História Stigmatized - O vento

 

O sol brilhava intensamente lá fora, mais um dia.

Acordei antes do despertador, suspirei. Abrir as janelas do quarto deixando o ar da manhã entrar.

Olhei para o relógio em cima da minha cabeceira, marcava 05:30 da manhã.

Depois de 10 dias sem ligar meu celular coloquei na tomada do quarto para carregar. Não gostava tanto de tecnologia, sempre achei que elas nos afastavam da vida, da natureza, das pessoas.

Mas, hoje eu queria fazer algo diferente, algo que nunca fiz antes.

Matar aula, sim essa vontade me corria. Procurei pelo meu quarto minha bolsa, a achei perto do guarda-roupa, vasculhei atrás do papel que Karin me entregou no primeiro dia que nos conhecemos com o número de seu celular, e no fim conseguir achar.

Me deitei na cama e disquei,  na terceira chamada ela atendeu;

- Alô? – ouvi ela bocejando.

- Karin, bom dia, é a Sakura, tudo bem?

- Sakura oi, o que te deu mulher? Aconteceu alguma coisa? Ainda nem deu 6 horas da manhã – outro bocejo.

- É rápido, quero só lhe pedir o número do Sasuke, preciso falar com ele hoje, você tem? – lhe perguntei com um pouco de receio.

- Eita, mas ele não te passou? Aff é um lerdo mesmo, espera um segundo? – pediu.

- Claro, eu espero!  – sorri.

Anotei o número do Sasuke em meu contatos, e me despedi da Karin pedindo para ela voltar a dormir, sentia o mau humor na sua voz, fiquei com pena de quem estivesse perto dela naquele momento.

Disquei para ele torcendo que não estivesse dormindo.

No segundo toque escutei sua voz;

- Oi? -  ele estava com a voz de sono, tadinho!

- Sasuke, é a Sakura – informei receosa.

- Sakura? – ouvi ele limpar a garganta.

- Sim – sorri sem graça - Queria saber se você toparia fazer uma doidura.

- Doidura?

- Uhum, estou querendo matar aula hoje, você faria isso comigo? 

- Em qual turno? Agora da manhã? – perguntou.

- Sim, queria me libertar de tudo, andar por ai, sei la, pensei em você para ir comigo, topa? – falei baixo com medo de alguém além dele me ouvir propor isso, até eu mesma não sabia da onde tirei coragem para lhe chamar em algo assim.

- Claro, me fala que horas você quer sair.

- Pode ser agora? Digo, daqui umas meia hora naquela mesma praça que você me deixou ontem de bicicleta?

- Pode sim, vou me arrumar aqui rápido e já vou pra ai – ele confirmou.

- Ok, te vejo lá! Tchau Sasuke.

- Tchau Sakura.

Desliguei e suspirei pesado, eu sei que ele pode ter pensado mal de mim, mas eu precisava fazer isso.

Levantei da cama e fui para o banheiro. Tirei minha roupa, liguei o chuveiro, entrei na água quente e fiquei pensando;

Sasuke deve estar tomando banho agora, nesse mesmo momento que eu. Como será que é o corpo dele nu? Fechei os olhos imaginando, deve ser perfeito como ele todo é. Queria ver aqueles cabelos molhados novamente, sentir aquela boca macia na minha.

Suspirei e sai do banho.

Arrumei-me rapidamente com um short curto cor de rosa, as manchas ainda estavam lá, porém, bem sutis, uma blusa branca soltinha e coloquei um tênis da mesma cor.

Escovei os cabelos, estava pronta.

Peguei uma pequena bolsa e coloquei meu celular dentro com 30% carregado, achava que era o suficiente.

Sair do quarto a passos leves, encontrando minha mãe no corredor.

- Onde vai? – ela murmurrou com a voz irritada.

- Vou na casa da Ino antes de ir a faculdade, volto antes do almoço, não se preocupe mamãe! – lhe respondi brevemente descendo as escadas.

