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História Stitches - Vinte e Três


Escrita por: Bons_Sonhos

Capítulo 23 - Vinte e Três


Durante algum bom tempo fiquei imaginando o que os meus ‘amigos’, familiares e pais poderiam estar fazendo nesse momento lá no Brasil. A minha mãe se não estiver trabalhando, está deitada num colchão na sala da nossa casa assistindo as novelas, ou talvez esteja dormindo – quando ela acorda desses cochilos vespertinos que acontecem todas as tardes, ela me pergunta se dormiu e eu confirmo isso. Minha mãe não lembra-se de que dormiu de tarde, é como se ela apenas tivesse piscado – e o meu pai provavelmente está trabalhando – ele só volta depois das dezoito horas para a casa dele, então eu o via muito pouco, pode-se assim dizer.

 Não consigo imaginar o que eu estaria fazendo no momento na minha casa brasileira, caso eu ainda estivesse lá no meu país. Não sei se eu estaria fazendo alguma tarefa do colégio, se estaria tomando ou pensando no que aconteceria com as pessoas do meu antigo colégio nessas férias. Caso eu ainda estivesse lá, não sei o que estaria acontecendo nesse momento, mas não seria nada comparado a isso que estou fazendo aqui.

 Pode ser até loucura, mas eu não me imagino mais como a brasileira que eu sou, vivendo na minha cidade do paraná que praticamente nem aparece no mapa. Não consigo pensar mais em mim vivendo no Brasil, pois me acostumei com o jeito norte-americano de vida. E sinceramente, prefiro as temperaturas baixas daqui do que as altas do meu país.

-How are you? – a mãe de Shawn me perguntou.

-Good, and how are you?

-Good.

 Karen está começando a acompanhar quase todos os dias as gravações – até mesmo nos dias em que o filho está se apresentando em algum show e não pode estar aqui gravando –, e sinceramente tenho uma grande suspeita que ela ainda vai acabar participando do filme também – mas não tenho certeza.

 Hoje é mais um dia em que Shawn não está aqui, ele está se apresentando em Londres hoje e não quando irá chegar aqui em Toronto novamente, pois ele tem mais alguns shows para fazer antes de poder voltar para casa e então poder descansar antes de começar tudo de novo, mas sempre que nós dois conseguimos, damos um jeito de nos falar – uma vez até usamos o celular da mãe dele para podermos conversar.

 Depois que conversamos um pouco, arrumemos uma rede de vôlei – que não faço ideia de quem trouxe, pois já estava aqui quando eu cheguei – e então comecemos a ver quem queria jogar e então dividir os times. O lado que estou começou, e já começamos mal – Brooke, que por sorte ficou no meu time, acabou acertando a bola na rede, fazendo com que a bola ficasse com o outro time.

 A cada quinze pontos feitos por um dos times, nós trocávamos do lado da rede e algumas vezes fazíamos algumas mudanças nos dois grupos, trocando uma pessoa por outro e assim ia. Havia horas em que um de nós acabava por começar a rir e o restante acabava parando por causa de estar rindo junto a essa pessoa por algo nada a ver – bastava o ar passar na nossa frente para nós darmos risada. Acho que hoje é um dos dias em que eu dou mais risada de coisas alheias do que o normal.

 Depois que ninguém mais estava interessado em jogar, arrumemos e guardemos a bola de vôlei e a rede dentro da casa, então fomos para dentro da casa, onde acabemos por tomar um pouco de café antes de todo mundo resolver a começar a se dispensar – indo cada um para a sua casa, ou seja lá onde cada um vai depois que saem daqui.

 E hoje, resolvemos por ir andando para o apartamento para ver a distância que é daqui até a nossa ‘casa’. Não sei quanto tempo levemos do local de gravação até no apartamento, mas os meus pés pareciam que já estavam queimando quando chegamos em casa. Ok, eu gosto de andar, mas odeio quando acontece dessa dos meus pés ficarem com a sensação de que estarem queimando.

 Depois que tomei um banho acabei recebendo uma ligação do Shawn e conversamos por quase uma hora, mas ele teve que desligar pois já ia subir no palco para mais um show dos shows, um dos últimos antes dele voltar para casa.

 Durante algum tempo acabei lendo um pouco enquanto o sono não vinha e pude ouvir em bom som o que a Tv estava “falando” – a parede do meu quarto é tecnicamente a mesma da sala, então dá para ouvir muito bem o som da televisão, é meio impossível não ouvir.

 Quando a minha visão começou a desfocar eu fechei o livro, desliguei a luz do meu abajur e me ajeitei para dormir. Desconfio que não eu não tenha demorado muito para dormir, pois logo comecei a sonhar.



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