História Stigmatized - Insanamente loucos

 

Sakura passou o resto da noite deitada lembrando-se dos momentos que viveu ao lado daquele que agora amava mais que tudo em sua vida. Não queria um dia chegar a amar tanto uma pessoa, sabia que isso não era saudável, mas sua necessidade por Sasuke era maior que seu ser.

Ele a transmitia sua essência quente e alegre que tanto sentiu falta em sua vida fria e superficial.

Ouviu a porta ser aberta, olhou com receio de ser aquela que se dizia sua mãe, e por ela passou seu pai com uma maleta em mãos.

- Papai me ajuda ela é uma louca, por favor – levantou-se correndo e tentou o abraçar, porém, ele lhe afastou a olhando com desconfiança;

- Então é verdade que fugiu de casa para ter um caso com um garoto do subúrbio?

- Não papai eu não sai de casa por isso, ela queria e quer me fazer de marionete, sente prazer em tirar tudo que amo. Foi porque ela pediu minha retirada da faculdade de medicina que eu tanto lutei por uma vaga. Papai me escuta, por favor, você precisa me ouvir, ela está o manipulando, até o ameaçou caso o conte o que fez ontem a família de Sasuke, por nada quis os assassinar como um monstro, você precisa enxergar que ela é um veneno para nós.

- Sakura você está se escutando? Agora deu pra inventar besteiras também para brigar com sua mãe? Pelo amor de Deus estou me matando nessa campanha e vocês nessas briguinhas fúteis. Até quando isso vai durar? Eu não tenho tempo para isso, estamos quase na reta final e sabe quantas vezes você esteve lá para apoiar sua família? Praticamente nenhuma. Se ela lhe ameaçou teve um motivo, pois uma coisa é certa, nunca vamos aceitar você se misturar com pessoas de baixo nível. Quantas vezes preciso lhe dizer para amadurecer logo Sakura?

- Você não entendeu papai, é verdade ela mandou MATAR A FAMÍLIA DO SASUKE, ELA É UMA ASSASSINA e devia estar presa, estar na cadeia. É uma psicopata, isso não tem justificativa, nada do que ela faz tem justificativa, ela pensa apenas no seu dinheiro, quer lhe sugar tudo tenho certeza disso, uma pessoa como ela não sente amor, não sente remorso, não sente nada por ninguém. Ela ameaçou mandar matar você também papai, me escute, ela é perigosa – Sakura auferia desesperada;

- SAKURA CHEGA DE MENTIRAS. Se você se comportar eu posso ver o que irei fazer em relação a sua faculdade, mas me escute com atenção. Independente de qualquer coisa não quero mais ouvir falar de você se misturando com pessoas de baixo calão. Você é minha filha única, vai carregar o meu legado, o meu nome, seu destino já está traçado Sakura. Tenha responsabilidade, não caia na lábia de aproveitadores. Eu até poderia fazer como todos os meus filiados fazem que é arranjar casamentos para seus filhos, mas não, deixo você livre para escolher seu marido, apenas quero que não perca o foco e amadureça de uma vez.

- Ele não é um aproveitador, é minha outra metade papai, ele me ama pelo que sou não pelo que tenho, como eu o amo pelo que é, nosso amor é puro e verdadeiro.

- Sakura como você é ingênua, nenhum homem ama uma mulher assim de um dia para a noite, alguma coisa em você o fez interessar assim logo de cara minha filha, e é muito obvio o que. Você é apenas uma menininha com cara de criança, homens do subúrbio são acostumados com outro tipo de mulher. Com você é apenas o seu nome, e isso se torna um peso Sakura, você tem que saber lidar e se portar como uma mulher madura que não se deixa levar por qualquer pessoa que venha lhe falar palavras bonitas. Contos de fadas não existem na vida real. Homens não prestam, pode ter certeza que os desse nível são piores e só querem lhes usar, então seja inteligente. Você tem uma fortuna em seu nome Sakura, acorda para a vida e enxergue mais sua realidade.

- Não é isso, o Sasuke não é esse tipo de cara pai eu lhe garanto, ele tem um coração puro e enorme, é uma pessoa de bem que luta pelos seus objetivos, ele não tem esta índole de usar as pessoas.