Caminhei tranquilamente até chegar nos fundos da casa, encontrei Nina no jardim cuidado da roseira que plantei ainda criança;

- Nina, eu amo você sabia? – lhe dei um beijo estalado na bochecha, ela sorriu.

- Acordou animada hoje menina Sakura! – afirmou sorridente.

- Sim, estou muito animada, obrigada por lembrar da minha roseira! Eu não andei muito bem esses dias, me esqueci delas, obrigada mesmo de coração, te devo uma Nina – lhe abracei rápido, e corri para os portões.

Andei meia saltitante, não sabia por que sempre fazia isso quando estava eufórica, lembrei que Ino sempre achou essa mania minha meio estranha.

Cheguei na praça que combinei com Sasuke e não o vi, ele morava longe daqui, então, deve demorar um pouco mais para chegar. Me sentei em um banco e fiquei olhando o movimento; Pais afetuosos, levando crianças para a escola me lembravam como os meus nunca fizeram isso por mim, apesar de tudo, me sentir feliz por elas.

Pessoas apressadas ao celular lembrou-me meu pai que nunca saia dele.

 Trânsito forte muitos carros pelas ruas a mil por hora, a maioria com apenas uma pessoa, UMA pessoa em um único carro, lembrou-me minha mãe, que até para ir na esquina precisava de um. E tudo isso antes das 7 horas da manhã, senti-me mal.

Queria que tudo fosse diferente, que as pessoas enxergassem mais umas as outras.

Meus pensamentos foram interrompidos, pois avistei Sasuke chegando de bicicleta, assim que me viu, sorriu. Se aproximou e desceu da bicicleta vindo em minha direção;

- Bom dia Sakura! – deixou a bicicleta ao lado do banco e se sentou comigo;

- Você está bem? – me perguntou.

- Sim tudo bem, adoro sentir o vento! – auferi olhando as árvores balançando acima de nós.

- “Às vezes ouço passar o vento; e so de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido” – Sasuke pronunciou, me virei  em sua direção admirada.

- Fernando Pessoa – ele sorriu emendando e me olhando de volta.

- Sasuke me leva para algum lugar? – lhe pedi.

- Ok, vem, tem um lugar que sei que vai gostar – falou levantando-se do banco e pegando a bicicleta. Subi com ele nela e novamente aquele sentimento de felicidade descontrolada me invadiu. Enquanto Sasuke pedalava, eu não parava de sorrir, era tão mágica a sensação! Não queria nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar. Eu tenho a verdadeira sensação de mim mesma apenas quando estou insuportavelmente feliz. 

- Sabe que dia é hoje? – Sasuke murmurou atrás de mim

- Dia 7? – sorri em dúvida.

- Hoje é o quinto dia de primavera  –  dobramos uma esquina e meu queixo caiu, fiquei admirada.

Assim que olhei para frente avistei um bosque, totalmente florido, cheio de cerejeiras. Era muito lindo! Um misto de cores maravilhoso que encheu meus olhos e coração.

Paramos.

Começamos a caminhar um ao lado do outro, Sasuke empurrava sua bicicleta e eu não parava de sorrir.

Era bem tranquilo o local, havia apenas algumas pessoas ali. Não conseguia falar, era realmente espetacular. Andávamos em silêncio pelo caminho de cascalhos, estava sem palavras, e ele me deixou a vontade.

Ficamos caminhando alguns minutos.

- Então? – Sasuke perguntou colocando uma mão no bolso.

- É lindo! – exclamei baixinho.

- Eu sabia que iria gostar.

- Como? – olhei para ele – Como conheceu este lugar?

- Minha mãe costumava me trazer aqui – suspirou triste.

Ao vê-lo suspirar daquela forma entendi o porquê de sua mudança de humor, agarrei sua mão com carinho.

