1. Spirit Fanfics >
  2. Stockholm Syndrome >
  3. Segunda casa

História Stockholm Syndrome - Segunda casa


Escrita por: 1llusion

Capítulo 10 - Segunda casa


O tempo estava correndo depressa e tínhamos que correr antes que as buscas se aproximassem da floresta, poderiam muito bem descobrir a casa e suspeitar do por que de ter aquela casa no meio do nada. Ji-won havia saído para se livrar da moto de Jiun enquanto eu fiquei encarregada de arrumar a casa até que ele voltasse. Eu estava com medo, o que poderia acontecer se as buscas chegassem até ali? Sei que era cruel fugir sendo que havia pessoas preocupadas comigo, mas se nos encontrassem Ji-won seria preso e não saberia quando que eu poderia vê-lo. Eu estava com luvas para a limpeza da casa e o trabalho estava difícil, eu já havia colocado algumas sacolas com as roupas e coisas que levaríamos e agora era a parte trabalhosa, como evitar que soubessem que estivemos ali? Eu estava na sala limpando não vestígios do sangue de Jiun, mas me livrando de vestígios de tudo. Digitais principalmente, sem elas jamais saberiam que eu e Ji-won estivemos ali. Era um trabalho arriscado, mas era necessário. Ter que limpar cada estante, cada sofá, mesa, controle da televisão, os quadros, todo lugar que havíamos tocado. Não havia muitas garantias que eu tivesse me livrado das digitais de cada lugar da sala, era como um tiro no escuro, um risco cego. Assim que terminei fui á cozinha limpando todo mínimo lugar, deixaríamos os moveis ali já que parecia que a segunda casa em que iríamos tinha tudo que precisávamos, onde será que era esta casa? Sei que eu estava maluca, estava ignorando e fugindo de várias pessoas que estavam á minha procura, colocando velas em minha homenagem, andando por aí em uma busca cega. O que será que pensariam se soubessem que eu não queria ser encontrada? Soube que uma vez teve um caso de sequestro em que a vítima tivera síndrome de Estocolmo e que o estado havia dado o alerta, aí investigaram ainda mais pela situação ser ainda mais séria. Como se dissesse “agora sim que nosso dever é achar esta pessoa”. Eu não queria ser achada de forma alguma. Tentei limpar ao máximo tudo da casa, banheiro, os quartos já vazios, os corredores e então, por último, o porão. O lugar em que sempre estaria em meus pesadelos, assim que abri a porta e acendi a luz, desci as escadas lentamente pensando em tudo que havia ali, em como em meu primeiro dia eu acordei amarrada e tonta, chorando e gritando por um simples gole de água. Ali foi meu pesadelo por muito, muito tempo. Comecei a limpar o armário, a mesa, o som e então me virei para a cama sentindo meu coração apertar. Foi ali que eu senti aquela dor, minhas mãos tremeram ao pensar que havia a possibilidade dele querer ir até o fim em uma próxima vez e eu sei que doeria ainda mais. Ele havia ficado tão focado em cuidar de mim que nem teve tempo de descer e tirar aqueles lençóis, olhei um tanto incomodada ao ver os cobertores bagunçados, os lençóis sujos com meu sangue. Eu havia sangrado tanto assim...? fiquei olhando as manchas de sangue como se pudesse me lembrar de meus gritos de dor, então olhei para trás vendo Ji-won descer me olhando com um sorriso.

- Pronta?

- Só falta eu limpar aqui...

- Não será necessário, pode me esperar lá fora. Vou acabar com isso de uma vez, meu anjo – ele sorria andando até mim dando um beijo em meus lábios mordendo de leve meu lábio inferior, logo se afastando, estava segurando um galão de gasolina e jogava na cama e nas paredes, então no chão. Ele iria queimar aquela casa para que não houvesse nenhuma prova que estivemos ali, dei um leve sorriso e subi as escadas pensando em como ele sempre me chamava de “meu anjo”, Hanbin só me chamava pelo nome, então eu nunca havia recebido um apelido carinhoso. Saí do porão indo para a sala e então saindo da casa ficando surpresa com o carro. Ele tinha mesmo um? Andei até o mesmo vendo várias roupas cobrindo os bancos de trás e o banco do carona estava a gaiola com meu pássaro. Dei um leve sorriso com isso e pensei que eu devia tentar chamar Ji-won de alguma forma carinhosa também. “Bobby” eu havia usado para acalmá-lo quando queria me jogar no porão, mas com o tempo, virou a única forma que eu o chamava. Olhei a casa vendo depois de um bom tempo ele sair da mesma ainda jogando gasolina nas escadas, olhava satisfeito e tirava o isqueiro do bolso esquerdo da calça, mas se virava para me olhar, guardando o isqueiro e correndo até mim abrindo a porta do banco de trás – A viagem é longa, não aguentaria no porta malas, entre e se cubra com as roupas e cobertores, vai ter que ficar escondida a viagem toda e, você sabe a regra. – ele falava fazendo com que eu estendesse as mãos, tirava uma corda de entre as roupas no banco de trás e amarrava minhas mãos, me ajudando a entrar no banco de trás, deitei no banco onde ele colocava um cobertor sobre meu corpo, fechando a porta do carro e voltava á entrada da casa jogando o isqueiro vendo o fogo seguir até a porta, adentrando toda a casa que começava a ficar em chamas, sorriu ao ver aquilo e corria até o carro, entrando e o ligando começando a dirigir, me deitei de lado me cobrindo melhor deitando apenas uma parte de meu rosto descoberta o olhando dirigir.