- Como você pode ter tanta certeza Sakura, hum? E chega desse assunto, vim aqui somente para falar que não vou admitir em hipótese alguma você se misturar com essa gente. Sakura, seu sumiço podia ter gerado um escândalo para minha campanha, fizemos de tudo para ninguém saber, para não cair na boca da imprensa, por favor, não olhe apenas para seu umbigo –  alegou exigente e saiu do quarto.

- Você que só está olhando para o seu papai – Sakura falou para si mesma após ele sair.

 

 

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- “Tudo quanto vive, vive porque muda; muda porque passa; e, porque passa, morre. Tudo quanto vive perpetuamente se torna outra coisa, constantemente se nega, se furta à vida” – Sasuke pronunciava em seu quarto de hospital olhando para o teto, de repente a porta foi aberta em um rompante, e por ela policiais passaram.

- Sasuke Uchiha, boa tarde, precisamos de seu parecer sobre a invasão. Poderia nos dizer o que houve naquela noite em sua casa? – um deles o perguntou segurando uma prancheta.

Sasuke quando pensou em lhes contar sobre o acorrido, a porta foi aberta novamente, dela Ino ao lado de  Itachi passaram;

- Senhores peço licença, pois estão em horário de visita, o irmão do paciente está aqui muito ansioso para falar com ele. Poderiam interrogá-lo após esse horário? – Ino interpelou-os calmamente.

- E a senhorita é? – o mais velho a perguntou desconfiado.

- Sou Ino Yamanaka, estudante de Direito e amiga das vítimas. Sei que não é permitido o interrogatório em horário de visitas, ainda mais o paciente estando em um quarto de hospital, então, por favor – ela lhes abriu a porta os convidando a se retirarem, e eles saíram estupefatos pela “garota petulante”.

- Itachi! – Sasuke exclamou dando um pequeno sorriso vendo seu irmão sentar-se ao seu lado.

- Ei moleque, que bom que já está melhor! – bagunçou o cabelo do irmão - Fiquei preocupado com você seu cabaçudo!  – Sasuke sorriu.

- Sasuke preciso conversar com você, é urgente – Ino vociferou preocupada e continuou;

- Não diga nada sobre quem fez aquilo com vocês, pelo bem de todos.

- VOCÊ TÁ MALUCA LOIRA? LÓGICO QUE ELE VAI DIZER TUDINHO DO QUE ACONTECEU LÁ – Itachi gritou incrédulo.

- Fala baixo ogro idiota, é sério, é perigoso.

- Acho que era a mãe da Sakura, eu a vi chamando-a de mãe. Não entendi até agora o que realmente aconteceu, ela está bem? Só me diga que está tudo bem com ela  – Sasuke os auferia suspirando triste, lembrando-se da cena em que tentou ajudá-la quando a agarraram pelos cabelos, porém, depois disso não conseguia se lembrar de nada além da dor escarlate que sentiu pelo tiro.

- Foi arrastada para a casa dos pais, estive com ela ontem, ficou muito preocupada com todos vocês, mas tudo está bem por enquanto, porém, pode ficar pior se você denunciar aquela mãe dela a polícia. Sakura tem medo do que aquela pessoa possa fazer.

- Pera aí me deixa vê se entendi, quer dizer que foi a mãe da Sakura que mandou nos matar? – Itachi concluía chocado.

- Sim, ela é dissimulada e tem muito dinheiro, gente assim nunca é punida de verdade, vocês sabem disso. Sakura tem medo do que ela possa fazer com vocês se descobrirem que sobreviveram e que a denunciaram – Ino os explicou nervosa.

- Sakura me perdoa meu amor, você está sofrendo por minha causa, eu não pude fazer nada para lhe proteger – Sasuke murmurava para si mesmo com os olhos marejados.

- DESGRAÇADA, eu mato aquela vagabunda que se acha só porque tem dinheiro. Que mundo é esse que ter dinheiro da o direito de entrar em casas alheias e mandar matar pessoas por capricho?  Eu não vou engolir isso, olha o que fizeram com o meu irmão? – Itachi falava revoltado enquanto analisava seu irmão que estava muito machucado.

- A Sakura tem medo dela comprar o silêncio da polícia e abafar o caso. Também mandar fazer mal a vocês novamente, então a gente pede pelo bem de todos, não falem nada a polícia sobre ela, inventem que foi um estelionatário qualquer e esquece isso, por enquanto. Eu vou bolar um plano para pegar aquela perua compradora assídua da Channel.  