Caminhamos mais um pouco de mãos dadas até parar no que me pareceu ser a metade do bosque, estávamos cercados por cerejeiras rosas e brancas. Soltei uma lufada pesada, alguns raios do sol passavam pelas flores me fazendo fechar brevemente os olhos. Sentia a brisa suave passar e acabei sorrindo com aquilo, paz;

- Essa sensação é muito boa, não é? 

- Sim, é maravilhosa! Obrigada Sasuke.

- Não me agradeça baixinha – ele sorriu e me cutucou divertido, acabei sorrindo também.

- Ei, não sou baixinha, você que é alto demais – reclamei brincando aos risos, e continuei;

- Queria passar o resto da vida aqui com você Sasuke - afirmei.

Ele parou de sorrir na hora que disse isso, e olhou para o lado contrário a mim.

Estranhei sua atitude.

Depois de um certo tempo ele voltou a me olhar novamente;

- Estou á disposição para fazer sua vontade - se curvou divertido, e eu não achei graça.

- Eu falei sério Sasuke, não estava brincando.

- Sakura, eu tenho medo, não quero estragar nossa amizade e não quero lhe prejudicar, entende?

- Porque você estragaria nossa amizade? – lhe questionei.

- Suas palavras Sakura, elas me atingem como uma bomba atômica – ele olhava para cima enquanto falava;

- O que você sente por mim Sasuke?

- Não podemos – afirmou suspirando entristecido.

- Sasuke, não sei o que te falaram, mas, eu não ligo para o que você tem, sei que pode ter medo disso, de não lhe aceitar, no entanto, é justamente isso em você que eu tanto gosto - puxei seu rosto para me olhar;

- Seu jeito simples, alegre, engraçado! – alarguei um sorriso.

Ele também sorriu, e nos abraçamos forte.

Conversamos e andamos mais um tempo, combinamos de nos encontrar mais tarde, aceitei o seu convite de ir almoçar em sua casa. Claro que tive de fingir comer um pouco lá na minha e depois ir para a dele.

E fiz, troquei de roupa, coloquei uma mais arrumada, um lindo vestido solto florido e fiz uma trança lateral no cabelo.

Fui novamente para aquela praça, quando cheguei Sasuke já estava lá, ele sorriu carinhoso, fomos de mãos dadas todo o caminho até sua casa.

Eu me sentia tão bem ao seu lado!

 

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Quando chegamos fiquei um pouco nervosa, não queria aparentar estar, mas, não adiantou, ele notou;

- Fica calma, é impossível não gostarem de você! – ele balançou nossas mãos sorrindo a beijando terno;

- Ok – interpelei suspirando, tentando me controlar.

A casa dele era bem simples como a de Karin, porém mais organizada. Assim que entrei a achei mais linda ainda por dentro, Sasuke fechou a porta atrás de nós e avistei seu irmão sentado no sofá da sala com um controle nas mãos;

- Itachi, Sakura vai almoçar conosco hoje ok? – Sasuke o informou me pegando pelas mãos e nos levando para a cozinha.

- Desculpa Sakura, eu tive que almoçar antes de vocês chegarem porque meu horário de voltar para o trabalho já está estourando – Itachi esclareceu.

- Tudo bem, não se preocupe, eu não quero atrapalhar – aleguei.

- Você não atrapalha, vai ser sempre bem vinda. Nosso pai deve está chegando para o almoço também. Vai conhecer o sogrão? – Itachi sorridente me deu uma cutucada no braço.

- Itachi para de falar bobagem, sai logo – Sasuke interveio empurrando o irmão.

- Tá eu saio, mas, se comportem até o pai chegar em? Nada de fazer coisas erradas encima do balcão - Itachi pronunciou brincalhão e Sasuke saiu correndo atrás dele lhe dando chutes.

- Não se preocupe Sakura, o Sasuke nunca fez isso mesm... – Itachi gritou ainda da porta e Sasuke o empurrou de vez fechando-a antes de terminar.

Eu gargalhava muito, Sasuke estava vermelho de vergonha.

