude ver Kath endireitar a postura e se inclinar um pouco pra frente.

     A garota nova caminhou calmamente pela sala, sorrindo e passando os olhos cinzentos por todos -que se detiveram em Kath por alguns segundos- e sentou na última cadeira na fileira do canto.

     Sr. Richerson escreveu seu nome no quadro e falou algumas coisas sobre onde poderíamos comprar os livros de álgebra. E suspirou entediado quando percebeu que ser professor não era somente um pesadelo e sim a triste realidade dele.

     -Percebo que já repararam que tem colegas novos- Ele caminhou tediosamente até sua mesa e se sentou -Se importam de vir aqui na frente e falar um pouco sobre vocês?

     4 pessoas levantaram e se alinharam ombro a ombro. Um ruivo sardento de olhos castanho-escuros. Duas meninas praticamente idênticas com cabelo loiro e olhos castanhos. E a garota de cabelo rosa. O ruivo deu um passo à frente.

     -Oi. Meu nome é Daniel mas todos me chamam de Dan. Tenho 16 anos e sou de New York e 90% dos meus amigos preferem me deixar fora das playlists do Spotify porque minhas músicas são "desconhecidas/tristes/paradas demais" 

     Os Hipsters provavelmente deram o selo Artic Monkeys para aquele garoto. Um já foi, faltam três.

     As garotas sorriram tímidas e deram um passo à frente com os braços dados.

     -Eu sou Lilly e essa é a Emily- começou uma- nós somos gêmeas e nascemos na Virgínia.- continuou a outra

     Elas provavelmente vão acabar no grupo da pessoas fofas que não se encaixam em nenhum outro grupo.

     A garota de cabelo rosa pulou pra frente.

     -Meu nome é Cassandra.- ela tinha um sotaque inglês forte

     -Cassandra de que?- perguntou Sr. Irritantemente Entediado Richerson

     -Cassandra Amelia Diane Nicolle Gwendolyn Westernfield II- Nunca vou lembrar disso -Vim da Ingleterra com meus pais- ela disse alegre -Tenho 16 anos e todos preferem ignorar meus 4 nomes do meio e só me chamar de Cassie.

    Dissemos "Oi" como uma grande turma feliz e as pobres futuramente torturadas almas puderam se sentar.

     Cassie ainda atraia olhares, "Claro Max, ela tem cabelo rosa e esta usando um Tutu gigante!", sim, mas além disso. Aquela garota era extremamente bonita, os olhos cinzentos curiosos e alegres contrastavam com a pele pálida e o cabelo colorido. Sem contar que ela veio da Inglaterra, e mesmo dando algumas informações sobre ela mesma, a sensação é que ainda havia um abismo gigante de coisas a serem descobertas sobre ela, tipo a origem do nome pateticamente grande.

     Eu poderia passar horas pensando naquilo, mas Sr. OdeioMeuTrabalho pigarreou alto e começou a repassar os conteúdos sobre Velocidade e Tempo.

     Dois períodos de física no primeiro dia de aula? Sério isso? QUEM DIABOS MONTA ESSE HORÁRIO DE AULAS?! Saímos da gloriosa companhia do Professor Richerson nos arrastando em direção a sala de Artes, Kath estava visivelmente empolgada para ver sua professora favorita.

     Kathy levantou o braço e bateu a mão na "porta", seu equivalente para bater cartão. Srta. Kits se virou rápido e deu vários pulinhos, os óculos redondos dourados escorregaram no nariz. Melanie Kits era a professora mais nova de escola, tinha 21 anos de idade e era extremamente talentosa.

     -Kath!!!!!!- disse ela, Kathryn abraçou ela com força

     Observei a cena sob a soleira da porta abaixo da marca em forma de mão, resultado do ritual de Kathy. 

     Srta. Kits tinha 1,63 de altura (ganhando somente de Hillary e seu 1,60), cabelos vermelhos cacheados, normalmente acalmados com uma bandana, e olhos escuros enormes. Possuía um sotaque irlandês cantado e sardas por todo o rosto, braços e lugares normais onde se tem sardas.