- O QUE? – Itachi gritou.

- Para de gritar seu ogro já lhe disse – Ino o repreendeu irritada.

- Mas isso é o maior absurdo que já ouvi em toda minha vida. ESQUECER QUE TENTARAM NOS MATAR? Ela tem que pagar pelo que fez, eu podia ter morrido, meu irmão podia ter morrido, meu pai...

- Você não ouviu uma palavra do que eu disse seu ogro? Ela é perigosa, pode mandar matá-los novamente. Você quer morrer? – Ino interpelou impaciente.

- Eu não tenho medo, da próxima vez fico de tocaia os esperando com a doze do pai. Ou então, peço emprestado a um amigo uma arma, ai eles vão ver o que é bota medo na parada. Covardes, me apagaram – Itachi alegava revoltado.

- Você com essa cara não deve matar nem uma formiga - Ino afirmou revirando os olhos.

- Gente para, por favor, Itachi a Ino tem razão vamos esquecer isso, tudo é por minha causa, eu não devia ter me envolvido com a Sakura, tudo que eu não queria era que isso acontecesse, que a prejudicasse, agora ela esta lá novamente, sendo prisioneira deles. Eu não devia ter me apaixonado por uma garota que não era para mim. Devia ter continuado seguindo a razão e não meu coração, ter sido somente um amigo dela – Sasuke concluía com dor no peito pois, o tinham alertado que a família de Sakura nunca os aceitariam juntos.

- Mas que isso irmão? Ninguém é melhor que ninguém não, se vocês se gostam fodam-se os pais dela. A Sakura tem o direito de escolher quem ela quer para ficar ao seu lado – Itachi o respondia indignado.

- Sasuke a Sakura está disposta a lutar por vocês, eu senti isso nela quando a visitei hoje mais cedo – Ino o alertou.

- Se aquele povo metido a besta se meter de novo no meu caminho, eu não respondo por mim – Itachi complementou alarmado.

Sasuke fechou os olhos sorrindo, Sakura então estaria disposta a lutar por eles, sentiu com isso um pouco de esperança de poder olhar novamente naqueles olhos que tanto amava. Tudo que não queria era a ver sofrendo como a viu naquela noite.

- Ino eu preciso ver ela, eu preciso. Você acha que teria algum modo da gente se encontrar? – Sasuke a perguntou.

- Olha, estão mantendo a Sakura sobre vigilância 24 horas por dia no quarto dela, mas vamos esperar um pouco a poeira abaixar, a guarda da megera esfriar por pelo menos uns dias, para ai, eu combinar com a Sakura o que iremos fazer, ok? Vocês precisam se recuperar, Sasuke você principalmente. Seu caso foi sério, você ainda vai ficar muito tempo no hospital.

- Ela está sofrendo muito lá Ino? Eles estão a agredindo? – Sasuke a perguntou entristecido.

- Eu a vi com os cabelos curtos e aparentava ter sido esbofeteada no rosto – Ino o respondeu.

- Eu preciso sair daqui e tirar a Sakura de lá... meu amor me perdoa! –  Sasuke se desesperava tentando levantar da cama, com seus olhos entre lágrimas.

- Nem pense em sair daqui agora seu moleque, ouviu a loira, espera uns dias que elas vão combinar um encontro entre vocês – Itachi o impediu de levantar.

- Eu tenho nome sabia? – Ino vociferou a Itachi irritada por sempre ser chamada de loira.

- Ah é verdade eu esqueci, é loira peituda - Itachi comentou apontando para seu decote, o olhando com um sorriso de canto.

- Ogro estúpido, pare de olhar seu nefasto – Ino o repreendeu dando as costas e batendo o rabo de cavalo novamente em seu rosto.

- Isso maltrata mais que eu gosto! – ela ainda o ouviu falar depois de sair do quarto. Revirou os olhos, aquele molambo além de tudo era inconveniente - pensava.

 

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Sakura acordou no outro dia com a cabeça pesada, estava disposta a lutar por sua felicidade e tentar salvar seu pai da cegueira em que se encontrava em relação aquela pessoa.

Levantou da cama, foi direto ao banheiro. Fechou a porta e pegou sua escova de dente. Si olhou no espelho estranhando muito seu cabelo curto, suspirou.