- Não liga para o que esse idiota fala, ele não mede palavras – Sasuke auferiu envergonhado, e começou a tirar umas comidas da geladeira.

- Quer ajuda? – lhe perguntei e o ajudei a picar uns tomates.

- Se você também tem 18 anos, o Itachi é quantos anos mais velho que você? - perguntava durante uma conversa.

- 5 anos, aquele idoso! - ele sorriu e continuou;

- Eu trabalhava com ele nessa loja que está agora, só que sai.

- Trabalhavam em que? - indaguei.

- Numa loja de discos aqui do bairro, eu sai para trabalhar em outro lugar.

- Você trabalha onde agora? 

- No momento estou ajudando meu tio na loja de computadores dele, fazendo formatação, montagem de peça, essas coisas chatas - ele me conta sorridente.

- E ator nas horas vagas! – complementei.

- É, eu tenho esse sonho bobo por causa da minha mãe, ela era atriz  – propalou.

- Não é bobo, eu gosto! Ela era mesmo atriz? – queria saber mais.

- Sim, ela foi uma grande atriz de teatro, tinha uma carreira de 10 anos em crescimento, podia ter chegado longe, mas faleceu de câncer há 4 anos. A Chiyo a conheceu que também foi sua aluna.

- Qual era o nome de sua mãe? – perguntei.

- Mikoto Uchiha, depois lhe mostro fotos, ela era tão bonita e doce! O pai diz que puxei muito dela, até seu sonho - ele contava sorrindo emocionado.

Lhe abracei forte, ele correspondeu largando os talheres, toquei o seu rosto e limpei algumas lágrimas que desciam por seus lindos olhos.

Nessa hora ouvi a porta da frente da casa se abrindo, era o pai do Sasuke.

Se apresentou como Fugaku Uchiha, foi bem educado comigo, apesar de bem fechado, comemos os 3 juntos.

 

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Infelizmente tive que voltar para casa, Sasuke também tinha que ir trabalhar.

Fiquei o resto da tarde no meu quarto, estudei um pouco e apaguei.

Acordei com batidas fortes na porta, fui abrir era mamãe;

- Sua imprestável, fica o dia todo nesse quarto em vez de sair daí e ajudar o seu pai. Tivemos dois comícios essa tarde e você só sai se for para fazer essa faculdade medíocre, dá valor apenas a isso, e quer saber? – jogou um papel na minha cara.

Peguei o papel, quando comecei a ler e ver o que era, não me aguentei, comecei a chorar;

- Mamãe porque você fez isso? Sabe que é meu sonho, porque pediu minha retirada da faculdade? – supliquei aos prantos.

- Seu sonho agora, Sakura, é a eleição do seu pai a governador do estado – e saiu com a maior cara lavada do mundo.

Eu me desabei, cai no chão chorando, a faculdade era a única coisa que pude escolher e agora me tiram até isso.

Fiquei algum tempo lá, jogada no chão da porta do meu quarto.

Suspirei trêmula e entrei de volta. Peguei a cadeira da mesa do computador e coloquei em frente ao guarda-roupa achando a pequena mala de viagem, a depositei na cama.

Coloquei tudo que achei essencial e sai do quarto.

Olhei se tinha alguém na sala e fui correndo até os fundos da casa.

Caminhei um tempo sem rumo, sem saber o que fazer. A única coisa que eu sabia, era que não queria voltar para aquela casa nunca mais.

Lembrei de Sasuke, eu não podia ficar assim na casa dele, lembrei de Ino ela iria me entregar de volta a meus pais, ai lembrei da Karin, liguei para ela.

A contei que sai de casa e ela se prontificou a vim me buscar de carro, me mandou lhe esperar.

- Sakura, fica calma, eu vou lhe ajudar, vem - ela me guiou até seu carro.

- Meus pais, eles me odeiam, eu faço tudo errado, por isso me tiraram até meu sonho que é a faculdade, não posso suportar -   murrmurrava chorando.