     Os alunos logo foram entrando e se sentando na enorme mesa redonda que havia na sala, a professora distribuiu folhas por toda a mesa e entrou na parte aberta do centro.

     -A aula de hoje será focada para vocês!- disse ela animada, alguns grunhidos foram percebidos ao fundo -Quero que façam sua melhor representação das suas férias- algumas pessoas cochicharam com o coleguinha ao lado -Vamos, é pra já! Sintam-se a vontade para usarem outros materiais ou sentarem em outros lugares, espero trabalho bem criativos.

     Olhei para Kath, normalmente, eu veria as engrenagens girando e funcionando. Mas era arte, ela não usava o cérebro. Ela levantou, pegou uma folha maior, carvão, algodão e se sentou no canto mais afastado da sala.

     Então olhei para Hillary, ela mordia o lábio e olhava para sua folha em branco provavelmente sem ideia de por onde começar seu trabalho.

     -Por que não desenha logo a TARDIS? Você mea admitiu que passou as férias re-assistindo Doctor Who!

     -Foi bem mais produtivo que isso, okay?!- ela falou ofendida, depois sorriu -Assisti também Goosebumps e iniciei uma série nova...

     -Deveras produtivo...- ri, acompanhando ela

     Comecei a tentar esboçar um violão, ao lado rabisquei uma forma azul e algumas capas de discos velhos que ouvi durante as férias. Atrás eu fiz algo que quase lembrou o mar e um Sol. Senhorita Kits se aproximou e viu meu projeto de trabalho.

    

     -Max, eu amo você, mas olhar seus trabalhos me lembram a vez que eu vi um macaco pintar um quadro. A única diferença é que o macaco pintava bem.

     Bati a cabeça na mesa.

     -Não tem como fingir que é um trabalho conceitual, abstrato e alternativo?

     Ela olhou novamente para o desastra à minha frente, fez careta e balançou a cabeça.

     -Mereço...

     

     

     Seguimos para a sala de Línguas. Kathryn me contava sobre como ela planejava ser fodendamente foda esse ano. Isso envolvia tirar uma fodenda nota e foder várias pessoas (interpretação livre).

     -... então eu quero foder naquele "campeonato" de Skate mês que vem e usar o prêmqio para roupas fodendamente estilosas...

     -...Defina estilo...- murmurou Tiffany, passando por nós

     Se Kath ouviu, preferiu ignorar. Nesse momento, a garota de cabelo rosa passou por nós e olhou de canto para Kathryn, que abaixou o rosto e corou de leve.

     -Kathryn Chatteau está com vergonha, senhoras e senhores, esse é o fim do mundo.- ela me deu um soco no braço e resmungou alguns palavrões

     -Não é bem assim, é minha estratégia, ok? Me fingir de inocente e tímida, então pegar ela....

     -1º Aham, sei. 2º Kathy, você tem cabelo azul, usa um decote ridiculamente tentador e todos os dias usa o batom, como você chama, "sexy bitch red" pra vir pra escola. Ela nunca acreditaria que você é inocente. Mais: Todas suas frases favoritas incluem "foda".

     Ela fez careta e balançou a cabeça -Vamos, temos aula de Inglês- riu

   

     -Queria saber quem faz esses horários- disse Hill ao meu lado -Depois nós temos: Almoço e... Inglês e Geografia...

     -Ou seja...

     -Tutorial de como não ter nada pra fazer durante três períodos.

     Seguimos conversando à caminho da sala e sentamo-no em nossos lugares. Hillary pegou livro grosso, Kath começou a rabiscar na mesa e eu resolvi tomar notas sobre a aula, já que sou um aluno esforçado e dedicado (Mentira, eu era obrigado a fazer isso para minhas amiguinhas e eu não terminamos fodidos).

     

     Almoçamos, vadiamos, entramos na sala, vadiamos mais, tivemos duas aulas ridiculamente insuportavelmente chatas e ficamos felizes quando o sinal tocou. Isso resume bem o resto da minha manhã.

