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História Stockholm Syndrome - A verdade


Escrita por: 1llusion

Capítulo 29 - A verdade


Eu havia me desesperado, não podia ser verdade que Ji-won havia descoberto que eu estava naquela casa. Como ele conseguiu descobrir afinal? Corri subindo as escadas e entrei no quarto, Hanbin ainda dormia e me paralisei por um instante por não saber se Ji-won, se ainda estivesse na casa, estaria planejando o quê? Mataria-me ali mesmo? Eu seria levada para longe mais uma vez? Eu não sabia o que se passava por sua cabeça e tive um medo extremo de que ele resolvesse matar ou ferir Hanbin, tudo aquilo era tão doentio, o jeito como ele me observou por anos por que eu era parecida com sua irmã... Pelo o que Hanbin havia me contado Ji-won estava me chamando do mesmo jeito que a chamava. Eu não sabia o que fazer, eu estava tremendo e fui até a cama tentando fazer Hanbin acordar, eu já estava em lágrimas sentindo o medo tomar conta de mim.

- Hanbin! Acorda! – pedi ainda tentando acordá-lo, ele parecia ainda exausto, mas logo abria os olhos se virando ainda sonolento, se assustando por como eu estava tremendo.

- O que aconteceu? Calma, eu estou aqui! – ele falava tentando me acalmar, mas minhas mãos ainda tremiam.

- Tem alguém na casa, eu desci e uma das janelas estava aberta, ele entrou aqui... E-eu não sei como, mas ele entrou!

- Isso é impossível, me lembro de ter ligado o alarme... – Hanbin se levantava indo até a mochila vestindo uma bermuda e ia até o interruptor do quarto, tentando acender a luz logo vendo que a casa estava sem energia. Bufava sem querer acreditar naquilo e me olhava pegando em uma das estantes uma lanterna entregando a mesma para mim, pegando outra ligando a mesma – Eu tenho que ir ver se conserto a energia da casa, quero que fique aqui. Se ele entrou aqui, não vou deixar que ele se aproxime de você.

- Não me deixa sozinha, não pode fazer isso! – neguei com a cabeça apertando a lanterna em minhas mãos – Ji-won vai te machucar se te ver sozinho lá embaixo...

- Eu não vou correr o risco de te perder de novo, Jihye! – ele falava aumentando o tom da voz, estava com medo daquela situação, mas não queria também me deixar sozinha. Respirava profundamente e concordava com a cabeça a me olhar – Por outro lado, acho que o pensamento óbvio é que eu te deixasse sozinha... Ele com certeza pensou nisso, então fique perto de mim, entendeu? Se houver algo estranho, corra para esse quarto. – ele falava abrindo a porta do quarto apontando a luz da lanterna para o corredor, tentei me manter o mais próxima dele possível pensando que a situação em que estávamos tínhamos que fazer o que era mais difícil. Pensar em como ele agiria, mas como alguém conseguiria prever o que Ji-won faria? Aquela noite parecia que seria longa, a escuridão daquela casa junto com o silêncio em que só era escutado nossos passos e nossa respiração. Era apavorante e eu podia sentir como meu coração estava acelerado cada vez mais, não de uma forma boa. Olhei em volta estranhando que nada estivesse mais fora do comum como se ele tivesse apenas ido no primeiro andar da casa. Ele fez isso para nos assustar? Hanbin descia as escadas e jogava a luz da lanterna para a grande porta de vidro vendo o nome de meu irmão pichado ali e então abria a porta olhando do lado de fora bufando mais uma vez – Esse desgraçado veio só para nos assustar? Jihye, fique perto de mim, feche a porta.

- Será que ele não está mais aqui? – perguntei ao fechar a porta, segui Hanbin o vendo encarar as janelas vendo que uma havia sido forçada até que abrisse, talvez eu estivesse certa a final de tudo, que nenhum lugar era seguro e que uma hora ou outra ele me encontraria.

