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História STIGMA - spn - Velho do saco


Escrita por: Vkooksmozaum

Notas do Autor


Olha eu aqui genteeeeee... Espero que gostem, perdoem-me pelos possíveis erros tentarei melhorar.
Essa imagem foi tirada de I Like that da banda de Kpop Sistar.

Capítulo 2 - Velho do saco


Fanfic / Fanfiction STIGMA - spn - Velho do saco

...Antes...

— O que é isso...? — Sua voz soava abafada devido as suas mãos em torno de seus lábios, leves resquícios de lagrimas começam a se formar em seus olhos que miravam fixamente em um único ponto a sua frente. 

O grunhido de dor e de agonia do pobre cachorro soava aguda em seus tímpanos enquanto sofria com as chamas em torno de seu corpo sendo consumido pelas mesmas. 

A garota permanecia estática em meio a todo aquele breu, e, a unica luz que estava a contemplar o seu rosto vinha das chamas que arrancavam pele e pelos do pobre animal, suas sobrancelhas grossas tremiam  a medida que todos os músculos de seu rosto se esforçam para que todas as expressões, medo, dor, duvida se misturem em uma unica face cheia de duvida e completamente perdida em meio a quela confusão toda... 

 

...AGORA... 

— Eu adoraria saber como você caiu da escada do sotam e se cortou desse jeito... — Escuto-a falar enquanto cuidava de alguns de meus ferimentos, convence-la de algo era tão difícil que as vezes chegava a me irritar de uma forma. 

Talvez eu tenha me jogado da escada de verdade, só para poder esconder o que de fato havia dentro do sotam dela, assim poderia evitar perguntas desnecessárias, pelo visto não foi possível, e,  evitar que ela descobrisse a briga com o demônio. 

— Eu já disse, o album caio da minha mão, e, quando me inclinei para frente pra poder pega-lo perdi o equilíbrio e escorreguei, um de meus pés prendeu na abertura entre um degrau e outro, e minha cabeça bateu no chão e logo em seguida num dos degraus da escada que subiu ai fiquei pendurado e cai, por isso todos esses cortes. — Digo com voz de quem realmente esta sentindo dor, estava tentando ser o mais convincente o possível, e para isso me joguei de uma escada. 

— Isso me parece muito com aquelas desculpas de quem brigou na escola e para não dizer aos pais dizem: Bati com o olho no poste — Fala erguendo uma das sobrancelhas demonstrando que estava começando a duvidar da minha história, fazendo um sinal de aspas com os dedos afim de dar enfase em sua frase 

— Como eu estaria brigando dentro da sua casa sem que a senhora percebesse? Se alguém entrasse com certeza você veria e... Ouviria o barulho de briga lá de cima não acha? — Estava quase na cara que eu não estava sendo tão convincente quanto queria, e torcendo para que de uma forma ou de outra ela acabasse por acreditar na história. 

— Não sei... — Disse.  

— Como assim não sei? — Agora o papel de confuso e questionador estavam em minhas mãos totalmente machucadas. 

— Você passou quase uma hora lá dentro num silencio total, a porta estava trancada então resolvi sair para ir no mercado, e quando voltei... Bom, quando voltei você estava caído no chão. — Diz com o tom de voz mais calmo que conseguia fazer na quele momento. 

— Se eu estivesse brigando, não estaria jogado no corredor da sua casa. — Falei finalizando a conversa, com apenas um aceno de sim com a cabeça por parte dela, concordando com a  história. 

Vejo-a depositar os remédios, faixas e gases dentro de uma caixa vermelha, que estava sobre uma mesinha a nossa frente, aquilo indicava que já havia terminado de por os curativos e etc... Estava me sentindo uma múmia com pernas, braço e uma parte da cabeça enfaixada devido aos muitos ferimentos por meu corpo. 

— Pronto para ir para escola! — Afirmou, com toda certeza que conseguiu juntar na quele momento. 

Como assim ir para escola? Ainda tenho que me livrar de um corpo desfalecido lá em cima, e creio que já deva estar fedendo um bocado, mesmo que tenha sido a algumas horas atras. 

— Eu não posso ir para escola — junto as sobrancelhas elevando o tom de voz. 

— Fala baixo... — diz — e por que você não poderia ir para escola? 

