História Steve's Diary. - Profundezas

DIA 12

Não tem jeito. Vou ter de voltar ás profundezas desse mundo que eu achava que conhecia. Preciso daqueles minérios para ficar mais forte contra os monstros. Eu não vou me arriscar saindo por aí em busca de cavernas. Vou cavar aqui dentro mesmo. Nem precisei procurar muito, tem uma em baixo da minha casa. Bem, é aqui que tudo começa, tenho tochas, picaretas, uma espada. Está tudo certo, talvez por enquanto. Encontrei um pouco de carvão, e um outro minério que é muito duro e resistente, decidi chamar de ferro, por que me lembra essas duas qualidades.

Parece que isso não tem fim, tive de seguir apenas por um caminho sendo que encontrei muitos outros. Estou a tanto tempo aqui que não me lembro muito bem de como é a luz do Sol. Mais e mais minérios. Estes montros terão um fim próximo.

Isso é muito maior do que qualquer montanha que eu já vi, e mais bonito também: um enorme precipício com algumas cachoeiras nas paredes, lá embaixo tem iluminação, o que será? Não há mais humanos nessa região, e monstros não conseguem fazer luz, ou conseguem? Estou quebrando a parede e fazendo uma espécie de escada. Já estou em baixo. Tô escondido, não quero me arriscar a descobrir algo novo e perigoso. Não é nada vivo, é um negócio estranho, quente. Nunca vi isso na superfície, e é líquido, tem cor de fogo... É muito estranho. Só de chegar perto já sinto o fervor disso. E tem muito por aqui. Mas, já estou aqui a muito tempo, tenho minérios suficiente e tive sorte de não ter encontrado nenhum monstro. 

Não tive a mesma sorte na volta, ainda estou na caverna, bem longe pra chegar, e já encontrei monstros, caminhantes. Ainda estou curioso sobre aquele verde sem braços. O que ele faz? E também não descobri o que fez a minha casa explodir absolutamente do nada. Na verdade, com esses últimos acontecimentos eu não sei é de mais nada, se eu pudesse falar com Noth, eu cobraria uma boa explicação pra isso tudo. Bem, se eu não sabia o que esse verde faz, agora eu sei, e é bom eu manter distância dele. Ele simplismente explode, sim, acredite, dei de cara com um e tudo foi pelos ares, assim como a minha antiga casa. Com a força da explosão eu quase caí em um precipício que eu não tinha visto antes. Ainda falta muito caminho pra saída.

De novo esses montros me surpreenderam, dois caminhantes apareceram pelas costas e um pela frente: com um golpe consegui decaptar o da frente, cortei os braços de um e enfiei e espada no peito de outro. Estou banhado de sanque, parece que fiquei em uma chuva disso. 

Ainda não saí, mas falta pouco, estou empacado em uma parte em que eu não fiz eu escada pra voltar.  Aqui eu me lembro, levei um tombo feio. Pronto, quebrei a parede e fiz uma escada. Finalmente, cheguei em casa, e está dia, agora eu entendo porque não havia monstros quando eu comecei a cavar, porque era noite, e eles estavam por aí na superfície, mas na volta ficou dia, e tiveram de entrar nas cavernas para se esconder, ei, eu nunca parei para pensar, os monstros só aparecem a noite. A luz do Sol deve fazer algo com eles. Coloquei todos os ferros para derreter na fornalha, com certeza posso fazer melhor as coisas com eles em barra, e sem as pedras em volta.