Apesar de tudo, aquilo iria representar uma nova força em seu interior, a de sempre se manter firme. Não iria deixar nada que aquela mulher fizesse lhe afetar como antes, não iria voltar a seu estado vazio de ser por causa dela.

Tocou seus cabelos e sorriu olhando o espelho.

Lembrou-se do bem que iria fazer ao próximo doando seus fios cortados a quem necessitasse. Afinal, tudo iria correr bem. Sasuke estava bem, e iria lutar de todas as formas para não o perder.

Escovou os dentes pensativa, e ligou o chuveiro para tomar um banho rápido. Após o banho vestiu-se com um roupão, penteou os cabelos em frente à penteadeira.

Andou para o closet com o intuito de pegar uma roupa, e avistou-o abarrotado de peças irreconhecíveis para ela. Tudo ao gosto de sua mãe, roupas que não tinham nada a ver com sua personalidade.

Ofegou irritada, sabia a fortuna que ela fazia questão de gastar com aquelas roupas para si com o objetivo de seu pai achar que eram iguais. Procurou em uma gaveta sinal de suas antigas roupas, achou uma escondia no fundo.

Vestiu-se com um vestido solto e confortável e calçou uma sapatilha. Abriu a porta do quarto se deparando com aqueles homens de prontidão a vigiando.

- Vou descer para tomar café da manhã – informou e começou a descer as escadas.

Olhou para trás, viu dois deles a seguindo, fechou os olhos frustrada. Ao chegar à cozinha avistou Nina, correu para lhe abraçar.

- Nina que saudades de você! –  exclamou a abraçando, sendo correspondida.

- Menina Sakura que felicidade te ver de volta, está tudo bem? – lhe perguntou sorridente.

- Agora que lhe vi está sim Nina, sabe, você sim sempre foi uma mãe para mim. Obrigada por sempre estar ao meu lado mesmo não sendo minha mãe de verdade, você foi a única que me deu amor nessa casa, nunca vou me esquecer de você – Sakura agradecia a abraçando forte.

- Não se preocupe minha filha, estarei sempre aqui e irei te proteger! – ela lhe disse a apertando em seus braços.

Sakura se desvencilhou de seus braços e a olhou agradecida, vendo Nina também emocionada.

- Fiz torradas e pasta de amendoim que sei que adora – Nina contou e se direcionou ao forno, retirando um bolo.

- E esse bolo lindo? – Sakura perguntou já passando a pasta em sua torrada.

- Também fiz para você, sei que adora me ajudar a decorar – ela lhe falou sorrindo, Sakura deu um pulo de sua cadeira correndo para a ajudar decorar o bolo.

 

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A manhã passou rápida para Sakura que estava se sentindo bem ao lado de Nina.

Porém, antes do horário do almoço avistou sua mãe ao lado do seu pai com um olhar repreensivo para o que vestia, correu para o quarto. Não queria passar muito tempo olhando na cara dela. Trocou de roupa para não ter que conversar com sua mãe, e desceu para almoçar.

Seu pai estava em mais um encontro político.

- Então Sakura, voltou da viagem, já está melhor? – um dos convidados de seu pai a perguntou.

- Ah sim ela voltou ontem, a ida a Suíça a fez se sentir melhor  – seu pai respondeu por si, e ela entendeu que eles tinham inventado que teria viajado por algum motivo.

- Ficou belíssima com os cabelos curtos, parabéns novamente aos pais pela bela filha! – um homem mais velho que ela já tinha visto a elogiar falou.

- Obrigado Hidan, minha filha é sim uma bela moça – seu pai confirmou.

- Hidan e seu filho mais novo, está a procura de uma esposa? Poderíamos arranjar um encontro dele com nossa filha Sakura – sua mãe provocou a olhando sarcasticamente.

- EU NÃO QUERO – Sakura se exaltou ao sentir a intenção.

- Sakura olha a educação – seu pai a repreendeu pela deselegância do grito, e continuou;

- Eu já informei a Sakura que não iremos interferir em sua vida amorosa, pois presenciei o tanto que minha irmã sofreu por se casar com um homem escolhido por meu pai. Então sempre prometi a mim mesmo que irei a deixar escolher seu parceiro de vida; com sabedoria é claro - no final, a olhou repreensivo – Também ainda temos muito tempo para isso, Sakura ainda é bem jovem. Não que seu filho não seja um bom partido para ela, meu amigo Hidan! 