- Vou ver o que aconteceu com a energia da casa, aí ligamos para seu irmão. Sei que é difícil, mas precisa se acalmar, eu prometi que nada aconteceria. – ele tentava parecer firme por mais que estivesse com medo, andava até perto da garagem levando as lanternas até a caixa de energia vendo que estava aberta, isso apenas o irritou ainda mais, indo até a mesma tentando consertar. Eu havia me esquecido que Ji-won sempre pareceu ser especialista em tudo o que fazia, não seria nenhuma novidade que soubesse que estaríamos em uma casa com sistema de segurança. Olhei em volta pensando em por que ele simplesmente não continuou na casa, esperou que eu fosse á cozinha, ou até mesmo á sala. Poderia ter me sequestrado mais uma vez de uma forma ainda mais fácil, então por que ele simplesmente mostrou que havia entrado na casa? Hanbin finalmente conseguia fazer com que a energia voltasse e me olhava em seguida – A energia voltou, ele deve ter desligado a partir daqui – jogava a luz da lanterna pela garagem então respirando profundamente vendo que não havia percebido que ali era a única parte do lado de fora da casa que não tinha câmeras de segurança – Ele achou um ponto cego das câmeras.

Havíamos subestimado Ji-won. Provavelmente ele deveria ter achado isso engraçado. Andei até a porta ao final da garagem franzi o cenho a ver que a porta não tinha sido arrombada, passei meus dedos na fechadura vendo que só por provocação ele havia deixado o grampo que havia usado para destrancar a mesma. Era verdade, uma vez há muito tempo meu irmão havia dito que era possível abrir uma porta com um grampo, que ele mesmo havia aprendido depois de ver um vídeo. Não podia ser possível que Ji-won entrou tão tranquilamente, talvez tenha até mesmo escutado minha conversa com Hanbin, então esperou que subíssemos para o segundo andar, apagou a lareira e abriu a janela só para nos enganar?

- Ele não está mais na casa... – falei compreendendo pela primeira vez o que ele poderia estar pensando, Hanbin andava até a porta vendo a porta aberta e entrava pelo corredor acendendo as luzes me olhando em seguida.

- Ele pode ainda estar na casa, por que está dizendo isso?

- Se estivesse, já teria me levado – falei ao entrar também no corredor, eu estava assustada, mas entendia pela primeira vez o que Ji-won pensava. Olhei Hanbin e encolhi levemente meus ombros, desligando a lanterna – Ele quis avisar que sabe que estamos aqui, foi um aviso para que nos assustássemos... – falei olhando o corredor – Hanbin, precisa ligar para meu irmão... Eu preciso saber se ele está mesmo bem... – falei mas me virei escutando um barulho como se fosse o de um carro. Hanbin suspirava profundamente correndo de volta á garagem indo até um dos armários colocando um código no cadeado então abrindo o mesmo pegando uma das armas, era uma espingarda que provavelmente seu pai usava para caçar. Fechava o armário e corria para fora da garagem indo até o portão apontando a arma para o carro escuro que estava á frente do portão. Corri atrás dele sem me lembrar como era o carro de Ji-won, ele poderia muito bem ter mudado de carro, ele não deixava nenhum detalhe ser esquecido.

- Saia do carro! – Hanbin gritava ainda apontando a arma para o carro, dei alguns passos para trás, mas logo encarei o carro vendo a porta do carro abrir e ver que era Hyunki. Suspirei aliviada e corri até o portão ainda com a lanterna em mãos, Hanbin também estava mais aliviado e ia até a o portão ainda com a respiração alterada – Sabe que susto nos fez passar? Quase que atiro em você!

- Por que atiraria em mim? Não deveriam estar aqui fora, o combinado era que ficassem dentro da casa, é perigoso aqui fora! – ele falava encarando como estávamos vestidos – Pelo amor de deus, está frio e vocês saem desse jeito?

- Não temos tempo para explicar, vou pegar a chave para abrir o portão. Espere só um minuto! – Hanbin falava já correndo para dentro da casa, me virei colocando as mãos nas grades do portão e olhei meu irmão me sentindo cada vez mais aliviada de saber que estava bem.

-Ninguém te seguiu até aqui? Nada de estranho...?