- O lugar é longe, mas acho que vai gostar de lá – ele falava sorrindo enquanto dirigia, fechei meus olhos me aconchegando no meio de todas as roupas rindo baixo tentando imaginar como seria a casa para onde iríamos – Se esconda e fique em silêncio.

Cobri-me sabendo que assim qualquer pessoa pensaria que no banco de trás teria apenas roupas e mais roupas. Fiquei encolhida podendo ver Ji-won por uma abertura mínima do cobertor vendo que havia muitas pessoas na estrada, ele teve que parar o carro e agia normalmente, parecia que alguém chegava perto do carro.

- Desculpe, estou fazendo uma viagem, eu posso passar por aqui? – Ji-won perguntava, tentei não me mover ou fazer qualquer barulho que fosse, só podia escutar o que ele falava.

- Claro, sem problemas. Desculpe, estamos em uma busca, minha noiva desapareceu há um ano. A polícia diz que ela deve estar morta, mas não vamos desistir de encontrá-la... – a voz era familiar, fechei os olhos com força reconhecendo que era a voz de Hanbin. Ele estava liderando a busca? Eles estavam falando normalmente, Ji-won sabia convencer as pessoas e dissera a ele que deseja sorte na busca e esperava que as pessoas dessem espaço, seguindo pela estrada com calma como se nada estivesse acontecendo. Fazia tanto tempo que eu mal havia reconhecido a voz de Hanbin, ele estava mesmo preocupado, me procurando a mais de um ano. Ji-won estava calmo dirigindo normalmente aliviado de termos saído naquela noite, se demorássemos um pouco que fosse, teriam achado a casa. Seguiu a estrada por um longo tempo, pude dormir por longas horas e acordar vendo que ainda não parecia estarmos nem na metade do caminho, mas continuei escondido debaixo daqueles cobertores até sentir o carro parar depois de um trecho escuro. Escutei a porta ser aberta e Ji-won tirar o cobertor de cima de mim, olhei para ele que sorria a me ver vestindo apenas sua camisa daquela forma, me puxava aos poucos tirando a corda de minhas mãos e me tirava do carro me carregando nos braços. Olhei a casa que era maior, e ficava próxima de um lago, era no meio de uma floresta também. Eu só sabia que parecia ser muito mais distante da primeira casa ou das buscas, até mais distante do que eu pensei que seria. Estava de noite e ali estava escuro, mesmo assim ele me carregou nos braços até a casa, abrindo a porta e entrando na grande sala, havia uma lareira e algumas poltronas, tudo ali era bonito e simples. Ele passava pelos cômodos até ir até o corredor e subir as escadas para o segundo andar indo para um dos quartos, era grande e havia uma cama de casal, me deitava ali e ficava a me olhar vendo como eu parecia maravilhada com tudo aquilo.

- Você sempre me surpreende... – falei sorrindo timidamente olhando todo o quarto, a grande janela, o armário, as paredes brancas. Suspirei me acomodando na cama passando meus braços pelos cobertores grossos e macios o olhando – Você que fez essa casa também?

- Sim, eu projetei só dois lugares para te levar, esse é o lugar que eu te levaria quando tudo se complicasse – ele riu me observando por um tempo, se sentando na cama – Vou tirar as coisas do carro e colocar para dentro da casa, depois vou fazer algo para comermos. Não posso te deixar sem comer, não é? – falava passando os dedos em minha pernas fazendo com que minha pele se arrepiasse, olhando em meus olhos fixamente – Eu volto em pouco tempo.

Meu rosto estava vermelho, queria que ele ficasse ali comigo, mas estava tímida para fazer isso diretamente. Levantei indo até a janela observando o lado de fora vendo que ele havia ido mesmo ao carro, pegando as coisas que estavam nos bancos e levava para dentro da casa. Eu não sei o que estava acontecendo, eu só queria ficar em seus braços e me esquecer de que estavam me procurando. Fiquei distraída por um minuto passando meus dedos no vidro gelado da janela sem perceber Ji-won voltar a entrar no quarto acendendo um pouco a luz, mantendo a mesma baixa, parecia esconder algo atrás do corpo e sorria de lado ao me olhar.