- Não se preocupe Kizashi, meu filho também não seria um bom rapaz para sua filha que é tão meiga e delicada, ele anda me dando bastante problema com mulheres, é a idade, sabe como é – ele lhe respondeu sorrindo.

- A juventude! – sua mãe levantou a taça propondo um brinde, olhando-a novamente com sarcasmo.

- A JUVENTUDE! - todos brindaram sorridentes.

 

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Acordo sentindo a maciez dos tecidos de seda de minha cama. Espreguiço e olho pela janela, o sol estava maravilhoso no céu. Levanto de minha maravilhosa cama e caminho ao closet para colocar meu mais novo biquíni importado da última coleção de praia de Paris. Me preparo para curtir esse lindo sol.

O visto me olhando no gigantesco espelho de minha suíte.

Dou uma última olhada me virando de costas, e me sinto satisfeita. Caiu perfeitamente em meu corpo, vou arrasar!

Alargo o sorriso e pego minha saída de praia, organizo minha bolsa. Saio do quarto estranhando um pouco, não lembrava de ter me hospedado em algum hotel essa semana.

Deixo para lá.

Faço Check-in, enquanto isso olho para o lado de fora e fico me maravilhando pela bela visão do mar que me aguarda através da porta. Termino e tento achar o celular em minha bolsa para tirar uma linda foto da paisagem.

Abro as portas sorrindo, sentindo o sol maravilhoso das praias de Cancun tocarem minha pele macia. Começo a tirar várias fotos e selfies para postar em meu Instagram.

Quando chego mais perto da margem observo um maravilhoso homem próximo de mim sentado na areia observando o mar.

Deve ser mais um milionário gostosão por estar em um lugar desses. É hora do ataque!

Pelas suas costas consigo ver que possui cabelos negros super lisos e longos, ombros fortes e um corpo mega gostoso.

Sorrio mordiscando os lábios.

De propósito, tiro minha saída de praia e passo em sua frente dando aquela minha caminhada sexy infalível, olho para traz rapidamente só para ver se estás me olhando passar.

Vejo-o sorrir de lado ao me corresponder, suspiro vendo aquele lindo sorriso assanhado que eu já conhecia de algum lugar.

O vejo levantar, arregalo os olhos, ele era super alto e ainda mais gostoso de corpo inteiro. Não aguento a vontade e dou uma bela curiada em sua sunga, seu volume me faz novamente mordiscar os lábios.

É enorme!

Olho seu maravilhoso abdômen e peitoral se aproximando de mim e quando o sinto próximo, direciono meus olhos para seu rosto perfeito com aquela pele branquinha, lisinha e maravilhosa. Olhos negros sensuais, um sorriso de deixar qualquer uma molhada me fazem suspirar.

Sinto ele me olhar com a mesma intensidade, e aproximar;

- Meu ogro gostoso! – digo já sentindo aqueles lábios se encostando com os meus.

- Minha loira gostosa! – ele diz em meio ao beijo, suspiro pela sensação esplêndida daquele homem próximo a mim.

Direciono minhas mãos ao seu peitoral, paro o beijo e passo a língua em tudo que tenho direito.

Sinto ele me suspender com apenas um braço pelo bumbum, encaixo minhas pernas em sua cintura, sentindo aquele volume gostoso roçando em mim enquanto sorrio malandra.

 

...

 

- Acorda Ino, tá sonhando com sexo é? - levou um susto pela voz estridente próxima ao seu ouvido.

- AI VAGABUNDA porque me acordou? – tomou novamente um susto quando olhou a cara de Shion sua amiga de faculdade, colocou as mãos no peito suspirando.

- Nossa calma, sua mãe deixou eu entrar, você esqueceu que combinamos de ir a inauguração da Dior hoje? – Shion a lembrou divertida.

- Estava sonhando com o Sai? – complementou, e se direcionou a penteadeira ajeitando seu cabelo.

- Ah mas aquilo não era o Sai nunca! – arregalou os olhos ao se dar conta de com quem estava sonhando, levantou num rompante da cama correndo em direção ao banheiro.