     

     -Hey, posso passar a tarde na sua casa?- disse Hill quando estávamos saíndo da câmara de tortura, digo, sala.

     -Acredita Max? Ela ainda pergunta! Noestra casa es su casa.

     -Você não quis dizer "Nuestra"?

     -Cala a boca Maxwell!

     Ergui as mãos em rendição. Kathryn se dirigiu ao assento do passageiro e Hill foi no banco de trás com as mochilas. Passamos por uma lombada e ela quase bateu no teto, mas fora isso saiu tudo bem.

     Assim que chegamos, minha mãe deu um super abraço de mamãe urso em Hillary e perguntou a ela como foram suas férias. Depois de admitir que ficou em casa assistindo seriados, lendo livros e escrevendo fan-fictions, fomos para o quintal.

     Kath subiu na árvore que havia lá e se acomodou nos mesmos galhos de sempre, eu abri uma espreguiçadeira velha e Hill se sentou no balanço de pneu que pedia d'A Árvore da Procrastinação.

     Kathy colocou suas músicas para tocar, e nós ficamos ali o resto do dia, debatendo sobre nossas matérias favoritas e fazendo a tarefa juntos. Depois de um tempo, eu peguei nossos materiais de arte e nós começamos a trabalhar.

     Ao final da tarde; Kathryn havia feito um maravilhoso esboço do quarto dela, Hillary fez uma colagem maravilhosa com seus seriados e bandas favoritos. E eu sentei e chorei (não literalmente, que fique claro), preferi manter minha ideia original e deixar por isso mesmo porque eu sempre vou pensar "Ah, consigo fazer melhor!", jogar o trabalho inicial fora e fazer algo parecido com o sapateado de uma galinha que mergulhou os pés em tinta. Fazer o que, é a vida.

     A noite chegou e Hill foi pra casa logo após a janta, quando os pais dela saíram do trabalho.

     -Então, como foi ver sua Crush hoje? Desculpa, "melhor amiga".

     Mostrei meu maravilhoso dedo médio pra ela 

     -Como foi conhecer a garota Inglesa? Uma gata ela né?

     -Eh, bonitinha, já peguei melhores- mentirosa -Digamos que ela é... Interessante...

     -Sim claro, vocês dois apaixonado se importam de irem dormir?

     -Mas Christine, são oito e trinta e três. É cedo. 

     -Sim Kathryn, querida, mas vocês demoram quase uma hora cada um para se deitarem. Além disso eu sei que vocês vão se deitar na cama e assistir a algum filme repetido. JÁ!

     -Justo. Vamos lá Maxxie.

     Kath me arrastou escadas acima e subiu para o sótão. Vesti minha cueca de dormir e uma camiseta velha. Liguei a TV e comecei a passar os títulos da Netflix enquanto me atirava na cama. 

     A escada foi chutada para baixo e Kathryn desceu usando uma camiseta minha e um short de pijama, ela havia soltado o cabelo ~narração romântica ligada~ que cascateava pelas costas como chocolate tingido ~narração romântica chegou ao fim~. Ela passou por cima de mim enquanto tirava a maquiagem do rosto.

     -Terror?

     -Estava pensando em horror dessa vez...

    -Ah, a vadiazinha está com medo é?

    -Cala a boca Kathryn. Pode ser terror sim, o que?

     Ela pensou um pouco e deu de ombros.

     -A Mulher de Preto?- balançou a cabeça -Sexta-Feira 13?- ergueu a sobrancelha -Ouija?- careta -The Purdge?- "Aceitável"

     Depois do filme, Kathryn ainda me zoava por sugerir um filme de horror. Ela subiu a escadae chamando de maricas e depois de uns dois minutos ela começou a fazer barulhos de frango. Joguei meu travesseiro no teto e ela ficou quieta. Meu celular vibrou:

     ~Kit Kat: Boa noite frango ❤️

     ~Eu: Boa noite Kathryn

     Talvez esse ano seja bom no fim das contas...


Notas Finais




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