-Te dei uma aliança, assim me sinto casado com você. Morando sozinhos, com você vestindo minha camisa assim, temos que comemorar isso, Jihye. – falava fazendo com que eu virasse e o olhasse com um leve sorriso – Vai pra cama, tenho uma surpresa para você.

- Surpresa? O que seria? – não consegui tirar o sorriso de meus lábios, andando até a cama e me sentando sobre a mesma o olhando ansiosa para saber o que era, mas Ji-won ainda fazia mistério sobre o que era e ia até a cama sentando ao meu lado sobre a cama mostrando um pequeno pote de morangos em meio de creme, eu adora morangos e fazia tempo que não provava, sorri levando a mão á um dos morangos, mas Ji-won afastava minha mão, então pegando um dos morangos com creme e colocava entre os lábios me olhando ainda na pouca luz do quarto, meu rosto havia se corado mais uma vez e me aproximei aos poucos mordendo o morango encostando meus lábios nos dele. Nunca havia feito isso, mas era bom tê-lo por perto daquela forma. Ele pegava outro, me olhando por alguns instantes e passando o morango em meus lábios, deixando que os mesmo ficassem com o creme, passando a língua nos mesmos, encolhi meus ombros, estava nervosa por cada movimento que fazia, por como me olhava.

- Não vou deixar que te tirem de mim. – sorria passando um pouco do creme em meu pescoço passando a língua sobre, fechei meus olhos aproveitando aquela sensação, todo o cuidado que tinha comigo, me deitava abrindo com força a camisa que eu usava quase chegando a rasgá-la, me olhando com o sorriso malicioso que sempre me deixava sem conseguir pensar racionalmente. Passava os dedos no creme do pote, passando em algumas partes de meu corpo – Eu podia fazer isso a noite toda, ainda mais agora que é minha. Não consigo ficar te olhando sem te tocar, é uma tortura. – falava tirando a camisa mostrando o corpo definido que tinha, se inclinando sobre meu corpo descendo os beijos pelo meu pescoço passando a língua em meus seios passando a língua onde havia passado o creme, passeando com a língua ali os massageando com as mãos lentamente, virei o rosto gemendo baixo.

- Isso é bom, Bobby... – falei baixo, isso o fez sorrir massageando devagar meus seios enquanto descia os beijos pelo meu corpo sentindo como eu reagia ao sentir seu toque, estava indo devagar como se fosse uma provocação para ver até quando eu aguentaria. Deslizando os lábios por minha pele macia até minhas coxas, ficando entre minhas pernas dando beijos lento ali ainda sem parar de me olhar para meu rosto, começando a me penetrar com a língua. Apertei os lençóis entre meus dedos gemendo um pouco mais alto, só ele me tocava daquela forma lenta como se quisesse dominar cada parte de mim, me chupava com força ali fazendo com que eu gemesse cada vez mais, minhas pernas estavam trêmulas e ele não parava, tirando a língua e colocando de volta olhando em meus olhos vendo meu rosto vermelho e como meu corpo se contorcia, então retirava a língua de novo passando os dedos ali sorrindo satisfeito ao ver que eu não conseguia controlar meus gemidos, como se só de me tocar eu já ficasse do jeito que queria.

- Ver você assim é o que eu queria, Jihye. Mas hoje quero ser um pouco  egoísta com você – ele falava sorrindo de forma maliciosa me chamando com os dedos, eu ainda sentia meu corpo pedir por ele, me sentei na cama o vendo me olhar daquela forma que fazia meu coração acelerar e beijei seus lábios sentindo por instinto meus lábios descerem por seu pescoço, passei as mãos nas laterais de seu corpo, ele sorria de lado passando a mão em meus cabelos sentindo os beijos descerem por seu peito, levava as mãos á calça tirando o cinto e abaixando a calça junto com a cueca voltando a passar as mãos em meus cabelos, alisando carinhosamente ali – Está vendo como você me deixa? É difícil me segurar, toda vez que te via naquele escritório tinha vontade de derrubar tudo de sua maldita mesa e te fazer minha bem ali, sem me importar com o que as pessoas pensariam. Eu só pensava como deveria ser essa voz doce que você tem gemendo meu nome – ele  sorria de lado passando os dedos na lateral de meu rosto corado – Abra a boca. – ele falava me vendo abrir a boca sem pensar duas vezes, o lambi até que estivesse em minha boca, tinha feito algumas vezes em Hanbin, sempre o foco era ele, mas com Ji-won era tão diferente, eu simplesmente queria fazer e gostava. Não era estranho ou algo que eu tinha que fazer. Eu queria. Passei a língua nele todo gemendo baixo escutando os gemidos de Ji-won e como havia segurado em meus cabelos enquanto eu movimentava a cabeça, dando chupões em volta, passeando com a língua até a cabeça e voltando a colocá-lo em minha boca. Ele gemia alto olhando tudo o que eu fazia, começando a forçar minha cabeça a se movimentar mais rápido a ponto que eu me engasgasse uma vez ou outra, assim ele me deitava mais uma vez sem aguentar mais esperar, abrindo minhas pernas penetrando com força, já metendo rápido com o corpo descontrolado enquanto olhava em meus olhos, nossos lábios estavam próximos e podíamos sentir a respiração ofegante que tínhamos, abracei seu corpo com força arranhando suas costas com força  gemendo alto.