- Calma, vai ficar tudo bem, você não fez nada de errado Sakura, eles que são ignorantes, insensíveis que não possuem amor pela própria filha, você não vai ficar sozinha, tem a nós - ela me olhou nos olhos, e me abraçou;

- Obrigada - falei correspondendo o abraço.

Karin morava sozinha e me deixou ficar em um quarto de hóspedes em sua casa, assim que bateu as 22 horas do mesmo dia a campainha da casa tocou, e de lá saiu todo o pessoal do grupo de teatro, entre eles Sasuke.

Eu corri e o abracei, ele correspondeu alisando meus cabelos, aspirei seu cheiro perfeito e me sentir segura em seus braços.

 

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Na casa da Karin era tudo mais leve, o clima, o aroma, até a vista dela me alegrava mais do que a lá de casa. Ouvi falar que meus pais estão a minha procura, não quero saber deles pelo menos por enquanto, até a minha magoa passar.

Decidir que irei procurar um emprego, não queria ficar dando gastos para a Karin e também queria começar a juntar para eu mesma pagar e continuar o meu sonho, a minha faculdade de medicina.

 Estávamos arrumando as bagagens para ir a casa de campo do Gaara passar o final de semana com todo mundo reunido, quando a campainha soou. Karin me informou que deveria ser o Sasuke, pois já tinha mandado a ela uma mensagem avisando que estava vindo nos buscar com o Gaara. Dei uma última olhada no espelho, estava ok. Me vestia com um short branco e uma blusinha de mangas longas cor de rosa, meus cabelos estavam em uma trança.

Atendir a porta, e o Sasuke me olhava, lindo, lhe dei um abraço. Ele estava tão cheiroso! O apertei mais forte;

- Bom dia estilo ar! – sussurrou sorrindo tocando em minha trança.

- Bom dia estilo fogo! – respondia divertida.

- Deixa de melação vocês dois, anda, estão barrando a minha porta – Karin resmungou com a gente, eu começei a rir e fui até o carro, o Sasuke foi ajudar com as malas.

Sentei no banco de trás, Naruto também estava lá;

- E ai Narutinho, já está dormindo? – brinquei com ele pois estava com muitas olheiras no rosto, caindo para o lado da janela do carro cochilando.

- Quase, esses malucos querem pegar estrada as 4 horas da manhã, tem quem aguente não - ele respondeu sonolento.

Depois que Sasuke e o Gaara colocaram as malas todas no bagageiro, vi um outro carro chegando e parando atrás de nós, era do Rock Lee, lá também estavam Tenten e Temari, dei um aceno para eles pela janela.

Logo estávamos na estrada. No inicio a viagem foi meia parada pois todos estavam com sono, mas depois começamos a cantarolar as músicas que tocavam no som do carro.

Passaram-se mais ou menos 3 horas, até que chegamos em nosso destino final.

Um sítio lindo no meio do nada!

Saímos, o carro do Rock Lee já estava lá. Peguei minhas malas junto com a Karin, e fomos entrando na casa. Era toda de madeira velha, mas muito bonita e cheia de decorações divertidas.

- Como a casa têm apenas 3 quartos decidimos deixar um apenas para a minha irmã Temari e meu cunhado Shikamaru - Gaara nos informava com uma cara bem insatisfeita, porém, Temari o repreendia com o olhar;

- Os dois que sobram ficam eu, Naruto, Sasuke e Rock Lee, no outro a Tenten, Karin e Sakura – Gaara emendou, concordamos.

Entrei no quarto ao lado das meninas, era simples tinha três camas de solteiro apenas, contudo, era tudo muito aconchegante e arrumado.

 

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Era noite, os meninos haviam arrumado a lateral da casa, um local com árvores, grama, havia também um pequeno lago mais afastado. Eles preparavam uma fogueira e nós as meninas, ficamos responsáveis pela comida. Preparamos vários petiscos, e alguns cachorros quentes com muita batata palha, porque a Karin era a louca da batata.