— Acho que pelo simples fato de eu estar parecendo uma  múmia, estou acabado. — Revelo minha indignação em meu tom de voz.  

— Tudo bem, —  diz levantando-se do sofá, — você pode faltar hoje, só hoje.  — Se dirige a cozinha deixando-me só na sala, olhei de canto a canto conferindo portas e janelas, queria ter a certeza de que o que estava escrito na quele diário... "Sal impede a passagem de demônios e fantasmas, quem diria" penso antes de levantar o tapete e olhar aquele estranho desenho em forma de estrala ali em baixo. 

E quando arrumei tempo para fazer tudo aquilo? Sinceramente, grande parte já estava praticamente pronta, apenas introduzi o sal nas pequenas fixuras postas estrategicamente ao longo da casa. 

Já estava quase dormindo sentado no sofá quando escuto meu celular tocar, estico meu braço menos lesionado em direção ao celular que descansava em uma pequena mesa de centro a minha frente, e com um pouco de dificuldade alcanço o mesmo antes que a ligação parasse e o atendo rapidamente. 

— Alo! Katie...? — Falo apos deslizar a pequena faixa verde na tela do aparelho indicando 'Atender'  — Katie, como você esta? — Pergunto sorrindo, sei que ela não iria ver, mas é sempre bom falar com alguém que você gosta muito. 

— Preciso te contar algo, sei que só você vai me ajudar... Me ajuda. — Falava em meio a soluços, na verdade parecia estar chorando e muito. 

— Você está chorando? — Fiquei sem resposta por parte dela, então tive que quebrar o silencio, precisava de mais informações sobre o que estava acontecendo com ela então finalmente pergunto, — Onde você está? 

— Na porta da sua casa... — Assusto-me com a informação, então resolvo levanta-me da minha querida zona de conforto e me dirijo a porta, andando devagar e com um pouco de dificuldade. 

— Pensei que não podia andar. — Minha mãe gritou da cozinha. 

— Eu disse, que não estava bem para ir há escola... E não que estava incapacitado de realizar qualquer tipo de movimento! — Respondo-a antes de abrir a porta, — O que aconteceu com você? 

Desso meu olhar sobre o corpo da garota , ela estava parecendo uma da quelas mendigas que moram nas ruas do centro das cidades, roupas rasgadas nas mangas e em uma boa parte da barriga, que consequentemente estava a amostra, suas calças pareciam mais shorts de tão rasgados que estavam, sua pele e cabelos juntamente com o resto de suas vestes estavam completamente sujas, alguns cortes eram evidentes ao longo de seu corpo. 

— Você foi atropelada por um ônibus?  — Pergunto ainda com o celular em meu ouvido. 

— E você por um caminhão?  — Responde de forma mais sarcástica ainda com o telefone próximo ao seu ouvido. 

— Er...! Acho que já podemos desligar a ligação certo?  — Digo. 

— Também acho, — responde enxugando os últimos resquícios de lagrimas em seus olhos com as mãos completamente sujas. 

Desligamos a chamada juntos e finalmente dei passagem para Katie entrar, aponto as escadas para que ela subisse rápido e discretamente não queria que minha mão visse o estado impecável e nada aéreo da moça a minha frente. 

Fecho a porta em um movimento rápido e quando finalmente chego ao corredor em direção a meu quarto, e me deparo com algo nada agradável, a porta do sotam estava no chão, alguém havia subido, e já sei bem quem foi, e aquilo me fez arregalar os olhos. 

— Merda... — sussurro, já visualizando a confusão, ou melhor, o caos que aquilo iria formar. 

A luz ainda estava apagada, e de repente escuto o barulho oco como se algo fosse jogado contra o chão, começo a subir as escadas do sotam devagar e com um pouco de dificuldade já que não estava conseguindo dobrar bem as pernas. 

Assim que entro no local puxo a porta me segurando para não soltar nem um gemido de dor graças ao esforço desnecessário que estava fazendo, o cheiro forte de coisa apodre começava a se espalhar aos poucos pelo local, não demoro mito para encontrar o interruptor da lâmpada alguns passos a minha frente, e quando a claridade invade o local deparo-me com uma Katie caída no chão ao lado de um corpo. 