- Aconteceu alguma coisa? Tentei ligar para Hanbin, mas não consegui... Então decidi vir de uma vez pra cá – falava olhando com dificuldade para a casa por causa da escuridão e em seguida percebia como eu parecia ainda trêmula, mas antes que me questionasse mais uma vez Hanbin voltava para abrir o portão, entrei na casa acendendo as luzes da sala já que Hyunki iria entrar com o carro na garagem e olhei para a porta de vidro encarando o nome dele pichado ali em vermelho. Aquilo só me apavorava ainda mais, me sentei em um dos sofás pensando em tudo o que ele Havaí mexido naquela sala, ele queria apenas dar um aviso e agora eu sabia que não conseguiria fugir para sempre. Olhei para a porta vendo Hyunki e Hanbin entrarem e fecharem a porta. Meu irmão olhava a porta de vidro logo ficando pálido enquanto Hanbin entrava com as sacolas que ele havia trago no carro – Ele ia atrás de mim...?

- A casa ficou sem energia, ele conseguiu entrar sem que percebêssemos e fez isso – Hanbin falava indo para a cozinha colocando as sacolas no balcão e ficava na porta me olhando como se me pedisse desculpas por eu viver aquela situação aterrorizante. Levantei e andei até Hyunki, eu ainda apertava a lanterna em minhas mãos e me forçava a me manter firme.

- Hyunki... Terá que ficar aqui, não sentirei que estará seguro se estiver em outro lugar – falei – Por favor.

- Não, vocês dois tem que ir para outro lugar! Aqui não é mais seguro e...

- Eu não vou embora daqui. – o interrompi tentando manter a voz firme, Hanbin me olhava como se o que eu havia dito fosse um absurdo e andava até mim.

- Jihye, ele já sabe que está aqui, temos que achar outro lugar seguro! – ele tentava argumentar, eu já sabia que ambos reagiriam daquela forma. Andei até um dos sofás e me sentei respirando profundamente encarando a lareira apagada, o álbum queimado e as fotos destruídas. Virei meu rosto olhando os dois que ainda pareciam não compreender por que eu queria ficar ali.

- Eu disse que não havia nenhum lugar seguro, não importa para onde me escondam... Ele vai me achar, sempre será assim e tudo o que ele fez hoje foi para me avisar disso – falei colocando a lanterna sobre a mesa de centro da sala, me levantando e os olhando seriamente – Se querem mesmo capturá-lo, então o melhor é que eu fique no mesmo lugar. Alguma hora ele virá. Eu estou com medo, estou em pânico, mas... Se eu sempre fugir disso, ele sempre vai se ver no direito de me dar esses avisos. De dizer que se eu fugir mais, logo matará você, Hyunki – falei baixo sentindo um nó em minha garganta – Eu já perdi um pai, não quero perder um irmão.

Ironicamente tudo estava rodando a volta de irmãos e irmãs, por como Ji-won tinha ódio de Hanbin por causa da irmã, por como ele me aprisionou por me ver como a própria irmã e como eu não queria que meu irmão mais velho morresse.

- Não podemos fazer você de isca, Jihye. – Hanbin negava mais uma vez – É arriscado.

- Mas só eu que conheço Ji-won, vocês não sabem, muito menos a polícia – falei me levantando mais uma vez os olhando querendo que compreendessem – Eu não posso mais, se eu fugir mais uma vez... Hyunki morre e eu estarei desistindo de mim mesma. – falei mais uma vez, eu não podia fugir para sempre e acho que até mesmo eles sabiam disso, mesmo que ainda não concordassem. Mas Hyunki então olhava Hanbin e concordava com a cabeça.

- Minha irmã tem razão... E eu estando aqui podemos fazer uma ronda para quando ele tentar entrar, damos um jeito de uma vez por todas. – Hyunki falava sabendo que eu dificilmente mudaria de ideia, parecia um tanto cansado, mas sabia que qualquer coisa que fizéssemos poderia ter uma consequência fatal se não tivéssemos cuidado – Eu vou arrumar as sacolas na cozinha, podemos decidir o que fazer amanhã, por hoje eu e Hanbin podemos ficar de guarda. E quanto á você, Jihye, é melhor que descanse. Por mais que queira ficar aqui, não precisa de mais estresse por essa noite.