 Estava fazendo muito frio, decidir colocar um moletom, amarrei meu cabelo e fui me encontrar com o pessoal do lado de fora ao redor da fogueira. Assim que cheguei lá, a bagunça estava instaurada, todos dançavam ao som do violão de Gaara, alguns comiam. Sentei-me ao lado de Tenten que estava comendo e fiz o mesmo.

Fiquei observando Sasuke, ele estava ao lado de Rock Lee do qual o ensinava uma dança muito engraçada.

- É aquela dança do clipe da Katty Perry, o Dark Horse – Tenten falou comigo - Eu vi seus olhares um pro outro, o Sasuke é um cara maravilhoso, é até difícil não se apaixonar! - ela confessou.

- Ele já teve alguma namorada? - a perguntei.

- Não, pelo contrário, nunca vi o Sasuke olhando com outros olhos para nenhuma garota em nenhum momento, até você chegar – ela olhava para mim sorrindo.

- Vocês já se beijaram de novo depois do ensaio? – Karin chegou me empurrando um pouco mais para a lateral.

- Não - admitir.

- Aff, que cara lerdo ele né? – Karin comentou com Tenten.

- Se ele não vai pra cima, vai você Sakura, se ficar esperando pelo Sasuke vai esperar um século, ele parece ser muito tímido para se declarar – Tenten me aconselhou, dei um sorriso bobo.

Rock Lee e o Gaara começaram a cantar, eu tentava me controlar para não rir, pois Gaara enquanto cantava ficava fazendo careta e com isso o Sasuke não parava de gargalhar dele.

 

 

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Sentir frio, muito frio, e por mais que puxasse as cobertas de nada adiantava. Talvez não fosse realmente o frio que me incomodava, e sim minha falta de sono.

Levantei da cama e olhei a hora no celular, 2:15 da manhã. Olhei para o lado e vi Karin adormecida, parecia até morta. Com o máximo de cuidado, eu sair do quarto com medo de acordar alguém.

A casa estava um pouco escura, sendo apenas iluminada por uma fraca luz que vinha da lua ao lado de fora, só se ouvia o barulho de grilos, e aquilo era reconfortante.

Decidir assistir algo na TV para vê se o sono chegava, mas a porta da frente chamou minha atenção, estava entreaberta, fiquei receosa.

Vagarosamente abrir a porta que não fez nenhum barulho sequer. Me abraçei apertando o moletom em meu corpo, tentando me proteger do frio, estava congelante do lado de fora.

Caminhei e parei ao ver a rede da varanda balançando devagar. Deveria haver alguém ali.

Muito calmamente, caminhei até ela, parei quando cheguei próximo e vi quem estava lá.

Suspirei.

Enxerguei Sasuke deitado, com os olhos fechados, tão lindo! Ele usava um edredom por cima do corpo, e sua aparência era suave. Estava com um braço levantado para cima da cabeça, onde apoiava no mesmo fazendo de travesseiro.

- Meu Deus! – sussurrei baixo pois me veio um vontade louca de estar ali com ele.

Não aguentei e me aproximei mais da rede, tentando me deitar junto.

Sasuke se mexeu e abriu os olhos percebendo minha tentativa.

- Sakura? – ele estava rouco, pigarreia e continua;

- Porque esta acordada a essa hora?

- Fiquei sem sono, e você porque está dormindo aqui fora? 

- Apenas curtindo o frio – ele sorriu mínimo, ainda com cara de sono.

- Hum, o frio aqui fora realmente está de matar – observei soprando o ar saindo fumaça.

- Você está congelando, vem? – ele se afastou um pouco na rede e levantou o edredom.

Eu fiquei um tempo olhando para ele me chamando calmamente, era tão tentador!

Me deitei ao seu lado e ele se ajeitou para me deixar mais confortável. Apoiei minha cabeça em seu braço e me posicionei de lado, acabamos ficando de conchinha.