- MEU DEUS EU DEVO ESTAR ENLOUQUECENDO, preciso de algum remédio, estou ficando louca – Ino murmurou desesperada vasculhando as prateleiras atrás de algum remédio.

- Que isso Ino, que remédio o que, você tá precisando é de uma boa noite de sexo, até estava gemendo enquanto sonhava – Shion falava ainda do quarto.

- Meu Deus eu não acredito que sonhei com aquele ogro. Não posso ter pegado a loucura da Sakura – Ino suspirava olhando-se no espelho.

- VAMOS INO não tenho o dia todo, ainda tenho Spa hoje à tarde – Shion chamava.

- Sua piranha não está vendo a gravidade da minha situação? Estou perdida e insanamente louca – Ino a alertava, desesperada.

- Então tá, se não quer ir adeus, vai perder a inauguração – ouviu a porta do quarto ser fechada e saiu do banheiro aflita, andava de um lado para o outro.

Ouviu o celular tocar e o pegou encima da cômoda. Arregalou os olhos ao ver o nome “ogro estúpido” no visor.

Só podia ser piada mesmo - pensou.

Atendeu nervosa.

- O que você quer ogro, molambento insuportável? Quem mandou me ligar? – gritava ao telefone.

- Ino é o Sasuke, desculpa está ligando essa hora, mas você falou de novo com a Sakura? – ELA QUE É INSUPORTÁVEL – ouviu a voz do Itachi ao fundo, revirou os olhos.

- Não ainda, pretendo ir lá hoje a tarde, desculpe pela deselegância em atender o telefone Sasuke – Ino respirou fundo tentando acalmar os nervos.

- Você poderia entregar uma carta minha a ela? Por favor, eu queria muito a ver ou ouvir sua voz, contudo, sei que está sem celular e vocês me pediram para esperar, eu não consigo dormir porque só penso nela, preciso saber como ela está – ouvia Sasuke dizer e sentia a angústia em sua voz.

- Ok, eu passo no hospital antes de ir a casa da Sakura – Ino o informou.

- Obrigado Ino, de verdade, vou lhe esperar.

- De nada, até – desligou o celular, pensando que ao chegar no hospital evitaria o máximo “aquele molambo ogro inconveniente”.

- INO que gritaria era essa? – ouviu sua mãe bater no quarto.

 

 

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Sakura chorava baixinho em sua cama, pois sua mãe tinha acabado de proibi-la de sair e caminhar pelo menos um pouco ao redor de sua casa.

Suspirou e fechou os olhos com força, não se permitindo fraquejar, não dessa vez.

Após um tempo sozinha em seu quarto, ouviu a porta ser aberta, avistou Nina passar por ela com um sorriso gentil.

- Sakura, vamos, venha me ajudar a cuidar das roseiras – Nina a incentivou lhe estendendo a mão carinhosa.

Sakura sorriu e correu para lhe segurar.

- Mas, eu não posso sair do quarto, ela me proibiu – disse cabisbaixa ao se lembrar do que lhe foi imposto.

- Eu já conversei com ela, vem, não tem problemas, prometi ficar de olho na senhorita – Nina lhe informou.

Sakura sorridente caminhou ao lado de Nina para os fundos da casa, sendo acompanhadas por vários seguranças.

- Ah que lindas elas estão! Nina, você tem mãos de fada, comigo nunca vinga tantas assim de uma vez – Sakura dizia maravilhada ao se deparar com sua roseira abarrotada de rosas.

Passou um tempo da manhã mexendo com as plantas do jardim ao lado de Nina, se sentiu melhor ao ouvir ela lhe pronunciar algumas palavras de carinho: “Não deixe os problemas lhe derrubar; não abstraia a pobreza de espírito; use sempre de seu amor e gentileza que tudo se resolverá.”

Todavia, teve que parar, Nina tinha obrigações com o almoço.

 

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- Sua vadia de esgoto, como teve coragem de almoçar toda suja de terra assim? Vista uma roupa descente – sua mãe lhe empurrou com força para dentro do quarto.

Suspirou, não iria deixar essa mulher lhe afetar.

Deitou em sua cama e fechou os olhos lembrando-se de seu amor.

Sentia tantas saudades dele!

Conseguiu ouvir mesmo que baixo a voz de Ino do lado de fora do quarto conversando com sua mãe.