- Ele tem razão, tem que descansar pelo menos um pouco – Hanbin falava me olhando percebendo que eu ainda estava vestindo apenas sua camisa, passava a mão nos cabelos sem querer levando o olhar para minhas pernas mordendo o lábio inferior levemente, tentando acalmar os pensamentos que estavam em sua cabeça uma vez que com meu irmão na casa não teria mais uma vez a liberdade de me tocar como queria, Hyunki o olhou e cruzava os braços.

- Hanbin, por mais que eu saiba que está com saudade da minha irmã, seja realista e veja que não vai ser muito agradável fazer qualquer coisa com Jihye e sentir como se um psicopata estivesse observando. Vamos vigiar a casa durante essa noite e amanhã resolvemos quem fica no turno da noite e do dia. Por enquanto, pode me ajudar com as sacolas na cozinha? – Hyunki falava de um jeito rígido indo para a cozinha esperando que ele o seguisse, estava falando em outras palavras que Hanbin poderia me tocar o quanto quisesse quando tudo aquilo acabasse. Hanbin estava sem jeito e me olhava com um meio sorriso indo discretamente até mim dando um lento beijo em meus lábios ao fechar os olhos, aquele beijo fez com que eu me acalmasse um pouco e sorri com aquele contato retribuindo da mesma forma lenta.

- Preciso me lembrar do seu beijo para aguentar uma noite acordado. – ele falava em sussurros ainda perto de mim, senti meu rosto corar e meu coração acelerar ao escutar o jeito que falava, dando mais um beijo em meus lábios indo para a cozinha, o segui com o olhar sentindo um nervosismo como se eu quisesse ficar mais perto dele em vez de subir aquelas escadas e ir para o quarto tentar dormir. Ele e meu irmão tiravam o conteúdo das sacolas colocando na geladeira e desviei meu olhar sabendo que Hyunki tinha razão, a situação era crítica demais para que eu e Hanbin ficássemos distraídos. Encarei a lareira ao pensar em tudo que eu havia descoberto, de uma forma até estranha eu me perguntei o que Haeri sentiu quando pulou daquela ponte. Ela se viu desesperada por que um aborto não poderia ser escondido da família e amigos que tanto amava? Senti piedade quando escutei a história, ninguém segurou sua mão e disse que tudo ficaria bem? É estranho achar que em outra realidade, nós poderíamos ser amigas de alguma forma? Eu poderia tê-la ajudado? Ela era de fato muito parecida comigo em aparência, me perguntei se ela chegou a conhecer o lado insano de Ji-won. De repente me peguei a pensar que se ele havia entrado na casa, talvez tivesse escutado Hanbin me contando sobre Haeri. Encarei a lareira e me aproximei, as fotos estavam todas destruídas, isso o deixaria mais irritado? Ver o rosto de Haeri naquelas fotos ser queimado, sumindo entre as chamas? Franzi o cenho a ver algo ali, me abaixei pegando o mesmo, era o que parecia com uma agenda azul claro, a minha cor predileta. Só quem sabia disso era Ji-won, Hanbin por muitos anos cismou que minha cor predileta era vermelho. Encarei a agenda abrindo a mesma então percebendo o que era e mesmo que isso não fosse algo inteligente, me levantei e subi as escadas seguindo pelo corredor até o banheiro, fechando a porta e ligando o chuveiro para fingir que eu estava tomando banho. Sentei no chão ao lado do box e abri mais uma vez a agenda azul claro percebendo que parecia que Ji-won queria que eu encontrasse a mesma. Ele havia escutado Hanbin falar de Haeri, talvez soubesse que uma hora ou outra eu saberia da história dela. Naquela agenda estava escrito várias coisas, a letra era bonita e percebi que era de Haeri. Tinha algumas fotos entre as folhas, várias na verdade. Desde ela criança até mesmo ela em viagens com amigos e no ensino médio. Ela parecia ter sido muito feliz, mesmo que eu soubesse como sua vida havia terminado... Fiquei um pouco feliz de saber que ela teve muitos amigos e sorriu tanto na maior parte de sua curta vida. Então olhei as páginas vendo o que ela falava da família e aquilo me entristeceu um pouco. Aparentemente ela foi de fato adotada, mas o pai era violento e batia tanto na esposa quanto nos filhos.