Suas mãos em torno de seus lábios, provavelmente abafando qualquer som indesejado saísse dali, ela não gostaria de que minha mãe visse aquilo, dentro de sua própria casa, caixas e tecidos que cobriam o corpo estavam totalmente espalhados pelo chão, Katie continua sem reação alguma por alguns segundos até começar a retirar as mãos tremulas de sua boca revelando uma expressão perene em meio a seus olhos assustados. 

 — Acho que você também tem algo para me contar. — Boa parte da quela expressão de garotinha assustado some de seu rosto em questões de segundos quando seu olhos encontram-se com o meu. 

— Tudo bem — falo respirando fundo, estava pensando no que iria falar e de como iria falar — o que você esta vendo ai não é um corpo humano... — Passei longos minutos tentando explica-la de forma convincente de que aquilo não era um humano, pelo menos não mais e o que eu havia matado lá dentro era um demônio. 

O que demorou menos do que pensei que iria, ela aceitou muito fácil e sem se assustar com a ideia de que demônios fantasmas, bruxas, vampiros entre milhares de outras criaturas não catalogados existam escondidas no nosso mundo e que nunca estive-mos no topo da cadeia alimentar, somos comida como as outras comidas. 

— Então o que eu vou te contar e te mostrar, — ela parou por alguns segundos olhando para suas mãos — não vai te surpreender em nada. 

Ela demorou praticamente uma hora contando-me o que havia acontecido com ela, desde antes do acidente com o cachorrinho até suas mãos em chamas e em seguida uma árvore tatuada por todo seu corpo enquanto vagava praticamente nua por seu bairro até ser encontrada por alguns vizinhos que a levaram para casa. 

— Então você não se lembra como veio parar aqui? — Perguntei mais assutado do que ela achou que eu ficaria. 

— Sim... E se vim parar na porta da sua casa é porque deveria falar com você certo? — Coçou a cabeça, ainda estava com a sua blusa ou o que restou dela abaixada, aquilo era incrível e ambos poderia-mos concordar que não foi feita por mãos humanos já que as folhas e detalhes na gravura em seu corpo pareciam ter vida, era com se realizassem movimentos  quase que imperceptíveis aos olhos de pessoas desavisadas, deslizo o dedo indicado pelo desenho em suas costas. 

O desenho não se limitava apenas a quela região, segundo ela os galhos se estendiam por todo seu corpo, as cores os detalhes as formas e o conjunto de tudo aquilo transformaram a pele perfeita dela na maior e mais bela tela de pintura que eu já vi em todos os tempos e devo confessar que me senti hipnotizado pelas curvas da garota. 

— E o que vamos fazer agora? — Pergunto-a de forma preocupado, realmente não sabia o que fazer na minha vida... E adoraria saber o porque comigo. — Devemos... — Nem ouso completar a frase, não iria deixar o bem mais preciso que eu tenho só e desprotegido, minha família, ela é a minha família e isso eu não vou deixar de lado nunca. 

— Fugir? — Ela toma coragem para terminar a frase que eu não tive. — Se quiser-mos matar e por em perigo a quem amamos devemos ficar. — Diz a unica coisa que eu não queria ouvir na minha vida na quele momento. 

— Mas eu não quero deixar minha mãe, seu eu for ela vai ficar em perigo... Se eu for ficarei em perigo... — Sussurrei a frase final para que ela não pudesse ouvir-la. 

— Ele veio atras de você, em sua casa, onde sua mãe fica, onde sua mão anda livremente talvez ela o tivesse encontrado, talvez ela estivesse morta. 

A quilo foi o suficiente para me convencer, mas parece que alguém realmente queira acabar com minha sanidade, ou, o que restava dela na quele momento, o corpo a nossa frente entrava em combustão, a garota arregalou os olhos se jogando para trás achando que ela teria feito aquilo e enquanto chorava e se contorcia no chão vejo as cinzas do corpo se transformarem em letras e em seguida palavras e por fim... 

"Me esperem crianças, o velho do saco já esta chegando"  


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado, deixem sua opinião, quem será esse velho do saco? E o que eles querem com essas crianças? Ben realmente vai fugir? Ou ele apenas vai parecer ter fugido? Não percam o próximo capítulo de Stigma, próxima semana no Globo Reporter!

Um Castiel para vocês bbs


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