Cheguei um pouco mais para trás me encostando em seu corpo, estava muito quente, soltei um suspiro.

- Está quentinho agora? – ele sussurrou próximo do meu ouvido.

- Sim, bem quente! - suspirei novamente.

Sentir ele mexer em meus cabelos suavemente, fechei os olhos, aquilo era muito bom.

- Aqui é bem legal não é? – sussurrou perguntando.

- Sim é muito - ofeguei, estava sentindo calafrios, arrepios por todo o corpo em seu leve toque. 

Ficamos em silêncio um tempo. Sua mão não parou um segundo sequer em meus cabelos, eram toques suaves, puro carinho. Cheguei a uma conclusão e a uma decisão, o calor do corpo de Sasuke junto ao frio do local era a junção perfeita.

Virei de vagar de frente o abraçando, ele correspondeu inspirando meu cheiro.

Cheguei ainda mais perto dele e o vi bem próximo.

Sasuke fechou os olhos, estávamos muito colados um ao outro, conseguia até sentir sua respiração quente batendo em meu rosto. Quando ele me olhou de volta eu me perdi naquele olhar.

Sua respiração estava pesada como a minha, aproximei minha boca de sua bochecha lhe beijando suavemente e desci de leve ao seu queixo. Sasuke suspirava alto.

Sentir ele também me beijar, foi bem de leve no lóbulo. Aquela sensação era maravilhosa, arrebatadora e única.

Desci minha mão para seu peito, ele também usava um moletom.

Senti, suavemente, Sasuke tocar seus lábios molhados nos meus, e o correspondi afobada. Coloquei minha língua vagamente para fora sentindo ele fazer o mesmo, nos tocamos.

Lambi de vagar a língua de Sasuke sendo correspondida.

 Quando ele enfiou dentro da minha boca a senti mais que deliciosa. Chupei sua língua e seu lábio inferior com vontade, e nisso ele suspirou um pouco mais alto. Coloquei minhas mãos embaixo de seu moletom subindo o meu corpo um pouco mais para cima dele. Acariciei sua pele macia e quente. Senti seu peito e abdômen se mexerem rápido pela respiração acelerada.

- Eu te quero agora Sasuke! – lhe confessei com os lábios nos seus.

Vi ele fechar os olhos com força.

- A gente não pode fazer isso aqui, Sakura – ele sussurrou ainda de olhos fechados.

- Porque não? – lambi seu pescoço e maxilar suavemente.

- Eu sou virgem Sakura, estou nervoso, não sei se vai ser bom para você a gente fazer isso agora, aqui.

- Eu também sou virgem, deixa eu te tocar então? – lhe perguntei baixinho no ouvido.

Não esperei ele responder, eu precisava senti-lo.

Abaixei minha mão e toquei a barra de sua calça que parecia ser de moletom.

Adentrei minha mão sentindo o pano de sua cueca, era lisa.

Abaixei um pouco mais a mão e o senti, estava duro.

O acariciei mexendo em toda a extensão que sentia pelo pano. Ouvia Sasuke gemer. Lhe beijei os lábios com força e adentrei a mão na cueca.

Estava quente, sua pele era quente.

Sentir os pêlinhos do seu membro, e o toquei arrastando-me mais em baixo, era duro e a pele parecia fina e macia. Apertei.

O beijo estava enlouquecedor, Sasuke colocou uma mão em meu seio por cima do moletom, gemi baixo.

- A gente não devia fazer aqui, Sakura, eu quero que seja perfeito, quero lhe provar o tanto que estou apaixonado por você! – parou o beijo para me olhar nos olhos.

Ele estava tão irresistível com os lábios inchados pelo beijo, eu não conseguia me segurar, o apertei mais nas mãos e a tirei de lá levando aos lábios. Tinha um gosto diferente, um gosto único.

- Sasuke faz amor comigo, aqui e agora?