- “Ele sempre chega bêbado e grita conosco como se não fizéssemos nada certo, sempre foi assim, como se fôssemos simplesmente erros. Eu gosto de minha mãe e de meus irmãos, Jiun é sempre um que está quieto assim como Ji-won, os dois mesmo que tenham melhores notas acabam sendo humilhados por nosso pai... Eu tenho medo do que pode acontecer aqui. Minha mãe está sempre gritando quando ele a bate. Quando tento intervir nosso pai acaba falando que eu não tenho direito de defendê-la por que eu não era de fato filha de sangue deles. Eu não intervi mais, eu queria muito, mas Ji-won não deixa. Ele não me fala isso, mas para que eu não seja espancada por nosso pai ele aguentava em dobro, também tentava proteger nossa mãe até que não conseguiu mais. Ela ficou desesperada e desapareceu, acho que ele sabe o que aconteceu, mas não me conta. Ji-won é meu querido irmão, ele é meu melhor amigo e me protege de nosso pai, mas Ji-won nunca fala muito. Ele sempre está quieto e não fala com muitas pessoas no colégio, queria ter as mesmas notas que ele. Nosso pai continua o humilhando, mas ele ainda assim aguenta. Espero que esteja tudo bem com ele. Ás vezes, quando está estudando eu falo sobre como gostaria de conhecer minha família de verdade e ele apenas sorri dizendo que talvez um dia eu os encontre” – li em voz baixa ainda sem acreditar que ele protegia tanto assim Haeri, ele era apaixonado pela irmã e reli a mesma página algumas vezes como se houvesse algo estranho. Passei as páginas, vendo que ela havia escrito muito sobre os amigos do ensino médio, as viagens, mais coisas sobre como o pai bêbado sempre batia em seus irmãos e então parei em uma das páginas, aquilo me assustou. Em muitas coisas ela era parecida comigo. Ela gostava de música clássica, de livros, a maior parte de coisas que ela havia escrito era bastante semelhante ao que eu pensava ou gostava, não éramos apenas parecidas na aparência. Quando vi suas fotos  comecei a ficar incomodada e então parei em uma das páginas vendo que ela havia sido adotada quando tinha por volta dos onze anos. Quando eu era criança minha mãe sempre estava triste, eu sabia que eu tinha uma irmã que sempre haviam me dito que não havia sobrevivido. Levantei sentindo um nó em minha garganta, passei a página vendo que a letra havia mudado, era a letra inconfundível de Ji-won.

- “Seu pai mentiu, Jihye. No dia em que nasceu, outra criança também havia nascido. Mas essa sua irmã não morreu, ele a abandonou e resolveu ficar apenas com você e seu irmão mais velho. Eu nunca fui irmão de sangue de Haeri, mas você foi”. – li sentindo minhas mãos tremerem e deixei cair a agenda de minhas mãos, vendo as fotos se espalharem pelo chão. Ali havia uma série de fotos que se misturaram, fotos minhas, fotos dela e de repente tudo fez minha cabeça doer. Eu tinha uma irmã que segundo minha mãe havia morrido quando eu nasci, meu pai nunca pareceu gostar de mim e sempre que me olhava parecia sentir culpa de alguma coisa. Talvez se culpasse por ter me separado de minha irmã e que, quando me olhava, se lembrava da criança que ele abandonou covardemente e que mentiu dizendo que havia morrido. Olhei as fotos no chão, como as minhas fotos e as de Haeri poderiam facilmente ser confundidas, ela era... Minha irmã. A que eu não sabia que existia, a que eu pensei que havia morrido. Ji-won não me seguiu por acaso, ele estava procurando quem era a família biológica de Haeri e acabou encontrando a irmã dela. Eu. Dei passos para trás até minhas costas batessem na parede e levei as mãos aos meus cabelos, minha irmã havia se matado por Hanbin e agora eu estava noiva do mesmo homem, tudo parecia conectado de alguma forma que eu não havia percebido antes. Abaixei a cabeça sabendo que eu era a obsessão de Ji-won por que ele queria que eu fosse Haeri, por que eu era em parte, ela. Por um instante eu acabei por pensar que eu era a única que podia acabar com aquela loucura. Não apenas por mim mesma, mas por minha irmã.  


Notas Finais


Está tudo relacionado de alguma forma, até mesmo Haeri e Jihye!


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