Sorriu, sua amiga tinha voltado.

Ino entrou no quarto e Sakura logo correu para lhe abraçar.

- Calma garota, quanta carência! – Ino comentava sorridente.

- Saudades!  – exclamou também sorrindo.

- Vem, tenho novidades – Ino a guiou até a cama.

- Aguenta só uns minutos, porque eu não sou boba, espera a “megera” - murmurou baixo – se afastar um pouco - ENTÃO, como está Sakura? – Ino disfarçou.

- Hoje me senti melhor, a Nina me ajudou, voltei a cuidar de minhas plantinhas – Sakura disse alegremente, segurando em suas mãos.

- Sabe que eu sempre achei a Nina estranha demais? – Ino interpelou pensativa.

- Não, ela não é estranha, é um doce de pessoa, ela sim foi uma mãe para mim, ela que sempre cuidou e me deu carinho dês de criança – Sakura a confiou.

- Eu sei, mas sei lá, ela me lembra muito alguém. Bom, esquece, eu ando pirada esses dias, toma – lhe entregou um envelope.

- Que isso? – Sakura vociferou pegando o papel.

- Do seu molambo. Leia depois, não quero saber de palavras melosas de amor impossível – Ino impôs revirando os olhos.

- O meu amor e do Sasuke não é impossível, nós iremos ficar juntos, o amor vence tudo Ino – Sakura murmurava sorridente, guardou a carta dentro da gaveta de sua cômoda.

- Ok ok, olha, eu convenci o Sasuke a não denunciar a megera, fica tranquila que eles estão a salvo agora – Ino a informou confiante.

- Obrigada amiga, se não fosse por você eu não sei o que seria de mim – Sakura a respondeu e lhe abraçou.

- De nada, e pode anotar que eu como futura advogada vou resolver esse caso – Ino compenetrada.

 

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Após conversar bastante com Ino, se despediram carinhosamente uma da outra, Sakura a pediu também quando mais tarde estiver na faculdade, procurar por Karin, lhe informar que tinha voltado para casa e lhe pedir desculpas por não voltar sem avisar.

Sakura correu para ver a carta.

Deitou-se na cama, e abriu o envelope logo avistando a letra de Sasuke. Suspirou levando-a ao nariz tentando sentir seu cheiro naquele pedaço de papel.

Voltou seus olhos novamente a carta e começou a ler de vagar:

“Minha Sakura... sabe às vezes sinto como se minha voz se espalhasse pelo espaço a procura da sua, remoendo por seu amor. Assim que a solidão avassala minha sanidade, o amor se reveste em saudade. Queria muito lhe ver agora, olhar em seus olhos e lhe dizer o tanto que a amo, o tanto que sinto sua falta. Não consigo carregar esse amor sozinho em meus braços, não tenho como mais me conter e me limitar. Preciso de você, preciso do seu amor. Desculpa por não ter nascido perfeito para estar ai agora ao seu lado, sei que somos de mundos diferentes, mas não foi à família de Julieta que a separou de seu Romeu. Vou lutar por você Sakura, vou lutar por nós. Irei aguentar tudo para te ver nem que por um segundo novamente, morreria mil vezes para lhe ver sorrir, é tudo do que necessito agora. Seu amor, sua felicidade, pra mim é essencial, se tornou vital para a minha vida, vou guardar em minha mente e em meu coração todas as nossas memórias, todos os seus sorrisos, sorrisos de pura alegria, o brilho em seu olhar, suas lindas expressões, ficará para sempre em meu coração. Quero viver várias outras assim ao teu lado. Eu te amo, e sou todo seu, meu coração fica confortável, minha alma brilha compartilhando esse amor real e sincero que existe dentro de mim. O calor da tua mão na minha, nosso tempo, nosso sentimento. Hoje, eu lhe confesso, se passaram alguns dias, e tudo se transformou. Não deixei de ter você em mente, aquela que eu amei desde o início. A única mulher que amei, e que irei amar por toda minha vida. Me sinto insanamente louco por ti. Volta para mim?

Ass: Sasuke Uchiha ”

Sakura ao terminar de ler já se encontrava chorando pelas suas palavras. Como sentia sua falta!

- Também irei aguentar tudo para ficar ao seu lado Sasuke Uchiha! – sussurrou a si mesma suspirando de olhos fechados.