- Eu sou sua, Bobby! – falei o vendo sorrir e aumentar cada vez mais a velocidade dos movimentos, não consegui falar mais nada, ele ia tão rápido e com tanta força que dava para escutar seu corpo bater contra o meu, ele levantava meu corpo e me levava para o chão, ainda se movimentando com força beijando intensamente meus lábios.

- Não vou conseguir tirar as mãos de você escutando você gemer meu nome desse jeito! – gemia indo cada vez mais rápido me levantando mais uma vez pressionando meu corpo contra a janela, fazia comigo em cada lugar daquele quarto até que gozasse dentro de mim como sempre fazia, estava ainda com um grande sorriso nos lábios e me deitava na cama, me abraçando por trás com a respiração ofegante. Eu estava exausta por mais que ele quisesse continuar, ficando por cima de meu corpo, me cercando com os braços olhando em meus olhos em silêncio – Você finalmente disse. – ele falava beijando meus lábios sem conseguir esconder como estava feliz – Finalmente disse é minha.

- Eu pensei que já soubesse. – falei em meio de uma risada o fazendo rir também, me abraçando mais uma vez, beijando meus lábios, então se levantava saindo da cama pegando da estante um maço de cigarros colocando um contra os lábios acendendo com um isqueiro que também tinha na estante, me olhando ainda com um sorriso. Parecia de repente um tanto pensativo – No que está pensando? – perguntei ainda com a respiração alterada.

- É mesmo verdade que não pode ter filhos? – ele perguntava andando e então se sentando ao meu lado, encostei melhor minha cabeça no travesseiro, mas me virei deitando minha cabeça em seu colo fechando os olhos ao sentir o carinho em meus cabelos.

- Sim, é verdade. Embora minha mãe tivesse o mesmo problema e conseguiu engravidar, mas... Acho que no meu caso deve ser mais complicado, não acho que eu consigo engravidar – falei baixo aproveitando como acariciava meus cabelos – Acho melhor termos cuidado mesmo assim...

- Isso não é um problema, eu já te disse que o único problema seria se você não estivesse comigo. Com um filho, você seria de fato minha para sempre – ele falava diretamente, não sabia falar aos poucos algo, ele simplesmente era direto – Se tiver uma mínima chance que seja, gostaria que tivesse um filho comigo.

Voltei a me sentar o olhando assustada com aquilo, ele estava brincando, não é? A situação em que estávamos já era complicada, qualquer pessoa falaria que eu não tinha juízo só por estar perdidamente apaixonada por um psicopata, mas ter um filho com ele... Ji-won estava falando sério?

- Estamos fugindo de pessoas que querem me achar, se conseguirem... Você vai ser preso não sei por quanto tempo – falei o olhando tentando ser racional – Eu jamais seria uma boa mãe e... Você não quer isso realmente.

- Eu quero tudo com você, não me importo se vou ter que lidar com Hanbin apontando uma arma para minha cabeça. Quando te dei essa aliança, deve saber que eu quero tudo de você – ele sorria ao me abraçar mordendo de leve meu lábio inferior – Você é minha, não é?

- Sim, completamente. – sorri retribuindo o beijo pensando que as chances eram pequenas e quase nulas. Seria um problema se acabasse acontecendo que eu engravidasse, era algo que dificilmente aconteceria, porém... Eu ainda temia por tudo o que poderia nos acontecer. O olhei sentindo meu coração acelerar e meu rosto se  corar mais uma vez, levei as mãos a seu rosto acariciando ali lentamente - Você sempre me chama de "meu anjo", tem algum jeito que você gostaria que eu te chamasse...?

- Só de escutar sua voz me chamando de "Bobby" pela manhã já faz o meu dia perfeito - falava me deitando ficando sobre mim - Desde que continue em minha vida, qualquer jeito que me chame vai fazer com que eu queira te fazer minha.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...